Rayan e Vitor Roque brilham nos clubes e entram no radar da Seleção

Os nomes de Rayan, atacante do Vasco, e Vitor Roque, jogador do Palmeiras, têm ganhado cada vez mais projeção no cenário nacional. Jovens, decisivos e em constante evolução, os dois vêm sendo apontados como possíveis novidades nas futuras convocações da Seleção Brasileira principal, especialmente para a última lista de 2025, quando o Brasil encara Senegal e Tunísia em amistosos marcados para Inglaterra e França.

Ambos atravessam uma fase de destaque em seus respectivos clubes, o que intensifica os pedidos por uma convocação conjunta. No caso de Vitor Roque, o departamento técnico do Palmeiras acredita que a convocação está próxima, já que o atacante vive o melhor momento desde sua chegada ao clube.

Após um início irregular, ele emplacou uma sequência expressiva: 12 gols e quatro assistências nas últimas 14 partidas. No Campeonato Brasileiro, soma 12 gols, sendo dois deles na goleada por 5 a 1 sobre o Red Bull Bragantino, no Allianz Parque, na última quarta-feira.

O treinador palmeirense Abel Ferreira reconheceu que o jogador está entre as principais promessas da nova geração e afirmou que, se o treinador da Seleção decidir convocá-lo, será uma escolha justa. Segundo ele, Vitor Roque faz parte de um grupo talentoso de jovens atletas, como Endrick e Estêvão, e tem mostrado consistência ao marcar gols e contribuir ofensivamente.

Ascensão de Rayan e expectativa por convocação

Pelo lado cruzmaltino, Rayan segue trilhando um caminho sólido e animador. Aos 19 anos, já disputou 86 jogos pelo Vasco, marcando 18 gols e distribuindo duas assistências. Sua fase atual é a mais eficaz da carreira: balançou as redes seis vezes nas últimas dez partidas. No Brasileirão, figura entre os artilheiros, com dez gols anotados.

O técnico Fernando Diniz também defende publicamente a inclusão do atacante na seleção principal. Para ele, Rayan se destaca por ser um dos jogadores mais completos do país, com capacidade de atuar tanto pelos lados quanto centralizado, além de ser um canhoto veloz, forte fisicamente e com facilidade para finalizar de qualquer posição. Diniz ressaltou a versatilidade e o instinto goleador do atleta, além de seu enorme potencial.


Rayan vive o melhor momento da carreira no Vasco (Foto: reprodução/Instagram/@rayan)

Embora tenham atuado juntos apenas uma vez pela Seleção de base, Rayan e Vitor Roque deixaram boa impressão. No amistoso entre Brasil e México, realizado em setembro de 2024, sob comando de Ramon Menezes, os dois dividiram o ataque durante 27 minutos. A partida, disputada em São Januário, marcou o primeiro encontro da dupla, que gerou entusiasmo entre torcedores e observadores.

Históricos na base e apoio de ex-jogadores

As trajetórias dos dois nos torneios de base revelam paralelos interessantes. Em 2023, Vitor Roque foi o principal goleador do Campeonato Sul-Americano Sub-20, marcando seis vezes e ajudando o Brasil a conquistar o título. Dois anos mais tarde, em 2025, Rayan teve papel importante na conquista do bicampeonato do mesmo torneio, contribuindo com dois gols e boas atuações. Ainda em 2023, o vascaíno também havia sido artilheiro do Sul-Americano Sub-17, com cinco gols, liderando a equipe ao título.

Entre os que defendem a presença dos jovens na seleção principal está o ex-volante Felipe Melo, hoje comentarista esportivo. Ele declarou que, em sua opinião, tanto Rayan quanto Vitor Roque, além do goleiro Léo Jardim, deveriam estar presentes na próxima lista. Segundo ele, embora não seja o momento ideal para fazer testes, os três jogadores têm mostrado desempenho suficiente para merecer uma chance. Felipe argumentou que a Copa do Mundo exige jogadores em grande fase, e este seria o caso deles.

Vitor Roque se firma como artilheiro do Palmeiras (Foto: reprodução/Instagram/@vitor_roque9)

Rayan e Vitor Roque representam uma geração promissora de atacantes brasileiros que, apesar da pouca idade, já demonstram maturidade e desempenho em alto nível. Embora tenham dividido o campo por poucos minutos até agora, há quem veja esse breve encontro como o início de uma parceria que pode se consolidar em breve, desta vez com a camisa da seleção principal.

Fabrício Bruno se desculpa por falhas na virada do Japão

O zagueiro Fabrício Bruno foi um dos protagonistas negativos da derrota da Seleção Brasileira por 3 a 2 para o Japão, nesta terça-feira (14), em amistoso disputado em Tóquio. Responsável pelo erro que originou o primeiro gol adversário, o defensor reconheceu a falha e comentou o desempenho da equipe após a virada sofrida.

