Procuradora-geral de Nova York é investigada por fraude bancária após processar Trump

A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, conhecida mundialmente por ter liderado o processo civil contra o ex-presidente Donald Trump, está sendo investigada por suspeita de fraude bancária. De acordo com informações divulgadas pelo governo federal dos Estados Unidos, a promotora teria se envolvido em operações financeiras irregulares, o que pode colocar em xeque sua credibilidade e afetar os desdobramentos de casos em que atuou nos últimos anos.

Investigação aponta movimentações suspeitas

Segundo as autoridades americanas, a investigação foi aberta após a detecção de possíveis inconsistências em relatórios financeiros ligados à procuradora. Há suspeitas de que ela tenha participado de movimentações de valores que não teriam sido devidamente declarados, utilizando intermediários ou contas paralelas para mascarar a origem do dinheiro. A apuração ainda é preliminar, mas fontes próximas ao caso afirmam que os indícios são considerados sérios o suficiente para justificar o aprofundamento das investigações.

Repercussão política e impacto sobre o caso Trump

Letitia James ganhou destaque nacional ao conduzir o processo contra Donald Trump e sua organização, acusando o ex-presidente de inflar o valor de seus ativos para obter benefícios financeiros. Agora, o cenário se inverte: críticos do Partido Republicano apontam contradição e ironia na situação, afirmando que a promotora enfrenta acusações semelhantes às que ela mesma apresentou contra o ex-presidente. Por outro lado, aliados democratas pedem cautela e destacam que nenhuma condenação foi formalizada até o momento.


Presidente Donald Trump (Foto: reprodução/ Spencer Platt / Getty Images Embed)

Autoridade sob pressão e próximos passos

A acusação gerou forte repercussão no meio político e jurídico de Nova York. Especialistas em direito afirmam que, caso as suspeitas sejam comprovadas, James poderá ser afastada do cargo e responder criminalmente por fraude financeira, crime que pode levar a penas severas nos Estados Unidos. A procuradora ainda não se manifestou oficialmente, mas pessoas ligadas ao seu gabinete afirmam que ela nega qualquer envolvimento com irregularidades e se diz vítima de uma tentativa de retaliação política.

Contexto e histórico profissional

Formada em Direito pela Universidade Howard, Letitia James é a primeira mulher negra a ocupar o cargo de procuradora-geral do estado de Nova York. Sua atuação firme contra grandes corporações e figuras públicas a transformou em um dos nomes mais conhecidos do sistema jurídico americano. A investigação atual, no entanto, representa um dos maiores desafios de sua carreira e pode influenciar diretamente a percepção pública sobre a imparcialidade do sistema judicial dos Estados Unidos.

PF investiga se bebidas com metanol tem ligação com crime organizado

Aconteceu nesta terça-feira (30) uma coletiva de imprensa onde a Polícia Federal afirmou que vai investigar a ligação da adulteração de bebidas alcoólicas com metanol com o crime organizado. A investigação vai apurar de onde veio as bebidas, onde foram vendidas, e os principais fornecedores.

Segundo uma nota divulgada pela ABCF (Associação Brasileira de Combate à Falsificação), há uma suspeita de que o mesmo metanol usado nas bebidas alcoólicas pode ter sido usado para batizar combustíveis pelo crime organizado.

Três mortos são confirmados

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou que recebeu 16 denúncias sobre pessoas com suspeitas de intoxicação por metanol, 6 casos foram confirmados e os outros 10 segue em avaliação. Três mortes foram confirmadas até agora por ingestão de bebidas adulteradas por metanol.

Durante a reunião e coletiva de imprensa realizada hoje, ficou decidido que o Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) irá emitir um alerta aos Procons de todo o país, alertando para o perigo e cuidados aos consumidores e vendedores ao adquirir bebidas alcoólicas.

Foram acionados também o Ministério da Saúde, que ficará responsável por seguir os protocolos de atendimento a pessoas com intoxicação, e o Ministério da Agricultura será responsável por avaliar e ajudar outros órgãos a desenvolver ações de fiscalização.


Bebidas adulteradas com metanol deixam três mortos em SP (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

Cuidados e Recomendações

Os cuidados e as recomendações de segurança foram passados para comerciantes e consumidores, principalmente do estado de São Paulo e regiões próximas. Em nota foi divulgada, uma ação em conjunto com o governo, empresas e sociedade no combate à venda de produtos falsificados, foi recomendado aos comerciantes e consumidores de não adquirir produtos de procedências duvidosas ou muito baratos, a prioridade agora seria a compra segura, com a devida conferência e rastreabilidade dos produtos.

