Cruzeiro consegue acordo com STJD e libera titulares

O Cruzeiro liberou os titulares Kaio Jorge, Lucas Romero e Fabrício Bruno após firmar um acordo com o STJD que encerra as denúncias referentes aos últimos clássicos. Com isso, o clube garante força máxima na reta final do Brasileirão, embora ainda precise lidar com punições financeiras.

Cruzeiro fecha acordo e evita julgamentos

O clube mineiro conseguiu, nesta terça-feira (25), um acordo de Transação Disciplinar com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva, mecanismo previsto no Código Brasileiro de Justiça Desportiva. A decisão substitui o julgamento de Kaio Jorge e Lucas Romero por uma pena alternativa, formalizada mediante pagamento de multa de R$ 200 mil.

A homologação ocorreu durante sessão da Sexta Comissão Disciplinar, em São Paulo, após o advogado João Marcello Costa representar o Cruzeiro. O auditor Rodrigo Aiache confirmou o acordo ao destacar que os jogadores não tinham antecedentes recentes e, portanto, preenchiam os requisitos legais. Dessa forma, o processo foi encerrado e ambos ficam liberados para atuar.

Entenda as acusações contra Kaio Jorge e Lucas Romero

Kaio Jorge havia sido expulso no empate por 1 a 1 com o Atlético-MG, em 15 de outubro, por insinuar que o árbitro Paulo César Zanovelli “roubava” o Cruzeiro. O atacante foi denunciado no artigo 243-F, o que poderia gerar suspensão de até seis jogos.


Kaio Jorge com galinha de plástico na boca, em provocação ao Atlético-MG (Foto: reprodução/Instagram/@tntsportsbr)


Lucas Romero também foi enquadrado no mesmo artigo, apesar de o VAR ter revertido sua expulsão ao não confirmar imagens do gesto. Além disso, o volante respondeu ao artigo 254-A por apertar a mão lesionada do zagueiro Ivan Román, ato que poderia render suspensão entre quatro e 12 partidas.

Com a transação disciplinar, ambas as denúncias deixam de gerar julgamento, o que evita desfalques importantes no momento decisivo da competição.

Fabrício Bruno é absolvido sem discussão

Além do acordo, o Cruzeiro também recebeu a confirmação da absolvição de Fabrício Bruno. O zagueiro havia sido denunciado após a expulsão contra o Palmeiras, em 26 de outubro.

Contudo, o STJD entendeu que o lance, originado por segundo cartão amarelo, não teve violência e, portanto, não cabia punição adicional.

Multas aplicadas ao clube

Embora tenha conseguido liberar seus jogadores, o Cruzeiro saiu da sessão com novas multas. O clube foi condenado a pagar R$ 30 mil por um frango de borracha arremessado no gramado do Mineirão e mais R$ 2 mil pelo atraso no reinício do clássico contra o Atlético-MG, pela Copa do Brasil.

Por outro lado, os auditores absolveram a equipe dos cânticos homofóbicos registrados na súmula, entendendo que não havia elementos suficientes para punição.

Próximos desafios da Raposa

A equipe se prepara agora para a sequência final do Brasileirão. No sábado (29), enfrenta o Ceará, às 21h, no Castelão. Nesse duelo, Lucas Romero cumpre suspensão pelo terceiro cartão amarelo.

Depois, o time recebe o Botafogo no Mineirão, em 4 de dezembro, e encerra sua participação na competição diante do Santos, em 7 de dezembro, na Vila Belmiro.

STJD absolve Gómez e converte punição de Piquerez

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) encerrou, nesta segunda-feira (24), um dos capítulos mais tensos da reta final do Palmeiras no Brasileirão. Julgados por declarações e condutas críticas à arbitragem após a derrota para o Flamengo, o zagueiro Gustavo Gómez, o lateral Piquerez e o auxiliar técnico João Martins deixaram a sessão sem gerar novos problemas esportivos para o clube.

Jogadores são absolvidos de punições maiores

Capitão da equipe, Gómez era o caso de maior atenção dentro do clube. Ele respondia por críticas públicas a Wilton Pereira Sampaio, acusando o árbitro de postura soberba e de reiterados conflitos com o Palmeiras. A 1ª Comissão Disciplinar, porém, entendeu que suas falas não caracterizavam infração suficiente para punição, e o defensor foi absolvido por unanimidade.