Não é um lance que me define como jogador. Sempre passei por dificuldades. O pé de apoio ficou longe, fiquei sem força. Erro meu, peço desculpas ao povo brasileiro. É sentir o momento, a dor, mas seguir adiante em busca de novas oportunidades. Agradeço ao apoio. Só acontece com quem está lá dentro de campo”, declarou o zagueiro na zona mista.

O lance decisivo ocorreu aos seis minutos da segunda etapa. Fabrício Bruno errou um passe dentro da área e entregou nos pés de Minamino, que finalizou com força, sem chances para o goleiro Hugo Souza. Dez minutos depois, em tentativa de corte após chute cruzado de Nakamura, o zagueiro acabou desviando para o próprio gol.

Acho que fizemos um grande primeiro tempo, mas logo no início do segundo tomamos o primeiro gol, e isso nos abalou. Vai servir de aprendizado — é importante tirar as coisas boas e seguir com a cabeça erguida em busca de novas oportunidades”, completou.


Entrevista de Fabrício Bruno na zona mista (Vídeo: Reprodução/Youtube/ESPN Brasil)

Zagueiro minimiza impacto e pede calma

Mesmo reconhecendo o erro, Fabrício Bruno minimizou o impacto do episódio em sua trajetória com a Seleção. Segundo ele, ainda há tempo até a Copa do Mundo de 2026, e um lance isolado não deve definir sua carreira.

Acho que não (perdi espaço para a Copa). Ainda falta muito tempo. Um erro não vai me definir como jogador. As críticas fazem parte do processo, mas um jogo ou um lance não podem rotular ninguém. Só peço que as pessoas não sejam covardes a ponto de me crucificar por um erro que, infelizmente, aconteceu. É hora de sentir o aprendizado, manter a cabeça fria e seguir em frente no clube para conquistar novas oportunidades.

Após o apito final, Fabrício revelou que recebeu apoio de Carlo Ancelotti e dos companheiros de equipe no vestiário.

O Mister me deu um abraço antes da coletiva, e o Casemiro me passou muita confiança. Peço desculpas ao torcedor — é o mínimo que posso fazer. Tenho seriedade e resiliência para seguir em frente e mostrar o quanto trabalhei para estar aqui”, afirmou o defensor.


Fabrício Bruno falhou no lance que resultou no segundo gol do Japão (Foto: Reprodução/Koji Watanabe/Getty Images Embed)

Números de Fabrício Bruno pela Seleção Brasileira

Fabrício Bruno atuou como titular em quatro jogos da Seleção em 2025, sempre por 90 minutos. O zagueiro registra 95% de acerto nos passes, média de 2,3 passes longos certos, 1,5 bola recuperada, 4,3 cortes e 0,5 desarmes por partida. Ele tem 43% de sucesso nos duelos aéreos e 45% nos duelos gerais, com nota média 6,63 no Sofascore.

No amistoso contra o Japão, Fabrício realizou 123 ações com a bola, teve 97% de precisão nos passes e completou 4 dos 6 passes longos. Somou 4 cortes, 2 interceptações, 6 recuperações e 2 chutes bloqueados, mas venceu apenas 1 de 3 duelos aéreos e cometeu um erro defensivo grave — recebendo nota 6,5.

O amistoso marcou o sétimo jogo de Carlo Ancelotti no comando da Seleção Brasileira. A virada japonesa por 3 a 2 foi a primeira vitória do Japão sobre o Brasil na história do futebol.
Apesar de dominar a posse de bola (67%) e trocar o dobro de passes (739 contra 349), o Brasil teve dificuldades para converter o controle em chances reais, enquanto o Japão mostrou eficiência ofensiva e frieza na reta final.

Casemiro critica “apagão” da seleção contra Japão

A Seleção Brasileira foi ao intervalo vencendo por 2 a 0 e com a sensação de que encerraria a série de amistosos com mais uma vitória convincente antes da Copa do Mundo de 2026. No entanto, o segundo tempo reservou um choque de realidade. O Japão reagiu de forma avassaladora e virou o placar para 3 a 2, em um resultado classificado como um “apagão” pelo capitão Casemiro.

Após a partida, o volante fez um forte desabafo sobre o desempenho da equipe e alertou para a falta de concentração que, segundo ele, não pode se repetir em grandes competições.

Toda a equipe, na segunda parte, não esteve bem. Nesse alto nível, são os detalhes que fazem a diferença”, afirmou Casemiro ao SporTV.


