Wet Hair conquista passarelas e dita tendências para 2026

O estilo “wet hair” deixa de ser apenas um truque de styling e se transforma em protagonista nas passarelas de Paris. Das maisons icônicas às novas apostas, o efeito molhado vem aparecendo como assinatura de elegância urbana e ousadia sutil. Se antes era restrito a editoriais de moda e tapetes vermelhos, agora ele invade tendências para o cotidiano.

O cabelo com aspecto molhado — também chamado de wet hair — chegou com força nas semanas de moda, adotado por grifes como Balmain, Mugler, Rabanne, Lacoste, Chloé, Balenciaga, Alaïa e Hermès. Esse visual combina brilho, definição e um toque de rebeldia controlada, oferecendo um contraste marcante entre o acabamento impecável e a sensação de movimento natural. À medida que ele se espalha pelas passarelas parisienses, todas as atenções se voltam para o que ele representa: a fusão entre sofisticação e atitude.

Por que o “wet hair” fascina as maisons

As grandes maisons de moda vêm adotando o visual molhado como forma de expressar modernidade e ousadia. A Balmain e a Mugler, por exemplo, utilizaram o efeito em penteados presos e soltos, provando que o estilo é versátil o bastante para acompanhar diferentes cortes e contextos. Rabanne e Lacoste trouxeram versões mais fluidas, quase como se o cabelo tivesse sido levemente umedecido, mesclando naturalidade com controle. Já Chloé e Balenciaga aplicaram o visual em penteados naturais, com mechas moldadas ao rosto, enquanto Alaïa e Hermès exploraram recortes precisos e acabamento espelhado.



Em cada desfile, o “wet hair” não surge como um artifício isolado, mas como um componente essencial do styling — conectado às roupas, à maquiagem e à identidade visual da coleção. Ele dialoga com tecidos molhados, brilhos sutis, cortes estruturados e silhuetas liquefeitas. Assim, o efeito molhado se torna linguagem estética, não apenas tendência vicária.



Técnicas e produtos para conseguir o efeito

Para alcançar um “wet hair” que dure durante o dia todo (ou a noite inteira), é preciso mais do que aplicar gel: exige técnica, produtos de qualidade e equilíbrio entre fixação e leveza. Os profissionais costumam usar géis ou pomadas com alto brilho e média a forte fixação — de preferência à base de água — aplicados com pentes largos e escovas para distribuir bem o produto. Alguns finalizadores em spray ou séruns dão o toque final, uniformizando sem deixar pegajoso. A lavagem prévia e o cabelo com leve umidade ajudam na aderência uniforme.

Além disso, cuidados na manutenção são importantes: hidratar com moderação, evitar acumulo de resíduos e reaplicar apenas nas pontas ou áreas que perdem definição com o tempo. Essa atenção é essencial para que o visual mantenha-se sofisticado, e não resseque ou vire “efeito colado”.

Como adaptar o visual molhado ao dia a dia

Levar o “wet hair” das passarelas para a vida real exige moderação e adaptação. Uma versão mais leve — aplicando o produto apenas nas pontas ou em mechas estratégicas — permite incorporar o efeito de forma sutil, ideal para looks de trabalho ou compromissos informais. Para eventos noturnos ou ocasiões especiais, experimente versões mais intensas, mantendo o equilíbrio no restante do visual: maquiagem mais minimalista e acessórios discretos ajudam a deixar o cabelo como foco.

No mais, leve em conta o tipo de cabelo: fios finos pedem produtos com fixação leve a média, enquanto cabelos mais espessos podem segurar formulações mais potentes. Importante: testar antes, com diferentes quantidades e técnicas, para encontrar a versão “molhada” que ficou mais elegante para o seu cabelo.

O efeito molhado — wet hair — saiu dos editoriais glamourosos e ganhou o espaço das passarelas de Paris, presente em criações de Balmain, Mugler, Rabanne, Lacoste, Chloé, Balenciaga, Alaïa e Hermès. A tendência confirma não só um resgate da estética sofisticada, mas também a busca por um visual que combina contemporaneidade, atitude e versatilidade. Para 2026, é fortíssimo o palpite: quem adotar esse styling vai estar à frente no jogo da moda.

Paris Fashion Week: Issey Miyake aposta em fluidez e tecnologia

A Semana de Moda de Paris recebeu um dos desfiles mais aguardados desta temporada: a apresentação da coleção de inverno 2025 da Issey Miyake. Sob a direção criativa de Satoshi Kondo, a marca japonesa mais uma vez comprovou sua posição como referência mundial em inovação, transformando o simples em extraordinário e traduzindo conceitos complexos em roupas dinâmicas.

