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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, cobrou explicações da defesa de Jair Bolsonaro após o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ser flagrado utilizando um celular durante uma visita ao ex-presidente.
Na última sexta-feira (21), imagens exibidas pelo Jornal Nacional mostraram o deputado utilizando o aparelho enquanto conversava com Bolsonaro. O uso de celulares é terminantemente proibido para visitantes e para o próprio ex-presidente, devido às regras impostas em sua prisão domiciliar.
Nikolas Ferreira utilizando o celular e conversando com Bolsonaro (Foto: Reprodução/ TV Globo)
A Defesa Nega Uso e Contato
Em resposta à cobrança de Moraes, os advogados de Bolsonaro enviaram explicações ao STF, negando irregularidades e alegando que o ex-presidente estava cumprindo corretamente sua pena. A defesa enfatizou o rigor do cumprimento das regras:
“O Peticionário cumpria à exatidão a determinação de Vossa Excelência, sem uso ou mesmo contato visual com o aparelho celular do deputado federal […] O Peticionário reafirma que sempre cumpriu estritamente todas as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal, reiterando que não fez o uso de qualquer telefone celular, direta ou indiretamente, ao longo de todo o período em que esteve submetido à prisão domiciliar.”
O deputado Nikolas Ferreira também se defendeu em uma publicação na rede social X, alegando que não houve comunicação prévia de qualquer restrição ao uso de celular, nem por parte do Judiciário, nem pelos agentes responsáveis pela fiscalização durante a visita.
Bolsonaro durante sua saída no Hospital DF Star, em Brasília, no mês de setembro (Foto: reprodução/Ton Molina/Getty Images Embed)
Contexto e Desdobramento da Prisão
Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto, imposta por suspeita de tentar interferir no processo sobre os ataques de 8 de Janeiro de 2023. A proibição do uso de celular era uma das medidas cautelares em vigor.
O caso do celular, somado a outros indícios, levou a uma escalada nas medidas judiciais. No último sábado (22), por determinação de Moraes, o ex-presidente Bolsonaro foi preso preventivamente. O motivo para a prisão mais severa foi o risco de fuga, após o ex-presidente supostamente tentar violar a tornozeleira eletrônica. Atualmente, ele permanece sob custódia na Superintendência da Polícia Federal.
Após a prisão de Bolsonaro por tentar violar a tornozeleira eletrônica no último sábado(22) e a publicação do trânsito em julgado do processo que condenou o ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão, a oposição se articula para retomar as discussões de uma anistia para ele.
A PL da Dosimetria como atualmente é chamada está parada na Câmara mesmo com a urgência aprovada há meses, mas sem consenso nem mesmo entre os deputados oposicionistas.
Filho de Bolsonaro afirma ter votos suficientes para aprovação
As discussões da PL da Dosimetria estão paradas, mas a oposição busca transformar ela em anistia a Bolsonaro para pelo menos tentar suavizar um pouco a pena que atualmente está em 27 anos e 3 meses por vários crimes que culminaram na tentativa de golpe de Estado e nos atos golpistas do oito de janeiro de 2023.
Segundo apuração do jornal O Globo, a ideia é que a oposição apresente emendas no projeto que tem como relator o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) para que o ex-presidente possa cumprir apenas seis anos da pena e em regime semi aberto.
Flavio Bolsonaro chora em manifestação pró-Bolsonaro (Vídeo: Reprodução/YouTube/ Metropoles)
Porém, segundo interlocutores da Câmara dos Deputados, o núcleo mais ligado a Bolsonaro segue querendo a anistia ampla e irrestrita ao presidente e a outros condenados pela tentativa de golpe de Estado, mas o tema tem dividido a oposição e faz com que o projeto de lei siga parado na parte das discussões apesar de segundo o senador o projeto já ter votos suficientes para ser aprovado na Câmara dos Deputados.
O senador Flávio Bolsonaro(PL-RJ), filho do ex-presidente, afirmou nesta semana que a oposição não fará acordo com a dosimetria e sim pela anistia. Além dele, o líder do PL na Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante, afirmou que esta é a única pauta da oposição desde fevereiro.
O senador Rogério Marinho (PL-RN) afirmou que a PL da Dosimetria está amadurecendo, mas que as discussões seguem acaloradas para que cada um dos deputados coloque aquilo que deseja no projeto de lei com o objetivo dele ser o mais completo possível.