O lateral-esquerdo Piquerez havia sido denunciado por ofensa à honra do árbitro, relatada em súmula após o fim da partida. A Procuradoria do tribunal pediu a suspensão, mas o STJD converteu a pena em advertência, reconhecendo o excesso, porém sem aplicar um gancho esportivo.

A conversão evita que o uruguaio cumpra suspensão automática e mantém o setor defensivo intacto para a próxima rodada.


Imagem de Gustavo Gomez e Piquerez durante GP de Interlagos (Foto: reprodução/X/@picmeiras)


Denunciado por reclamações à arbitragem ainda no campo, o auxiliar João Martins recebeu punição de uma partida, já cumprida. O caso, portanto, não gera qualquer efeito adicional para o departamento técnico.

A decisão livra o time comandado pelo técnico Abel Ferreira de um possível desfalque de grande impacto em um momento decisivo da temporada, que estão sendo decididos, campeonato brasileiro e libertadores, então seriam desfalques muito importantes, por isso, mesmo com a punição financeira de Piquerez, não afetou de forma tão grande o clube, ajudando assim o clube para o campeonato.

Palmeiras preserva elenco e evita desgaste na reta final

As decisões representam um alívio imediato para o Palmeiras, que vivia a expectativa de perder peças importantes na briga pelo título. Nos bastidores, a postura do clube foi de confiança na defesa apresentada, evitando acordos antecipados e apostando no julgamento de mérito da comissão.

Com o trio liberado, o Palmeiras volta as atenções integralmente ao campo, mas o episódio reforça o clima de tensão envolvendo arbitragem e jogadores na reta final do campeonato, um debate que tem ganhado força e deve permanecer no centro das discussões até o fim da temporada.

Para o jogo de hoje(25) contra o Grêmio na Arena, Abel Ferreira deve mandar a campo um time formado inteiramente por reservas visando a final da Libertadores no sábado(29) contra o Flamengo. A informação surgiu após apenas os reservas terem viajado na tarde de ontem(24) para Porto Alegre e vai de encontro as declarações do treinador e de Piquerez afirmando que o campeonato está entregue para o rubro-negro carioca.

Situação de Bruno Henrique reacende debate e expõe diferença para Penalidade Máxima

A discussão sobre manipulação de resultados voltou a ganhar força no futebol brasileiro, mas a comparação entre diferentes casos mostra que nem sempre episódios semelhantes têm o mesmo peso. A absolvição de Bruno Henrique, julgada nesta quinta-feira (14) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), reacendeu o debate sobre a fronteira entre irregularidades pontuais e esquemas organizados que atingem profundamente a credibilidade do esporte.

O atacante do Flamengo foi acusado de manipular um cartão amarelo durante o Campeonato Brasileiro de 2023, supostamente avisando pessoas próximas para que lucrassem em apostas. Apesar da gravidade da suspeita, o julgamento terminou com a absolvição por 6 votos a 3 na acusação principal. Ainda assim, Bruno Henrique foi punido no artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva e recebeu multa de R$ 100 mil, mantendo-se liberado para atuar normalmente.

Comparando os casos

Para entender o peso do caso, é preciso compará-lo com a Operação Penalidade Máxima, a maior investigação sobre manipulação de resultados já realizada no Brasil. Diferente do episódio envolvendo Bruno Henrique, a operação revelou uma engrenagem complexa: aliciadores, operadores financeiros, intermediários e atletas recrutados para manipular eventos específicos de partidas, como cartões, gols e pênaltis.

Liderada pelo Ministério Público de Goiás, a investigação alcançou diversas divisões do futebol nacional e apontou para uma estrutura profissionalizada, movida por grandes valores e interesses de organizações criminosas. A rede agia com métodos, hierarquia e planejamento, fazendo com que os impactos fossem muito mais profundos, sistêmicos e difíceis de controlar.