Reconhecida por ultrapassar fronteiras do vestuário, a Issey Miyake reafirmou seu compromisso com a exploração de novas linguagens visuais e funcionais. A coleção explorou contrastes entre natural e artificial, abstrato e concreto, corpo e objeto, resultando em peças que transitam entre escultura e vestimenta. Essa dualidade ficou evidente em modelos que combinavam técnicas de plissagem, volumes inesperados e cortes que pareciam flutuar em movimento contínuo, reforçando a proposta de oferecer uma nova perspectiva sobre a interação entre o corpo e a roupa.

Entre arte e performance

O desfile foi realizado no subsolo do Louvre, criando atmosfera intimista para a performance assinada pelo artista austríaco Erwin Wurm. Os modelos interagiram com esculturas e totens, transformando o espaço em uma instalação viva. Camisas desconstruídas, jaquetas com ombros inflados e vestidos sem formas fixas reforçaram a ideia de moda como experiência estética. Cada look parecia ganhar vida própria, revelando novas interpretações a cada passo na passarela e estimulando o público a repensar a função tradicional do vestuário.



Inovação e legado japonês

Na parte final, fibras naturais como lã e alpaca foram combinadas a materiais sintéticos, criando superfícies rígidas e brilhantes que reinterpretam os icônicos plissados da marca. O resultado é uma coleção que honra a filosofia original de Issey Miyake, unindo funcionalidade, liberdade de movimento e poesia visual, ao mesmo tempo, em que projeta a moda para o futuro.

A coleção de inverno 2025 consolida a visão de Kondo: transformar o ato de vestir em uma experiência sensorial, expandir os limites do design contemporâneo e preservar a herança criativa japonesa para as novas gerações.

Silvia Braz faz sua estreia em Schiaparelli na PFW

A comunicadora Silvia Braz foi a brasileira mais aguardada no desfile da Schiaparelli durante a semana de moda de Paris. Da primeira fila, acompanhou de perto a coleção SS26 criada por Daniel Roseberry, que mais uma vez reafirmou a essência surrealista e ousada da maison. Intitulada “Dancer in the Dark”, a apresentação trouxe Kendall Jenner na passarela e apostou na fusão entre peças técnicas e um surrealismo descontraído — com destaque para os acessórios que remetiam a relógios derretidos de Dalí. Diante de uma plateia estrelada, que reuniu nomes como Rosalía e Kylie Jenner, a Schiaparelli consolidou mais uma vez seu posto de queridinha da temporada parisiense.

SPFW N60 celebra 30 anos com line-up histórico na maior semana de moda do Brasil

Um dos eventos mais aguardados do ano, a São Paulo Fashion Week (SPFW) chega à sua 60ª temporada neste segundo semestre de 2025, comemorando também três décadas de existência e celebrará estes marcos com uma super programação que reunirá 38 grifes, entre ícones da moda nacional que retornam às passarelas e nomes estreantes, entre os dias 13 a 20 de outubro.

Os desfiles ocorrem em espaços emblemáticos como o pavilhão das Culturas Brasileiras (Pacubra), Teatro Iguatemi e outros locais externos de São Paulo.

Retornos marcados e novidades

Nesta edição comemorativa, a SPFW resgata memórias e celebra o novo. Voltam ao tradicional calendário nomes importantes que marcaram história no evento, como Almir Slama, Flávia Aranha e Ronaldo Fraga, que não desfilaram nas últimas temporadas.

Também há espaço para novidades, como a marca Uó, do estilista Marcelo Sommer e Chapéus Davi Ramos, que estreia sua primeira coleção de vestuário.


Desfile da grife Dendezeiro, SPFW N59 (Foto: reprodução/Mauricio Santana/Getty images Embed)

Programação completa e estrutura dos desfiles

A Semana de Moda acontece entre os dias 13 e 20 de outubro na capital paulista. Ao todo, são esperados 38 desfiles distribuídos por vários locais: o Pacubra (Pavilhão de Culturas Brasileiras, Ibirapuera), o Teatro Iguatemi, além de pontos externos da cidade, ainda não divulgados.