Oposição cita perseguição a Bolsonaro em prisão
Enquanto busca pautar a PL da Dosimetria, a oposição segue se manifestando sobre o processo que condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por crimes ligados a tentativa de golpe de Estado.
Deputados oposicionistas classificam a prisão como um atropelo do processo legal e apenas uma forma de tirar Bolsonaro da cena política de forma humilhante, se disfarçando de perseguição política ao ex-presidente e seus aliados.
Já o senador Hamilton Mourão(Republicanos-RS), ex vice-presidente, afirmou que a anistia é necessária e a solução política para esta situação e classificou a prisão de militares no processo como uma infâmia.
Bolsonaro vinha cumprindo prisão domiciliar por conta de uma possível tentativa de fuga descoberta através de um outro inquérito que investiga a atuação do ex presidente e de seu filho e deputado Eduardo Bolsonaro para a aplicação do tarifaço e de sanções a ministros do STF pelo governo dos Estados Unidos.
Neste sábado(22), foi detectada uma tentativa de romper a tornozeleira eletrônica, o que levou a prisão na sede da Polícia Federal em Brasília, onde Bolsonaro está cumprindo a pena.
Base governista se articula para barrar anistia
Ao mesmo tempo que a oposição tenta colocar a PL da Dosimetria em votação, a base governista no Congresso Nacional volta a se articular em prol de barrar o projeto de lei e garantir a manutenção da pena.
Segundos interlocutores, alguns deputados buscam votos do Centrão para tentar barrar a PL e podem inclusive se aproveitar de insatisfações que tem surgido nos últimos dias durante as discussões do projeto.
Além disso, o senador e líder do governo no Congresso Jacques Wagner (PT-BA) afirmou que não há motivo para pautar anistia. Outro líder do governo que se manifestou foi o deputado Lindbergh Farias(PT-RJ) que classificou as discussões sobre anistia como uma loucura e citou as milhões de vítimas da Ditadura Militar que não tiveram direito a um processo legal e nem ver seus algozes condenados por seus crimes.
Ministro José Múcio afirma que prisões encerram ciclo (Vídeo: Reprodução/YouTube/ Record News)
Após a prisão e trânsito em julgado, a base governista celebrou a prisão de Bolsonaro e de outros membros do núcleo principal da trama golpista, classificando o momento como histórico.
O ministro da Defesa José Mucio afirmou em entrevista no Congresso que as prisões encerram um ciclo de impunidade, com os CPFs sendo punidos criminalmente e que as instituições foram de fato preservadas, apesar de um processo doloroso e elogiou o STF por ter atravessado o processo com um grau de responsabilidade enorme.
Nesta terça-feira (25), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebesse “alimentação especial” ou “quentinha” na Superintendência da Polícia Federal (PF). A decisão foi tomada após a defesa de Bolsonaro ter feito o pedido, justificando seu quadro de saúde.
Moraes também destacou que a quentinha deve ser entregue por uma pessoa previamente cadastrada pela defesa de Bolsonaro, e que a alimentação será fiscalizada pela PF.
Bolsonaro na prisão
No sábado (22), o ministro do STF converteu a prisão domiciliar do ex-presidente em prisão preventiva na Superintendência da PF, após Bolsonaro ter tentado violar a tornozeleira eletrônica que usava. Moraes e a PF também afirmaram que a aglomeração de apoiadores do ex-presidente, que ocorreu próximo ao condomínio onde Bolsonaro residia, poderia atrapalhar a fiscalização das medidas.
Bolsonaro na porta na PF (Foto: reprodução/Instagram/@gabriela.bilo)
Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado. Segundo a denúncia, ele liderou uma organização criminosa voltada a planejar um golpe de Estado e articulou ações para interferir nas eleições de 2022, além de disseminar informações falsas.
A alimentação no período recluso
“Em virtude do pedido de JAIR MESSIAS BOLSONARO de alimentação especial, AUTORIZO sua entrega por pessoa previamente cadastrada pela defesa do custodiado e no horário fixado pela Polícia Federal, que deverá fiscalizar e registrar o que for entregue”, escreveu Moraes.