Bruno Henrique durante o julgamento no STJD (Foto: reprodução/Lucas Bayer/Lance)


O caso envolvendo Bruno Henrique ganhou repercussão justamente por surgir em um cenário no qual o futebol brasileiro já vive uma tensão crescente relacionada às apostas. Diferentemente dos grandes esquemas investigados em operações como a Penalidade Máxima, o episódio envolvendo o atacante foi tratado como uma situação pontual, sem indícios de participação em redes criminosas. Ainda assim, o julgamento trouxe questionamentos sobre limites disciplinares, responsabilidade individual e o impacto das apostas na conduta dos atletas.


Bruno Henrique durante o treino no CT do Flamengo (Foto: reprodução/Gilvan de Souza/Flamengo)


A diferença entre os casos

A principal distinção está na natureza das situações.

No caso Bruno Henrique, não há indício de participação em uma rede criminosa. A suspeita era de um ato individual, ocorrido em um único jogo, em um contexto estratégico: o atacante estava pendurado e buscava “limpar” os cartões antes de enfrentar o Palmeiras em duelo decisivo pelo Brasileirão de 2023.

Já a Penalidade Máxima mostrou a existência de um sistema clandestino que operava em larga escala e afetava competições inteiras, com planejamento, hierarquia e divisão de funções.

Bruno Henrique respira aliviado após decisão do STJD, mas não sai ileso

Nesta quinta-feira (13), Bruno Henrique foi a júri por suspeita de manipulação esportiva. O julgamento acontece quase um anos após denúncia e tem decisão favorável ao atacante do  Flamengo : o Superior Tribunal de Justiça Desportiva liberou o jogador da suspensão,  permitindo que ele siga em campo, mas aplicou uma multa de R$ 100 mil.

A denúncia que nunca o deixou confortável

A acusação de que Bruno Henrique teria avisado ao irmão sobre a possibilidade de receber um cartão amarelo em 2023 sempre levantou questionamentos sobre quando o caso seria julgado. Embora não houvesse provas de manipulação nem indícios de envolvimento com esquemas de apostas, o jogador enfrentou cerca de um ano de incertezas e pressão.

No tribunal, o clima foi de apreensão. Bruno Henrique acompanhou toda a sessão com expressão séria, enquanto sua conduta em campo era analisada detalhadamente pelos auditores.

O placar de 5 a 3 pela não suspensão encerrou a longa espera e deu uma resposta ao público após uma tramitação considerada lenta por parte dos torcedores e especialistas. A multa aplicada, porém, reforçou o entendimento do STJD sobre a necessidade de responsabilidade profissional e evidenciou como atitudes pontuais podem gerar repercussões significativas no futebol atual.


 Bruno Henrique durantre julgamento ( Foto: reprodução/x/@flazoeiro_)


Impacto no elenco e no Flamengo

Para o Flamengo, a liberação traz alívio imediato, afastando o risco de perder o jogador em momentos decisivos da temporada. Bruno Henrique permanece à disposição da comissão técnica, mas o episódio expôs um desgaste evidente. Nos bastidores, a preocupação entre dirigentes, funcionários e companheiros de equipe era real, diante da possibilidade de desfalque em um período crucial.

Do lado do atleta, o impacto emocional também é levado em consideração. Lidar com um processo que ultrapassa as quatro linhas e envolve debates éticos e disciplinares não é simples para nenhum jogador. O caso deixa ao Flamengo um alerta claro: em um futebol cada vez mais monitorado, qualquer deslize, mesmo sem intenção de causar dano, pode rapidamente se transformar em manchete e gerar repercussões amplas.

STJD retoma julgamento de Bruno Henrique e define futuro do atacante

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) retoma nesta quinta-feira (13) o julgamento do recurso de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, acusado de conduta antidesportiva por supostamente ter forçado um cartão amarelo em partida contra o Santos, em 2023. O jogador havia sido suspenso por 12 jogos em primeira instância, mas segue atuando graças a um efeito suspensivo concedido após o recurso.

Na sessão de segunda-feira, o relator do caso votou pela absolvição do atleta, mas o julgamento foi interrompido quando um dos auditores pediu vista do processo. Agora, os votos restantes serão conhecidos, definindo o futuro do atacante rubro-negro. O resultado pode impactar diretamente o Flamengo nas rodadas finais do Brasileirão, em que o clube disputa ponto a ponto com o Palmeiras pelo título.

