Filhos de Jair Bolsonaro são autorizados a visitá-lo na Superintendência da Polícia Federal

Após a defesa solicitar nesta quarta-feira, a autorização para visitar Jair Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) devem visitar o ex-chefe do Executivo na próxima terça-feira (2). As visitas deverão ocorrer entre 09h e 11h da manhã, por no máximo 30 minutos cada. Carlos e Flávio deverão ser recebidos separadamente.

Segunda visita

Será a segunda visita de Carlos e Flávio a Bolsonaro na PF. A primeira ocorreu na manhã desta terça-feira (25). Após a visita, o senador Flávio Bolsonaro disse que seu pai pediu para que os presidentes Hugo Motta (Republicanos-PB), da Câmara dos Deputados, e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), do Senado, pautassem a PL da Anistia e afirmou que o ex-presidente está “muito indignado, inconformado” com a prisão.

O PL da Anistia está parada no Congresso e só deve avançar após o relator, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que mudou o nome do projeto para “PL da Dosimetria”, finalizar seu parecer.

O vereador Carlos Bolsonaro, em entrevista pós visita, afirmou que seu pai não teve participação na tentativa de golpe. “Ele não estava aqui”, disse o vereador, após a entrevista. No final da tarde desta quinta-feira (27), o filho 02, através de redes sociais, informou que Bolsonaro apresentou mais uma crise de soluço e refluxos, precisando de assistência médica.


Carlos Bolsonaro fala sobre a saúde de Bolsonaro (Foto: reprodução/X/@CarlosBolsonaro)


Até o momento, o ex-presidente vem recebendo visitas de seus familiares às terças e quintas. Segundo a regra da Polícia Federal, as visitas só podem ocorrer por no máximo duas pessoas ao dia.

Michelle Bolsonaro e Jair Renan

Nesta quinta-feira (27), pela manhã, Bolsonaro recebeu sua esposa, Michelle Bolsonaro, e seu filho, o vereador de Balneário Camboriú, Jair Renan (PL-SC).

Na saída da Superintendência da PF, Jair Renan disse que Jair Bolsonaro estava “muito triste” e “fragilizado”. “Eu vim levantar o ânimo do meu velho”, disse o vereador de Balneário Camboriú, que levou também um livro de caça palavras para seu pai.

Bolsonaro não terá “saidinha” de Natal

O ex-presidente, Jair Bolsonaro, condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado, não poderá se beneficiar da “saidinha” de Natal para passar as festas de fim de ano com a família.

O jornalista Pedro Venceslau, em apuração para o “CNN 360º”, perguntou a alguns especialistas sobre a possibilidade de o ex-presidente gozar do benefício. Segundo os consultados, Bolsonaro ficará impedido de sair no feriado porquê, de acordo com o estabelecido na Lei de Execução Penal, o benefício da saída temporária é exclusivo para os detentos que cumprem pena em regime semiaberto, o que não é o caso do político. Além disso, Bolsonaro foi considerado “risco de fuga” durante a prisão domiciliar, portanto, o benefício não pode ser aplicado.

Progressão ao regime semiaberto

A progressão para o regime semiaberto só pode ocorrer após o cumprimento de 25% da pena, o que, no caso de Bolsonaro, ocorrerá em aproximadamente seis anos. Porém, o cumprimento do prazo não é garantia do benefício. Mesmo após atingir o período mínimo exigido, o ex-presidente pode enfrentar restrições devido a alterações recentes na lei.


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Bolsonaro fotografado na garagem de sua casa durante prisão domiciliar (Foto: reprodução/Sergio Lima/Getty Images Embed)


O chamado “PL da Saidinha” foi aprovado em 2024 e tornou as regras para o benefício ainda mais rígidas. Segundo a nova legislação, pessoas que cometeram crimes com violência ou grave ameaça, caso dos crimes pelos quais Bolsonaro responde, não têm direito ao benefício.

Condenação

Jair Bolsonaro foi condenado pelo STF pelos crimes de liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

O ex-presidente foi levado à Superintendência da PF em Brasília, no último sábado (22), após um vídeo do senador Flávio Bolsonaro convocar uma vigília em frente ao condomínio do pai, concomitante a uma violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro. Na última terça-feira (25), iniciou o cumprimento da pena.

Bolsonaro tem salário e atividades suspensas pelo PL

Por meio de um informativo publicado nesta quinta-feira (27), o Partido Liberal (PL) suspendeu a remuneração e as atividades de Jair Bolsonaro, que ocupava o cargo de “presidente de honra” do PL desde 2023, quando deixou o Palácio do Planalto.

