Rômulo é vendido ao RB Leipzig e rende milhões a Athletico e Maringá

O atacante Rômulo, que atuava pelo Göztepe, da Turquia, assinou com o RB Leipzig, da Alemanha, em uma operação que movimentará consideravelmente os cofres de Athletico e Maringá. O negócio foi fechado por 20 milhões de euros (cerca de R$ 126,1 milhões na cotação atual), com a possibilidade de acréscimo de até 5 milhões de euros (R$ 31,5 milhões) em bônus condicionais.

Participações e mecanismos de pagamento

No começo de 2025, o Furacão ainda possuía 20% dos direitos econômicos do jogador, enquanto o Maringá detinha 30% desse percentual. Isso faz com que, dos 4 milhões de euros correspondentes a essa fatia, aproximadamente R$ 17,6 milhões sejam destinados ao Athletico e R$ 7,5 milhões ao Maringá. Além disso, ambos os clubes receberão valores pelo mecanismo de solidariedade da Fifa: 2,8% (R$ 3,5 milhões) para o Furacão e 0,2% (R$ 252 mil) para o clube paranaense, segundo o sistema Footlink.

Rômulo atuou pelo Maringá apenas na categoria sub-17, em 2018, mas passou a integrar o Centro de Treinamento do Athletico entre 2019 e 2023, dos 17 aos 21 anos. Em fevereiro de 2024, o Furacão o emprestou ao Göztepe, que menos de um ano depois exerceu a opção de compra pelo valor de 2,5 milhões de euros (R$ 15,7 milhões na cotação da época). Somando todas as etapas da negociação, o clube paranaense arrecadou R$ 36,8 milhões com a operação.

Trajetória e desempenho

Rômulo iniciou sua carreira no Athletico em 2019, destacando-se nas categorias de base com 22 gols em 59 partidas. No último ano na base, marcou 14 gols e deu três assistências em 21 jogos, o que lhe garantiu treinos com a equipe profissional. Estreou na Série A em 16 de novembro de 2021, na derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG, e, em 2022, marcou nove gols e contribuiu com cinco assistências em 51 partidas, ajudando o Furacão a conquistar o vice-campeonato da Libertadores.


Atacante brilhou no Göztepe com gols e assistências (Foto: Reprodução/Instagram/@romulocardoso.02.)

Na sua temporada de estreia no futebol turco, o atacante marcou cinco gols e distribuiu três assistências. Já em 2024-25, apresentou desempenho de destaque, com 17 gols e 10 assistências em 33 partidas, atraindo interesse de clubes como Fenerbahçe, Feyenoord, Fulham, RB Leipzig e Zenit. A transferência para o RB Leipzig foi confirmada em 20 milhões de euros, depois que o clube alemão elevou a oferta diante da concorrência, superando a proposta inicial de 16 milhões de euros, que havia sido rejeitada.

Atualmente, o Athletico ocupa posição intermediária na Série B, com cinco pontos de vantagem sobre a zona de rebaixamento e oito pontos a menos que o grupo de acesso ao G-4. O time segue vivo nas quartas de final da Copa do Brasil, enfrentando o Corinthians em 27 de agosto (casa) e 11 de setembro (fora).

West Ham define valor de venda para Paquetá

Lucas Paquetá foi absolvido, nesta quinta-feira (31), das acusações de envolvimento em manipulação de apostas esportivas. A decisão da Federação Inglesa (FA) representa um alívio para o jogador brasileiro e, principalmente, para o West Ham, clube que detém seus direitos econômicos. A absolvição encerra um longo período de incertezas e reacende o interesse do mercado europeu no meio-campista.

Em comunicado oficial, o West Ham celebrou o desfecho da investigação, que se arrastava desde agosto de 2023. Paquetá era acusado de provocar cartões amarelos de forma intencional em partidas disputadas entre novembro de 2022 e agosto de 2023, com o objetivo de beneficiar apostas. Com o nome limpo, o brasileiro volta a ser um ativo valorizado na janela de transferências do verão europeu.


Paquetá foi absolvida da acusação mais grave envolvendo apostas esportivas (Foto: Reprodução/Richard Pelham/Getty Images Embed)

Valorizado no mercado

Se antes o clube londrino tratava a venda de Paquetá como improvável, agora a absolvição muda o cenário. Segundo o jornalista Cahê Mota, do ge, o West Ham projeta negociar o jogador por valores entre 50 e 60 milhões de libras (cerca de R$ 370 a R$ 444 milhões), somando valor fixo e bônus por desempenho.