Rolou um ânimo a mais, queríamos fechar a preparação com chave de ouro, mas isso serve de aprendizado. A Copa do Mundo está aí. Quarenta e cinco minutos podem custar um sonho de infância.” Completou o capitão


Casemiro criticou a postura da seleção na volta para o segundo tempo (Foto: Reprodução/Koji Watanabe/Getty Images Embed)

Virada relâmpago japonesa

O Brasil abriu o placar com Paulo Henrique e Martinelli, indo para o intervalo com boa vantagem e controle do jogo. Mas o cenário mudou completamente na etapa final. O Japão, mais intenso e agressivo, virou com gols de Ueda, Nakamura e Minamino — este último, aproveitando falha na saída de bola brasileira do zagueiro Fabrício Bruno.

Casemiro reforçou a importância de manter o foco durante toda a partida, especialmente diante de seleções que exploram bem os erros do adversário.

No mais alto nível, não dá para relaxar. Se você dorme 45 minutos, pode custar uma Copa do Mundo, uma Copa América, uma medalha, um sonho de quatro anos”, lamentou o camisa 5.


Takumi Minamino virou o jogo para o Japão após de saída de bola brasileira (Foto: Reprodução/Masashi Hara/Getty Images Embed)

Números do jogo

Mesmo com 67% de posse de bola e o dobro de passes trocados (739 contra 349), o Brasil não conseguiu converter o domínio em chances reais. A equipe finalizou apenas oito vezes, enquanto o Japão somou 15 finalizações, sendo seis delas no alvo e uma na trave.

Os japoneses também superaram o Brasil em escanteios (4 a 2) e mantiveram equilíbrio nos desarmes (15 para cada lado) e faltas (10 a 7). A eficiência ofensiva da equipe asiática acabou sendo determinante.

Com o triunfo, o Japão chegou ao quinto jogo consecutivo sem perder para seleções campeãs do mundo, reforçando o bom momento da equipe sob comando de Hajime Moriyasu.

Próximos compromissos da Seleção

A derrota encerra a série de amistosos asiáticos e deixa lições importantes para o técnico Carlo Ancelotti. O Brasil voltará a campo entre 10 e 18 de novembro, na última Data FIFA do ano, em dois amistosos contra seleções africanas — Senegal e Tunísia devem ser os adversários, com partidas previstas para ocorrer na Inglaterra e na França.

Desde o pentacampeonato em 2002, o Brasil não conquista a Copa do Mundo e não avança além das quartas de final desde 2014. O alerta de Casemiro reflete o sentimento no vestiário: não há mais espaço para desligamentos.

Brasil sofre virada histórica e perde para o Japão em amistoso

Em um amistoso que marcou negativamente a trajetória recente da Seleção Brasileira, o time comandado por Carlo Ancelotti perdeu de virada para o Japão por 3 a 2, após abrir dois gols de vantagem no primeiro tempo. O resultado representa a primeira derrota da história do Brasil para os japoneses e acende um alerta sobre as fragilidades defensivas e a queda de rendimento da equipe na segunda etapa.

Equilíbrio inicial e domínio brasileiro

Os primeiros minutos foram equilibrados, com o Japão ocupando bem os espaços e pressionando a saída de bola brasileira. A primeira grande chance do jogo foi japonesa: aos 22 minutos, Doan fez bela jogada individual e encontrou Minamino, que cruzou para Ueda quase empurrar para o gol vazio. A bola passou rente à trave, com Hugo Souza já batido.

O susto despertou o Brasil. Três minutos depois, Vini Jr iniciou jogada pela esquerda e inverteu para Paulo Henrique, que tabelou com Bruno Guimarães e Paquetá antes de finalizar no canto esquerdo e abrir o placar. O segundo gol veio logo em seguida, aos 31, quando Paquetá encontrou Martinelli em belo passe por cobertura. O atacante finalizou de esquerda para ampliar.


Melhores momentos de Japão 3 x 2 Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/ge tv)

Mesmo com a vantagem, o Japão manteve postura ofensiva e impôs dificuldades na transição do Brasil, que controlava a posse, mas era obrigado a circular a bola com paciência para escapar da pressão.

Apagão e virada japonesa

O cenário mudou completamente no segundo tempo. Aos 6 minutos, Fabrício Bruno falhou ao tentar afastar uma bola simples, e Minamino aproveitou para diminuir. O Japão cresceu e empatou aos 17, após cruzamento de Ito que Nakamura completou para o gol. Sem reação, o Brasil se desorganizou e cedeu a virada aos 24 minutos: Ueda subiu mais alto que a defesa e cabeceou para o em cima de Hugo Souza que não consegue segurar com a bola terminando no fundo da rede, marcando o terceiro gol do Japão e a virada frente ao Brasil.