O clube carioca demonstra confiança em uma decisão favorável. A defesa argumenta que não houve má-fé nem intenção de manipular resultados, enquanto a Procuradoria tenta ampliar a punição, alegando que houve benefício pessoal e dano à imagem do Flamengo no mercado esportivo.

Quatro cenários possíveis e impacto esportivo

A expectativa em torno da decisão do STJD é alta, e quatro desfechos são possíveis: absolvição, redução da pena, manutenção da suspensão de 12 jogos ou aumento da punição. Caso seja mantido ou ampliado o gancho, Bruno Henrique pode desfalcar o Flamengo em um momento crucial da temporada, restam seis partidas para o fim do Campeonato Brasileiro, além da final da Libertadores, marcada para o dia 29 de novembro, contra o Palmeiras.


Bruno Henrique em jogo pelo Flamengo (Foto: Reprodução/Getty Images Embed/Talita Gouveia)


Embora a punição deva, a princípio, ser cumprida apenas no torneio em que ocorreu a infração, existe a possibilidade de a CBF acionar a Fifa, o que faria com que a suspensão fosse válida também em competições internacionais. Isso colocaria o Flamengo em uma situação delicada às vésperas de sua principal decisão no ano.

Internamente, o clube mantém o discurso de apoio ao atleta e confia no efeito suspensivo até o trânsito em julgado. A diretoria considera que a pena inicial foi desproporcional, já que a conduta não afetou diretamente o resultado da partida.

As acusações e o histórico da investigação

O caso teve início após investigações da Polícia Federal, que indiciou Bruno Henrique por fraude esportiva, conforme o artigo 200 da Lei Geral do Esporte. O atacante teria informado ao irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, que tomaria um cartão amarelo no jogo contra o Santos. A partir dessa informação, foram realizadas apostas em plataformas de “bets”, o que levantou suspeitas devido ao volume financeiro movimentado.

Além de Bruno Henrique e Wander, a investigação envolveu familiares e amigos do jogador. Segundo o Ministério Público do Distrito Federal, todos participaram de um esquema que teria gerado lucro irregular. Apesar de o atleta negar envolvimento direto com apostas, a Procuradoria entende que houve violação à ética esportiva.

Na esfera esportiva, o julgamento em primeira instância absolveu o atacante do artigo que tratava de manipulação de resultados, mas o condenou por agir de forma contrária à ética desportiva. O relator do novo julgamento, no entanto, defendeu a absolvição completa, alegando falta de provas de que o jogador tenha buscado qualquer vantagem ilícita. O veredito final, esperado para esta tarde, definirá se Bruno Henrique poderá continuar em campo ou se ficará fora de parte decisiva da temporada rubro-negra.

Leila Pereira reprova critérios do STJD com o Flamengo

Leila Pereira, atual presidente do Palmeiras, falou sobre aceitar a decisão do STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva) sobre manter a suspensão do jogador Allan que havia sido expulso na partida contra o Fluminense pelo campeonato brasileiro. O meio-campista recebeu cartão vermelho por uma falta em Samuel Xavier em uma partida no mês de julho, cumpriu suspensão por uma rodada e voltou a atuar devido a um efeito suspensivo.

Contudo, nesta segunda-feira (10), o STJD decidiu por manter a suspensão do jogador por dois jogos. A presidente do clube aceitou a punição, mas cobrou o mesmo tratamento com outros clubes do futebol brasileiro, incluindo o Flamengo, rival direto do Palmeiras na corrida pelo título do brasileirão.

Dois pesos duas medidas

O descontentamento de Leila vem do fato de, no mesmo dia que o STJD decide manter a suspensão do jogador do Palmeiras, o tribunal  voltou a considerar Bruno Henrique, jogador do Flamengo, culpado por envolvimento em esquema de apostas, entretanto adiou a definição sobre a pena do atacante. O processo deve ser retomado apenas na quinta-feira (12).

Em sua nota oficial, Leila solicitou que o STJD mantenha uma conduta mais equilibrada nas decisões futuras, evitando que os julgamentos afetem a fase decisiva do campeonato brasileiro. “Que o campeão seja decidido dentro de campo”, declarou a presidente em parte do comunicado.