Entre os destaques da programação:

Dia 13 de Outubro

João Pimenta – 11h00 (externo)

Glória Coelho – 15h00 (externo)

Ronaldo Fraga – 20h00 (externo)

Dia 14 de Outubro

Flávia Aranha – 10h30 (externo)

Patrícia Vieira – 12h30 (Teatro Iguatemi)

Forca – 17h00 (externo)

Dia 15 de Outubro

Lily Sarti – 12h30 (Teatro Iguatemi)

Dia 16 de Outubro

À La Garçonne – 10h30 (Teatro Iguatemi)

Meninos Rei – 15h00 (Pacubra)

Marina Bitu – 16h00 (Pacubra)

Leandro Castro – 17h30 (Pacubra)

Catarina Mina – 18h30 (Pacubra)

Dario Mittmann – 19h30 (Pacubra)

Handred – 20h30 (externo)

Dia 17 de Outubro

Sau – 15h00 (Pacubra)

Foz – 16h00 (Pacubra)

Normando – 18h00 (Pacubra)

Sou de Algodão – 19h00 (projeto especial)

Bold Strap – 20h30 (Pacubra)

Dia 18 de Outubro

Herchcovitch; Alexandre – 14h00 (externo)

Rafael Caetano – 15h30 (Pacubra)

Cria Costura – 16h30 (projeto especial Pacubra)

Ateliê Mão de Mãe – 18h00 (Pacubra)

Santa Resistência – 19h00 (Pacubra)

Dendezeiro – 20h00 (Pacubra)

Uó por Marcelo Sommer – 21h20 (externo)

Dia 19 de Outubro

Angela Brito – 11h00 (externo)

David Lee – 15h00 (Pacubra)

Chapéus Davi Ramos – 16h30 (Pacubra)

Amir Slama – 18h00 (Pacubra)

Fauve – 19h00 (Pacubra)

Led – 20h30 (Pacubra)

Dia 20 de Outubro

Gustavo Silvestre – 14h00 (externo)

Weider Silveiro – 15h30 (Pacubra)

Apartamento 03 – 18h30 (Pacubra)

Martins – 19h30 (Pacubra)

Lino Villaventura – 20h30 (Pacubra)


SPFW celebra 30 anos (Vídeo: reprodução/Instagram/@spfw)

O evento é considerado o maior festival de moda da América Latina e acontece no próximo mês na capital paulista; reunindo desfiles, experiências culturais, ativações e momentos de conexão entre moda, arte e criatividade.

Os ingressos já estão à venda, disponíveis no site do evento.

Silvia Braz e Maria Braz encerram semana de Alta Moda da Dolce & Gabbana em Roma com looks deslumbrantes

A semana de Alta Moda da Dolce & Gabbana chegou ao fim nesta terça-feira (16) com o desfile masculino, que encerrou a programação exclusiva da maison em Roma. O evento reuniu convidados de diversas partes do mundo para celebrar a moda italiana em uma imersão no patrimônio histórico e cultural da capital.

Entre os destaques da última noite, as brasileiras Silvia Braz e Maria Braz chamaram atenção ao circular pelas ruas de Roma com produções da marca. Silvia optou por um vestido nude com estrutura de corset, modelagem ajustada ao corpo, recortes com amarrações laterais e detalhes que remetem à alfaiataria couture, combinando a peça com sandálias em cetim no mesmo tom e um mix de colares dourados em uma releitura poderosa e sensual da estética D&G. Já Maria Braz apostou no floral icônico da marca: um vestido midi floral tomara que caia, decote estruturado e sandálias de tiras com estampa coordenada, além de uma minibag branca, criando uma silhueta feminina e clássica da maison.

Ju Ferraz estreia na semana de alta-costura em Paris ao lado de grandes nomes da moda internacional

A empresária e influenciadora Ju Ferraz marcou presença pela primeira vez na prestigiada Semana de Alta Costura de Paris, um dos eventos mais exclusivos e influentes do calendário da moda internacional. Conhecida por seu olhar apurado e crescente relevância no cenário fashion brasileiro, Ju escolheu a capital francesa como palco para dar um novo passo em sua conexão com a moda global.

Entre os destaques de sua agenda, o primeiro compromisso foi o desfile do estilista sírio Rami Al Ali, nesta quinta-feira (10) celebrado por sua estética refinada, que combina técnicas artesanais do Oriente Médio com a elegância clássica europeia. Ela também foi uma das convidadas do desfile do estilista suíço Kevin Germanier, também nesta quinta-feira (10) conhecido por seu trabalho autoral de estética futurista e foco na sustentabilidade.

Nesta coleção, Germanier voltou a colaborar com o brasileiro Gustavo Silvestre, referência nacional em práticas conscientes e no uso do crochê como expressão contemporânea de moda. Para ambos os eventos, a influenciadora escolheu a tradicional maison francesa Balmain. No desfile de Rami Al Ali, Ju escolheu um vestido preto de mangas longas com decote estruturado em off-white e fenda frontal, que valoriza a silhueta e confere elegância ao look.