Os consumidores devem atentar-se ao lacre das bebidas alcoólicas, se estiverem violados, abertos, rasgados ou tortos, não adquirir o produto e sempre desconfiar de promoções duvidosas.

JP Mantovani: o que se sabe sobre o acidente que matou o modelo e influenciador

O modelo e influenciador JP Mantovani morreu na madrugada de domingo (21) após sofrer um acidente de moto na Marginal Pinheiros, em São Paulo. Ele pilotava sua Harley-Davidson quando colidiu com um caminhão de limpeza que estava estacionado na via. Mantovani não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

O acidente aconteceu por volta da 1h, na altura da ponte Cidade Jardim, no sentido Rodovia Castello Branco. Segundo a Polícia Militar, o caminhão estava parado para realizar um serviço de desentupimento. O motorista afirmou que o veículo estava sinalizado com luz de advertência, mas que a colisão ocorreu quando JP tentou desviar de outro caminhão e perdeu o controle da moto.

Além da sua paixão por motos, JP Mantovani era casado com Lí Marttins, cantora, ex-integrante do Rouge, com quem tinha uma filha. O casal se conheceu quando participaram do reality “A Fazenda“. Em comunicado nas redes sociais, Lí pediu por “paz e silêncio”.

O que já tem confirmado sobre o acidente

O caso foi registrado como homicídio culposo na direção de veículo automotor, classificação utilizada quando há morte sem a intenção de matar. A Polícia solicitou perícia no local e investiga se outro veículo atingiu o modelo após a queda, já que a posição da moto, do corpo e o tipo de lesões indicam essa possibilidade.

A Prefeitura de São Paulo informou que o trecho fazia parte do cronograma de varrição mecanizada na noite de 20 de setembro e que o caminhão estava em serviço de desentupimento. Segundo o órgão, a sinalização incluía pisca-alerta, dois giroflex e um painel de seta indicativa para troca de faixa.


JP Mantovani morre em acidente de moto, na Marginal Pinheiros (Vídeo: reprodução/YouTube/ Domingo Espetacular)

O que ainda precisa ser esclarecido

As investigações agora buscam esclarecer se Mantovani chegou a colidir com outro automóvel, além de verificar se a sinalização e o posicionamento do caminhão estavam de acordo com as normas. Imagens de câmeras de segurança da região devem ajudar a reconstruir a sequência do acidente.

Governo brasileiro responde à investigação dos EUA e defende STF e Pix

O Brasil enviou nesta segunda-feira (18) uma manifestação oficial ao Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) em resposta à investigação aberta pelos Estados Unidos sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. No documento, o Brasil nega a adoção de práticas comerciais desfavoráveis, injustas ou limitantes e afirma que não há fundamentos legais ou factuais que justifiquem a aplicação de sanções por parte do governo norte-americano. O documento também foi utilizado para reiterar a legitimidade das decisões do STF e do sistema brasileiro de pagamentos instantâneos (Pix).

Posicionamento do governo brasileiro

O Itamaraty destacou que o comércio entre Brasil e Estados Unidos é mutuamente vantajoso, ressaltando que os EUA mantêm um saldo positivo histórico na balança bilateral. O governo brasileiro também enfatizou que já realizou reformas nos setores mencionados pela parte norte-americana, todas conforme as diretrizes do comércio internacional. “Não há prejuízo às empresas norte-americanas em comparação com companhias de outros países”, informa o documento. Na avaliação do governo brasileiro, a adoção de medidas unilaterais violaria os princípios da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Em relação ao Pix, o governo informou que o sistema de pagamentos instantâneos segue padrões de segurança e proteção ao consumidor, sem impor barreiras a empresas estrangeiras. Ressaltou ainda que o sistema ampliou a inclusão financeira, incentivou a competição no setor de pagamentos, obteve maior participação de empresas privadas, inclusive dos EUA, e foi elogiado por instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Sobre propriedade intelectual, o Brasil afirmou que cumpre normas internacionais e está alinhado aos acordos da OMC.

O governo salientou que países como União Europeia, Índia e até os EUA adotaram sistemas semelhantes ao Pix, citando o FedNow, do banco central americano, como exemplo, que segundo o documento, o sistema “oferece funcionalidades semelhantes ao Pix”.


