ONU cobra explicações do Brasil após megaoperação no Rio de Janeiro

O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou nesta terça-feira (29) estar “horrorizado” com a megaoperação policial em andamento nas comunidades do Rio de Janeiro. A entidade internacional pediu que as autoridades brasileiras realizem investigações “rápidas e eficazes” sobre as mortes e denúncias de abusos cometidos durante a ação.

Em nota publicada nas redes sociais, o órgão reforçou que o Brasil tem “obrigações perante o direito internacional dos direitos humanos” e deve garantir que as operações de segurança respeitem os princípios da proporcionalidade e da legalidade. “Lembramos às autoridades suas obrigações perante o direito internacional dos direitos humanos e instamos investigações rápidas e eficazes”, diz o comunicado.

Megaoperação atinge Complexos do Alemão e da Penha

A megaoperação começou na madrugada de terça-feira (28) e se concentrou nos Complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio. A ação visava prender chefes de facção e desarticular grupos criminosos, mas resultou em intensos confrontos armados, incêndios e destruição de veículos. Moradores relataram pânico e desespero diante da violência.


 
Comunicado da ONU sobre a megaoperação no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/X/@ONU_derechos)

Até o momento, as forças de segurança confirmaram 64 mortes, sendo 60 suspeitos, dois policiais civis e dois militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). O número é o maior já registrado em uma única ação no estado do Rio, segundo levantamento do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni/UFF).

Rotina interrompida pela violência

Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram tiroteios intensos, ruas tomadas por fumaça e sobrevoos de helicópteros em áreas densamente povoadas. Escolas e postos de saúde precisaram suspender o atendimento por questões de segurança. Vídeos mostram helicópteros sobrevoando áreas densamente povoadas e disparos sendo ouvidos em sequência.

O Ministério Público do Estado do Rio também acompanha o caso. A repercussão internacional reacende o debate sobre o uso da força policial em comunidades e a urgência de medidas que garantam o respeito aos direitos humanos.

Sistema de segurança é ampliado para desfile em Brasília

O desfile cívico deste ano será guiado pelo lema “Brasil Soberano”, que marcará toda a programação além de um esquema reforçado para a segurança do presidente e dos cidadãos que participarem.

Reforço na segurança para o 7 de setembro

A proteção ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Palácio do Planalto foi intensificada para o desfile de 7 de Setembro, em Brasília. Neste ano, ampliaram as medidas previstas no chamado “Plano Escudo”, já que a comemoração ao Dia da Independência acontece em paralelo ao julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a tentativa de golpe.

Desde que as denúncias começaram a ser analisadas na última terça-feira, o GSI mantém cerca de 200 agentes extras, além do efetivo permanente que atua nos palácios presidenciais, todos prontos para qualquer eventualidade. Parte do grupo permanece em pontos próximos ao Palácio do Planalto em regime de alerta. O reforço continuará até o término do julgamento no Supremo, com o dia do desfile sendo considerado um dos momentos mais críticos desse período.

O GSI também monitora duas manifestações programadas para este domingo: uma em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e outra em defesa do presidente Lula. Segundo integrantes do governo, o risco foi classificado como nível amarelo — o mais baixo da escala do “Plano Escudo”, que ainda prevê os níveis laranja e vermelho, dependendo da ameaça identificada.

Durante o desfile, a segurança do presidente contará com drones e sistemas de bloqueio de aeronaves não tripuladas, capazes de neutralizar equipamentos suspeitos. Equipes de contra-snipers estarão espalhadas pela Esplanada para observar qualquer movimentação de atiradores.

A tribuna presidencial onde Lula dividirá espaço com ministros e representantes dos Três Poderes, será submetida a varreduras antiexplosivos e químicas no sábado e ficará sob vigilância contínua do GSI durante a noite. Como antecipado por O GLOBO, Lula convidou ministros do Supremo Tribunal Federal para acompanharem a solenidade do desfile do 7 de setembro.


Lula com boné exaltando a soberania brasileira (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


Programação do desfile em Brasília

A cerimônia terá início com o presidente em carro aberto, marcando o começo do desfile que, neste ano, terá como tema “Brasil Soberano”. O evento está previsto para as 9h e deve durar cerca de duas horas.

As medidas de segurança foram definidas em reuniões entre o GSI, o Comando Militar do Planalto e a Secretaria de Segurança do Distrito Federal. As orientações consideraram o contexto do julgamento da tentativa de golpe no STF e o desfile cívico militar de domingo. Segundo assessores do Planalto, todos os protocolos passaram a seguir critérios mais rigorosos após os ataques de 8 de janeiro.

O tradicional desfile de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, trouxe para a programação deste domingo temas como a defesa da soberania do país e a importância da preservação ambiental.

Milhares de pessoas marcaram presença na celebração cívico militar no Distrito Federal, que teve início por volta das 9h10 com a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que percorreu o trajeto em carro aberto acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva.

O governo do Distrito Federal estimava a presença de cerca de 50 mil pessoas na região central para acompanhar o desfile. Embora não tenha sido informado o total de público, entrevistados pela TV Globo relataram dificuldades para encontrar lugar nas arquibancadas.

Este ano, os atos e manifestações — entre eles o tradicional Grito dos Excluídos, que percorreu a Esplanada depois da solenidade oficial — foram direcionados para pontos específicos, a alguns quilômetros de distância da parada militar.

Foram instalados postos de checagem em diversos trechos da Esplanada dos Ministérios. Objetos como hastes, cartazes com conteúdo ofensivo e capacetes não puderam ser levados para a área do desfile.

Influenciador Jon Vlogs é preso na Croácia após agredir policial

A situação de Luan Kovarik, popularmente conhecido como Jon Vlogs, não é nada boa na Croácia. O influenciador se envolveu em uma briga em uma casa noturna na ilha de Hvar, no último final de semana, e foi detido após agredir o rosto de um policial.

Segundo informações da polícia local, um grupo de quatro estrangeiros iniciou uma confusão generalizada ao atirar copos para o alto e dançar sem camisa durante uma festa na boate subterrânea Pink Champagne. Por conta do comportamento inadequado, o grupo foi convidado a se retirar do local, mas iniciou um novo tumulto com os seguranças do estabelecimento.

Quando a polícia chegou para intervir, Jon Vlogs teria desferido um soco no rosto de um dos agentes e acabou preso. Há relatos de que o grupo também insultou verbalmente os policiais. Dois outros amigos foram autuados.

Jon foi avaliado como altamente embriagado, com um nível de álcool no sangue de 1,04 g/kg, o que piorou a situação, além disso também recebeu uma multa.

Briga em estabelecimento

O youtuber, que conta com mais de 6 milhões de inscritos em seu canal, pode ser condenado a uma pena de 1 a 8 anos de detenção, segundo o portal local Slobodna Dalmacija, que acompanha o caso com informações da polícia. O portal Leo Dias tentou contato com a assessoria de imprensa do influenciador, mas não obteve resposta sobre se ele permanece detido ou já foi solto.



Nas redes sociais, internautas ironizaram a situação com frases como “Vai ter live da cadeia para assistirmos?”, já fãs estão preocupados com a situação de Jon.

CPI das Bets

A prisão de Jon Vlogs aconteceu dias após ele faltar à sessão da CPI das Bets, na qual foi convocado para prestar esclarecimentos sobre seu envolvimento com plataformas online de apostas.