Operações no Rio de Janeiro ganham a aprovação da população carioca

Uma nova pesquisa divulgada pela Genial/Quaest apontou que 64% da população brasileira aprova a megaoperação das forças de segurança no Rio de Janeiro, que teve início em outubro e continua movimentando os agentes federais, estaduais e municipais em várias comunidades do Rio de Janeiro. A pesquisa mostra que, mesmo diante de críticas sobre excessos e falhas de planejamento, a maioria das pessoas entrevistadas acredita que as ações eram necessárias diante do avanço das facções e milícias no estado.

O estudo também indica que 27% desaprovam a operação, enquanto 9% não souberam ou preferiram não opinar. Entre os que apoiam, o principal argumento é o de que “alguém precisava agir” para conter a violência crescente, que teve episódios marcantes nos últimos meses, como ataques a ônibus e confrontos em áreas turísticas. Já entre os que reprovam, o motivo mais citado é o medo de que inocentes acabem sendo vítimas das operações e a dúvida sobre se as ações terão efeito duradouro.

Aprovação da operação é maior entre quem mora fora do Rio

Segundo a Quaest, a aprovação é maior entre pessoas que moram fora do Rio, especialmente nas regiões Sul e Centro-Oeste, onde mais de 70% veem as operações de forma positiva. No próprio estado, o apoio cai para 56%, refletindo a divisão entre quem sente mais diretamente o impacto das operações e quem as vê de longe, pela televisão ou redes sociais.


Corpos dos envolvidos na operação feita no complexo da Penha (Foto: Reprodução/X/@renatasouzario)


Outro dado relevante é o corte por faixa etária. Jovens entre 16 e 24 anos são o grupo com maior reprovação (36%), enquanto entre os que têm mais de 60 anos, a aprovação chega a 72%. O recorte político também chama atenção: eleitores que se declaram de direita apoiam a operação em 81% dos casos, contra 47% dos que se identificam com a esquerda.

Números mostram apoio as ações contra as facções criminosas

Para os analistas da pesquisa, os números mostram que há um apoio social consistente à presença de forças federais no combate ao crime organizado, mas também um cansaço com a falta de resultados duradouros. A percepção é de que a população aprova medidas duras, desde que venham acompanhadas de soluções mais permanentes.

A Genial/Quaest ouviu 2.000 pessoas entre os dias 27 e 30 de outubro, em todos os estados brasileiros, com margem de erro de 2 pontos percentuais. Mesmo sem consenso sobre os rumos da operação, a pesquisa confirma o que se sente nas ruas e nas conversas: a população está cansada da violência e, por enquanto, disposta a apoiar quem promete enfrentá-la.

Metrô em São Paulo tem falha na sinalização e causa transtornos aos passageiros

A cidade de São Paulo amanheceu na manhã desta terça-feira (21) com problemas na sinalização da Linha 4-Amarela do Metrô e causou grande lentidão aos passageiros.

As estações de Pinheiros, Paulista, República e da Luz permaneceram fechadas até a normalização do atendimento, que voltou no começo da tarde de hoje (21).

Defeito na sinalização

O defeito na sinalização começou por volta das 4h40 da manhã, e fez com que os vagões diminuíssem a velocidade e também ficassem muito tempo parado entre as estações.

O sistema Paese, que oferece ônibus gratuitos em situações como essa, foi acionado ainda no começo da manhã para suprir no atendimento e amenizar o impacto.

Foi acionado um total de 24 ônibus para ajudar na operação, depois mais 10 foram adicionados, totalizando 34 veículos que ajudaram a transportar à população aos seus destinos, a maioria das pessoas estava a caminho do trabalho.

Esse aumento de veículos, no entanto, não foi suficiente para atender a demanda de passageiros, o que causou uma lotação excessiva de passageiros nos ônibus disponíveis.