Lula em discurso sobre política econômica (Foto: reprodução/EVARISTO SA/Getty Images Embed)

Brasil defende STF

O governo brasileiro assegurou que as decisões do STF e ordens judiciais não resultam em discriminação contra empresas americanas, nem afetam sua capacidade de competir no Brasil ou globalmente. Destacou que o uso de multas e medidas obrigatórias é comum em qualquer Estado de Direito, inclusive nos EUA, e que exigências legais para empresas estrangeiras são práticas normais. O Brasil negou que o artigo 19 da Lei do Marco Civil da Internet seja direcionado contra empresas dos EUA, defendendo que se trata de norma geral. Segundo o documento, a objeção americana parece questionar medidas legítimas do país para proteger direitos fundamentais e combater crimes online.

Governo brasileiro envia hoje resposta a Trump sobre investigação comercial

O Brasil enviará nesta segunda-feira (18) resposta oficial aos EUA sobre investigação comercial aberta por Washington contra o país. A informação foi dada pelo Ministério das Relações Exteriores. O documento será protocolado pela embaixada do Brasil em Washington e representa a posição do país diante das acusações levantadas pela administração do presidente Donald Trump. A investigação comercial instaurada pelos EUA questiona práticas comerciais brasileiras, entre os temas está o Pix, um sistema de pagamento instantâneo muito utilizado pelos brasileiros por sua rapidez e facilidade.

EUA alegam prática desleal do Brasil

A investigação comercial foi iniciada no dia 15 de julho pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), após o governo norte-americano acusar que o Brasil estaria aderindo às práticas comerciais vistas como “desleais”, levando a impacto negativo sobre a economia dos EUA.  Com isso, o presidente Donald Trump autorizou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre alguns produtos brasileiros exportados para o mercado americano, entre eles a carne bovina e o café.

Alguns produtos, como suco de laranja e derivados de aço, foram retirados da lista original e passaram a compor um grupo de exceções. Apesar dessa flexibilização, diplomatas brasileiros consideram que as negociações não evoluíram significativamente, pois o então presidente Donald Trump não teria delegado a nenhum assessor autoridade para negociar diretamente as tarifas, o que tem dificultado avanços concretos.

O governo brasileiro também impugna a alegação de que a balança comercial seria desfavorável aos Estados Unidos. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os números mostram o oposto, nos últimos 15 anos, os EUA arrecadaram o valor superior a US$ 400 bilhões.


Pronunciamento do presidente Lula sobre taxação dos 50% (Vídeo: reprodução/Instagram/@itamaratygovbr)

Veja os detalhes da investigação

A investigação comercial dos Estados Unidos contra o Brasil tem como base legal a Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana, de 1974, uma lei que autoriza o governo americano a investigar e reagir a práticas de outros países consideradas injustas ou prejudiciais aos interesses econômicos dos EUA.

Entre os principais alvos da investigação estão o funcionamento do sistema de pagamentos PIX, a concessão de tarifas preferenciais, o tratamento dado à propriedade intelectual e as políticas de comercialização do etanol brasileiro.

Caso a investigação conclua que o Brasil está adotando práticas comerciais desleais, o governo de Trump poderá aplicar novas tarifas, retirar benefícios já concedidos ao país e implementar outras formas de retaliação.

Assessor e família defendem Hytalo Santos e negam acusações

Derick Spazanelli, assessor de Hytalo Santos, saiu em defesa do influenciador e de seu marido, Israel Natã Vicente, após a prisão do casal em São Paulo, nesta sexta-feira (15). Eles são investigados por suspeita de exploração e exposição de menores em conteúdos para redes sociais, além de possível envolvimento com tráfico humano.

Em nota, o representante afirmou que Hytalo e Israel são inocentes e que sempre atuaram dentro da legalidade. “Estamos confiantes de que a verdade será esclarecida e que ambos terão sua integridade reconhecida. As acusações são infundadas e não condizem com a conduta do casal”, declarou.