Minamino diminui com falha de Fabrício Bruno (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge.globo)

Foi a primeira vez que o Brasil sofreu uma virada após abrir 2 a 0 em um jogo e, também, a primeira derrota para o Japão na história dos confrontos entre as seleções.

Reflexões e alerta para Ancelotti

As substituições promovidas por Ancelotti com as entradas de Rodrygo, Matheus Cunha, Joelinton, Estêvão e Richarlison não surtiram efeito. O time perdeu intensidade e teve dificuldades para criar. O Japão, ao contrário, manteve o ritmo e demonstrou maturidade tática, com destaque para as atuações de Ito, Minamino e Ueda.

A derrota serve como importante lição para o Brasil, que viu uma atuação segura se transformar em uma virada dolorosa por desatenção e falhas individuais. Para Ancelotti, o amistoso deixa claro que o trabalho ainda requer ajustes significativos, especialmente no sistema defensivo e na manutenção do foco durante toda a partida.

Hugo Souza pode ser novidade na Seleção e encerrar jejum histórico dos corintianos

O goleiro Hugo Souza deve ser a principal novidade da Seleção Brasileira no amistoso contra o Japão, que acontece nesta terça-feira (14), às 7h30 (horário de Brasília), em Tóquio. Caso comece jogando, ele poderá quebrar um longo jejum envolvendo jogadores do Corinthians na equipe principal: será o primeiro arqueiro do clube a iniciar uma partida da Seleção desde Dida, em 2002, há mais de duas décadas.

Nos últimos anos, embora alguns atletas corintianos tenham sido convocados, poucos realmente entraram em campo e, quando atuaram, foi por tempo reduzido. Em 2017, Cássio participou de um amistoso também contra o Japão, mas jogou apenas o segundo tempo, substituindo Alisson. Já o atacante Yuri Alberto teve uma passagem ainda mais discreta: entrou nos minutos finais da derrota para o Marrocos, em 2023. Fagner, outro nome recorrente em convocações, atuou por 180 minutos em 2019, enquanto Rodriguinho e Renato Augusto também defenderam a Seleção em oportunidades pontuais, com participações nas Eliminatórias e amistosos em anos anteriores.

Confiança da comissão técnica e possível estreia como titular

A presença de Hugo Souza entre os 11 iniciais não seria por acaso. O goleiro vem sendo chamado com frequência por Carlo Ancelotti, que já o convocou em três oportunidades. Em setembro, o treinador italiano revelou publicamente que pretendia utilizá-lo em uma das partidas desta Data Fifa, destacando suas qualidades dentro e fora de campo.


Goleiro Hugo Souza em ação pelo Timão (Foto: reprodução/Instagram/@hugosouza)

Segundo Ancelotti, o camisa 1 do Corinthians é um goleiro que se destaca em momentos decisivos, como disputas de pênaltis, e tem características que o tornam confiável para um contexto de alto nível. “Estamos analisando essa possibilidade. Hugo é um goleiro que tem bom desempenho em situações decisivas e apresenta um comportamento que transmite segurança. Acreditamos que ele merece uma chance para se adaptar melhor ao grupo e ao estilo da Seleção”, declarou o técnico em entrevista coletiva.

Além de igualar o feito de Dida, Hugo pode encerrar um ciclo de participações limitadas de jogadores do Corinthians na Seleção Brasileira. O último a atuar pela equipe foi Yuri Alberto, que teve poucos minutos no amistoso contra o Marrocos. Antes disso, outros nomes como Fagner, Cássio, Rodriguinho e Renato Augusto também tiveram participações esporádicas, geralmente em jogos amistosos ou eliminatórias, sem sequência ou protagonismo.

Um novo ciclo para o Corinthians na Seleção?

Se for confirmado entre os titulares no confronto contra o Japão, Hugo Souza não apenas atingirá uma marca pessoal de grande relevância, mas também poderá simbolizar um novo ciclo para o Corinthians na Seleção Brasileira. A última vez que um jogador do clube atuou pela equipe principal foi em 2023, quando Yuri Alberto entrou nos minutos finais de um amistoso contra o Marrocos, sem tempo suficiente para causar impacto.

Antes dele, o lateral-direito Fagner foi o representante mais presente, somando 180 minutos em compromissos amistosos realizados em 2019. Já Cássio, também goleiro e ídolo do clube, participou brevemente de um amistoso em 2017, entrando apenas no segundo tempo. Na mesma temporada, o meia Rodriguinho teve chance semelhante, com 57 minutos em campo. Um pouco mais distante no tempo, em 2015, Renato Augusto viveu um período mais ativo, atuando por 117 minutos durante as Eliminatórias para a Copa do Mundo.


