Trump aciona a Suprema Corte para acabar o direito de cidadania

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu à Suprema Corte que analise o fim da cidadania por direito de nascimento a medida pode alterar uma das garantias constitucionais mais antigas do país. Segundo a reportagem o republicano busca apoio da Corte para endurecer sua política migratória. A decisão, se acolhida, pode ter impacto direto sobre milhões de pessoas nascidas em solo americano.

A ideia de Trump para acabar com direito de cidadania

Trump solicitou hoje que a Suprema Corte reavalie a ordem da Casa Branca que propõe o fim da cidadania por nascimento. Na prática, a iniciativa busca impedir que filhos de estrangeiros nascidos nos EUA recebam automaticamente a nacionalidade, caso nenhum dos pais seja cidadão americano ou tenha residência legal no país.


Presidente Trump em um evento esportivo (Foto: reprodução/ Instagram/ @realdonaldtrump)

A Constituição, em sua 14ª Emenda, assegura a cidadania a qualquer indivíduo nascido em território dos Estados Unidos. Já a gestão de Donald Trump alega que essa previsão causa “impactos negativos”. A disputa chegou à Suprema Corte após tribunais de instâncias inferiores negarem o pedido, em decisão classificada como “equivocada” pelo procurador-geral D. John Sauer, principal advogado de apelação do governo.

De acordo com Sauer, os julgamentos derrubaram uma medida considerada vital para o presidente e sua gestão, colocando em risco a segurança das fronteiras. Ele acrescentou que essas decisões acabam concedendo, sem base legal, a cidadania americana a centenas de milhares de pessoas que não se enquadram nos critérios exigidos. “Essas determinações acabam por conceder, sem respaldo jurídico, o benefício da cidadania dos EUA a centenas de milhares de indivíduos que não atendem aos requisitos”, afirmou. Foi examinada uma versão do recurso, que ainda não chegou a ser formalmente apresentada à Suprema Corte.

Mais detalhes sobre essa decisão

Em junho, a Suprema Corte analisou um caso sobre cidadania por nascimento, mas a questão central era processual: até que ponto os tribunais inferiores podem impedir a implementação de uma política presidencial nos Estados Unidos. Na decisão, a corte, por seis votos a três, limitou sem, no entanto, acabar completamente o poder desses tribunais de barrar esse tipo de medida. A decisão fez com que estados e indivíduos contrários ao decreto de Trump sobre o tema abrissem novos processos, tentando encerrar a medida por outras estratégias, incluindo ações coletivas.

De maneira implícita, a Suprema Corte permitiu que esses outros tipos de bloqueio nacional continuassem ativos. Várias decisões posteriores mantiveram a suspensão da medida de Trump, e agora o governo pede aos juízes que assumam os casos para resolver a questão de forma definitiva.

Trump manda tropas para Portland

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou neste sábado (27/9) o envio de forças militares para a cidade de Portland, em Oregon, autorizando o uso de “toda a força necessária”, se preciso. Trump declarou que estava “instrui o Secretário da Defesa, Pete Hegseth, a disponibilizar todas as tropas requeridas para proteger Portland, que está sendo devastada pela guerra”. Segundo ele, a ação tem como objetivo resguardar “quaisquer instalações do ICE [agência de imigração americana] que estejam sob ataque da Antifa e de outros grupos considerados terroristas domésticos”.

O comunicado deste sábado indica uma ampliação do envio de tropas para cidades nos EUA, inserido em uma repressão mais ampla do governo Trump contra a imigração irregular. “Não solicitei e não necessito da intervenção do governo federal”, declarou o prefeito de Portland, Keith Wilson, no começo deste mês. A filial do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) em Portland foi atacada por manifestantes, resultando em confrontos violentos que deixaram alguns agentes federais feridos.

A mensagem de Trump, divulgada na manhã de sábado, não esclarece se ele pretende mobilizar a Guarda Nacional ou as tropas regulares do Exército dos EUA. Além disso, não detalha o que exatamente envolve o uso de “toda a força”. Trump sinalizou que uma ação militar em Portland poderia ser realizada.