Assessor defende Hytalo e critica acusações

Na porta da delegacia, o assessor Derick Spazanelli defendeu a inocência de Hytalo Santos e de seu marido, Israel Natã Vicente, presos nesta sexta-feira (15) em São Paulo. Ele argumentou que, mesmo com a derrubada dos perfis oficiais, existem outros que replicam todo o conteúdo, e desafiou a imprensa a apontar qualquer crime nas publicações. “Quer dizer que não pode tocar funk ou brega funk em festa de 15 anos? O funk é crime? O brega funk é crime? A dança é arte e, como arte, merece respeito”, afirmou, reforçando que o trabalho do casal sempre esteve dentro da legalidade.


Assessor Derick Spazanelli defendendo Hytalo e Israel (Vídeo: reprodução/X/@choquei)

Durante a conversa com a imprensa, fãs de Hytalo Santos marcaram presença e demonstraram apoio ao influenciador. Ao lado do assessor Derick Spazanelli, eles afirmaram acreditar que as ações contra ele seriam motivadas por inveja. Em meio à manifestação, um dos presentes questionou: “É inveja ou não é?”. De imediato, Derick respondeu em tom firme: “É inveja!”.

Família rebate suspeita de fuga após ação policial

O assessor também ressaltou que Hytalo Santos e Israel irão se pronunciar em breve. “Eles irão se manifestar, inclusive vão conceder entrevistas assim que saírem. Podem ficar tranquilos. Eles não têm nada a temer, são inocentes”, afirmou, reforçando a confiança na absolvição do casal.

Ainda na coletiva desta sexta-feira (15), Josué, primo de Hytalo Santos, afirmou que, quando a operação foi realizada na casa do influenciador, em João Pessoa, na última quarta-feira (13), todos já estavam em São Paulo. Ele garantiu que Hytalo e o marido não deixaram a Paraíba para escapar da ação policial, ressaltando que a viagem havia sido planejada com antecedência.

Os principais pontos da investigação

O Ministério Público da Paraíba (MP-PB) apura, desde 2024, denúncias de exploração de menores envolvendo Hytalo Santos. Segundo as investigações, entre os conteúdos analisados estão vídeos nos quais o influenciador se refere a meninas como “filhas” e a meninos como “genros”.

O youtuber Felca também acusou Hytalo Santos de “adultização” e exploração de crianças e adolescentes, ampliando a repercussão do caso nas redes sociais e levando o assunto para o debate político. No último domingo (10), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que irá pautar ainda nesta semana projetos de lei voltados ao combate desse tipo de prática.

Ex-procurador de Trump é alvo de investigação federal

Uma ação federal que avalia o comportamento de servidores federais deu início a um processo investigativo contra Jack Smith, ex-procurador que monitorou dois procedimentos investigativos direcionados a Donald Trump, ao final de seu primeiro mandato.

Motivos por trás das investigações

O departamento de Conselho Especial tornou público neste sábado que iniciou um processo investigativo contra Smith, em razão de um suposto descumprimento da Lei Hatch, essa lei impede que servidores federais usem seus cargos públicos para fins políticos.

A medida foi tomada depois que o Senador Tom Cotton, republicano de Arkansas, solicitou a abertura da investigação.

No começo da semana passada, o senador Tom Cotton acusou Smith de perseguir Trump, no intuito de afetar negativamente a disputa presidencial.

Os dois procedimentos investigativos abertos por Smith contra Trump incluem um que o acusa de manter em posse material sigiloso de forma ilegal, e outro associado a esforços em inverter o resultado eleitoral de 2020, o que culminou no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

Ambos os casos não foram submetidos a julgamento. As ações judiciais foram postergadas devido às impugnações legais, contando com a resolução da maior parte da Suprema Corte, que garantiu aos ex-presidentes que tivessem extensa proteção legal contra ações criminais.

Smith suspendeu os dois processos após Trump ter ganhado as eleições, mencionando uma política histórica do Departamento de Justiça, que impede o processamento de um presidente em exercício.

No entanto, em janeiro, ele divulgou um relatório afirmando que as provas seriam suficientes para condenar Trump.


 

Presidente Donald Trump e ex-procurador Jack Smith (Foto: reprodução/Saul Loebmandel Ngan/ Getty Images Embed)

Entenda o papel da OSC no governo dos EUA

O Office Of Special Counsel, é um órgão federal independente dos Estados Unidos, encarregado de assegurar que os funcionários públicos estejam protegidos contra abusos, garantindo um ambiente regido por ética e respeito aos direitos individuais, porém não detém poder para apresentar denúncias criminais.