O filho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro, relatou que a saúde de Bolsonaro na prisão “preocupa a família”. “Ele teve crise de soluço e fico preocupado por isso”, afirmou.
Bolsonaro em prisão domiciliar (Foto: reprodução/Instagram/@gabriela.bilo)
De acordo com o senador Flávio Bolsonaro, Jair Bolsonaro tem uma “preocupação com a origem da comida” na PF e, por esse motivo, prefere que os alimentos sejam levados por familiares. A esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, também destacou a sua preocupação referente à alimentação de Bolsonaro e, ainda, demonstrou estar apreensiva com a possibilidade de a alimentação agravar as crises de soluço e vômito do ex-presidente.
Nesta quarta-feira (26), o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), acusado de articular sanções ao Brasil e a autoridades brasileiras nos Estados Unidos. A decisão o tornou réu pelo crime de coação.
O caso do réu
Nos Estados Unidos desde fevereiro, o deputado foi acusado de intimidação contra o STF para que houvesse a arquivação da ação contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi condenado a 27 anos e 3 meses por tentar um golpe de Estado nas eleições de 2022.
Eduardo Bolsonaro se torna réu por coação (Vídeo: reprodução/Instagram/@blogdaheloisamacedo)
O caso do deputado estava em análise e foi concluído na madrugada desta quarta-feira (26). Como Eduardo não possuía advogado, a Defensoria Pública da União (DPU) fez a defesa do deputado e fez o pedido para que houvesse a rejeição da denúncia, pois suas ações foram“exercício legítimo da liberdade de expressão e do mandato parlamentar”.
Apesar disso, a denúncia foi acatada, e entre os que votaram para recebê-la estão o ministro relator Alexandre de Moraes e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.
Os próximos passos
O ministro relator do STF, Alexandre de Moraes, citou as sanções econômicas contra o Brasil e outras ações feitas pelo deputado como provas da articulação de Eduardo Bolsonaro com autoridades americanas.
Segundo Moraes, o deputado Eduardo Bolsonaro buscava constituir “a criação de um ambiente institucional e social de instabilidade, com aplicação de crescentes sanções a autoridades brasileiras e prejuízos econômicos ao Brasil” para coagir os Ministros do Supremo Tribunal Federal e favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Eduardo Bolsonaro se torna réu por coação (Foto: reprodução/Instagram/@todabahia)
De acordo com o deputado ele não pode voltar ao Brasil porque será “mais um refém preso” na mão do ministro do STF. Após essa decisão do STF, Eduardo responderá a um processo na Suprema Corte com a presença de testemunhas, provas e interrogatório.
Após fazer uma visita ao ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira (25), o senador Flávio Bolsonaro (PL) afirmou que o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apresentou uma crise de soluços durante a madrugada. Bolsonaro está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) desde o último sábado (22), por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Flávio disse que o pai está com confusão mental devido a ingestão de medicamentos e que permanece soluçando.
Condições médicas
“É um cara de 70 anos de idade. Aqui ele fica sozinho na sala, ele teve outra crise de soluço de ontem pra hoje” afirmou o senador. O senador relatou que o pai afirmou ter sido bem atendido e que a crise foi amenizada depois que um policial federal ofereceu o medicamento a ele. O filho de Bolsonaro insistiu no retorno do pai à prisão domiciliar.
Bolsonaro durante prisão domiciliar, saindo do hospital (Foto: reprodução/Sergio Lima/AFP/Getty Images Embed)
Bolsonaro recebeu a visita dos seus filhos Carlos Bolsonaro e Flávio Bolsonaro na manhã desta terça-feira (25), após autorização do ministro Alexandre de Moraes. Seguindo as normas, as visitas devem ocorrer das 9h às 11h, com até 30 minutos de duração com ambos em horários distintos. Na quinta, Bolsonaro deve receber outro filho, Jair Renan Valle Bolsonaro. A visita seguirá as mesmas regras anteriores.
Prisão preventiva
Bolsonaro está detido em uma sala especial na PF, reservada para autoridades, desde as primeiras horas da manhã de sábado. Ele foi considerado o líder da organização criminosa que visava mantê-lo no poder depois das eleições de 2022 e condenado ao cumprimento da pena em regime fechado. O ex-presidente usava tornozeleira eletrônica por outro processo judicial, desde julho.