Bolsonaro: Alexandre de Moraes deixa claro que não cederá as pressões

Nesta terça-feira (02), aconteceu o primeiro dia de julgamento do ex-presidente, Jair Bolsonaro, ele e mais sete pessoas respondem pelos crimes de: organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Recado

Alexandre de Moraes é relator do processo, deixou bem claro que não cederá a nenhum tipo de pressão contra ou a favor do ex-presidente e dos outros réus, ele informou que a sessão seguirá de forma imparcial e com independência, pois essa é a função do Supremo Tribunal Federal e que todos os 5 ministros estão ali para garantir a funcionalidade da constituição.

Sem citar nomes, Moraes, leu um relatório onde defendeu a corte e afirmou que existe uma organização criminosa “covarde e traiçoeira” que esta no exterior contra a justiça brasileira. E que a ação penal seguiu o mesmo rito das outras 1.630 ações abertas referentes à tentativa de golpe de estado do dia 8 de janeiro de 2023.


Primeira turma do STF: Alexandre de Moraes, Carmén Lucia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux (Foto:Reprodução/Pedro Ladeira/Folha Press)


Sessão

Nesta terça-feira (02), quatro dos oitos réus prestaram depoimentos: Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier e Anderson Torres. Paulo Gonet, foi um dos responsáveis pela acusação da trama golpista que seria colocada em prática e que as reuniões com teor golpista já se configurava com crime.

Para Gonet, a não punição da tentativa de golpe “recrudesce ímpetos de autoritarismo” na sociedade e prejudica a vida de todos os cidadãos. E que Bolsonaro seria o maior beneficiário caso o plano tivesse dado certo pois ele era o líder dessa organização criminosa contra a democracia. Ele ainda afirmou que as acusações são baseadas em documentos feitos pelos próprios réus durante o período em que estava organizando o golpe. Gonet pediu a punição de todo o núcleo envolvido.

As defesas

Mauro Cid foi o primeiro a falar, ele era tenente-coronel e ex-ajudante de ordens durante o governo de Bolsonaro. Mauro afirmou que não teve conhecimento dos planos para assassinar autoridades, mas confirmou tudo que havia falado na delação premiada no início do ano onde dizia que participou de reuniões sobre a situação do país onde se foi falado a respeito de “manifestações” e os presentes ventilaram ideias, como “mobilizar os caminhoneiros”, ele também confessou em sua delação premiada que recebeu dinheiro do então ministro Walter Braga Netto em uma sacola para ajudar no golpe.

Ele também afirma que foi para os EUA vender joias e um relógio a mando do ex-presidente da república para pagar multas e processos, e que a venda desse material daria 86 mil reais e que foi orientado a levar o dinheiro em poucas partes, na primeira remessa levou 18 mil reais que foi entregue pessoalmente ao Bolsonaro.

Alexandre Ramagem afirmou que ele não fazia mais parte do governo federal na época que o núcleo da trama estava se formando e que não ajudou a disseminar mensagens sobre as urnas eletrônicas e que ele não usou dos seus conhecimentos para monitoras as autoridades.

Almir Garnier negou sua participação e sua defesa pediu a anulação da delação de Mauro Cid e que essas acusações não tem nenhum nexo com ele. Assim como Garnier, Anderson Torres também nega a sua participação no golpe  e que dias antes dos ataques eles estava nos EUA de férias com a família que foi programada com antecedência e apresentou a emissão das passagens em novembro de 2022 e que a minuta com a trauma golpista encontrado na sua casa era um documento que já circulava na internet antes.

Após o último depoimento, Cristiano Zanin, um dos ministros da primeira turma do Supremo Tribunal Federal, suspendeu a sessão, que continuará nesta quarta-feira dia 3 de setembro.

Justiça da Paraíba solicita bloqueio de bens de Hytalo Santos e esposo

O Ministério Público do Trabalho (MPT) da Paraíba exigiu, na última segunda-feira (18), o bloqueio de bens do influenciador digital Hytalo Santos e de seu esposo, Israel Nata Vicente. A solicitação inclui cinco veículos de alto padrão, empresas e outros ativos, com um limite de até R$ 20 milhões.