O inquérito da OSC, reportado pela primeira vez pelo New York Post, trata-se do episódio mais novo de uma sucessão de medidas realizadas por Donald Trump e seus apoiadores contra possíveis opositores políticos.

Governo Trump forma força-tarefa para investigar Obama após divulgação de documentos

Nesta quinta-feira (24), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou a criação de uma força-tarefa para apurar alegações não-comprovadas do presidente Donald Trump contra Barack Obama e seus assessores. Segundo a instituição, o ex-presidente e sua equipe teriam aberto uma investigação sobre a ligação da campanha de Trump com a Rússia nas eleições de 2016 para destruir o republicano. 

A medida, feita em um curto comunicado no site do departamento, integra uma campanha de retaliação a Obama iniciada há algumas semanas por Trump. Para analistas políticos, ela simboliza também uma tentativa da Casa Branca de redirecionar a atenção da mídia sobre o caso Epstein e a ligação do presidente com o empresário, preso por tráfico sexual de menores em 2019. 

Divulgação de documentos fundamentaram medida 

O anúncio do departamento de justiça ocorreu após a divulgação de novos documentos pela diretora de Inteligência nacional, Tulsi Gabbard. Em ataques ao ex-presidente Obama, ela afirmou que os novos documentos comprovam erros após uma investigação feita em 2016, que apontou interferência russa a favor de Donald Trump nas eleições daquele ano. 

Após o resultado que deu vitória a Trump em 2016, Obama ordenou uma investigação que, segundo Gabbard, estava sujeita a “diretrizes incomuns” do ex-presidente. Para ela, essa análise de inteligência se baseou em fontes desconhecidas e pouco claras e foi uma “conspiração golpista e traiçoeira” de anos contra Trump.


Tulsi Gabbard em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (23) (Foto: reprodução/ Chip Somodevilla/Getty Images Embed)

Democratas consideram divulgação “irresponsável” 

Tanto os documentos divulgados nesta quarta-feira (23) quanto na semana passada, apontam que autoridades do governo Obama apressaram as agências de inteligência na investigação, pois queriam concluir uma revisão da investigação antes do término do mandato. No entanto, não há provas que indiquem comportamento criminoso ou uma contradição após interferência nas eleições. 

Para jornalistas, o senador Mark Warner, principal democrata na Comissão de Inteligência do Senado, afirmou que a publicação dos documentos coloca em risco o trabalho do serviço de inteligência americano. “A divulgação desesperada e irresponsável do relatório partidário da Inteligência da Câmara coloca em risco algumas das fontes e métodos mais sensíveis que nossa comunidade de inteligência usa para espionar a Rússia e manter os americanos seguros” disse Warner. 

O recente documento divulgado por Gabbard é um relatório do Comitê de Inteligência da Câmara de 2017, neste período, a casa era chefiada por republicanos. No parecer, os parlamentares contestaram a conclusão de dezembro de 2016 de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, interferiu nas eleições a favor de Trump, em busca de prejudicar Hillary Clinton, candidata democrata daquelas eleições. 

Apenas congressistas republicanos participaram do relatório de 2017 e das suas revisões feitas em 2020.

Avião cai no leste da Rússia e deixa dezenas de mortos

Um desastre aéreo foi registrado nesta quinta-feira (24) na região de Amur, localizada no leste da Rússia, após um avião de transporte civil despencar com mais de 40 pessoas a bordo. Conforme órgãos oficiais do país, não há sobreviventes.

Grupos de salvamento vinculados ao Ministério de Situações de Emergência localizaram os restos do avião e confirmaram que todos os ocupantes perderam a vida. As agências estatais Tass e RIA Novosti divulgaram a informação com base em um comunicado do Comitê de Investigação da Federação Russa.

A aeronave envolvida no acidente era um modelo Antonov-24, com dois motores, fabricado ainda durante a era soviética. Ela era operada pela companhia aérea Angara Airlines e realizava o trajeto entre as cidades de Blagoveshchensk e Tynda. Segundo o governador local, Vassily Orlov, o avião sumiu dos radares em pleno voo.

Fragmentos encontrados em região de mata fechada

Horas depois do desaparecimento, partes do avião foram localizadas em chamas em uma encosta coberta por vegetação densa, a cerca de 15 quilômetros do destino final. Vídeos captados por autoridades da aviação civil mostram os destroços carbonizados, confirmando a gravidade do acidente.

