Militares começam a cumprir pena por tentativa de golpe no Brasil

Pela primeira vez na história do país, oficiais das Forças Armadas começaram a cumprir pena por participação em uma tentativa de golpe de Estado. As prisões, determinadas após decisões judiciais recentes, mobilizaram diferentes estruturas militares e provocaram forte reação das defesas dos condenados, que falam em perseguição, ilegalidade e violação ao direito de defesa.

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres, sentenciado a 24 anos, foi localizado pela Polícia Federal no escritório de seu advogado e levado para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. A defesa afirma que “provas robustas” que descartariam sua participação em atos golpistas teriam sido ignoradas pelo tribunal que analisou o caso. Torres ficará em área reservada do 19º Batalhão da Polícia Militar.

Garnier, Heleno e Nogueira cumprem pena

Outro condenado, o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, também recebeu pena de 24 anos. Ele chegou em comboio à Estação Rádio da Marinha, onde deverá cumprir a decisão. Já os generais da reserva Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira foram encaminhados ao Comando Militar do Planalto. Ambos negam qualquer envolvimento com intentos golpistas; a defesa de Heleno pediu a anulação de todo o processo, classificando-o como “viciado” e fruto de perseguição.


Militares presos por trama golpista (Vídeo: reprodução/YouTube/


Na Vila Militar do Rio, o general da reserva Braga Netto já estava preso preventivamente desde 2024. Agora, a detenção foi convertida em cumprimento de pena, definida em 26 anos. A defesa classificou o resultado como “injusto” e criticou o entendimento de que seus recursos eram meramente protelatórios, acusando o processo de violar garantias fundamentais desde o início.

Ramagem foge e é declarado foragido da Justiça

O delegado Alexandre Ramagem, condenado a mais de 16 anos, não foi encontrado e agora é considerado foragido, já que deixou o Brasil após o julgamento.O ministro responsável pelo caso notificou a Câmara, o TSE e o Ministério da Justiça para que sejam aplicadas as punições administrativas cabíveis.

Já o coronel Mauro Cid, delator do caso, cumpre pena de dois anos em regime aberto. Ele tem restrições de circulação, não pode deixar o país e precisa se apresentar semanalmente à Justiça. Tudo faz parte do acordo de delação premiada firmado com os investigadores.

Risco de fuga e violação na tornozeleira levam à prisão de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi levado pela Polícia Federal na manhã deste sábado após o Supremo Tribunal Federal entender que ele violou as regras do monitoramento eletrônico e demonstrava possibilidade de deixar o território nacional preocupação ampliada após o anúncio de uma vigília em frente à sua casa. A decisão, expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, busca garantir a ordem pública e assegurar o cumprimento das medidas impostas pela Justiça enquanto o caso segue em análise.

Violação na tornozeleira eletrônica de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi detido pela Polícia Federal na capital federal após o ministro Alexandre de Moraes autorizar novamente sua custódia preventiva. A ordem foi fundamentada em um documento da PF que indicou tentativa de interferência no dispositivo de monitoramento e possibilidade de evasão, avaliação que ganhou força depois de Flávio Bolsonaro convocar simpatizantes para se reunirem nas proximidades da casa do pai. Os advogados do ex-presidente reagiram, afirmando que a decisão carece de base concreta, estaria relacionada apenas a um encontro de caráter religioso e ressaltaram que o ex-presidente permanecia sob vigilância contínua no momento em que foi preso.

A defesa também afirma que a saúde de Jair Bolsonaro é delicada e que a prisão pode piorar seu estado, razão pela qual os advogados dizem que irão contestar a decisão. Questionamentos sobre a interferência na tornozeleira admitida anteriormente pelo próprio ex-presidente não foram esclarecidos pelos representantes legais. Mais tarde, o advogado Paulo Cunha Bueno declarou à imprensa que o tema da tornozeleira seria apenas um argumento usado para sustentar a prisão, mas evitou comentar diretamente a alteração registrada no equipamento.

Flávio Bolsonaro criticou a ordem de prisão em uma live no YouTube, dizendo que a medida atinge a liberdade religiosa, manteve o chamado para a vigília e responsabilizou o ministro Alexandre de Moraes por qualquer agravamento da saúde do pai. A manifestação ocorreu no começo da noite, reunindo o senador, aliados e o vereador Carlos Bolsonaro.


Bolsonaro explicando o imposto que será aplicado pelo atual governo (Foto: reprodução/ Instagram/ @jairmessiasbolsonaro)


A decisão também gerou reações de figuras próximas ao ex-presidente, que classificaram a medida como exagerada. Após ser detido, Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal no DF, onde ficará em uma Sala de Estado espaço destinado a autoridades que recebem tratamento diferenciado no cumprimento da prisão.