Ju Ferraz (Foto: reprodução/@higorblanco)

Já para Germanier, apostou em um clássico da grife francesa: um conjunto de alfaiataria composto por blazer estruturado com botões dourados e calça de corte reto, uma assinatura atemporal da maison.

Além de marcar presença nos desfiles de Haute Couture, Ju Ferraz foi uma das convidadas para a apresentação exclusiva da Boucheron, nesta sexta-feira (11), joalheria histórica fundada em 1858, reconhecida por ter sido a primeira a se instalar na emblemática Place Vendôme, epicentro do luxo parisiense.

“Foi incrível acompanhar os desfiles de alta-costura em Paris. O do Rami Al Ali me encantou com a sofisticação e os detalhes impecáveis. Já o da Germanier foi um show de criatividade: lúdico, colorido, cheio de brilho e textura. Me emocionei muito em saber da colaboração com o estilista brasileiro Gustavo silvestre. Ver o Brasil representado assim é um orgulho! Estar aqui me fez sentir, mais do que nunca, como a moda realmente não tem fronteiras.”

Ficha técnica look desfile Rami Al Ali

Vestido: Balmain @balmain

Joias: Diamond Design + Tiffany & Co @diamonddesign_  @tiffanyandco

Sapato: YSL para Acervo A @ysl @acervo.a

Óculos: Loewe @loewe

Styling: Dinho Netto @dinhonetto

Beleza: Thaís Damasio @thaisdamasiomakeup

Foto: Higor Blanco @higorblanco

Ficha técnica look desfile Germanier

Look: Balmain @balmain

Bolsa: Jacquemus @jacquemus

Brinco: Schiaparelli @schiaparelli

Sapato: Valentino @maisonvalentino

Óculos Celine @celine

Styling: Dinho Netto @dinhonetto

Beleza: Thaís Damasio @thaisdamasiomakeup

Foto: Higor Blanco @higorblanco

Fiorucci incorpora pintura corporal em desfile da Semana de Moda de Milão

Durante a Semana de Moda Masculina de Milão, a Fiorucci apresentou sua coleção de Primavera/Verão 2026, que roubou a atenção pela rica composição de elementos, estampas, desconstrução de peças, e principalmente, pela pintura corporal.

A casa de moda italiana reuniu um time de artistas para produzir as obras ilusionistas: à primeira vista são roupas, com mais atenção se revelam apenas tinta sobre a pele.

As pinturas abarcam desde anjos, que remetem à icônica logo da marca, até listras e laços. Uma das “peças” é um cropped listrado vermelho e branco, que acompanha a curvatura dos seios da modelo e cria efeito de movimento, como se estivesse se mexendo enquanto a profissional desfila.

A ideia da marca era trazer o olhar das crianças ao desfile, transportando o público para “um mundo de fantasia em um ambiente multicultural“. O evento iniciou em 20 de junho e encerrou as atividades nesta terça-feira (24).

Estampas

O olhar infantil é captado pelas estampas divertidas da grife. Poodles estampam uma longa saia azul-bebê, que a modelo desfilou enquanto era acompanhada por dois cachorros reais, bocas vermelhas combinam com bolsas e até pipoca virou ilustração, “Pronto para o show“, diz a frase na camiseta.

A peça, assim como outras, foi o par de calça jeans, porém não sem um detalhe: uma saia vermelha de bolinhas brancas por cima. Este não foi o único, outros looks como um macacão listrado e um conjunto de agasalho esportivo azul também são cobertos por essa saia usada “errada”.

Os animais voltam a aparecer em outros figurinos, como calças e camisetas, e as bolinhas em saias brancas. A estética ingênua está presente em vários visuais da coleção.


Fiorucci em Semana de Moda Masculina de Milão (Foto: reprodução/Instagram/@fiorucci)

Fiorucci

A marca surgiu em 1967, fundada por Elio Fiorucci, e logo se tornou uma febre. Artistas influentes como Madonna e Andy Warhol, ícone do movimento pop art, usavam a grife.

Porém, após décadas sendo considerada popular e símbolo dos jovens, a Fiorucci enfrentou problemas de gestão e beirou a falência. Nos anos 2000, Elio Fiorucci deixou a empresa.

Já em 2017, ela retorna à atividade e tenta posicionar sua influência entre os nomes de luxo. Celebridades atuais já apareceram usando peças da casa italiana, como Dua Lipa e Charli XCX.