Sóstenes Cavalcante, líder do partido, disse que a decisão foi tomada após avisos do corpo jurídico da legenda, com o objetivo de evitar possíveis sanções políticas.

Superintendência da PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preventivamente detido na manhã do último sábado (22), após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar em suas redes sociais, uma vigília em frente ao condomínio onde o pai cumpria prisão domiciliar.

Na mesma noite, o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica, ligado à Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, informou ao STF que houve uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica usada por Jair Bolsonaro, que precisou ser trocada pelos agentes que o monitoravam.

A suspensão do salário de R$ 42 mil foi justificada pelo partido político. “Infelizmente, por decorrência da lei (Lei 9096/95 – REspEl n° 060026764; AGR-RO 060023248) e em razão da suspensão dos direitos políticos do nosso presidente de honra, Jair Bolsonaro, as respectivas atividades partidárias de nosso líder estarão igualmente suspensas, inclusive a sua remuneração, enquanto perdurarem os efeitos do acórdão condenatório na AP 2668″, informou o PL.


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Bolsonaro na garagem de sua casa, onde cumpria prisão domiciliar. (Foto: reprodução / Sergio Lima / Getty Images Embed)


Cargo de honra

Sóstenes Cavalcante afirmou que o cargo de presidente de honra ficará vago até que Bolsonaro seja libertado. “Só tem este nome porque só uma pessoa é digna de cargo de honra”, afirmou. Jair Bolsonaro se filiou ao PL em 2021, após deixar o antigo PSL, atual União Brasil após fusão com o Democratas. O partido pagava ao ex-presidente um salário de R$ 42 mil.

Desde a última terça-feira (25), Bolsonaro cumpre a pena de 27 anos e 3 meses em regime fechado, após as investigações de um plano de golpe de Estado no Brasil. O STF condenou Bolsonaro pelos crimes de liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Defesa de Jair Bolsonaro nega sobre o uso de celular durante visita 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, cobrou explicações da defesa de Jair Bolsonaro após o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ser flagrado utilizando um celular durante uma visita ao ex-presidente.

Na última sexta-feira (21), imagens exibidas pelo Jornal Nacional mostraram o deputado utilizando o aparelho enquanto conversava com Bolsonaro. O uso de celulares é terminantemente proibido para visitantes e para o próprio ex-presidente, devido às regras impostas em sua prisão domiciliar.


Nikolas Ferreira utilizando o celular e conversando com Bolsonaro (Foto: Reprodução/ TV Globo)


A Defesa Nega Uso e Contato

Em resposta à cobrança de Moraes, os advogados de Bolsonaro enviaram explicações ao STF, negando irregularidades e alegando que o ex-presidente estava cumprindo corretamente sua pena. A defesa enfatizou o rigor do cumprimento das regras:

O Peticionário cumpria à exatidão a determinação de Vossa Excelência, sem uso ou mesmo contato visual com o aparelho celular do deputado federal […] O Peticionário reafirma que sempre cumpriu estritamente todas as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal, reiterando que não fez o uso de qualquer telefone celular, direta ou indiretamente, ao longo de todo o período em que esteve submetido à prisão domiciliar.

O deputado Nikolas Ferreira também se defendeu em uma publicação na rede social X, alegando que não houve comunicação prévia de qualquer restrição ao uso de celular, nem por parte do Judiciário, nem pelos agentes responsáveis pela fiscalização durante a visita.


Bolsonaro durante sua saída no Hospital DF Star, em Brasília, no mês de setembro (Foto: reprodução/Ton Molina/Getty Images Embed)


Contexto e Desdobramento da Prisão

Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto, imposta por suspeita de tentar interferir no processo sobre os ataques de 8 de Janeiro de 2023. A proibição do uso de celular era uma das medidas cautelares em vigor.

O caso do celular, somado a outros indícios, levou a uma escalada nas medidas judiciais. No último sábado (22), por determinação de Moraes, o ex-presidente Bolsonaro foi preso preventivamente. O motivo para a prisão mais severa foi o risco de fuga, após o ex-presidente supostamente tentar violar a tornozeleira eletrônica. Atualmente, ele permanece sob custódia na Superintendência da Polícia Federal.