O caso será avaliado pela Primeira Turma do STF em uma sessão virtual marcada para segunda-feira, enquanto a audiência de custódia está agendada para domingo ao meio-dia. Moraes também negou o pedido da defesa para que Bolsonaro cumprisse a medida em casa por motivos humanitários. Os advogados sustentam que seu estado de saúde com relatos de problemas cardíacos, pulmonares, gastrointestinais, neurológicos e oncológicos tornaria a prisão arriscada. Com a nova detenção, Bolsonaro passa a ser o quarto ex-presidente brasileiro a ser preso em menos de dez anos.

O que Alexandre de Moraes diz na ordem de prisão

Na nova determinação, Alexandre de Moraes afirma que o chamado de Flávio Bolsonaro para uma vigília poderia atrair um grande número de pessoas, criando um ambiente que dificultaria tanto o trabalho de fiscalização quanto a execução de ordens judiciais. Para o ministro, essa mobilização foi interpretada como uma tentativa de criar obstáculos ao cumprimento de medidas legais justamente no momento em que o processo se aproxima de sua fase definitiva, quando não restam mais recursos para a defesa.

O relato também menciona que a integridade comprometida da tornozeleira eletrônica reforçou a suspeita de que Bolsonaro buscava se afastar do controle das autoridades. Um documento da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal registrou um alerta pouco depois da meia-noite, indicando danos expressivos no equipamento que apresentava sinais de queimadura em toda a área de fechamento.

Quando agentes compareceram ao local para averiguar o alerta, o ex-presidente admitiu ter utilizado um ferro de solda, alegando curiosidade. O dispositivo foi substituído na sequência. Na avaliação de Moraes, o episódio demonstra a intenção de danificar o monitoramento eletrônico como forma de possibilitar uma fuga, que poderia ser favorecida pelo tumulto provocado pela mobilização convocada pelo filho do ex-presidente.

Jennifer Aniston confessa que passou 20 anos tentando engravidar

Em entrevista à revista Harper’s Bazaar, ao ser questionada sobre suas escolhas pessoais, a atriz revelou que, por muito tempo, foi vista como egoísta por priorizar a carreira em vez de formar uma família. A atriz afirmou que decidiu focar no trabalho para conquistar estabilidade e realizar seus sonhos, explicando que não se arrepende da decisão, embora tenha enfrentado críticas por isso. Jennifer revelou que, apesar de ter seguido outro caminho, tem o desejo de engravidar e falou sobre sua experiência com a fertilização in vitro.

A revelação de Jennifer Aniston

A atriz Jennifer Aniston contou que passou cerca de vinte anos tentando engravidar e lamentou os boatos de que teria optado por não ser mãe para se dedicar à carreira. Conhecida pelo papel de Rachel Green em “Friends”, ela explicou que decidiu se abrir sobre o assunto em 2022, quando falou publicamente pela primeira vez sobre suas tentativas de ter um filho.


Jennifer Aniston viajando para seus compromissos (Foto: reprodução/ Instagram/ @jenniferaniston)

Depois de se separar de Brad Pitt, Jennifer enfrentou críticas de quem dizia que ela havia colocado o trabalho acima do desejo de ser mãe. Na realidade, a atriz vivia, de forma discreta, um tratamento de fertilização in vitro que, infelizmente, não trouxe o resultado esperado.

“As pessoas desconheciam o que eu vivi e tudo o que enfrentei nas últimas duas décadas tentando construir uma família, porque nunca fui do tipo que sai expondo questões de saúde. Isso é algo pessoal, não diz respeito a ninguém. Mas chega um momento em que fica impossível ignorar essa história inventada de que eu não quis ter filhos ou uma família por ser egoísta, ou por priorizar o trabalho. Isso me atinge. No fim das contas, sou apenas humana, todos somos. Então pensei: Sabe de uma coisa? Chega disso’’, declarou ela à edição britânica.

A atriz premiada com o Emmy contou que decidiu falar abertamente sobre sua experiência com a fertilização in vitro (FIV) como forma de apoiar outras mulheres que passam pela mesma situação.

“Naquele período, eu via muitas amigas tentando engravidar e enfrentando o processo da FIV. Por isso, senti que não era apenas sobre mim, mas sobre todas as mulheres que viviam essa luta”, disse.

O desabafo da atriz

Atualmente no elenco de “The Morning Show”, Jennifer afirmou que aprendeu a deixar o tempo agir, embora ainda se sinta afetada por especulações da mídia.

“Com o passar dos anos, aprendi a me preocupar menos em corrigir o que dizem sobre mim, porque tudo se resolve naturalmente. As notícias mudam tão depressa que logo são esquecidas. Às vezes, sinto vontade de esclarecer certas mentiras, por um senso de justiça, mas então penso: será que vale a pena? As pessoas que realmente importam minha família e meus amigos sabem a verdade”, refletiu a atriz.

Jennifer Aniston ainda destacou que, com o tempo, deixou de sentir necessidade de justificar aspectos de sua vida pessoa e aprendeu a valorizar a opinião daqueles que a conhecem de verdade.