Embed from Getty Images

Meio-campista Allan durante a partida que foi expulso (Foto: reprodução/ Getty Images Embed/ Lucas Figueiredo)


Nota oficial

Em sua nota oficial, Leila reforça a necessidade de uniformidade nas decisões do STDJ. A presidente afirma que ” o Palmeiras sempre respeitou, e seguirá respeitando, as instituições, mas espera o mesmo respeito de volta. O que está acontecendo não é justo.”, deixando clara sua reprovação com a posição do tribunal no caso do jogador do Flamengo.

A presidente fez um comparativo do caso do jogador do seu clube com o do clube rival “um atleta é condenado por uma infração grave e joga normalmente por dois meses (…) quando finalmente é marcado o novo julgamento, vota-se pela absolvição deste atleta e a sessão é adiada. Enquanto isso, o Allan, que era réu primário, pega duas partidas de suspensão por um lance de jogo e depois tem a punição ratificada pelo Tribunal em pouco mais de 15 dias.”

O fato que mais preocupa Leila é a questão do campeonato brasileiro está na fase final, o Flamengo é o principal rival do Palmeiras no momento, com disputa direta pelo título. Além disso, o clube paulista já tem desfalques de jogadores que foram convocados por suas seleções para Data Fifa. “Não queremos ser beneficiados, mas não aceitamos ser prejudicados.”, esclareceu Leila.


Leila Pereira, presidente do Palmeiras. (Foto: Reprodução/ Instagram/ @leilapereira)


Leila é presidente do Palmeiras desde 2021 e é a primeira mulher a conseguir o cargo na história do clube. Apesar dos desfalques, seja por decisão do STJD ou pelos convocados para Data Fifa, o Palmeiras segue na liderança do campeonato brasileiro com a mesma quantidade de pontos que o Flamengo.

 

STJD adia decisão sobre Bruno Henrique e aumenta tensão no Flamengo

O caso envolvendo o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira (10). O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu adiar a definição da pena do jogador, acusado de irregularidades em um jogo do Brasileirão de 2023, após o relator do processo votar por uma punição mais leve.

Enquanto o tribunal se prepara para retomar a sessão nesta quinta-feira (13), o camisa 27 segue à disposição do técnico Tite, mas com o futuro em campo ainda cercado de incertezas.

Voto favorável do relator

O relator do caso, Sérgio Furtado Filho, acatou parte dos argumentos da defesa, que nega qualquer tentativa de manipular resultado ou beneficiar apostas esportivas. O magistrado propôs enquadrar o episódio apenas no artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de descumprimento de regulamentos, e não nos artigos 243 e 243-A, que são mais graves e falam sobre influência direta em resultados.

Essa leitura dá novo fôlego ao jogador e ao clube, já que as penalidades previstas no artigo 191 se limitam a multas, sem suspensão longa de partidas.

Julgamento adiado e clima de incerteza

O julgamento, que estava em andamento, foi interrompido após pedido de vista de um dos auditores, o que adiou a decisão final para a próxima sessão. A interrupção mantém um clima de apreensão entre torcedores e dirigentes rubro-negros, especialmente com a reta final da temporada e o time ainda brigando na parte de cima da tabela.

Até lá, o atacante segue podendo atuar normalmente por conta do efeito suspensivo concedido anteriormente.

Caso levanta debate sobre apostas no futebol

O episódio que levou Bruno Henrique ao STJD começou em 2023, quando uma investigação levantou suspeitas de que o jogador teria avisado um familiar sobre a possibilidade de receber um cartão amarelo, informação que poderia ser usada em apostas esportivas.


Bruno Henrique com mascote do flamengo pós-gol (Foto:reprodução/X/@flamengo)


Apesar de o caso nunca ter sido comprovado como manipulação, a denúncia reacendeu discussões sobre o envolvimento de atletas e o impacto das casas de apostas no futebol brasileiro.

Flamengo mantém discurso de confiança

Nos bastidores, o clima no Flamengo é de otimismo cauteloso. A diretoria entende que o voto do relator indica uma tendência de redução da punição e reforça a tese da defesa, de que o episódio não passou de um mal-entendido.

“Estamos confiantes em um desfecho justo. O Bruno sempre agiu de boa-fé”, afirmou um dirigente do clube, sob condição de anonimato.