Fagner em ação pelo Timão, clube onde construiu boa parte de sua carreira (Foto: reprodução/Instagram/@fagneroficial23)

Essas participações, ainda que relevantes, mostram um padrão de presença pontual e de curta duração. Assim, a possível titularidade de Hugo Souza vai além do simbolismo. Representa a possibilidade de um jogador do Corinthians reassumir um papel de destaque em uma Seleção em processo de reformulação, sob o comando de Carlo Ancelotti.

Caso tenha um bom desempenho, Hugo poderá abrir caminho para que mais atletas do clube sejam observados com atenção nas próximas convocações. A aposta da comissão técnica em sua personalidade e preparo pode ser um divisor de águas não apenas para sua trajetória pessoal, mas também para recolocar o Corinthians em evidência no cenário da Seleção Brasileira, algo que, historicamente, já foi muito mais comum.

Goleiro do Corinthians estreia como titular na Seleção Brasileira

O técnico da Seleção Brasileira, o italiano Carlo Ancelotti, havia declarado que pretendia utilizar outros goleiros, já que não pode contar com Alisson. Na partida contra a Coreia do Sul, o treinador escalou Bento, do Al Nassr, de 26 anos. Para a próxima partida, Ancelotti escalou o goleiro do Corinthians, Hugo Souza.

Nascido em Duque de caxias, na Baixada Fluminense, esta será a estreia de Hugo na Seleção Brasileira e, com ela, o Corinthians quebra um longo jejum de 23 anos sem um goleiro do clube como titular da Seleção Canarinho. Além disso, Hugo quebra outro jejum, mas este, da Seleção: o retorno de um goleiro negro após 11 anos.

O sonho

Após a afirmativa de Ancelotti, Hugo comentou sobre a oportunidade de representar o Brasil: “É a realização de um sonho. Trabalhei a minha vida inteira para chegar a este momento”, disse. Ele disse estar feliz com a oportunidade oferecida e espera que seja a primeira de muitas.

Na coletiva de imprensa onde o treinador anunciou mudanças na posição, ele foi questionado por jornalistas sobre o motivo da convocação de Hugo ocorrem em virtude de suas defesas de pênaltis. O italiano foi enfático: para ele, é fundamental que um goleiro se utilize das mãos, e não dos pés, para exercer seu trabalho: “A avaliação que faz a comissão técnica não é porque é bom nos pênaltis, é porque é bom goleiro, tem personalidade, caráter, que trabalha bem, que defende”.


Hugo Souza fala sobre a expectativa de sua escalação (Vídeo: reprodução/Instagram/@cazetv)

Quebra de jejum

A convocação de Hugo quebra um jejum de 23 anos do Corinthians, que teve como último goleiro como titular da Seleção Dida, em fevereiro de 2002. Desde então, 11 clubes brasileiros conseguiram o feito de ter um atleta desta posição escalado, e nem mesmo Cássio conseguiu este feito. O atleta chegou a ser convocado para a Copa da Rússia, em 2018, mas somente ocupou o banco de reservas.

Além disso, Hugo quebrou outro jejum, desta vez, dentro da Seleção. Ele é o primeiro goleiro negro a ser escalado como titular após 11 anos. O último foi Jefferson, no extinto Superclássico das Américas.

Elogios do Tetra

O preparador de goleiros da Seleção e tetracampeão mundial, Taffarel, elogiou Hugo Souza e disse que o atleta de 26 anos está preparado para a partida: “Vem trabalhando bastante, não só aqui na Seleção, mas também no clube. Então ele está com muito entusiasmo e isso que a gente quer dos jogadores”.

Taffarel destacou que esta é uma boa oportunidade para testar o jogador em campo e avaliar sua atuação: “Eu acho que é um momento muito bom, apropriado para ele e espero que faça um bom trabalho como o Bento fez”.


Taffarel fala sobre Hugo Souza (Vídeo: reprodução/Instagram/@tntsportsbr)

Próximo confronto

O Brasil enfrenta o Japão na próxima terça-feira (14), no Ajinomoto Stadium, em Tóquio, às 7:30 (horário de Brasília). A partida será transmitida pela Rede Globo em seu canal aberto, na SportTV e pelo ge.tv. Pelo YouTube, a transmissão poderá ser vista no canal Cazé Tv.

Das 13 últimas vezes em que o Brasil duelou contra o Japão, os brasileiros venceram 11. A última vez foi em 2022, na reta final para a Copa do Catar. Na ocasião, o gol de Neymar garantiu a vitória por 1 a 0.

