”Exagerado” ganha novo clipe em comemoração aos seus 40 anos

”Exagerado”, álbum de Cazuza, completou 40 anos nessa terça-feira (18). O projeto que marca o início da carreira solo do artista, pós Barão Vermelho, é inegavelmente um dos principais álbuns da música brasileira e seu legado consolida Cazuza como um dos maiores artistas de sua geração.

Celebrando o marco, a Som Livre e o grupo Sony já estão compartilhando o clássico em diferentes formatos, que sem dúvida, além de relembrar a figura do artista, também irá apresentá-lo para a nova geração.

A Som Livre irá lançar a faixa bônus, chamada ”Exagerado (Versão Especial – 40 anos)”, remixada por Guto Graça Mello, em parceria com Anderson Trindade, que possui elementos originais gravados em fita, preservado pelo estúdio.

Guto, que é produtor original do disco, foi convidado pela gravadora para conduzir o trabalho, modernizando os timbres e ajustes da música.

Videoclipe oficial

O videoclipe oficial comemorativo da faixa já está disponível e conta com a participação de Lucinha e Fabiana Araújo, mãe e prima de Cazuza, além dos atores Fernanda Fuchs e Dig Verardi, do perfil humorístico Malhassaum. A proposta da iniciativa é conectar ainda mais o legado do artista para novas gerações, que seguem descobrindo e se conectando com a força, a autenticidade e a identidade de sua obra.


Videoclipe oficial da versão especial de 40 anos de ”Exagerado” (Vídeo: reprodução/YouTube/Cazuza)


Álbum remasterizado, exposição imersiva e documentário

Além da faixa, o projeto também lança o álbum remasterizado por Carlos Freitas. Ultrapassando os lançamentos musicais, o aniversário do álbum se estendeu para diferentes formatos, como a exposição imersiva na obra de Cazuza, que ocorreu no Rio de Janeiro e em São Paulo, um documentário nos cinemas e uma versão do álbum que será lançada no streaming, fortalecendo a presença de Cazuza.

Agenor de Miranda Araújo Neto, Cazuza, ”O poeta’‘ ou simplesmente Caju, segue impactando e está eternamente marcado na história da classe artística do Brasil.

Milton Nascimento é diagnosticado com demência por corpos de Lewy, revela família

O cantor e compositor Milton Nascimento, de 82 anos, foi diagnosticado com demência por corpos de Lewy (DCL), uma condição neurodegenerativa que impacta a memória, o raciocínio e a movimentação. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (2) por Augusto Nascimento, filho e empresário do artista, em uma entrevista concedida à revista Piauí e ao portal G1.

Do Parkinson à demência por corpos de Lewy: sinais e diagnóstico do cantor

Milton, 82, conhecido pela sua contribuição significativa para a música brasileira, já enfrentava o diagnóstico de Parkinson, que, de acordo com especialistas, costuma estar associado à DCL. As duas enfermidades possuem semelhanças em suas características e sintomas, e frequentemente o diagnóstico inicial de Parkinson é posteriormente alterado para demência por corpo de Lewy, dado que esta ainda é menos conhecida pelo público em geral.

A denominação da enfermidade deriva dos denominados “corpos de Lewy“, que são depósitos anômalos da proteína alfa-sinucleína nos neurônios. Estes agrupamentos interferem na interação entre as células nervosas, afetando negativamente as funções cognitivas, motoras e comportamentais. Acredita-se que aproximadamente 10% dos casos de demência estejam associados à DCL, sendo a segunda manifestação neurodegenerativa mais frequente após o Alzheimer.

Augusto relatou que os primeiros indícios começaram a aparecer no começo de 2025. Falhas de memória, olhar parado, repetição de narrativas e alterações no apetite despertaram a curiosidade da família. A condição provocou consultas e exames adicionais em abril, quando o diagnóstico foi confirmado. O médico Weverton Siqueira, que acompanha Milton há dez anos, relatou ter notado uma deterioração considerável na condição cognitiva do artista.


 Augusto compartilha comunicado em sua rede social (Foto: Reprodução/Instagram/@augustoknascimento)

Família decide manter discrição sobre o estado de saúde

A família declarou que não planeja compartilhar mais informações e que essa será a única declaração pública sobre o tema.

Milton Nascimento encerrou sua trajetória nos palcos em 2022, com a turnê “A Última Sessão de Música”. No entanto, continuou a participar de projetos especiais e a ser reconhecido por sua produção artística. Em 2025, foi agraciado com uma homenagem notável no Carnaval do Rio de Janeiro: a escola Portela apresentou o tema “Cantar será buscar o caminho que conduz ao sol”, em homenagem ao patrimônio musical do músico.

Embora tenha se afastado das atenções, Bituca, como é conhecido afetivamente, continua a fazer parte da memória afetiva e da trilha sonora de várias gerações, agora lidando com um capítulo delicado de sua história.

