Nova infiltração expõe agravamento da lesão de Lucas Moura

Lucas Moura voltou a ser submetido a um procedimento de infiltração no joelho após relatar um novo quadro de dores no fim da última semana. A expectativa é de que o atacante fique fora do restante da temporada de 2025. A decisão foi tomada após avaliações no Reffis (Núcleo de Reabilitação Esportiva Fisioterápica e Fisiológica) e com o departamento médico do clube, que optou pela infiltração como medida para controlar o desconforto sem, por ora, recorrer à cirurgia.

O problema surge em um ano já marcado por intercorrências no mesmo joelho. Em fevereiro de 2025, durante a semifinal do Campeonato Paulista contra o Palmeiras, Lucas teve a primeira lesão significativa. Em agosto, passou por uma artroscopia para retirada de uma fibrose, intervenção que chegou a parecer resolutiva. No entanto, com o reaparecimento das dores na última semana, o clube autorizou a nova infiltração para aliviar a sintomatologia e tentar preservar a opção cirúrgica caso o quadro não evolua como esperado.


Lucas Moura durante treino no CT do São Paulo (Foto: reprodução/Instagram/@sãopaulofc)


Histórico de procedimentos

Após o procedimento cirúrgico, Lucas disputou nove partidas, quatro como titular e totalizou 28 jogos na temporada antes do novo episódio. Desde a retirada da fibrose, o atleta vinha alternando entre treinos controlados e trabalho de fortalecimento no Reffis Plus, mas a dor recorrente levou a comissão médica a optar pela intervenção desta sexta-feira. A infiltração tem caráter paliativo e de alívio imediato; o estádio da lesão e a resposta à intervenção determinarão os próximos passos do tratamento.

Internamente, a direção e a comissão técnica mantêm cautela: uma cirurgia não está sendo considerada neste momento, mas continua como possibilidade caso a infiltração e a fisioterapia não tragam o resultado esperado. O cuidado visa evitar nova recidiva e preservar a carreira do jogador. São Paulo com desfalques e preocupação para o clássico


Lucas Moura na Vila Belmiro durante a chegada da delegação do SP (Foto: Reprodução/Instagram/@sãopaulofc)


Desfalque importante no clássico

O momento da nova lesão de Lucas Moura agrava ainda mais a fase crítica vivida pelo São Paulo. O clube já lida com uma extensa lista de desfalques, e a ausência do atacante ocorre justamente na semana do clássico contra o Corinthians, marcado para quarta-feira (20), na Neo Química Arena. Com a possibilidade real de que Lucas não seja relacionado para as próximas rodadas, o técnico Hernan Crespo passa a enfrentar um desafio ainda maior para reorganizar o setor ofensivo nas partidas finais do Brasileirão.

A reta decisiva da temporada exige equilíbrio, alternativas táticas e profundidade de elenco, fatores que ficam comprometidos com mais um jogador importante entregue ao departamento médico. A situação aumenta a pressão interna e externa sobre a equipe, que precisa reagir mesmo diante de uma sequência crescente de baixas.

Oscar preocupa o São Paulo e levanta dúvidas sobre aposentadoria antecipada

O meia Oscar, de 34 anos, virou caso de atenção no São Paulo Futebol Clube após passar mal durante um exame médico realizado na última terça-feira (11). Durante um teste de bike, o jogador apresentou alterações cardiológicas, perdeu a consciência por alguns segundos e precisou ser levado de ambulância ao Hospital Israelita Albert Einstein, na zona sul da capital paulista.

De acordo com informações obtidas pela reportagem, o atleta segue em observação e sem previsão de alta. Embora o quadro seja considerado estável, a situação acende um alerta médico e coloca em dúvida a continuidade da carreira do jogador, que tem contrato com o São Paulo até o fim de 2026 e está entre os salários mais altos do elenco.

Situação médica e possibilidade de aposentadoria

Fontes próximas ao clube confirmam que o quadro clínico de Oscar inspira cuidados, e que o jogador não deve retornar aos gramados nesta temporada. As próximas atualizações sobre o estado de saúde dependerão da liberação da família e do próprio atleta.

Antes do ocorrido, Oscar estava em fase final de recuperação de uma lesão na panturrilha e poderia voltar a atuar contra o Corinthians, em clássico válido pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, marcado para o dia 20 de novembro, na Neo Química Arena.