Passageiros enfrentam dificuldades na linha 4-amarela com velocidade reduzida (Vídeo: reprodução/YouTube/@BandNewsTv)

Serviços voltam a ser normalizados

Após falha, a Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo voltou a funcionar normalmente por volta das 11h30 de hoje (21).

Um problema na sinalização da linha fez com que a empresa administradora fizesse a transferência gratuita de passageiros em quatro estações. Isso causou muita lentidão e paralisação dos trens e um cenário de caos na mobilidade da população, muitos passageiros tiveram dificuldade para embarcar nos ônibus oferecidos devido à superlotação, isso afetou até o trânsito de carros na região.

Algumas imagens viralizaram nas redes sociais mostrando as estações superlotadas e internautas relataram que várias pessoas passaram mal e foram pisoteadas. Foram fechadas as estações Pinheiros (Linha 9-Esmeralda), Paulista (Linha 2-Verde), República (Linha 3-Vermelha) e Luz (linhas 1-Azul, 10-Turquesa, 11-Coral e o Expresso Aeroporto). Algumas linhas operaram com velocidade reduzida e maior tempo de parada entre as estações Luz e Vila Sônia.

A ViaQuatro informou que durante a manhã, cerca de 100 profissionais foram mobilizados e trabalharam para resolver o defeito o mais rápido possível. Após sete horas de dificuldades e engarrafamentos, a circulação de metrôs voltou a normalidade.

Boulos promete aproximar governo da população e dos movimentos sociais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (20) a nomeação do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. A pasta é responsável por articular o governo com os movimentos sociais e com a sociedade civil. A nomeação foi oficializada após uma reunião no Palácio do Planalto, que contou com a presença de Márcio Macedo, ministro substituído por Boulos.

“Minha missão será levar o governo para a rua”, diz Boulos

Após o anúncio, Boulos agradeceu a Lula por meio das redes sociais e afirmou que pretende aproximar o governo da população.

“Minha principal missão será ajudar a colocar o governo na rua, levando as realizações e ouvindo as demandas populares em todos os estados do Brasil”, declarou.

O novo ministro também ressaltou sua trajetória nos movimentos sociais e prometeu “honrar a confiança com muito trabalho”.

De acordo com fontes do Planalto, Boulos deve permanecer no cargo até o fim do mandato de Lula e não disputará as eleições de 2026. A escolha representa um gesto político relevante do presidente em direção à esquerda, fortalecendo a presença do PSOL e de lideranças ligadas aos movimentos populares no núcleo do governo. A Secretaria-Geral é um dos cinco ministérios sediados no próprio Palácio do Planalto, o que garante contato direto com o presidente.


Presidente Lula durante a transição entre Márcio Macedo e Guilherme Boulos (Foto: Reprodução/Instagram/@lulaoficial)

Trajetória marcada por militância e liderança

Aos 42 anos, Guilherme Boulos é um dos principais nomes da esquerda brasileira. Professor e psicanalista, formou-se em Filosofia e se destacou como liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Foi candidato à Presidência da República em 2018 e à Prefeitura de São Paulo em 2020 e 2024. Em 2022, elegeu-se deputado federal com mais de 1 milhão de votos, sendo o mais votado do estado de São Paulo.

Já Márcio Macedo, ex-deputado e um dos vice-presidentes do PT, comandava a Secretaria-Geral desde janeiro de 2023. Em sua gestão, coordenou o G20 Social e manteve diálogo com movimentos populares, embora tenha enfrentado críticas por dificuldades de mobilização em eventos recentes.

A transição entre as equipes de Macedo e Boulos já está em andamento e deve ser concluída nos próximos dias.

Matéria por Ana Julia Agra (In Magazine)

Terremoto de magnitude 5,7 atinge o México e deixa adolescente ferido

Na manhã deste sábado (2), a cidade de Oaxaca, localizada no sul do México, foi atingida por um terremoto de magnitude 5,7. O Centro Alemão de Pesquisa em Geociências (GFZ) relatou que o terremoto ocorreu a cerca de 10 quilômetros de profundidade. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) confirmou a mesma magnitude para o abalo.

