STJD absolve Gómez e converte punição de Piquerez

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) encerrou, nesta segunda-feira (24), um dos capítulos mais tensos da reta final do Palmeiras no Brasileirão. Julgados por declarações e condutas críticas à arbitragem após a derrota para o Flamengo, o zagueiro Gustavo Gómez, o lateral Piquerez e o auxiliar técnico João Martins deixaram a sessão sem gerar novos problemas esportivos para o clube.

Jogadores são absolvidos de punições maiores

Capitão da equipe, Gómez era o caso de maior atenção dentro do clube. Ele respondia por críticas públicas a Wilton Pereira Sampaio, acusando o árbitro de postura soberba e de reiterados conflitos com o Palmeiras. A 1ª Comissão Disciplinar, porém, entendeu que suas falas não caracterizavam infração suficiente para punição, e o defensor foi absolvido por unanimidade.

O lateral-esquerdo Piquerez havia sido denunciado por ofensa à honra do árbitro, relatada em súmula após o fim da partida. A Procuradoria do tribunal pediu a suspensão, mas o STJD converteu a pena em advertência, reconhecendo o excesso, porém sem aplicar um gancho esportivo.

A conversão evita que o uruguaio cumpra suspensão automática e mantém o setor defensivo intacto para a próxima rodada.


Imagem de Gustavo Gomez e Piquerez durante GP de Interlagos (Foto: reprodução/X/@picmeiras)


Denunciado por reclamações à arbitragem ainda no campo, o auxiliar João Martins recebeu punição de uma partida, já cumprida. O caso, portanto, não gera qualquer efeito adicional para o departamento técnico.

A decisão livra o time comandado pelo técnico Abel Ferreira de um possível desfalque de grande impacto em um momento decisivo da temporada, que estão sendo decididos, campeonato brasileiro e libertadores, então seriam desfalques muito importantes, por isso, mesmo com a punição financeira de Piquerez, não afetou de forma tão grande o clube, ajudando assim o clube para o campeonato.

Palmeiras preserva elenco e evita desgaste na reta final

As decisões representam um alívio imediato para o Palmeiras, que vivia a expectativa de perder peças importantes na briga pelo título. Nos bastidores, a postura do clube foi de confiança na defesa apresentada, evitando acordos antecipados e apostando no julgamento de mérito da comissão.

Com o trio liberado, o Palmeiras volta as atenções integralmente ao campo, mas o episódio reforça o clima de tensão envolvendo arbitragem e jogadores na reta final do campeonato, um debate que tem ganhado força e deve permanecer no centro das discussões até o fim da temporada.

Para o jogo de hoje(25) contra o Grêmio na Arena, Abel Ferreira deve mandar a campo um time formado inteiramente por reservas visando a final da Libertadores no sábado(29) contra o Flamengo. A informação surgiu após apenas os reservas terem viajado na tarde de ontem(24) para Porto Alegre e vai de encontro as declarações do treinador e de Piquerez afirmando que o campeonato está entregue para o rubro-negro carioca.

Piquerez revela histórias por trás das tatuagens e fala sobre o bi da Libertadores

Joaquim Piquerez vive um momento especial no Palmeiras. Prestes a disputar mais uma semifinal de Libertadores, o lateral-esquerdo uruguaio abriu o jogo sobre a trajetória que o transformou em uma das referências do elenco alviverde. Entre tatuagens cheias de significado, memórias familiares e o sonho de levantar novamente a taça mais cobiçada do continente, o camisa 22 contou como evoluiu desde a chegada ao clube em 2021.

Desenhos que contam a vida

Em entrevista ao GE, Piquerez mostrou algumas das tatuagens que carrega no braço direito e cada uma delas guarda uma lembrança importante. O cachorro de infância, o olhar da mãe, a imagem do pai o ajudando a dar os primeiros passos e a frase em espanhol: “Posso te ensinar a voar, mas não seguir contigo o voo.”, formam um retrato da sua história.