O objetivo, conforme o MPT, é garantir recursos para possíveis indenizações por danos morais coletivos e para medidas de reposição às vítimas, diante de suspeitas de ocultação de patrimônio. O anúncio da medida foi feito na quarta-feira (20).

Influenciador detido

Hytalo Santos e Israel Nata Vicente foram detidos na sexta-feira (15) em Carapicuíba, na Grande São Paulo, e transferidos para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista. A prisão preventiva, determinada pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux (PB), está vinculada às investigações do Ministério Público da Paraíba (MPPB) que apuram crimes graves, como tráfico de pessoas e exploração sexual de menores.


Hytalo Santos e Israel Vicente, detidos em São Paulo (Foto: Reprodução/Polícia Civil/G1)

A operação que culminou na prisão foi conduzida por policiais da 3ª Delegacia de Investigações sobre Estelionato e Crimes Contra a Fé Pública, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Além da prisão, foram realizadas buscas no local onde o casal foi encontrado, conforme ordem judicial.

Proteção de menores é prioridade

O MPPB, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), atua em conjunto com o MPT, a Polícia Civil da Paraíba, a Unintelpol, a Delegacia de Crimes Contra a Criança (DECC) e o Ciberlab da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Em nota, o MPPB destacou que as investigações são conduzidas com rigor e respeito aos direitos das vítimas, especialmente crianças e adolescentes. Contudo, alertam que vazamentos de informações sigilosas podem comprometer a segurança do trabalho investigativo e expor as vítimas a novos riscos.

O Ministério Público reforçou o seu compromisso com a proteção de menores e pediu o apoio da sociedade por meio de denúncias de responsáveis, visando preservar a dignidade das vítimas e combater esses crimes.

Hytalo Santos é transferido para o presídio de São Paulo junto com seu marido

Os influenciadores Hytalo Santos e Israel Nata Vicente, o Euro, foram transferidos nesta segunda-feira (18) do presídio de Carapicuíba para a cadeia de Pinheiros, ambas em São Paulo. Ao deixar o local, Hytalo estava chorando.

A polícia cumpriu um mandado de prisão preventiva a pedido da justiça da Paraíba, após câmeras do local onde os influenciadores moravam flagrarem a van de Hytalo saindo do local levando os aparelhos que seriam apreendidos pela polícia mediante um mandado judicial para uma investigação mais apurada sobre a acusação de exploração sexual de menores de idade. Hytalo e Israel, assim que tiraram as possíveis provas da casa onde moravam, fugiram do estado da Paraíba para São Paulo, onde foram presos.

A defesa do casal alega que eles não tentaram fugir e sim que a ida de Hytalo e Israel para São Paulo foi apenas uma viagem. Contudo, para o Ministério Público entendeu essa atitude como uma tentativa de fuga.

A prisão

A prisão ocorreu na sexta-feira (15), como uma forma de evitar que Hytalo e Israel atrapalhassem ainda mais as investigações. Para o Juiz da Paraíba, Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, eles devem voltar para seu estado de origem em poucos dias, onde continuarão presos.

A cadeia onde os influenciadores estão é utilizada somente para prisão preventiva ou para os presos que estão em estágio final do julgamento de crimes contra a dignidade sexual.


Hytalo e Israel são transferidos de presídio (Vídeo: reprodução/Instagram/@leodias)

Testemunhas

Ex-funcionários de Hytalo Santos e Israel afirmam que os menores ingeriam bebidas alcoólicas em festas na casa do influencer, além de apreender e monitorar tudo que os adolescentes faziam. As refeições só eram feitas com a autorização dele, e que o influenciador gravava os adolescentes uniformizados para dar a entender aos seguidores que eles iriam para a escola. Porém, ao desligar a câmera, todos faltavam as aulas. Outro funcionário disse que o local onde aquelas pessoas moravam era sujo.