Estevão entra em prateleira da seleção com nova marca

Autor de dois gols na goleada da Seleção Brasileira por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul, nesta sexta-feira (10), o jovem Estêvão alcançou mais uma marca histórica e entrou em uma prateleira especial da história da Amarelinha.

Aos 18 anos, o atacante abriu o placar aos 13 minutos e voltou a balançar as redes logo no início do segundo tempo, aos 47, no amistoso disputado no Estádio Copa do Mundo de Seul, em preparação para a Copa do Mundo de 2026.

Com o feito, Estêvão tornou-se o mais jovem jogador a marcar dois gols pelo Brasil desde Coutinho, lenda do Santos. O garoto revelado pelo Palmeiras atingiu o feito com 18 anos e 5 meses, enquanto Coutinho — campeão mundial em 1962 — havia conseguido com 17 anos e 10 meses.

O levantamento é do perfil estatístico “DataFutebol”, que também destacou a dupla formada por Estêvão e Rodrygo: é a primeira vez que dois jogadores marcam dois gols cada em uma mesma partida desde Rodrygo e Neymar, na vitória por 5 a 1 sobre a Bolívia, na estreia das Eliminatórias, em setembro de 2023.


Com três gols marcados, Estevão se isola como artilheiro na Era Ancelotti (Foto: Reprodução/Ricardo Nogueira/Getty Images Embed)

Artilheiro da “Era Ancelotti”

Em grande fase nos primeiros passos da carreira, Estêvão é atualmente o artilheiro da Seleção na Era Ancelotti, com três gols marcados. O primeiro havia sido na vitória por 3 a 0 sobre o Chile, no Maracanã, em 4 de setembro.

Vivendo o melhor momento da carreira, o atacante também brilhou no último fim de semana pelo Chelsea, marcando o gol da vitória sobre o Liverpool, nos acréscimos, em Stamford Bridge. O camisa 20 da Seleção reconheceu o bom momento e celebrou a fase especial.

“Só tenho a agradecer a Deus por tudo que estou vivendo. Estou trabalhando muito, lutando todos os dias para que as coisas boas aconteçam — e elas estão chegando, graças a Deus. Dedico este momento à minha família, que sempre me apoiou, e a Deus, que me abençoa em cada passo”, disse Estêvão após o jogo.

Estrela em ascensão

O primeiro gol de Estêvão saiu após um passe espetacular de Bruno Guimarães. O atacante chutou de primeira e abriu o placar para o Brasil, em Seul. O lance repercutiu rapidamente nas redes sociais — e centenas de torcedores europeus, especialmente na Inglaterra, exaltaram o desempenho do garoto, que vem chamando atenção desde que chegou ao Chelsea.

O nome de Estêvão é hoje um dos mais comentados no futebol europeu, e sua atuação pela Seleção reforçou ainda mais o status de nova joia brasileira no cenário internacional.


Estevão abriu o placar contra Coreia, aos 13 minutos (Foto: Reprodução/Chung Sung-Jun/Getty Images Embed)

Atuação de gala contra a Coreia

Mesmo sob chuva intensa e diante de 65 mil torcedores, o Brasil dominou a Coreia do Sul do início ao fim. Os anfitriões, 23º colocados no ranking da FIFA (o Brasil ocupa a 6ª posição), priorizaram a defesa, mas não conseguiram conter o jogo intenso e coordenado da equipe de Carlo Ancelotti.

O técnico escalou um quarteto ofensivo com Rodrygo, Estêvão, Vini Jr. e Matheus Cunha, apoiado por Casemiro e Bruno Guimarães, que frequentemente apareciam na área adversária. As assistências do primeiro tempo saíram justamente dos dois volantes:

  • aos 12 minutos, Bruno Guimarães lançou Estêvão entre os zagueiros para abrir o placar;

  • aos 41, Casemiro encontrou Rodrygo, que marcou o segundo gol.

No segundo tempo, a Coreia tentou reagir com uma mudança no meio-campo, mas foi rapidamente punida. Logo no reinício, Estêvão roubou a bola de Kim Min-Jae e fez o terceiro gol. Dois minutos depois, Casemiro interceptou um passe e acionou Vini Jr., que serviu Rodrygo para ampliar.

Com a vitória sacramentada, Ancelotti aproveitou para rodar o elenco. Entraram Paulo Henrique (estreante pelo Brasil), Carlos Augusto, André, Paquetá, Richarlison e Igor Jesus. Mesmo com as mudanças, o Brasil manteve o controle e ainda marcou o quinto, com Vini Jr., aos 32 minutos.

A Seleção Brasileira encerra a Data FIFA na próxima terça-feira (15), às 7h30 (horário de Brasília), contra o Japão, no Estádio de Tóquio, no último amistoso da excursão asiática.