De acordo com a PF, houve risco de fuga após Bolsonaro tentar romper tornozeleira e a aglomeração de apoiadores do ex-presidente poderia atrapalhar a fiscalização das medidas.. Após isso, o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva.
Segundo Moraes, em caso de emergência médica, é preciso acionar o SAMU. A médica médica Marina Grazziotin Pasolini prescreveu os medicamentos do ex-presidente e a equipe médica terá acesso para acompanhar qualquer alteração do quadro de Bolsonaro.
O ministro Alexandre de Moraes definiu nesta terça (25), no STF, onde cada um dos integrantes do “núcleo crucial” da trama golpista deverá cumprir suas penas. Os endereços concluem a tramitação das ações, dando por encerrado o processo. Bolsonaro seguirá na superintendência da PF.
A decisão de Moraes veio logo após o STF dar por concluído o processo contra os réus. O prazo para o envio de novos embargos pelos advogados de defesa encerrou ontem e assim o STF estava liberado para dar seguimento às condenações.
Onde cada condenado irá ficar
Para o cumprimento das prisões, foram escolhidos cinco lugares entre Brasília e Rio de Janeiro.
Jair Bolsonaro permanece na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde já está desde o último sábado (22) e sua pena foi de 27 anos e três meses em regime fechado. Ele está em um quarto com ar-condicionado, televisão, tem recebido visitas e possui atendimento médico 24 horas.
Anderson Torres irá para Papudinha, no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. O ex-secretário de Segurança Pública vai cumprir seus 24 anos de prisão no 19° Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal.
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, teve sua pena de 19 anos de prisão e Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, foi condenado a 21 anos de prisão. Os dois irão para o Comando Militar do Planalto, em Brasília.
Almir Garnier Santos ficará preso na Estação Rádio da Marinha em Brasília. A pena do ex-comandante da Marinha foi de 24 anos de prisão. O local onde cumprirá sua pena pode mudar caso o STF decida votar pela cassação da sua patente.
Já Walter Souza Braga Netto foi o único que ficará fora da capital do país. Ele está preso desde 14 de dezembro de 2024, por tentar atrapalhar as investigações, na 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, no Rio de Janeiro, onde permanecerá cumprindo sua pena de 26 anos.
No caso do deputado Alexandre Ramagem Rodrigues, Moraes não definiu um local para o cumprimento, pois o réu está foragido em Miami. O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência foi condenado a 16 anos, 1 mês e 15 dias, além da perda de seu mandato parlamentar. Seu nome também foi incluído no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões.
Mauro Cid, delator do processo, está preso desde começo do mês (Foto: Reprodução/Anadolu/ Getty Images Embed)
Benefício da delação
O tenente-coronel Mauro Cid, também foi condenado como parte do núcleo crucial. Mas, ao fazer sua delação premiada, recebeu uma pena menor: dois anos em regime aberto. A defesa de Cid não recorreu da sentença e ele começou a cumprir sua pena no começo do mês em Brasília. O tenente-coronel não pode sair do país, nem ter contato com os outros envolvidos no processo e precisa ficar em casa das 20 h às 6h.
Todos os condenados ainda vão passar nesta semana por uma audiência de custódia para avaliar a legalidade da prisão e conferir se os direitos fundamentais e sua integridade física e psicológica foram respeitados.
O edifício militar Papudinha, 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, localizado no Complexo Penitenciário da Papuda, inicia sua utilização para o cumprimento das penas dos indivíduos condenados pela conspiração golpista.
O Supremo Tribunal Federal (STF) optou por utilizar a estrutura destinada inicialmente a policiais e detentos com “prisão especial” para receber os réus acusados de crimes contra o Estado Democrático de Direito. A decisão representa um novo estágio na utilização das unidades militares no sistema carcerário do Distrito Federal.
Estrutura e perfil da Papudinha
A Papudinha se distingue das celas convencionais do Complexo da Papuda: possui espaço para aproximadamente 60 detentos e geralmente abriga policiais, militares ou autoridades com direito a tratamento diferenciado.
Em vez de celas convencionais, as celas são dispostas em alojamentos coletivos, que contam com banheiro, copa, área de descanso e espaços compartilhados.