STF declara que processo por golpe de Estado está encerrado

Nesta terça (25) o Supremo Tribunal Federal (STF) que o processo por golpe de Estado do ex-presidente Jair Bolsonaro, não cabe mais recursos abrindo caminho para que as penas de prisão sejam executadas. Bolsonaro foi condenado  por liderar uma organização criminosa que tentou impedir a posse do presidente Lula e subverter o Estado Democrático de Direito. Sua pena foi julgada pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão em, inicialmente, regime fechado.

Decisão do STF

O Ministro Alexandre de Moraes, logo após a decisão que não cabia recurso, mandou prender Bolsonaro, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde o ex-presidente já está preso desde sábado. A qualquer momento Moraes decreta o início da pena e assim os condenados serão levados aos locais definidos por Moraes, onde cumprirão as penas.

Além de Bolsonaro, Alexandre de Moraes também decretou o caso encerrado para os seguintes condenados. O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, Anderson Torres, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da Casa Civil, Braga Netto.

Paulo Sérgio Nogueira e Augusto Heleno foram presos nesta terça. Braga Netto já estava preso.  Ramagem deverá comprimir em, inicialmente, regime fechado de 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão. Já a pena de Anderson Torres é de 24 anos em regime fechado.


Moraes entendeu que processo não cabe recursos (Foto: reprodução / Evaristo SA / Getty Images Embed)


Não cabe recursos

O prazo para a apresentação dos segundos embargos de declaração terminou nesta segunda-feira (24) e a defesa de Bolsonaro optou por não apresentá-los.  Apesar desses recursos não alterarem as penas, eles ajudam a esclarecer alguns pontos da decisão. Os outros réus apresentaram os segundos embargos, mas Moraes entendeu que não caiam esses recursos.

O STF ainda entende que certos tipos de recursos só são admitidos quando existem pelo menos dois votos pela absolvição, o que não ocorreu no julgamento de setembro.

Bolsonaro está preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, desde sábado (22). Apesar da prisão não ter relação direta com o processo do golpe.

Moraes decretou a prisão preventiva do ex-presidente após a Polícia Federal apontar que a tornozeleira eletrônica que ele usava em prisão domiciliar foi violada e o risco de fuga durante uma vigília religiosa organizada pelo senador Flávio Bolsonaro, seu filho, na porta da casa de Bolsonaro.

Para Moraes, a combinação destes dois eventos poderia ser uma “estratégia de evasão” parecida com a de outros aliados de Bolsonaro. A defesa do ex-presidente alegou que ele sofreu um episódio de confusão mental e alucinações provocadas pelo uso de medicamentos e que não houve uma tentativa de fuga. Ainda nesta segunda (24), a Primeira Turma do STF votou por unanimidade para manter a prisão preventiva.

Prisão de Bolsonaro reacende pressão de aliados por anistia

Neste sábado (22) aconteceu a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, o que provocou uma nova movimentação entre setores da oposição, que passaram a intensificar as articulações para reabrir o debate sobre o Projeto da Dosimetria.

A iniciativa, que modifica critérios de cálculo das penas, vinha sendo considerada como uma saída alternativa diante da dificuldade de avançar com a proposta de anistia aos participantes dos atos considerados golpistas.

Movimento do PL cresce no Congresso

Nesta segunda-feira (24) após a reunião, os parlamentares do PL, declararam que planejam reforçar sua mobilização para tentar aprovar o projeto ainda em 2025. A movimentação avança mesmo diante das declarações de aliados que, em público, continuam sustentando que a pauta central do partido permanece sendo a anistia.

Esse movimento revela uma estratégia dupla, enquanto a legenda mantém o discurso oficial em torno da anistia, nos bastidores cresce a pressão para acelerar a tramitação de propostas alternativas, vistas como instrumentos capazes de oferecer algum alívio político e jurídico aos envolvidos nos episódios contestados.

Parlamentares avaliam que a prisão preventiva — motivada por risco de fuga, violação da tornozeleira e tentativa de mobilizar apoiadores contra medidas cautelares — abriu um novo cenário político na oposição.

A postura indica que o partido busca equilibrar narrativa e ação prática, tentando preservar apoio de sua base sem abrir mão de soluções imediatas no Congresso.

Flávio Bolsonaro destaca anistia

O filho de Jair Bolsonaro e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que a oposição não pretende recorrer a manobras de obstrução,  que são instrumentos regimentais usados para retardar deliberações, e destacou o interesse em ver o Projeto da Dosimetria avançar no plenário. Apesar disso, enfatizou que a prioridade política da bancada segue sendo a anistia.