Prisão de Hytalo Santos e marido é mantida após habeas corpus negado

O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) negou neste sábado (16) o pedido de liberdade do influenciador digital Hytalo Santos e do marido, Israel Natã Vicente, conhecido como Euro. A desembargadora plantonista Lilian Correia Cananéa rejeitou o habeas corpus apresentado pela defesa, mantendo a prisão preventiva do casal, realizada na sexta-feira (15), em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

As investigações apontam que os dois são suspeitos de exploração e exposição de menores nas redes sociais, além de tráfico humano. O delegado Fernando David de Melo Gonçalves, do Departamento Estadual de Investigações Criminais, afirmou que havia indícios de que o casal planejava deixar o Brasil por rotas no Sul do país ou por Foz do Iguaçu. Segundo ele, a prisão foi decretada para garantir a integridade das apurações.

O juiz Antônio Rudimacy Firmino, responsável pelas ordens de prisão, reforçou que existem “fortes indícios” de tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho infantil artístico. Além disso, destacou tentativas dos investigados de destruir provas e intimidar testemunhas, o que justificou a medida cautelar.

Denúncias e repercussão

O caso ganhou notoriedade após denúncias do youtuber Felca, que acusou Hytalo de promover a “adultização” de crianças em vídeos. A repercussão levou o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) a intensificarem as investigações. Até agora, foram coletados mais de 15 depoimentos e analisados 50 vídeos. As redes sociais do influenciador foram suspensas e sua monetização, bloqueada.


Justiça mantém prisão de influenciadores investigados (Vídeo: reprodução/YouTube/Jornal da Band)

Paralelamente, promotores investigam um suposto esquema de emancipação irregular de adolescentes em troca de presentes, usados para viabilizar participações em festas e gravações.

Defesa e debate público

A defesa de Hytalo nega as acusações e afirma que as medidas judiciais são abusivas. O advogado Felipe Cassimiro disse que seu cliente está disposto a colaborar com a Justiça. Fãs e familiares também alegam que o influenciador é vítima de perseguição. Já Felca afirmou que demorou mais de um ano para publicar a denúncia devido ao impacto emocional do caso, relatando ainda ter recebido ameaças após a divulgação.


Felca diz que investigou Hytalo por um ano (Vídeo: reprodução/YouTube/Uol)

O episódio reabriu o debate sobre os limites da participação de menores em conteúdos digitais. Especialistas defendem regulamentação mais rígida, enquanto autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes, já alertaram para a necessidade de responsabilização das plataformas. As investigações continuam na Paraíba e podem gerar novas medidas judiciais nos próximos dias.

Matéria por Igor Boigues

Perfis que acusaram Felca de pedofilia vão ser identificados por ordem da justiça

Recentemente, a Justiça de São Paulo ordenou que fosse feita a quebra do sigilo de perfis nas redes sociais que acusaram o influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, de pedofilia em publicações compartilhadas. Os insultos e acusações direcionados a ele foram realizados no momento em que ele desenvolvia o seu vídeo com o conteúdo sobre a “Adultização”, compartilhado no YouTube em seu canal oficial, o assunto polemico esta movimentando a internet nesses últimos dias, sobre o acesso fornecido a crianças e adolescentes as redes sociais e como isso pode ser prejudicial.

Sob segredo de justiça

O Tribunal de Justiça de São Paulo comunicou à CNN que a nova ordem foi favorável ao pedido do solicitado pelo Felca, mas foi esclarecido que o processo continuará sendo mantido em sigilo, não sendo possível informar mais detalhes ao público, o vídeo ultrapassou 37 milhões de visualizações, trazendo apoio de alguns deputados como Érika Hilton e Nikolas Ferreira que fazem parte de partidos opostos.



Influencer Felca (Foto: Reprodução/Pinterest/Thiago Freitas)

Enquanto o vídeo era produzido, Felca começou a seguir alguns perfis de menores de idade. A situação acabou criando uma polêmica questionável, gerando tanto comentários negativos quanto positivos. Apesar do assunto controverso, o influenciador veio a público garantir que a ação era motivada por um caráter investigativo e afirmou não ser sobre relacionamento, o conteúdo ganhou relevância movimentando novamente a pauta sobre regulamentação das redes sociais tanto para menores de idade quanto para Fake News.