O que esperar da próxima sessão

O novo julgamento está marcado para quinta-feira, às 15h, e será decisivo para definir o desfecho de um caso que já dura mais de um ano. Se o voto do relator for acompanhado pela maioria dos auditores, Bruno Henrique deve receber apenas uma multa e estará liberado de vez para seguir em campo.

Mas, se houver divergências e parte do colegiado entender que houve tentativa de manipulação, o atacante pode enfrentar nova suspensão, um cenário que o Flamengo tenta evitar a todo custo.

Corinthians é denunciado por partida contra o Palmeiras na Copa do Brasil

O Corinthians foi denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por incidentes ocorridos durante o clássico contra o Palmeiras, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil, no dia 30 de julho. O árbitro Wilton Pereira Sampaio relatou na súmula o arremesso de objetos em direção ao banco de reservas palmeirense, o que motivou a paralisação da partida.

Torcida lança objetos e jogo é paralisado

O lance que originou a denúncia ocorreu aos 39 minutos da etapa final, quando o árbitro teve que parar a partida por conta da atitude dos torcedores. Segundo a súmula, isqueiros, cigarros eletrônicos e copos foram lançados na direção dos jogadores do Palmeiras, que se encontravam na área técnica e realizando o aquecimento.

Wilton Pereira Sampaio esclareceu que o ocorrido afetou a segurança dos atletas e da comissão técnica adversária, configurando uma infração ao artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O dispositivo impõe punições aos clubes mandantes que não adotarem medidas para evitar desordens, invasões de campo ou lançamento de objetos.

Multa de até R$ 100 mil

Com a denúncia, o Corinthians poderá enfrentar uma multa que varia de R$ 100 a R$ 100 mil, conforme estipulado pelo artigo 213. Além disso, a Procuradoria do STJD avaliará se o clube implementou medidas de segurança apropriadas, como revistas na entrada do estádio e aumento no policiamento.

Caso fique comprovado que o Corinthians falhou na prevenção, a penalização tende a ser mais severa.


Partida entre Corinthians e Palmeiras pelas oitavas de final da Copa do Brasil (Foto: reprodução/Instagram/@copadobrasilcbf)

Palmeiras também é denunciado

O Palmeiras, por sua vez, também foi denunciado — mas por um motivo diferente. O clube foi citado por atraso no reinício da partida após o intervalo. Conforme o CBJD, a punição é de multa de R$ 1 mil por minuto de atraso, o que pode resultar em um valor total de até R$ 3 mil.

O STJD avaliará o caso em conjunto com a denúncia contra o Corinthians. Segundo informações obtidas pela imprensa, o atraso teria ocorrido por problemas na saída dos jogadores do vestiário.

O que diz o artigo 213 do CBJD

O artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê punições a clubes que não coíbem atos de violência ou desordem. Ele estabelece multa de até R$ 100 mil em casos de invasão de campo, brigas nas arquibancadas ou lançamento de objetos. Embora o dispositivo raramente resulte em perda de mando de campo em competições nacionais, reincidências ou situações de risco grave à segurança podem aumentar o rigor da punição.

O julgamento do caso ocorrerá no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (31), e será conduzido pela Quinta Comissão Disciplinar do STJD. Tanto o Corinthians quanto o Palmeiras já foram notificados e poderão apresentar suas defesas antes da sessão.

Bruno Henrique é denunciado pelo STJD e poderá ser suspenso por até 2 anos

Nesta sexta-feira (1), a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) acolheu a denúncia contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo e o tornou réu por provocar uma falta que culminou em cartão amarelo seguido de expulsão. O ato aconteceu na partida contra o Santos, em novembro de 2023, no Estádio Mané Garrincha.
A atitude do jogador beneficiou algumas pessoas que haviam apostado na penalidade em bets, seu irmãos e pessoas próximas. Se condenado, o atleta poderá ficar impedido de jogar futebol por até dois anos.

Expulsão contra o Santos

A partida em questão aconteceu contra o Santos, no estádio Mané Garrincha em 1º de novembro de 2023, no Campeonato Brasileiro. O cartão foi aplicado após falta de Bruno Henrique em Soteldo, aos 50 minutos do segundo tempo quando o Flamengo perdia pelo placar de 2 a 1. O jogador se dirigiu até o árbitro para reclamar e recebeu o cartão vermelho faltando três minutos para o término do jogo.