Senador Flavio Bolsonaro (PL)  (Foto: reprodução/Sergio Lima/Getty images)


O senador afirmou às 17h47 que a prioridade da oposição continua sendo a anistia, ressaltando que esse tema deve ganhar força novamente em 2026. Flávio destacou que a bancada sempre deixou claro quais tipos de acordos não aceitariam, reforçando que o compromisso político não está voltado para a dosimetria, mas sim para a anistia.

Integrantes da oposição afirmam que o uso da tornozeleira era secundário. Mesmo com laudo médico comprovando os remédios tomados por Bolsonaro, Alexandre de Moraes teria ignorado as evidências científicas, adotando postura considerada negacionista.

STF mantém prisão preventiva de Jair Bolsonaro

Nesta segunda-feira (24), a Primeira Turma do STF, composta por Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, votou de forma unanime , junto com a decisão de Alexandre de Moraes, a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está preso desde sábado (22). Anteriormente, Bolsonaro estava em prisão domiciliar.

Motivo da prisão

A prisão foi decretada após Bolsonaro ser flagrado tentando violar sua tornozeleira eletrônica com um ferro de solda. Ele está detido desde sábado (22) em uma sala da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Em sua defesa, Bolsonaro afirmou que o episódio teria sido resultado de um surto desencadeado por medicação, mencionando “paranoia” causada por remédios.

Segundo Moraes, a decisão de migrar Bolsonaro para a prisão preventiva se justifica pelo risco de fuga e pela mobilização de apoiadores. Ele citou uma vigília convocada por Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, em frente ao local onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar, o que, na visão do ministro, configurou uma ameaça à ordem pública.


Jair Bolsonaro (Foto: reprodução/EVARISTO SA/Getty Images Embed)


Risco aos moradores

Flávio Dino acrescentou que a manifestação representava risco para os moradores da região, dada a densidade da área. Ele também mencionou tentativas anteriores de fuga por pessoas ligadas a Bolsonaro, reforçando o argumento de que há um “ecossistema criminoso” associado ao entorno do ex-presidente.

Como foi a votação

A sessão de votação foi realizado de forma virtual: cada ministro registrou seu voto por meio eletrônico, sem a necessidade de presença física. A ministra Cármen Lúcia foi a última a se posicionar, mesmo tendo até o fim do dia para registrar seu voto.

Com três ministros favoráveis, a medida de prisão preventiva permanece vigente. A decisão abre caminho para que Bolsonaro comece a cumprir pena, após já ter sido condenado pelo STF por tentativa de golpe de Estado e outros crimes graves por 27 anos  e 3 meses de prisão.

Moraes permite visitas médicas a Bolsonaro sem prévia autorização

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu que os médicos de Jair Bolsonaro podem continuar o visitando sem precisar solicitar autorização antes, mesmo agora que ele está preso na sede da Polícia Federal em Brasília. A regra havia sido imposta por Moraes após a prisão do ex-presidente.

Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã de sábado (22), sendo levado para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, por apresentar risco de fuga, além de ter violado a tornozeleira eletrônica.

No mesmo dia, foi realizada uma audiência de custódia, que manteve a prisão preventiva de Bolsonaro, que alegou que teve uma “certa paranoia” no final de semana, causado por medicamentos receitados por médicos diferentes e por não conseguir dormir direito. Segundo ele, esses fatores levaram a violar a tornozeleira com ferro de solda.

Visita médica é autorizada

Na decisão, o ministro disse que irá manter as visitas médicas, sem necessidade de autorização judicial, e que o tratamento médico será disponibilizado em tempo integral, no regime de plantão.


Bolsonaro recebe visita médica na PF (Vídeo: reprodução/YouTube/Jovem Pan News)


Para conseguir um atendimento médico emergencial, Moraes apontou um protocolo especial que deverá ser seguido: se houver algum problema de saúde, o médico-chefe da PF será acionado. Em emergências, o Samu deverá ser chamado.

Bolsonaro continuará tomando os remédios prescritos pela médica responsável, Marina Grazziotin Pasolini; a equipe médica autorizada terá acesso direto para acompanhar sua saúde e receber informações sobre qualquer mudança ou necessidade.

Moraes autoriza visita de filhos de Bolsonaro

Além de visitas médicas, Alexandre de Moraes autorizou a visita de três filhos de Bolsonaro (Flávio, Carlos e Jair Renan). O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) vão visitar o pai nesta terça-feira (25), das 9h às 11h, mas em horários diferentes. Já o filho e vereador de Balneário Camboriú, Jair Renan (PL-SC), visitará na quinta-feira (27). Cada visita tem a duração de até 30 minutos.