Processo por difamação

Recentemente o influenciador, comunicou que pretende iniciar um processo direcionado a mais de 200 perfis no aplicativo X (antigo Twitter) pelo crime de difamação, apesar disso, Felca solicitou um acordo que um dos principais requisitos para os autores, seria fazer uma doação no valor de R$ 250,00, a quantia doada seria para instituições de combate à exploração infantil e, após os responsáveis realizarem o pagamento da doação, ele assegurou que vai remover as ações contra.


Influencer Hytalo do Santos (Foto: Reprodução/Pinterest/Rafalima)

O youtuber, conhecido como Felca, compartilhou um vídeo nesta última quarta-feira (6) visando alertar os pais e fazer denúncias referente a casos de exploração de menores. A média que será arrecada caso os acordos finalizem com sucesso é em torno de R$ 50 mil. Durante o vídeo uma das principais denúncia seria contra Hytalo Santos influenciador brasileiro, que está sendo investigado por exploração de menores de idade, com toda a polêmica a sua conta no Instagram foi desativada na última sexta-feira (8), e muitas críticas foram voltadas aos pais e responsáveis sobre como garantir a segurança de crianças na internet.

Carla Zambelli tem mal-estar em audiência na Itália

Carla Zambelli (PL) sentiu tontura no começo de uma audiência que estava marcada para esta quarta-feira (13), na Itália. Ela precisou ser encaminhada até um posto de saúde.

A sessão faz parte do processo sobre a extradição da deputada para o Brasil, que está presa em Roma desde o dia 29 de julho. A defesa de Zambelli alega que sua prisão internacional não foi formalizada.

Em junho, durante uma entrevista para a CNN, ela chegou a dizer que “como cidadã italiana, eu sou intocável na Itália, não há o que ele [Alexandre de Moraes] possa fazer para me extraditar“. A congressista foi embora do Brasil pela fronteira da Argentina, seguiu aos Estados Unidos e depois foi para o país europeu.

Ela chegou a afirmar na época que havia deixado o Brasil para fazer um tratamento médico, pois sofre de Síndrome de Ehlers-Danlos, doença que afeta as articulações e provoca manchas no corpo. Essa condição também está sendo usada por seus advogados para justificar a sua liberdade.

Prisão

Em junho, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a prisão preventiva de Carla Zambelli, que foi aceita pelo ministro Alexandre de Moraes. A ordem também determinava que os passaportes, salários, veículos, contas bancárias e as redes sociais da deputada fossem bloqueadas. O nome dela chegou a ser incluído entre os foragidos procurados pela Interpol.

A justiça condenou Zambelli a dez anos de prisão, pois ela teria invadido e inserido documentos nos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023, por meio da contratação de um hacker, Walter Delgatti Neto. No documento falso, havia uma ordem de prisão para o ministro Alexandre de Moraes.


Carla Zambelli perseguiu homem em 2022 (Vídeo: reprodução/Instagram/@eolor)

Investigação

Durante a véspera do segundo turno das eleições presidenciais, em outubro de 2022, pessoas filmaram Carla Zambelli perseguindo, com uma arma na mão, o jornalista Luan Araújo. Quando ambos entram em um bar, ela chega a apontar a arma para ele.

Ela foi investigada por porte ilegal de armas de fogo, mas, de acordo com a deputada, o porte estava vigente na época.

Justiça pede que Hytalo Santos perca acesso às redes e seja proibido de ter contato com menores

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) entrou com uma ação civil pública na Justiça para que o influenciador Hytalo Santos seja proibido de ter acesso às redes sociais, de ter contato com menores citados no processo e de monetizar seus conteúdos. A decisão faz parte de uma investigação que começou após denúncias de que o influenciador estaria explorando e expondo adolescentes em vídeos com conotação sexual.

Paralelamente, outra investigação conduzida pelo promotor de João Pessoa, João Arlindo, também está em curso e deve ter seu relatório finalizado na próxima semana. O MPPB confirmou que Hytalo Santos já foi ouvido e negou as acusações. A conta do influenciador no Instagram foi desativada, e o MP solicitou que a suspensão fosse estendida a outras plataformas.