Há divergências nas informações sobre o total de pessoas que estavam a bordo. O governador Orlov informou que eram 49, incluindo cinco menores de idade e seis membros da tripulação, com 48 mortes confirmadas. Já diferentes setores dos serviços de resgate estimaram entre 40 e 50 passageiros. A mídia regional, por sua vez, citou 50 indivíduos como número total.


Área isolada na região de Amur onde os destroços da aeronave foram encontrados (Reprodução/Instagram/@kalyug_hun)


Possível falha humana sob neblina está entre hipóteses

As autoridades ainda não divulgaram as razões exatas que levaram à queda. Segundo a agência Tass, uma das linhas de investigação considera erro dos pilotos devido à visibilidade prejudicada como causa potencial.

Durante as operações de localização, um helicóptero Mi-8 da Rossaviatsiya, o órgão nacional de aviação, visualizou a fuselagem em chamas. As equipes de emergência continuam avançando até o local remoto, informou Yuliya Petina, representante dos serviços de resgate, por meio de publicação nas redes sociais.

Foi instaurado um inquérito para apurar os fatores do acidente. De acordo com o Kremlin, o presidente Vladimir Putin já foi notificado e acompanha os desdobramentos da ocorrência.

Juíza barra publicação de arquivos do caso Epstein

Uma juíza federal do estado da Flórida, Robin Rosenberg, negou nesta quarta-feira (23) o pedido feito pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos para divulgar os registros secretos do grande júri relacionados ao caso Jeffrey Epstein, investigado entre 2005 e 2007.

A solicitação havia sido motivada por um compromisso assumido pelo então presidente Donald Trump em aumentar a transparência em relação aos supostos vínculos entre Epstein e figuras poderosas. No entanto, segundo o tribunal, a legislação vigente não permite a liberação desses documentos, já que não foram apresentados argumentos que justificassem exceções ao sigilo do grande júri, conforme exigem as normas do 11º Circuito de Apelações dos EUA.


Trump foi visado de sua menção nos arquivos Epstein (Vídeo: reprodução/YouTube/Joven Pan)

Os procuradores haviam argumentado que o interesse público justificava a divulgação dos depoimentos, citando acusações graves de tráfico sexual e pedofilia envolvendo Epstein. A juíza Rosenberg, porém, concluiu que tais alegações não atendem aos critérios legais para quebrar o sigilo. Com isso, os arquivos permanecerão sob restrição judicial. A decisão pode ser contestada pela administração Trump, que ainda tem recurso pendente em tribunais superiores.

Tensão política e nos tribunais

O caso ganhou contornos políticos sensíveis recentemente, à medida que o presidente Trump e sua base chegaram a tentar excluir os arquivos sobre o escândalo Epstein. A divulgação de que o nome de Trump aparece em documentos do Departamento de Justiça aumentou a pressão pública, embora as autoridades afirmem que não há elementos que indiquem crime ou culpa. A Casa Branca classificou os pedidos como descabidos e reforçou que qualquer menção ao ex-presidente trata-se de contexto investigativo, sem implicações criminais.


Trump está na lista Epstein (Vídeo: reprodução/X/@globonews)

Em paralelo, membros do Congresso, especialmente da Câmara, avançaram com uma comissão que já aprovou, por 8 votos a 2, uma convocação de documentos do DOJ relacionados a Epstein, além de notificar Ghislaine Maxwell, ex-companheira de Epstein, para depor. As resistências internas refletem divisões partidárias em torno da questão, com alguns republicanos apoiando a transparência e outros tratando o tema como campanha política.

Contexto e limites legais

O caso Jeffrey Epstein ganhou enorme repercussão global, e seu fim em 2019 reacendeu debates sobre privilégios e impunidade das pessoas influentes que frequentavam o círculo do magnata. Investigadores apontam que as regras de grande júri, que mantêm sigilo absoluto, só permitem exceções em situações especiais, como risco à vida de informantes ou evidências de má conduta judicial, critérios que, segundo a juíza Rosenberg, não foram atendidos neste caso específico.

Além da Flórida, existem outras solicitações de liberação de documentos pendentes em Nova York, ligadas ao processo que culminou na condenação de Maxwell por tráfico de menores. Analistas jurídicos afirmam que, mesmo que alguns registros sejam liberados, é pouco provável que tragam revelações surpreendentes, já que os grandes júris geralmente concentram-se em acusações iniciais, sem detalhar toda a investigação.