Na tarde de domingo (23), o ex-presidente recebeu a visita da esposa e ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Ela chegou a PF às 15h e saiu por volta de 16h50. A visita foi autorizada, com o prazo máximo até 17h.

Jair Bolsonaro tem autorização para receber visita da esposa na sede da PF

O ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL) obteve autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para receber visita de sua esposa, Michelle Bolsonaro, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Ele passou por uma audiência de custódia ao meio-dia deste domingo (23).

Contudo, em relação aos filhos, Moraes não permitiu a visitação. A alegação é de que a defesa não disse quais deles estariam com o ex-presidente. Jair é pai do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), do deputado federal e atualmente exilado político Eduardo Bolsonaro (PL-SP), do vereador Jair Renan (PL-SC) e de Laura, que completou 15 anos recentemente.

Visita da esposa

A esposa de Jair, Michelle Bolsonaro, recebeu autorização de Alexandre de Moraes para visitar o marido na sede da Polícia Federal, onde ele está detido. O horário está previsto para a tarde deste domingo (23), entre 15h e 17h. Michelle estava em um evento do Partido Liberal (PL) no estado do Ceará no momento da prisão do marido.

Em relação aos filhos de Bolsonaro, a solicitação não foi atendida. Segundo decisão do ministro do Supremo, será necessária uma lista de quais filhos o visitarão para poderem realizar o cadastro e receberem a liberação para adentrar na sede da Polícia Federal. Contudo, mesmo que fossem autorizados de imediato, somente poderão ver o pai a partir de segunda-feira (24).


Gravação de agente da Seap-DF mostra tornozeleira deteriorada (Vídeo: reprodução/YouTube/Claudio Dantas)


Audiência de custódia

Bolsonaro passou pelo procedimento de audiência de custódia por volta do meio-dia deste domingo (23), na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A conversa ocorreu com a juíza auxiliar Luciana Yuki Fugishita Sorrentino, oriunda do gabinete de Alexandre de Moraes.

A audiência de custódia é uma entrevista onde o detido relata se sofreu alguma ilegalidade no momento de sua prisão. O procedimento deve ser realizado em até 24 horas após a prisão, conforme o Artigo 310 do Código de Processo Penal.

O mérito da decisão ainda será analisado pela Primeira Turma do STF, que julgará o caso em sessão virtual nesta segunda-feira (24), das 8h às 20h.

Prisão preventiva

Moraes decretou a prisão preventiva de Bolsonaro após uma suposta tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica. Um vídeo divulgado para a imprensa por agentes do Seap-DF (Secretaria de Administração Penitenciária) mostraria o estado do aparelho, que teria sido violado com uma solda. O alerta de violação foi acionado minutos após a meia-noite de sexta para sábado.

A filmagem não mostra Jair Bolsonaro, somente capta sua voz e as indagações da agente penitenciária. A única imagem mostrada é a da tornozeleira violada.

O tom de voz de Bolsonaro estaria embargado, demonstrando que estaria sob efeito de remédios no momento da gravação. Na audiência de custódia, ele disse que teve “uma certa paranoia de sexta para sábado, em razão de medicamentos que tem tomado”. Os remédios (Pregabalina e Sertralina), segundo ele, têm sido receitados por médicos diferentes (Cláudio Birolini, Leandro Chenique e Marina Graziottin Pasolini) e “interagiram de forma inadequada”. Jair disse que está com “sono picado e não dorme direito”.

Na entrevista, também disse que não nunca teve intenção de fugir por não romper a cinta da tornozeleira. Além disso, sua residência estivera vigiada 24 horas por dia por agentes da Polícia Federal, não sendo possível uma fuga de forma secreta.



Drone da imprensa

Parlamentares aliados de Bolsonaro acusam a rede Globo de invadir a privacidade do ex-presidente. A emissora captou imagens por meio de um drone horas antes de Jair ser preso.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou em seu perfil no X que a atitude da emissora “é uma violação grave de privacidade, totalmente incompatível com qualquer padrão mínimo de ética jornalística”.

A emissora alega que, segundo decisão de Moraes, nenhum dos que foram autorizados a visitar Bolsonaro em sua casa poderiam utilizar aparelho celular. Porém, segundo Nikolas, não há decisão do Judiciário sobre este assunto. Segundo a decisão de Moraes, somente Bolsonaro não pode se manifestar em suas redes sociais.