Luto na MPB: Angela Ro Ro morre aos 75 anos

Nessa segunda-feira (o8), o Brasil recebeu uma triste notícia, a cantora e compositora Angela Ro Ro, ícone da música brasileira, morreu aos 75 anos, no Rio de Janeiro (RJ). A informação foi confirmada pelo advogado da cantora a veículos de informação, como a TV Globo e o portal Metrópoles.

A origem de Ro Ro

Angela Maria Diniz Gonsalves nasceu no Rio de Janeiro, no ano de 1949 e recebeu o apelido de Ro Ro ainda na infância, por conta da voz grave, começou também a estudar piano aos 5 anos, influenciada por ícones como Elis Regina, Maysa, Jacques Brel e Ella Fitzgerald, nomes que posteriormente ela elegeria como ídolos musicais. O amor de infância se confirmaria em um dom, que resultaria em uma das artistas mais originais do país.

Durante a década de 70, no auge da Ditadura Militar, Angela Ro Ro foi enviada pelo pai para a Europa, indo primeiramente para a Itália, onde conheceu o cineasta Glauber Rocha, depois se mudou para Londres, onde foi faxineira em um hospital, garçonete e lavadoras de pratos em um restaurante, mas já fazia algumas apresentações em pubs.

Por indicação de Glauber, participou do álbum ”Transa”, de Caetano Veloso, tocando gaita na música ”Nostalgia”, quando voltou ao Rio, Angela começou a se apresentar em casas noturnas e foi contratada pela Polygram/Polydor (atual Universal Music).


Capa do primeiro álbum de Angela Ro Ro (Foto: reprodução/X/@jandira_feghali)

Primeiro disco e sucesso

Lançado em 1979, o primeiro disco de Ro Ro, intitulado simplesmente ”Angela Ro Ro”, apresentava composições da cantora e se tornou um grande clássico da Música Popular Brasileira, abrigando em uma mesma safra canções como ”Amor, Meu Grande Amor”, ”Tola Foi Você”, ”Agito e Uso”, ”Gota de Sangue”, ”A Mais e a Mais Ninguém” e ”Não Há Cabeça”.

Ao longo da carreira, lançou mais de dez álbuns e sua obra ficou consagrada pelo blues e pelo romantismo, com grandes interpretações apaixonadas, além da voz, que é uma das mais marcantes da nossa música.

Últimos anos

Nos últimos anos, além dos problemas de saúde, Ro Ro também enfrentou problemas financeiros, tendo que se afastar dos palcos, chegou a pedir ajuda nas redes sociais. Sua última apresentação foi em maio.

Angela se encontrava internada desde junho no Hospital Silvestre, com uma infecção pulmonar grave, desde então, com a saúde fragilizada, ela teve uma série de complicações e passou até por uma traqueostomia. Segundo o advogado Carlos Eduardo Lyrio, a cantora recentemente teve uma nova infecção e, após um procedimento cirúrgico, Angela sofreu uma parada cardíaca.

Gilberto Gil e Anitta dividem palco em festa de inauguração da H&M no Brasil

Na noite desta quarta-feira (20), Gilberto Gil e Anitta tiveram um momento inesquecível no Auditório Ibirapuera, na cidade de São Paulo. Os dois artistas se apresentaram juntos durante a festa de inauguração da famosa rede sueca H&M no Brasil, e encantaram a plateia com a música “Aquele Abraço”, um clássico de Gil que se transformou em uma verdadeira espécie de celebração coletiva. O dueto foi recebido com muito entusiasmo, transformando assim um evento de moda em um também espetáculo vibrante de música brasileira.

A apresentação ocorreu exatamente um mês após a morte de Preta Gil, filha do cantor. Gil, de 83 anos, entrou em cena emocionado, mas manteve seu carisma habitual. O público se uniu à performance, criando uma atmosfera de homenagem e reverência que deu ainda mais significado ao encontro.

Noite mistura moda e música em São Paulo

Além de Gil e Anitta, o palco recebeu apresentações de Agnes Nunes e da sul-africana Tyla, que encerrou a programação com seu hit mundial “Water”. O line-up trouxe uma gama de diversidade de estilos, reforçando assim a proposta de um mini festival dentro de uma festa de moda. Agnes abriu com uma versão emocionante de “Sinais de Fogo”, lembrando Preta Gil. Já Anitta, após cantar com Gil, animou os convidados com coreografias de sucessos como “Envolver” e “Joga Essa Bunda”.


Gilberto Gil e Anitta cantam juntos "Aquele Abraço" (Vídeo: Reprodução/Instagram/@hugogloss)

O evento contou ainda com um grande palco cenográfico, show de drones e presenças de peso como Naomi Campbell, Adriana Lima, Isabeli Fontana, Jade Picon, Juliana Paes, Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso. A mistura de desfiles, música e também de celebridades reforçou assim a estratégia da H&M de chegar ao Brasil já com um impacto cultural.

