Rapper Diddy enfrenta nova investigação por suposta agressão sexual

Sean “Diddy” Combs, magnata do hip-hop, está novamente no centro de uma controvérsia séria: o Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles abriu uma investigação sobre uma nova alegação de sexual battery contra ele.

De acordo com o relatório policial, as acusações têm origem em um crime supostamente ocorrido em 2020, quando o reclamante, um produtor musical e publicitário, foi convidado para uma sessão de fotos em um armazém em Los Angeles. No local, o acusador afirma que Combs se expôs, se masturbou usando uma camiseta — que pertencia ao rapper Notorious B.I.G. — e chegou a pedir que ele realizasse um ato sexual.  Ainda segundo o relato, quando o produtor não atendeu à solicitação, Combs teria jogado a camisa suja sobre ele.

Mais abusos

As alegações não param por aí: o documento também menciona um segundo episódio, ocorrido em março de 2021, no qual o reclamante afirma que dois homens cobriram sua cabeça antes de Combs entrar em uma sala, chamá-lo de “snitch” (“dedo-duro”) e supostamente cometê-lo abuso sexual.

O produtor denunciou os acontecimentos às autoridades apenas em setembro de 2025, a partir da Flórida, enviando o caso para o xerife de Los Angeles, que agora investigará oficialmente os fatos.


P Diddy em 2023 antes de ser condenado (Foto; reprodução/Paras Griffin/Getty Images Embed)


A defesa de Combs nega categoricamente todas as acusações. Em comunicado, o advogado Jonathan Davis afirmou que as alegações são “falsas e difamatórias” e que o rapper não pode responder a “cada acusação sem mérito” em um que ele chamou de “circo da mídia”.  Combs e sua equipe reitera que confiam que a questão será dirimida nos tribunais, com base em provas concretas, e não por especulações jornalísticas.

Esse novo caso surge em um momento já turbulento para Combs: ele cumpre uma pena federal por convicções relacionadas ao transporte para prostituição. Além disso, ele enfrenta diversos processos civis por violência sexual, acusados por várias pessoas.

Desdobramentos

O desdobramento dessa investigação estadual pode trazer implicações significativas para Combs, tornando seu momento legal ainda mais delicado, especialmente ao somar-se às outras acusações e condenações que já pesam contra ele.

Jessie e D’Lila Combs filhas de Sean “Diddy” Combs vão à festa após sentença do pai

As filhas gêmeas do rapper Sean “Diddy” Combs, Jessie Combs e D’Lila Combs, marcaram presença em um evento promovido por Kylie Jenner, em West Hollywood, poucos dias após a condenação do pai. A aparição das jovens chamou a atenção do público e da imprensa internacional por acontecer em meio ao turbilhão de notícias sobre a sentença do artista, que recentemente foi condenado à prisão por crimes federais.

Gêmeas chamam atenção com looks coordenados

As jovens de 18 anos foram fotografadas chegando juntas ao evento pop-up da marca de beleza de Kylie Jenner, acompanhadas de outras celebridades como Kim Kardashian e Hailey Bieber. Jessie e D’Lila usaram conjuntos esportivos cor-de-rosa da marca Body by Raven, combinando os looks com brincos de argola, colares em camadas e maquiagem leve. O visual jovial e coordenado foi elogiado nas redes sociais, destacando o estilo marcante das irmãs, que frequentemente compartilham produções de moda em suas contas pessoais.


Jessie e D'Lila Combs na festa de Kylie Jenner (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Phillip Faraone)

Durante a noite, as filhas de Diddy registraram o momento em seus perfis do Instagram. Em um dos Stories, elas escreveram a frase “KING KYLIEEEE” acompanhada de um emoji de coroa, em homenagem à empresária. O gesto demonstrou apoio à anfitriã do evento e reforçou a amizade entre as famílias Jenner e Combs, que já haviam sido vistas juntas em outras ocasiões.

Aparição acontece após sentença de Sean “Diddy” Combs

A presença das gêmeas no evento ocorreu cerca de duas semanas após a condenação de Sean Combs, de 55 anos, a quatro anos de prisão e pagamento de multa de 500 mil dólares. O rapper foi sentenciado em um julgamento federal por envolvimento no transporte de pessoas para fins de prostituição. O caso teve grande repercussão internacional, especialmente após o tribunal destacar episódios de abuso físico e psicológico cometidos por ele ao longo dos anos.

Jessie e D’Lila são filhas de Diddy com a modelo Kim Porter, falecida em 2018. Desde então, as jovens vêm mantendo uma vida pública discreta, embora tenham seguido os passos do pai no meio artístico e da moda. Mesmo diante da condenação de Diddy, as irmãs demonstraram resiliência e mantiveram a elegância em um momento delicado para a família, mostrando maturidade e independência ao comparecerem ao evento.