As tatuagens, explica o uruguaio, são mais do que simples desenhos, pois representam lembranças marcantes de sua trajetória e a importância da família em sua vida. Para Piquerez, elas funcionam como uma forma de carregar suas raízes e seu alicerce por onde quer que vá, mantendo sempre por perto as pessoas e momentos que moldaram quem ele é.

Para o lateral, os desenhos simbolizam o equilíbrio entre o passado e o presente, essa base que o ajuda a lidar com os altos e baixos da carreira.

Adaptação, maturidade e liderança

Quando chegou ao Palmeiras, Piquerez teve de enfrentar os desafios de uma mudança radical. Um novo país, idioma, clima e rotina. O início foi difícil, mas o jogador reconhece que amadureceu muito desde então.

Piquerez afirma que o maior aprendizado desde sua chegada ao Palmeiras foi compreender a importância de ser profissional em tempo integral. Segundo ele, vestir a camisa alviverde exige atenção constante a todos os aspectos da vida de um atleta, desde o cuidado com o corpo e a mente até o descanso adequado, já que o nível de exigência dentro do clube é elevado e cobra dedicação total.


Entrevista de Piquerez a TV Palmeiras (Vídeo: reprodução/YouTube/@tvpalmeiras)

Hoje, aos 27 anos, o uruguaio é um dos líderes do elenco e exemplo para os mais jovens. A renovação de contrato até 2030 com a equipe treinada por Abel Ferreira, reforça o papel de protagonismo que ele conquistou dentro do clube.

O lateral destaca também que aprendeu muito observando o zagueiro Gustavo Gómez, a quem considera uma referência de liderança dentro do elenco. Para Piquerez, o capitão paraguaio inspira pelo exemplo, demonstrando compromisso e postura profissional em todos os momentos, algo que ele próprio procura reproduzir ao orientar e apoiar os jogadores mais jovens que chegam ao Palmeiras.

Olho no bi da Libertadores

Piquerez também falou sobre o principal objetivo da temporada: conquistar novamente a Copa Libertadores. Campeão em 2021, ele sonha em repetir o feito e alcançar a “glória eterna”, expressão que, para o jogador, resume o que representa vencer o torneio continental.

Para Piquerez, a Copa Libertadores possui um significado único, capaz de marcar a trajetória de toda uma geração de jogadores. O lateral ressalta que conquistar o torneio continental vai além de erguer um troféu, para ele representa alcançar um lugar na história do clube e do futebol sul-americano. Segundo ele, a expressão que melhor traduz esse sentimento é simples e poderosa: “a glória eterna”.

O Palmeiras, por sua vez, encara a LDU (Quito) na semifinal, e Piquerez sabe que a missão será dura. Ainda assim, confia na força do grupo e na mentalidade construída ao longo dos últimos anos sob o comando de Abel Ferreira.

Confiante no potencial do time, Piquerez destaca que o Palmeiras conta com um elenco equilibrado e acostumado a enfrentar grandes desafios. Para ele, a experiência do grupo em decisões é um dos principais trunfos nesta final de temporada. O lateral enfatiza que o momento exige concentração máxima e entrega total para alcançar o grande objetivo que une todos no clube, a conquista de mais um título da Libertadores.

Entre o passado e o futuro

Mais do que um jogador regular, Piquerez se tornou símbolo de constância e entrega. Suas tatuagens guardam lembranças da origem; seu presente no Palmeiras reflete maturidade e liderança. E o uruguaio fala sobre sua expectativa com o futuro.

Com um tom emocionado, Piquerez revela o desejo de continuar construindo sua história no Palmeiras. O lateral afirma que cada conquista com a camisa alviverde tem um significado especial e que alcançar o bicampeonato da Libertadores seria um marco inesquecível em sua carreira. Para ele, essa vitória não precisaria ser registrada na pele, mas sim no coração, como uma tatuagem simbólica da “glória eterna”.