As acusações e a investigação

O MPPB investiga um possível esquema de exploração e “adultização” de menores, violando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). As denúncias indicam que Hytalo ofereceria benefícios, como celulares, pagamento de aluguel e mensalidades escolares, para as famílias de adolescentes em troca da participação deles em seus vídeos. Cerca de 17 adolescentes participaram dos vídeos, muitos já emancipados, e o MP também investiga a omissão dos pais e responsáveis, e busca apurar se esses “presentes” dados por Hytalo estavam ligados à emancipação dos menores, permitindo sua livre participação nos conteúdos.


Influenciador Hytalo Santos com menores que apareciam em “reality” nas redes sociais (Foto: reprodução/X/@republiqueBRA)

Origem da ação e próximos passos

O caso ganhou grande visibilidade após o youtuber Felca publicar um vídeo denunciando a suposta exploração. A denúncia de Felca destacou o caso de uma adolescente que, desde os 12 anos, participava dos vídeos do influenciador. A rede social dela também foi desativada, por fazer publicidade de casas de aposta sendo menor de idade.

Embora Hytalo negue todas as acusações, essas medidas são um passo crucial para proteger os adolescentes. A polícia e o MP também estão investigando a empresa de rifas do influenciador, com uma recomendação para suspender a autorização por uso indevido de imagem de adolescentes para fins lucrativos. A defesa de Hytalo Santos não se pronunciou sobre as últimas atualizações.

Felca vence disputas contra TikTok e X e processa centenas de usuários

Felca, como é conhecido o influenciador Felipe Bressanim Pereira, decidiu endurecer o jogo contra ataques virtuais. Na sexta-feira (8/8), ele acionou a Justiça contra 233 perfis do X (antigo Twitter), acusando-os de espalhar ofensas e informações falsas,  incluindo acusações graves de crimes que ele nega. A medida veio depois de outras disputas que o criador de conteúdo já travou com grandes redes sociais, como TikTok e o próprio X, nas quais saiu vitorioso.

O estopim para essa nova leva de processos foi o vídeo “Adultização”, publicado em seu canal no YouTube, que reúne denúncias sobre exploração da imagem de crianças e adolescentes por influenciadores e mostra como o algoritmo pode entregar esse tipo de material para pedófilos. O vídeo, que já passa das 32 milhões de visualizações, gerou grande repercussão, mas também ataques e ameaças.

Briga com o TikTok foi parar na Justiça

Em setembro de 2023, Felca teve uma surpresa nada agradável: duas de suas contas profissionais no TikTok desapareceram da plataforma. Segundo ele, a empresa alegou de forma genérica que houve violação das regras, mas não explicou qual norma teria sido quebrada. Esses perfis não eram qualquer conta pois eram usados para publicar conteúdo e também gerar receita com monetização.

Depois de várias tentativas frustradas de resolver a situação diretamente com o TikTok, o influenciador decidiu levar o caso para os tribunais. A Justiça determinou que a Bytedance Brasil, responsável pela plataforma, reativasse os perfis e ainda pagasse R$ 10 mil de indenização por danos morais. O juiz entendeu que a falta de transparência e a ausência de chance de defesa configuraram falha grave no serviço.

O TikTok não se conformou e entrou com recurso, argumentando que o influenciador havia quebrado os termos de uso. Em julho deste ano, no entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo bateu o martelo e manteve a decisão original, citando tanto o Código de Defesa do Consumidor quanto o Marco Civil da Internet como base legal.


Vídeo de Felca (Vídeo: reprodução/YouTube/Felca)

Post no X rendeu decisão rápida

A relação de Felca com o X (antigo Twitter) também acabou na Justiça. Em janeiro, a 7ª Câmara de Direito Privado determinou a retirada imediata de uma publicação que ligava o influenciador a crimes como consumo de pornografia infantil. O conteúdo que já tinha ultrapassado 1,6 milhão de visualizações, foi considerado altamente prejudicial à imagem de alguém com uma base de fãs tão grande.