Ancelotti exalta partida da seleção: “equipe mostrou que pode jogar neste nível”

Em uma atuação dominante, o Brasil de Carlo Ancelotti silenciou o Estádio Copa do Mundo de Seul ao golear a Coreia do Sul por 5 a 0, nesta sexta-feira (10), em amistoso válido pela Data FIFA. O técnico italiano ficou satisfeito com o desempenho da equipe e destacou o espírito coletivo como chave para o brilho individual de seus atacantes.

Hoje a equipe mostrou que pode jogar neste nível — com intensidade, qualidade e compromisso. Desde que cheguei, sempre repito: o compromisso coletivo é a base. Quando o grupo tem essa base, surgem muitas oportunidades de fazer as coisas bem. Hoje unimos esse compromisso à qualidade que esses jogadores têm, e é isso que a Seleção precisa”, afirmou Ancelotti após a partida.

Destaques e elogios do técnico

O treinador destacou especialmente as atuações de Estêvão e Rodrygo, autores de quatro dos cinco gols, mas fez questão de valorizar o desempenho coletivo.

Quando você tem uma base sólida e uma defesa consistente, a qualidade individual aparece naturalmente. Rodrygo fez uma grande partida, Estêvão também. A equipe tem muitas soluções ofensivas, e hoje conseguimos aproveitar as qualidades de cada um”, ponderou o italiano.


Rodrygo e Estevão foram os melhores jogadores durante a partida (Foto: reprodução/Chung Sung-Jun/Getty Images Embed)

O que disse Ancelotti sobre o jogo

Compromisso da equipe

Jogamos muito bem — com bola e sem bola. O compromisso foi exemplar. Quando a equipe se dedica dessa forma, a qualidade aparece. O jogo mostrou qualidades individuais muito importantes.

Atuação do Brasil

Fiquei muito feliz. Foi uma partida completa em todos os aspectos. Nossa trajetória rumo à Copa do Mundo começou bem, porque a equipe jogou com intensidade e inteligência. Gostei muito da postura e das qualidades que mostramos.

Como foi construída a goleada

A chave foi o primeiro gol. A Coreia começou bem, tentando se defender e pressionar nosso meio, mas o gol de Estêvão abriu o jogo. A partir daí, eles tiveram mais dificuldade para nos conter.


Ancelotti elogiou vários aspectos do jogo da seleção (Foto: reprodução/ANTHONY WALLACE/Getty Images Embed)

Domínio do início ao fim

Mesmo sob chuva intensa e diante de cerca de 65 mil torcedores, o Brasil foi amplamente superior desde o apito inicial. A Coreia do Sul, 23ª no ranking da FIFA (enquanto o Brasil ocupa a 6ª posição), priorizou a defesa, mas viu o time de Ancelotti controlar o jogo com linhas altas e movimentação constante.

O técnico escalou um quarteto ofensivo formado por Rodrygo, Estêvão, Vini Jr. e Matheus Cunha, apoiado por Casemiro e Bruno Guimarães, que se aproximavam com frequência da área adversária. As duas assistências do primeiro tempo saíram justamente dos volantes: aos 12 minutos, Bruno Guimarães encontrou Estêvão entre os zagueiros para abrir o placar; aos 41, Casemiro serviu Rodrygo, que marcou seu oitavo gol em 34 jogos pela Seleção.

Segundo tempo de gala

No segundo tempo, a Coreia tentou reagir com uma alteração no meio-campo, mas acabou punida rapidamente. Logo no reinício, Estêvão roubou a bola de Kim Min-Jae e ampliou. Dois minutos depois, Casemiro interceptou novo passe e acionou Vini Jr., que encontrou Rodrygo livre para fazer o quarto gol.

Com o resultado encaminhado, Ancelotti aproveitou para rodar o elenco. Entraram Paulo Henrique (em sua estreia pela Seleção), Carlos Augusto, André, Paquetá, Richarlison e Igor Jesus. Mesmo com as mudanças, o domínio brasileiro continuou, e Vini Jr. ainda marcou o quinto gol, aos 32 minutos, fechando a goleada.

O Brasil volta a campo na próxima terça-feira (15), às 7h30 (horário de Brasília), contra o Japão, no Estádio de Tóquio — partida que encerra a série de amistosos asiáticos desta Data FIFA.

Narrador analisa Endrick e Estêvão e Ancelotti fala sobre testes na Seleção

As joias reveladas pelo Palmeiras, Endrick e Estêvão, vivem momentos distintos no futebol europeu. Enquanto o jovem atacante do Real Madrid ainda não estreou na temporada, o meia do Chelsea começa a conquistar espaço e elogios na Inglaterra. O narrador Victor Lopes, da TNT Sports, analisou a situação dos dois e suas chances de presença na Copa do Mundo de 2026 com a Seleção Brasileira.