Papuda, conhecida como Papudinha (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
A unidade também oferece comodidades extras: é permitido instalar itens como frigobar ou televisão, desde que sejam doados por familiares, uma concessão atípica em instituições penitenciárias convencionais.
Critérios de seleção para réus e contexto de superlotação
A Papudinha não presta atendimento a presos comuns. Ao longo da história, ela recebe detentos de perfil especial, como policiais militares, civis com direito à “Sala de Estado-Maior” ou presos que, por motivos de segurança, não podem ser acomodados nas celas comuns.
Condenados irão cumprir a sentença no prédio militar (Vídeo: reprodução/YouTube/Terra Brasil)
Essa alternativa se torna importante diante da questão da superlotação que aflige o Complexo da Papuda: em outubro, foi relatado que as unidades convencionais funcionavam com uma ocupação muito acima de sua capacidade.
O uso da Papudinha para cumprir penas dos réus da trama golpista constitui um desafio tanto simbólico quanto prático para o sistema prisional do Distrito Federal. Por um lado, destaca a implementação de critérios distintos para detentos com antecedentes criminais ou condição especial. Por outro lado, reacende a discussão sobre a equidade na execução das penas e as condições das unidades comuns, que estão cada vez mais superlotadas.
A destinação de indivíduos condenados por motivos políticos ou militância a um regime diferenciado suscita dúvidas acerca de justiça, privilégio e transparência no sistema prisional.
Nesta terça (25) o Supremo Tribunal Federal (STF) que o processo por golpe de Estado do ex-presidente Jair Bolsonaro, não cabe mais recursos abrindo caminho para que as penas de prisão sejam executadas. Bolsonaro foi condenado por liderar uma organização criminosa que tentou impedir a posse do presidente Lula e subverter o Estado Democrático de Direito. Sua pena foi julgada pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão em, inicialmente, regime fechado.
Decisão do STF
O Ministro Alexandre de Moraes, logo após a decisão que não cabia recurso, mandou prender Bolsonaro, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde o ex-presidente já está preso desde sábado. A qualquer momento Moraes decreta o início da pena e assim os condenados serão levados aos locais definidos por Moraes, onde cumprirão as penas.
Além de Bolsonaro, Alexandre de Moraes também decretou o caso encerrado para os seguintes condenados. O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, Anderson Torres, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da Casa Civil, Braga Netto.
Paulo Sérgio Nogueira e Augusto Heleno foram presos nesta terça. Braga Netto já estava preso. Ramagem deverá comprimir em, inicialmente, regime fechado de 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão. Já a pena de Anderson Torres é de 24 anos em regime fechado.
Moraes entendeu que processo não cabe recursos (Foto: reprodução / Evaristo SA / Getty Images Embed)
Não cabe recursos
O prazo para a apresentação dos segundos embargos de declaração terminou nesta segunda-feira (24) e a defesa de Bolsonaro optou por não apresentá-los. Apesar desses recursos não alterarem as penas, eles ajudam a esclarecer alguns pontos da decisão. Os outros réus apresentaram os segundos embargos, mas Moraes entendeu que não caiam esses recursos.
O STF ainda entende que certos tipos de recursos só são admitidos quando existem pelo menos dois votos pela absolvição, o que não ocorreu no julgamento de setembro.
Bolsonaro está preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, desde sábado (22). Apesar da prisão não ter relação direta com o processo do golpe.
Moraes decretou a prisão preventiva do ex-presidente após a Polícia Federal apontar que a tornozeleira eletrônica que ele usava em prisão domiciliar foi violada e o risco de fuga durante uma vigília religiosa organizada pelo senador Flávio Bolsonaro, seu filho, na porta da casa de Bolsonaro.
Para Moraes, a combinação destes dois eventos poderia ser uma “estratégia de evasão” parecida com a de outros aliados de Bolsonaro. A defesa do ex-presidente alegou que ele sofreu um episódio de confusão mental e alucinações provocadas pelo uso de medicamentos e que não houve uma tentativa de fuga. Ainda nesta segunda (24), a Primeira Turma do STF votou por unanimidade para manter a prisão preventiva.
Reportes abordam Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, neste sábado (22) de novembro, próximo a Casa Branca, enquanto se deslocava para uma Base Aérea. Trump teve Bolsonaro como aliado próximo a seus ideais e pensamentos políticos, influenciando o presidente a tomar decisões severas de taxações ao Brasil.