O alto número de apostas feitas na penalidade e no jogador levou as casas de apostas a suspeitarem de uma possível manipulação de resultados. O valor que os apostadores ganhariam ficou retido e uma investigação foi aberta junto ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Além de Bruno Henrique, seu irmão Wander Nunes Pinto Junior, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Claudinei Vitor Mosquete Bassan e Douglas Ribeiro Pina Barcelos também foram denunciados. A esposa de Wander e uma prima de Bruno Henrique não foram inclusas no processo.


Bruno Henrique poderá ser suspenso após manipulação em 2023 (Foto: reprodução/Instagram/@b.henrique)


Jogador vai responder no STJD e Justiça Comum

Bruno Henrique foi enquadrado em alguns artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) como o art. 243, §1º; art. 243-A, parágrafo único; art. 184 e art. 191, III e o artigo 65, II, III e V, do regulamento geral de competições da CBF de 2023.

O aceite da denúncia pela Procuradoria do STJD foi feito nesta sexta-feira (1), e prevê uma suspensão dos gramados que pode chegar a 720 dias e multas de até R$ 100 mil. Além disso, Bruno Henrique poderia pegar gancho de 12 a 24 partidas. A instrução e julgamento ainda serão agendados. O atacante responderá na justiça comum, já que também foi denunciado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

Em caso de condenação, Bruno Henrique poderá ficar até dois anos suspenso do futebol. Enquanto o processo está em tramitação, o jogador pode seguir sua rotina normal junto a equipe do Flamengo nas próximas partidas.

STJD pune Santos com multa pesada após confusão na Copa do Brasil

O STJD resolveu impor uma penalidade de R$ 95 mil ao Santos em decorrência dos acontecimentos ocorridos no jogo contra o CRB, no dia 1º de maio, em duelo válido pela terceira fase da Copa do Brasil, na Vila Belmiro. A sanção surge em um período sensível para a equipe, que busca se reorganizar tanto administrativamente quanto esportivamente.

A sanção foi divulgada após a avaliação de gravações e depoimentos oficiais que indicaram distúrbios, lançamentos de objetos no campo e falhas na contenção dos torcedores. A diretoria do Santos foi considerada responsável por não garantir a segurança exigida pelo regulamento da competição, o que resultou em sanções previstas no Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

STJD endurece decisões sobre violência nos estádios

O valor da multa imposta ao Santos reflete a postura mais rígida adotada pelo STJD diante de casos de indisciplina e violência no futebol brasileiro. A corte desportiva tem intensificado as penalizações, visando coibir comportamentos agressivos nas arquibancadas e responsabilizar os clubes por eventuais falhas de gestão.


Torcedor quebra vidro ao tentar se deslocar de setor na Vila Belmiro após confusão (Vídeo: reprodução/X/@TNTSportsBR)

Além de medidas punitivas, o STJD tem incentivado os clubes a investirem em campanhas de conscientização e reforço da segurança. A ideia é que o futebol continue sendo um ambiente seguro e democrático para todos os torcedores, sem episódios que coloquem em risco atletas, comissões técnicas e o público.

Clube enfrenta momento conturbado dentro e fora de campo

A multa chega em meio a um cenário já turbulento para o Santos, que vive uma das fases mais difíceis de sua história recente. Com desempenho irregular, cobranças da torcida e crise administrativa, o clube tenta se reorganizar para evitar novas sanções e recuperar sua imagem.

Internamente, a diretoria estuda medidas para reforçar a segurança nos jogos futuros e evitar reincidência. A expectativa é de que os novos protocolos sejam apresentados nos próximos dias, com foco no controle de acesso, monitoramento por câmeras e diálogo com as organizadas.

A multa de R$ 95 mil ao Santos reforça a necessidade urgente de um posicionamento mais firme dos clubes diante de episódios de desordem. Mais do que uma penalidade financeira, a decisão do STJD ascende um alerta para o papel das instituições esportivas na promoção de um futebol seguro, civilizado e à altura da paixão que move milhões de brasileiros.