Situações opostas

Para Victor Lopes, o desempenho inicial de Estêvão no Chelsea já o coloca entre os nomes praticamente certos para o Mundial. O narrador destacou a rápida adaptação do garoto e o impacto positivo nas primeiras atuações com a camisa azul.

O Estêvão, para mim, já está na Copa do Mundo. Normalmente os brasileiros têm um começo complicado na Premier League, mas ele está muito bem e tem correspondido também na Seleção. É um cara que vai ser importante para essa Copa”, afirmou.


Estêvão fala em qual posição prefere jogar (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge.globo)

Já sobre Endrick, Lopes ponderou que o momento é mais delicado. O atacante ainda busca espaço no Real Madrid, onde a concorrência é intensa, principalmente com a chegada de Mbappé.

O caso do Endrick é complicado. O Real não tem pressa para colocá-lo em campo. Como você vai barrar o Mbappé? Não é demérito do Endrick, é mérito do Mbappé”, completou.

Desempenho e convocações

Sob o comando de Xabi Alonso, Endrick ainda não entrou em campo pelo Real nesta temporada. Estêvão, por outro lado, já soma nove partidas, com um gol e uma assistência pelo Chelsea. O meia foi novamente convocado por Carlo Ancelotti para os amistosos da Seleção contra Coreia do Sul e Japão, enquanto o ex-Palmeiras não é chamado desde março.

Ancelotti mantém foco

Questionado sobre a possibilidade de fazer testes nas próximas partidas, Ancelotti foi direto: os amistosos não servirão para experiências. O italiano ressaltou que o foco está em vencer e fortalecer o grupo que disputará a Copa do Mundo.

Os jogos da Seleção não são para fazer testes. São jogos para atuar bem e ganhar, dar esperanças ao torcedor”, declarou o técnico, que também afirmou não querer “inventar” no esquema tático.

Com a Copa de 2026 se aproximando, Estêvão parece cada vez mais consolidado entre os convocados, enquanto Endrick ainda busca espaço para reconquistar sua vaga. Ancelotti, por sua vez, mantém o discurso de estabilidade e resultados, priorizando desempenho imediato da Seleção em vez de experimentações.

Ancelotti define meta da Seleção: vencer a Copa do Mundo

O técnico Carlo Ancelotti deixou claro, nesta quinta-feira (9), que o objetivo da Seleção Brasileira é um só: conquistar a Copa do Mundo de 2026, que será disputada em Canadá, Estados Unidos e México. Apesar do pouco tempo de trabalho até o torneio, o treinador afirmou que confia na preparação e na atitude dos jogadores.

Ambiente positivo

Em entrevista coletiva no Seul World Cup Stadium, palco do amistoso desta sexta-feira (10) contra a Coreia do Sul, Ancelotti destacou o bom clima dentro do grupo. Segundo ele, o entrosamento e a união dos atletas serão fundamentais para buscar o título.

O jogador brasileiro quer jogar pela Seleção. Dentro de um clube há muitos idiomas, mas numa seleção a comunicação é mais fácil. O ambiente onde você trabalha é muito importante para chegar ao objetivo”, disse o técnico.

Ancelotti também reforçou que quer jogadores comprometidos com o grupo e não com conquistas individuais. “O objetivo tem que ser ganhar a Copa do Mundo, e não ser o melhor jogador do torneio”, afirmou.


Rodrygo fala sobre período longe da Seleção (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge.globo)

O volante Casemiro havia demonstrado preocupação com o curto período de treinos até o Mundial, mas o treinador italiano mostrou otimismo. Para ele, o Brasil tem uma base sólida e um elenco equilibrado: “A seleção tem uma base ampla, com jogadores muito profissionais. Estou convencido de que vamos preparar um ambiente muito positivo para a Copa”, declarou.

Escalação e ajustes

Ancelotti confirmou que o goleiro Bento será titular no amistoso contra a Coreia, enquanto Hugo Souza jogará a próxima partida. Ele afirmou que o confronto servirá para aprimorar a atitude e o convencimento do grupo. “Amanhã é uma oportunidade para melhorar a qualidade e a confiança da equipe”, destacou o treinador, que elogiou a postura defensiva do time nos últimos jogos.


Bento fala sobre possível titularidade pela seleção (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge.globo)

Mesmo com pouco tempo até o início da Copa, Ancelotti acredita que a Seleção chegará preparada. O italiano aposta no ambiente saudável e na dedicação dos jogadores para transformar o objetivo em realidade: levar o hexacampeonato ao Brasil.