Jovem que morreu após invadir jaula de leoa é identificado pela Polícia

O Instituto de Polícia Científica (IPC) identificou o homem que morreu neste domingo (30), após invadir uma jaula e ser atacado por uma leoa, em um zoológico de João Pessoa, na Paraíba. O jovem identificado como Gerson de Melo Machado, de 19 anos, escalou uma parede de mais de seis metros do Parque Arruda Câmara, conhecido como Bica. Após escalar o muro, passou pelas grades de segurança e usou uma árvore para se apoiar e assim, entrar na jaula.

Vaqueirinho já era conhecido por apresentar uma longa ficha de contravenção, desde a adolescência. O jovem já chegou a ser preso por mais de 10 vezes, sendo a última vez na semana passada, quando tentou danificar caixas eletrônicos de uma agência bancária. A Polícia Militar foi acionada e ele foi liberado na última sexta-feira (28), após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

Zoológico está fechado para visitas

Após o ocorrido, a Polícia Militar e o Instituto de Polícia Científica (IPC) foram chamados e compareceram ao local. Segundo informações de uma TV local, o jovem apresentava transtornos mentais.

O zoológico foi fechado para visitas depois do ataque, mas ainda sem previsão de ser reaberto. No momento do ocorrido, o parque estava aberto e recebia visitantes.

Vídeos feitos por visitantes do parque mostram o jovem subindo a estrutura lateral da jaula, usando uma árvore como apoio para entrar no recinto e sendo atacado pela leoa logo em seguida.

Jovem é atacado por leoa após invadir jaula (Vídeo: reprodução/YouTube/Domingo Espetacular)

A prefeitura informou que já deu início às investigações do caso, manifestou também solidariedade às famílias da vítima e afirmou que o local cumpre com as normas técnicas e de segurança.

Veterinário diz que leoa se estressou com a invasão

O veterinário do parque, Thiago Nery, afirmou que a leoa que atacou Vaqueirinho ficou “estressada” e em “choque” após a invasão.

Nery afirmou também que a leoa havia passado por treinamentos que facilitaram a contê-la sem a necessidade do uso de armas ou tranquilizantes, mas que a demora para a volta do animal para o recinto se deu por causa do estado em que ele se encontrava.

A leoa está sendo acompanhada por uma equipe de veterinários, biólogos e zootecnistas, e o monitoramento deve continuar nas próximas semanas.