Júri ouve testemunhas e assiste a vídeos de festas em julgamento de P. Diddy

O julgamento de Sean Combs (P. Diddy) continua ouvindo testemunhas e analisando materiais. Nesta terça-feira (17), depoentes deram seu registro e o júri revisou antigas e assistiu a novos vídeos dos “freak offs“, festas sexuais promovidas pelo artista.

Nas imagens, há conteúdo explícito e envolvem a ex-namorada do rapper, Cassie Ventura, que trouxe ao tribunal detalhes sobre os encontros sexuais de P. Diddy. A cantora também relatou os casos de agressões sofridos durante o relacionamento, que durou mais de uma década.

O principal caso envolvendo o produtor musical e Ventura é a violência no InterContinental Hotel, em Los Angeles, ocorrida em março de 2016. Segundo filmagens de câmeras de segurança divulgadas exclusivamente pela CNN, o casal no vídeo é Sean Combs e Cassie Ventura. Ele dá chutes e arrasta a ex-companheira no corredor do hotel.

Mensagens de textos foram lidas no tribunal e, de acordo com elas, Combs pediu desculpas para Ventura e ligou diversas vezes. A artista chegou a pedir para ele parar e ficar longe dela.

Multas

O processo também acompanhou multas à estrutura de hotéis, que teriam sido danificadas por Diddy. Nos extratos de cartões e em registros dos estabelecimentos, há cobranças que variam entre US$ 500 dólares, por prejuízos a cortinas e carpetes, e US$ 46 mil dólares por estragos à cobertura.

Roupas de cama e custos com limpeza também apareceram na fatura do rapper. Nas filmagens divulgadas no InterContinental, é possível ver Sean Combs arremessando objetos do negócio.


Cassie Ventura, cantora e atriz (Foto: reprodução/Dimitrios Kambouris/Getty Images Embed)

Entenda o caso

As acusações contra Sean Combs envolvem extorsão, ameaça de violência e tráfico sexual. Além de Cassie Ventura, Jane (pseudônimo para uma testemunha do caso) também prestou depoimento. Ela, que teve um relacionamento com o cantor, afirma que o relacionamento entre os dois envolvia encontros sexuais com terceiros e também uso de drogas.

Na segunda-feira (09), Jane relatou um episódio em que Diddy estrangulou e a chutou após uma discussão envolvendo a presença de outra mulher.

Testemunha de Caso Diddy afirma que decisões na relação foram feitas sob ‘pressão emocional’

A testemunha Jane, pseudônimo utilizado por uma mulher que teve um relacionamento com Sean Combs (P. Diddy), alegou que muitas escolhas feitas durante o relacionamento com o artista foram fruto de uma “pressão emocional“. Ela, que depôs nesta terça-feira (10), afirma que se arrepende do estilo de vida que levou durante o período.

Jane relata alguns acontecimentos da união, como o uso de ecstasy para agradar Diddy. Assim como os encontros sexuais com outros homens eram uma forma que ela achou para se encontrar com o rapper.

Além da relação com Jane, Sean Combs tinha casos com outras pessoas. Na época, entre 2021 e 2023, ele manteve um namoro público com a cantora Yung Miami, enquanto a vida com a testemunha ficava na esfera privada. Ela, no entanto, não aprovava os vínculos externos.

No julgamento ocorrido na segunda-feira (09), a depoente contou uma situação de agressão física entre o casal, resultado de uma discussão motivada pela presença de outra mulher em uma viagem de Diddy. Jane afirmou que o produtor musical a estrangulou e chutou.

Yung Miami

Em 2024, a rapper Yung Miami foi acusada por Lil Rod, que já colaborou com Diddy em produções, de trabalhar como profissional do sexo de Combs, de quem recebiam uma taxa mensal.

Já em agosto do mesmo ano, em um programa do podcast “Caresha Please, de Yung Miami, a cantora disse que, durante o seu relacionamento com o produtor, as alegações não faziam parte de sua experiência, e por isso, não poderia comentar sobre as acusações.


Yung Miami se defende em programa (Vídeo: Reprodução/YouTube/Revolt)

Ela também comentou sobre a obrigação posta a ela para responder sobre o caso, já que ficou próxima de Diddy durante alguns anos. “Todo mundo está me crucificando, tipo: ‘Você era o maior defensor dele”, ela finaliza dizendo que “eu estava apenas o comemorando enquanto o mundo estava comemorando com ele”. A cantora cita que essas celebrações se refere ao ano de 2023, quando P. Diddy recebeu a chave da cidade de Nova York, ganhou prêmios e estava lançando um novo álbum.

Acusações

Sean Combs enfrenta acusações de extorsão, ameaça de violência e tráfico sexual. Muitas celebridades e pessoas que se relacionaram com o rapper estão envolvidas no caso. Justin Bieber, Jaden Smith e Jay-Z foram alguns dos nomes citados em acusações e teorias.

Desinformações e informações incorretas circularam na mídia, principalmente em relação aos “freak offs”, festas que Diddy promovia com famosos e local em que os supostos crimes cometidos aconteciam.

A fala de Jane continua nesta quarta-feira (11).