Oscar durante partida pelo São Paulo ( Foto: reprodução/ Rubens Chiri/ CNB Campinas)


Revelado nas categorias de base do São Paulo, Oscar despontou como uma das maiores promessas do futebol brasileiro no fim da década de 2000. Após breve passagem pelo Internacional, ganhou projeção internacional ao se transferir para o Chelsea, da Inglaterra, onde conquistou títulos e se firmou como titular da seleção brasileira, incluindo participação na Copa do Mundo de 2014. Em 2017, o meia se transferiu para o Shanghai Port, da China, em uma das maiores negociações da história do futebol asiático. O retorno ao São Paulo, em 2025, marcou uma tentativa de reaproximação com o futebol brasileiro e com o clube que o revelou, o que torna o atual episódio ainda mais marcante na sua trajetória.


Oscar em jogo contra o Guarani no Paulistão 2025 ( Foto: reprodução/ Rubens Chiri/ Terra)


Um momento que vai além do futebol

O episódio envolvendo Oscar reforça o quanto a saúde dos atletas deve estar acima de qualquer resultado esportivo. No São Paulo, o caso gerou grande comoção interna e atenção total do departamento médico. Mais do que a preocupação com o rendimento em campo, o clube adota uma postura humana diante do ocorrido, priorizando o bem-estar do jogador e de sua família. A possível aposentadoria, embora delicada, é tratada com respeito e cuidado, em um cenário que lembra a importância de políticas preventivas no esporte de alto rendimento.

CBF apresenta áudios do VAR e tenta conter crise com o São Paulo

A polêmica envolvendo a arbitragem do clássico entre São Paulo e Palmeiras segue rendendo nos bastidores do futebol brasileiro. Na segunda-feira (6), o diretor-executivo do São Paulo, Rui Costa, participou de uma reunião com representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para discutir os lances controversos da partida. O encontro contou com a presença de Rodrigo Cintra e Péricles Bassols, membros da Comissão de Arbitragem, e teve como objetivo esclarecer decisões tomadas durante o jogo.

Entre os pontos levantados pelo clube estão cinco lances considerados problemáticos, dois deles em especial: um possível pênalti em Gonzalo Tapia, derrubado por Allan, e uma entrada dura de Andreas Pereira em Marcos Antonio, que não resultou em cartão vermelho. O árbitro Ramon Abatti Abel foi o centro das críticas, especialmente por não consultar o VAR em nenhum desses lances.

A ausência de revisão em campo aumentou a indignação do São Paulo, que solicitou a liberação pública dos áudios do VAR. No entanto, o pedido esbarrou nas normas da CBF, que só permite a divulgação quando há uma revisão protocolar — o que não aconteceu nesse caso.

CBF mantém protocolo e nega quebra de sigilo

Durante a reunião, os áudios do VAR foram apresentados apenas ao São Paulo, em um ambiente restrito. Segundo a CBF, não houve recomendação da equipe de vídeo para que o árbitro revisasse o lance do suposto pênalti. Em nota oficial, a entidade destacou que “não há possibilidade de quebra de protocolo” para divulgação pública das checagens silenciosas, que não envolvem revisão formal.

O presidente do São Paulo, Julio Casares, se manifestou pedindo que o protocolo fosse revisto em nome da transparência. “O São Paulo poderia ter jogado com um a mais. Precisamos desses áudios para entender o que acontece”, disse o dirigente, que reforçou seu apoio à nova gestão da arbitragem, mas cobrou coerência e diálogo.


São Paulo compartilha quais serão os próximos jogos (Foto: reprodução/Instagram/@saopaulofc)

A CBF, por sua vez, defendeu o atual modelo de transparência e ressaltou que os clubes têm acesso aos materiais técnicos mediante solicitação. Segundo a entidade, as análises são apresentadas nos Fóruns Permanentes das Séries A e B, realizados semanalmente, com participação dos clubes.

Entidade promete consultar a FIFA

Apesar de manter o protocolo atual, a CBF afirmou que consultará a FIFA sobre a possibilidade de divulgar registros de checagens silenciosas. A mudança, se aprovada, poderia tornar públicos os áudios de lances que não passam por revisão formal, ampliando a transparência em situações polêmicas.

A entidade também destacou que é a única federação nacional que publica integralmente todas as revisões protocolares de seus jogos. Ainda assim, a pressão por mais clareza nas decisões do VAR vem crescendo, impulsionada por clubes e torcedores que questionam a consistência dos critérios aplicados.

Enquanto isso, o São Paulo segue insatisfeito com o desfecho da partida e com a falta de punições visíveis aos envolvidos. O episódio reacende o debate sobre o uso da tecnologia no futebol brasileiro — criada para reduzir erros, mas que, cada vez mais, gera novos questionamentos sobre transparência e credibilidade.