Risco de fuga e violação na tornozeleira levam à prisão de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi levado pela Polícia Federal na manhã deste sábado após o Supremo Tribunal Federal entender que ele violou as regras do monitoramento eletrônico e demonstrava possibilidade de deixar o território nacional preocupação ampliada após o anúncio de uma vigília em frente à sua casa. A decisão, expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, busca garantir a ordem pública e assegurar o cumprimento das medidas impostas pela Justiça enquanto o caso segue em análise.

Violação na tornozeleira eletrônica de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi detido pela Polícia Federal na capital federal após o ministro Alexandre de Moraes autorizar novamente sua custódia preventiva. A ordem foi fundamentada em um documento da PF que indicou tentativa de interferência no dispositivo de monitoramento e possibilidade de evasão, avaliação que ganhou força depois de Flávio Bolsonaro convocar simpatizantes para se reunirem nas proximidades da casa do pai. Os advogados do ex-presidente reagiram, afirmando que a decisão carece de base concreta, estaria relacionada apenas a um encontro de caráter religioso e ressaltaram que o ex-presidente permanecia sob vigilância contínua no momento em que foi preso.

A defesa também afirma que a saúde de Jair Bolsonaro é delicada e que a prisão pode piorar seu estado, razão pela qual os advogados dizem que irão contestar a decisão. Questionamentos sobre a interferência na tornozeleira admitida anteriormente pelo próprio ex-presidente não foram esclarecidos pelos representantes legais. Mais tarde, o advogado Paulo Cunha Bueno declarou à imprensa que o tema da tornozeleira seria apenas um argumento usado para sustentar a prisão, mas evitou comentar diretamente a alteração registrada no equipamento.

Flávio Bolsonaro criticou a ordem de prisão em uma live no YouTube, dizendo que a medida atinge a liberdade religiosa, manteve o chamado para a vigília e responsabilizou o ministro Alexandre de Moraes por qualquer agravamento da saúde do pai. A manifestação ocorreu no começo da noite, reunindo o senador, aliados e o vereador Carlos Bolsonaro.


Bolsonaro explicando o imposto que será aplicado pelo atual governo (Foto: reprodução/ Instagram/ @jairmessiasbolsonaro)


A decisão também gerou reações de figuras próximas ao ex-presidente, que classificaram a medida como exagerada. Após ser detido, Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal no DF, onde ficará em uma Sala de Estado espaço destinado a autoridades que recebem tratamento diferenciado no cumprimento da prisão.

O caso será avaliado pela Primeira Turma do STF em uma sessão virtual marcada para segunda-feira, enquanto a audiência de custódia está agendada para domingo ao meio-dia. Moraes também negou o pedido da defesa para que Bolsonaro cumprisse a medida em casa por motivos humanitários. Os advogados sustentam que seu estado de saúde com relatos de problemas cardíacos, pulmonares, gastrointestinais, neurológicos e oncológicos tornaria a prisão arriscada. Com a nova detenção, Bolsonaro passa a ser o quarto ex-presidente brasileiro a ser preso em menos de dez anos.

O que Alexandre de Moraes diz na ordem de prisão

Na nova determinação, Alexandre de Moraes afirma que o chamado de Flávio Bolsonaro para uma vigília poderia atrair um grande número de pessoas, criando um ambiente que dificultaria tanto o trabalho de fiscalização quanto a execução de ordens judiciais. Para o ministro, essa mobilização foi interpretada como uma tentativa de criar obstáculos ao cumprimento de medidas legais justamente no momento em que o processo se aproxima de sua fase definitiva, quando não restam mais recursos para a defesa.

O relato também menciona que a integridade comprometida da tornozeleira eletrônica reforçou a suspeita de que Bolsonaro buscava se afastar do controle das autoridades. Um documento da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal registrou um alerta pouco depois da meia-noite, indicando danos expressivos no equipamento que apresentava sinais de queimadura em toda a área de fechamento.

Quando agentes compareceram ao local para averiguar o alerta, o ex-presidente admitiu ter utilizado um ferro de solda, alegando curiosidade. O dispositivo foi substituído na sequência. Na avaliação de Moraes, o episódio demonstra a intenção de danificar o monitoramento eletrônico como forma de possibilitar uma fuga, que poderia ser favorecida pelo tumulto provocado pela mobilização convocada pelo filho do ex-presidente.