Em pronunciamento no rádio e na TV, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), neste domingo (30), defendeu a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e criticou os privilégios da elite, chamando de “vergonhoso” o fato deles pagarem menos Imposto de Renda do que a classe média e os trabalhadores.
Segundo o presidente, a mudança começa a valer a partir de 2026 e deve injetar até R$ 28 bilhões na economia, gerando mais poder de compra.
Nova lei do IR teve aprovação unânime
A nova lei que amplia a isenção do Imposto de Renda, sancionada na última semana, foi aprovada por unanimidade tanto na Câmara quanto no Senado.
Lula acredita que essa mudança é decisiva para diminuir a desigualdade, afirmando que o Brasil inteiro será beneficiado.
“Esse alívio no Imposto de Renda significa mais dinheiro no bolso, que significa maior poder de compra, que significa aumento no consumo, que faz a roda da economia girar”, declarou o chefe do Planalto.
Pronunciamento de Lula sobre o IR (Vídeo: reprodução/YouTube/Lula)
O presidente também defendeu a taxação dos “super-ricos”, onde classificou como “inaceitável”, uma professora, um policial ou uma enfermeira pagar mais impostos do que os bilionários.
Como funciona a nova isenção do IR
Lula informou que a nova lei, que entra em vigor em 2026, amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, o que até o momento vale para quem ganha até R$ 3.036 (equivalente a dois salários mínimos).
Quem ganha de R$ 5.000,01 até R$ 7.350 por mês terá um desconto parcial no imposto, ao contrário do que está em vigor atualmente, que não conta com desconto.
Quem ganha acima de R$ 7.350 por mês será tributado normalmente. Aqueles com a renda superior a R$ 600 mil por ano (equivalente a R$ 50 mil por mês) pagarão um imposto mínimo, com uma taxa que pode chegar a 10%. A taxação sobre os mais ricos serve para compensar a queda de arrecadação.