O tremor causou preocupação e danos em algumas construções, e um jovem de 15 anos ficou ferido após ser atingido por parte do telhado que caiu durante o movimento da terra. A informação foi divulgada pelo líder da Coordenação Estadual de Proteção Civil e Gestão de Riscos, Manuel Maza Sánchez, em uma publicação nas redes sociais. O adolescente foi encaminhado a um hospital da região e, segundo as autoridades, seu estado de saúde é estável.

Tremor é sentido na capital mexicana

Além de Oaxaca, o tremor também foi sentido na Cidade do México, onde moradores relataram o movimento. De acordo com o jornal local El Universal, o abalo sísmico causou apreensão na capital, que está distante cerca de 460 quilômetros da região afetada.

A Secretaria de Gestão Integral de Riscos e Proteção Civil da Cidade do México confirmou que alguns prédios sofreram danos, embora não tenham sido registrados feridos graves até o momento. As equipes de emergência continuam avaliando os efeitos do terremoto para garantir a segurança da população.


Terremoto de magnitude 5,7 abala cidade no sul do México (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Riscos e prevenção em região sísmica

O sul do México é uma região conhecida pela sua atividade sísmica devido à proximidade com falhas geológicas importantes. Por isso, autoridades locais reforçam a importância da preparação e do monitoramento constante para minimizar os efeitos de possíveis terremotos.

Este recente abalo serve como um alerta para a população e para os órgãos de proteção civil, que permanecem atentos e preparados para agir rapidamente em caso de novos tremores.

ONU confirma que o Brasil está fora do Mapa da Fome

Conforme boletim reportado na última segunda-feira (28), a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que o Brasil mais uma vez saiu do Mapa da Fome.

A análise demonstrou que menos de 2,5% da população encontra-se em situação de vulnerabilidade alimentar, mais conhecida como subalimentação, uma condição onde o consumo diário de calorias não supera as necessidades mínimas para uma vida saudável.

A informação foi dada no evento da 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU (evento internacional voltado para avaliar o progresso global na transformação dos sistemas alimentares), na Etiópia.

Processo da ONU para mapear a fome

Formulado pela FAO (uma agência da ONU) qualificada em alimentação e agricultura, ela conduz as métricas que avaliam o alcance da população à alimentação, visando combater a fome e garantir a segurança alimentar global.

Os resultados são apresentados a cada ano, porém, para inserir ou excluir um país do relatório do Mapa da Fome, determina-se a média dos últimos 3 anos.


Organização das Nações Unidas (Foto: reprodução/Stefan Cristian Cioata/Getty Images Embed)

Histórico do Brasil no Mapa da Fome

Em 2014, o Brasil saiu da lista dos países afetados pela fome, porém, após novas divulgações nos anos de 2018 e 2020, a ONU reinseriu o país sinalizando que houve crescimento de condição alimentar precária.

Com a média da análise de dados de 2022 a 2024, o documento “O Estado de Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025” informou que o indicador de risco reduziu outra vez, mantendo-se abaixo do limite de 2,5%, deixando o Mapa da Fome, isso mostra que o país melhorou significativamente o acesso à alimentação da população.

Apesar de está fora do Mapa da Fome, o Brasil ainda enfrenta um cenário preocupante onde em média 35 milhões de pessoas ainda enfrentam a escassez alimentar, esse quadro é classificado pela ONU como falta de segurança alimentar, neste caso muitas famílias limitam recursos que seriam destinados à alimentação. E, em casos severos, deixam de alimentar-se por um ou mais dias.

O acesso à alimentação adequada é de total importância, pois eleva a qualidade de vida, fortalecendo a saúde física e mental, além de promover uma rotina mais ativa, elevando a qualidade de vida.