Os reportes questionaram a sua perspectiva diante a ordem de prisão preventiva solicitada pela Polícia Federal, após tomar conhecimento de violação da tornozeleira eletrônica.
Trump é questionado sobre a detenção de Bolsonaro
“Não, eu não sei nada sobre isso. Eu não ouvi sobre isso. Foi isso que aconteceu?É uma pena, uma pena, eu só acho que é uma pena“. Trump lamentou, após respostas de jornalistas sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal.
Trump responde ao ser questionado sobre prisão de Jair Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
A ordem de prisão preventiva de Bolsonaro foi realizada urgentemente após tomar conhecimento da violação da tornozeleira eletrônica e vigília incitada por Flávio Bolsonaro. Ministro Alexandre de Moraes, cita o Flávio como responsável por acelerar o processo de prisão com ações desrespeitosas que descumpririam medidas judiciais e que proporcionam riscos à ordem pública.
Trump indica ter conversado com Lula
Após o presidente conversar com os jornalistas sobre a prisão Bolsonaro no dia 22 de novembro, Casa Branca enviou e-mail a um mailing de jornalistas que cobrem o governo, destacando as falas do presidente. No e-mail diz “Trump pareceu indicar a entender que conversou com o presidente Lula na noite anterior.” ao responder um dos reportes presente.
Segundo a Casa Branca, Trump disse “Eu falei ontem à noite com o cavalheiro ao qual você acabou de referir“, não especificando qual seria o “cavalheiro”.
A Casa Branca enviou um segundo email, informando não ser possível compreender a quem o presidente se referia, deixando aberto, podendo ser Bolsonaro ou Lula; e que os jornalistas do pool seguiam solicitando esclarecimentos. A omissão de informações resulta num mistério à quem o Trump queria mencionar quando respondeu uma das perguntas.
Donald Trump foi surpreendido com a notícia da prisão de Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente brasileiro. Bolsonaro, foi um dos aliados de apoio de Trump, resultando em diversas medidas tomadas pelos EUA contra o Brasil no governo Lula.
Atualmente, o presidente brasileiro, Lula (PT), está construindo ambiente de diálogo com o presidente Trump, tornando-se o possível cavalheiro mencionado.
Preso após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, na manhã de sábado (22), por apresentar risco de fuga, Jair Bolsonaro recebeu alimentos e produtos de higiene de familiares e apoiadores, além da visita de Michelle Bolsonaro.
Do lado de fora da Superintendência da PF, grupos de apoiadores se reuniram com bandeiras do Brasil e realizaram orações para o líder político. A Polícia Militar esteve no local para garantir a ordem e a segurança.
Primeiras horas de Bolsonaro na PF
Desde a chegada à Superintendência da PF, na manhã de sábado (22), o ex-presidente só tem comido alimentos levados por familiares e auxiliares. Nas primeiras horas, evitou refeições oferecidas aos custodiados pela corporação e seguiu uma dieta médica com pouca gordura.
Em sua primeira noite, aliados informaram que Bolsonaro dormiu bem, acordou às 6h e recebeu pão com ovo e café com leite às 7h. Estava mais calmo e conversando normalmente. A confusão relatada pela equipe médica teria sido superada após ajustes na medicação.
Bolsonaro recusa jantar na PF (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)
Na parte da tarde, recebeu visita de advogados e de sua esposa e ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Aliados esperam que a família continue sendo autorizada para visitas enquanto o ex-chefe do Executivo estiver preso.
STF julga prisão de Bolsonaro
A audiência de custódia realizada na tarde deste domingo (23) decidiu pela permanência de Jair Bolsonaro em prisão preventiva, na Superintendência da Polícia Federal. Na audiência, um juiz auxiliar do gabinete do ministro do STF, Alexandre de Moraes, avaliou se a prisão do ex-presidente era legal e se seus direitos foram respeitados. O líder político não fez queixas após o exame de corpo de delito feito no dia anterior.
A audiência foi realizada virtualmente, com a presença do juiz, advogados de defesa e um representante do Ministério Público Federal.
Nesta segunda (24), a Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino, irá analisar a prisão de Bolsonaro.