O Manchester City, que já havia tentado contratá-lo antes da denúncia, ainda continua monitorando a situação. Apesar disso, o West Ham não descarta sua permanência. Paquetá tem contrato com o clube londrino até junho de 2027, com opção de renovação por mais uma temporada. Vale lembrar que ele conquistou o título da Conference League com o clube em 2023.


Durante o período da acusação, Paquetá também parou de ser convocado pela seleção por um tempo (Foto: Reprodução/Buda Mendes/Getty Images Embed)

Perfil e futuro

Mesmo aos 27 anos, Lucas Paquetá ainda é considerado um ativo valioso no futebol europeu. Versátil e técnico, é capaz de atuar em várias funções no meio-campo. Destaca-se pela habilidade nos duelos individuais, visão de jogo e finalizações de média distância. Fontes ouvidas pela reportagem indicam que o jogador vê a saída do clube como uma forma de “virar a página” e recomeçar a carreira.

Além do City, outros clubes da Premier League também sondaram a situação, embora seus nomes não tenham sido revelados. No Brasil, o Flamengo chegou a formalizar uma proposta de 15 milhões de euros no início de 2024, mas os valores estão muito abaixo do que o West Ham exige após a absolvição. Apesar da movimentação da torcida rubro-negra nas redes sociais, Paquetá não planeja retornar ao futebol brasileiro nesta temporada. Quando decidir voltar, a prioridade será do Flamengo, clube que o revelou.

Pelo time carioca, Paquetá disputou 95 partidas, marcou 18 gols e deu 7 assistências, além de conquistar o Campeonato Carioca de 2017.

Atualmente, o jogador está nos Estados Unidos com o elenco do West Ham, disputando a Premier League Summer Series, torneio amistoso de pré-temporada promovido por clubes ingleses em solo americano.

Dorival aposta em laboratório tático no Corinthians para escapar da estagnação

Com a janela de transferências aberta e a paciência da torcida por um fio, o Corinthians segue estagnado no mercado. Diante do silêncio nos bastidores, Dorival Júnior resolveu agir no que tem controle: o campo. Sem caras novas, o treinador iniciou uma espécie de “laboratório tático” no elenco alvinegro, testando formações, resgatando nomes esquecidos e tentando extrair respostas de um grupo que ainda busca identidade na temporada.

Entre testes e improvisos

Contra o Cruzeiro, líder do Brasileirão, Dorival promoveu mudanças pontuais, mas simbólicas. Algumas peças foram reposicionadas, jovens ganharam minutos e veteranos sentiram o peso da concorrência. Embora o empate sem gols tenha deixado a Neo Química Arena em silêncio, o técnico saiu satisfeito com o que viu de postura. “Não é o resultado ideal, mas precisamos começar por algo”, teria dito aos membros da comissão técnica.

Mais do que rodar o elenco, a estratégia de Dorival deixa claro um recado interno: quem quiser espaço, terá que mostrar algo novo. Não há mais titulares absolutos, pelo menos até que o mercado traga reforços, o que, por ora, parece distante.


 Escalação do Corinthians para o jogo contra o Cruzeiro (Foto: reprodução/x/@Corinthians)

A promessa que não chegou

Quando assumiu o Corinthians, Dorival ouviu da diretoria a promessa de que teria ao menos quatro reforços nesta janela. Até agora, nenhum nome foi anunciado. E, enquanto a comissão técnica se desdobra para encontrar soluções, a diretoria enfrenta entraves políticos e financeiros que travam negociações. A presidência interina, a folha inchada e a desorganização administrativa dificultam qualquer movimentação mais ousada.

Tempo curto, elenco justo

Para o próximo compromisso, diante do Botafogo fora de casa, Dorival já sabe que terá desfalques por suspensão. As opções no banco são enxutas, e o técnico estuda promover mudanças no estilo de jogo, algo mais reativo, talvez com linha de cinco ou dupla de volantes mais fixos.

A missão? Somar pontos, evitar exposição e manter o elenco motivado enquanto o extracampo não colabora.

O risco do improviso

O Corinthians de Dorival ainda não tem uma espinha dorsal. Sem reforços, cada jogo vira um laboratório, e cada erro, uma pressão a mais. O risco de perder o controle emocional do vestiário aumenta, e o treinador sabe disso. Por enquanto, aposta na transparência com o elenco e no discurso de construção coletiva.

Conclusão: o Corinthians no fio da navalha

Dorival tenta reinventar o time com o que tem. Enquanto isso, a torcida assiste de camarote à morosidade da diretoria e cobra por atitude. O que era para ser uma reconstrução ganha contornos de sobrevivência.