Inicialmente, a primeira instância havia negado o pedido de urgência, mas o Tribunal de Justiça reverteu a decisão, afirmando que o alcance do post poderia causar danos irreparáveis. Algumas outras publicações citadas no processo foram apagadas pelo próprio autor ou pela plataforma antes mesmo de decisão judicial.

Vídeo polêmico gerou ameaças e reforço na segurança

O caso mais recente envolvendo Felca começou com a publicação do vídeo “Adultização”, no YouTube. No material, o influenciador expõe situações em que criadores de conteúdo exploram a imagem de crianças e adolescentes para gerar engajamento, além de mostrar como o algoritmo pode acabar recomendando esse tipo de material para pessoas com interesses criminosos.

O vídeo teve impacto imediato, em um único dia passou de 5 milhões de visualizações, e hoje já soma mais de 32 milhões no YouTube e 175 milhões no Instagram. Além disso, tudo, o assunto virou pauta no Jornal Nacional nesta segunda-feira (11/08). Mas, com a repercussão positiva, vieram as ameaças. Felca revelou que passou a andar de carro blindado e com segurança particular para se proteger. Ele disse que já havia recebido ameaças por falar sobre assuntos polêmicos, mas que esse foi um dos momentos mais tensos de sua vida na internet.


Matéria exibida no Jornal Nacional (Vídeo: reprodução/Instagram/@jornalnacional)

De vídeos de humor a denúncias sérias

Felipe Bressanim Pereira, o Felca, nasceu em Londrina–PR e hoje vive em São Paulo. Começou a produzir conteúdo em 2017 e rapidamente ganhou destaque com vídeos de humor e reações no YouTube. Atualmente, soma mais de 5 milhões de inscritos na plataforma e cerca de 14 milhões de seguidores no Instagram.

Nos últimos anos, seu conteúdo começou a incluir temas mais sérios, como apostas online e a segurança de crianças nas redes sociais. A mudança de tom, segundo ele, veio da percepção de que poucas vozes com grande alcance se arriscam a abordar esses problemas de frente e de que, apesar das consequências, ele quer continuar falando sobre assuntos que considera importantes.

Defesa de Bolsonaro usa frase de Moraes para rebater acusações

Após decisão de Alexandre de Moraes sobre prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, a defesa do ex-presidente responde com frase usada pelo ministro.
Nas decisões tomadas contra Bolsonaro, o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmava que justiça não é tola. Advogados de Bolsonaro em resposta disse “sabemos que a justiça não é tola”.

Pedido de revogação

Os advogados do ex-presidente fizeram um pedido de revogação da prisão domiciliar em que ele foi submetido. Na última quarta-feira (06), a defesa apresentou um recurso do pedido.
Na petição enviada ao supremo, a defesa de Bolsonaro, que são Celso Vilardi, Daniel Tesser e Paulo Bueno, afirmam que sabem que a justiça não é tola, em resposta a Alexandre de Moraes, mas que quando se trata de direito penal e direito processual penal, o campo é de responsabilidade subjetiva, ou seja , demanda provas e indícios concretos de que o alvo decidiu desrespeitar o judiciário.


Bolsonaro sendo interrogado por Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Arthur Manescal/ Getty Images Embed)

Decreto de prisão domiciliar

A frase em questão foi usada na última segunda-feira (04) quando Moraes decidiu pela prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Além da frase, o ministro enfatizou que a justiça não permitirá impunidade ao réu, independente de seu poder Político e econômico.
Jair Bolsonaro teve prisão decretada após sua aparição, em chamada de vídeo, nas manifestações a seu favor que aconteceram em São Paulo e Rio de Janeiro no último domingo (03).
Não só à prisão domiciliar, o ex-presidente também teve apreensão do celular e não pode utilizar nenhum outro aparelho. Além disso, Bolsonaro só pode receber visita com a autorização do supremo.

Defesa

No pedido em defesa a Bolsonaro, os advogados alegam que ele não descumpriu nenhuma ordem do ministro, já que ele não publicou nenhuma imagem.
Ainda afirmam que ele não pode ser culpabilizado pela ação de terceiros, dado que ele fez apenas uma saudação aos apoiadores. Defesa diz que usar situação como medida para sua prisão, distorce a ordem judicial.