Celebração vai além da moda e se transforma em tributo

O impacto emocional do evento mostrou que a noite não se limitou a um desfile ou a uma ação de lançamento de marca. O repertório musical e os encontros no palco transformaram a festa em um verdadeiro tributo à música brasileira, à diversidade cultural e à memória de Preta Gil, que esteve presente de forma simbólica em cada apresentação.

Mais do que a chegada da H&M ao Brasil, a celebração no Auditório Ibirapuera deixou uma mensagem de união entre gerações, estilos e públicos. A força da música e da moda juntas reafirmou a importância de momentos coletivos que ultrapassam fronteiras comerciais e se tornam experiências culturais capazes de marcar a memória do país.

Estrela da Casa: Juceir Júnior integra o elenco do reality musical

Juceir Júnior é um dos 14 participantes confirmados na nova temporada do reality musical “Estrela da Casa”, produzido e exibido pela TV Globo. Com estreia prevista para 25 de agosto de 2025, o programa será apresentado por Ana Clara e reunirá artistas de diferentes regiões do Brasil em um formato que combina convivência, desafios e performances musicais.

MPB na competição

Além da visibilidade nacional, os competidores disputam um prêmio de R$ 500 mil e a chance de conquistar um contrato com gravadora, uma turnê e projeção artística. Juceir representa a música popular brasileira na disputa e chega à competição com duas décadas de carreira e uma trajetória marcada por romantismo e dedicação à arte.


Juceir Júnior é confirmado como o representante do MPB no "Estrela da Casa" (Vídeo: reprodução/Instagram/@gshow)

Natural da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, o cantor de 35 anos ganhou notoriedade nas redes sociais com interpretações que evocam emoções e conquistou convite para se apresentar na televisão italiana. Inspirado pelo pai, figura decisiva na sua formação artística, Juceir iniciou a vida musical ainda na infância, aprendendo violão e frequentando aulas de canto, incentivado pelo próprio pai, a quem chama de herói pessoal.

Música como expressão sentimental

Defensor das canções românticas e da música como linguagem universal, o artista afirma que canta o amor em qualquer idioma. Entre suas principais referências, destaca Fábio Jr., de quem admira a entrega emocional nas apresentações e a maneira afetiva com que se comunica com o público.

Com um perfil apaixonado e sensível, Juceir promete levar à casa não apenas sua técnica vocal, mas também uma visão da música como elo de afeto. Sua presença no reality é a aposta de quem acredita que sentimento e autenticidade seguem sendo ingredientes indispensáveis no cenário musical contemporâneo.

Matéria por Ca Silva

Preta Gil transforma dor em arte e constrói legado além da música

A cantora e empresária Preta Gil faleceu aos 50 anos neste domingo (20), nos Estados Unidos, após lutar contra um câncer no intestino. Filha de Gilberto Gil e uma das vozes mais marcantes da música popular brasileira, ela deixa uma trajetória construída com irreverência, resiliência e visão de futuro. Muito além de seu sobrenome, Preta se destacou por abrir caminhos no showbusiness, reinventar sua arte e lutar por espaço sempre com coragem.

Dos palcos à televisão: uma carreira múltipla e autêntica

Preta lançou seu primeiro álbum aos 29 anos, renunciando a uma carreira como produtora e publicitária. O disco Prêt-à-Porter, lançado em 2003, revelou seu hit “Sinais de Fogo” e causou polêmica por trazer a cantora nua na capa. Com autenticidade, ela encarou o conservadorismo e se firmou como símbolo de liberdade.

Nos anos seguintes, construiu uma discografia que mistura MPB, pop, funk, pagode e samba, reflexo de seu ecletismo. Turnês como Noite Preta e o projeto Baile da Preta mostraram sua força ao vivo, arrastando multidões e ocupando com protagonismo os espaços mais disputados do carnaval carioca. Em paralelo, estreou como apresentadora de TV com o programa Vai e Vem, e também participou de novelas e séries.


Preta Gil celebra o lançamento de “Tudo vai passar” reforçando sua fé e coragem (Vídeo: Reprodução/Instagram/@pretagil)

Empreendedora e símbolo de resistência

Preta também se destacou como empresária e mentora. Foi sócia da agência Mynd, responsável por cuidar da imagem de grandes artistas e influenciadores, como Pabllo Vittar e Luísa Sonza. Investiu em diversidade, visibilidade LGBTQIAPN+ e na democratização do entretenimento, criando uma rede de apoio e impacto no mercado cultural.

Mesmo diante do diagnóstico de câncer, seguiu ativa, gravou canções como “Meu Xodó” com o filho Fran e lançou o álbum “Todas as Cores” com parcerias que traduzem sua essência colaborativa e afetiva. Suas últimas aparições públicas foram marcadas por depoimentos emocionantes, lives comoventes e a força com que enfrentou a doença.

Com uma trajetória que atravessa música, televisão, ativismo e negócios, Preta Gil deixa um legado vibrante de quem nunca teve medo de ser quem é.