SUS oferecerá implante contraceptivo Implanon a partir do segundo semestre

O Ministério da Saúde confirmou que o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer, ainda no segundo semestre de 2025, o Implanon, implante hormonal contraceptivo com eficácia de até três anos. A iniciativa foi aprovada após parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e representa um avanço nas políticas públicas voltadas ao planejamento reprodutivo e à saúde da mulher.

Implante oferece proteção de longa duração e retorno rápido da fertilidade

O Implanon é um bastão fino, flexível e discreto, com cerca de 4 cm de comprimento, que é inserido sob a pele do braço por profissionais capacitados. Ele contém 68 mg de etonogestrel, um hormônio que atua impedindo a ovulação e tornando o muco cervical mais espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides. O método proporciona uma proteção contínua contra a gravidez por até três anos.

Entre as vantagens estão a alta eficácia, comparável à da laqueadura, a praticidade, por dispensar o uso diário, e a reversibilidade: a fertilidade costuma retornar rapidamente após a retirada. Segundo o Ministério da Saúde, mulheres que pretendem engravidar após a utilização do Implanon não terão problemas no processo de concepção.

Meta é ampliar acesso e autonomia reprodutiva das mulheres

A previsão é de que 500 mil unidades sejam distribuídas ainda este ano, com um total de 1,8 milhão até 2026. O investimento federal previsto é de R$ 245 milhões, considerando que cada unidade do implante custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.


SUS começa a disponibilizar implante contraceptivo hormonal gratuitamente (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Atualmente, o único método de longa duração disponível na rede pública é o DIU de cobre. A inclusão do Implanon no SUS amplia o leque de métodos contraceptivos oferecidos gratuitamente, que já inclui anticoncepcionais orais e injetáveis, preservativos, laqueadura e vasectomia. Para a secretária Ana Luiza Caldas, a medida representa mais um passo na construção de políticas de saúde que respeitam a autonomia das mulheres e suas decisões sobre o próprio corpo.

Entenda a relação entre a síndrome do ombro congelado e a menopausa

A síndrome do ombro congelado é uma condição que afeta a mobilidade do ombro, resultando em dor e rigidez. Esse quadro pode se tornar particularmente desafiador durante a menopausa, quando as mulheres podem experimentar uma série de alterações hormonais que influenciam a saúde das articulações.

Nos últimos anos, a relação entre esses dois aspectos tem despertado interesse em pesquisas médicas, uma vez que a menopausa pode potencializar a probabilidade de desenvolvimento dessa síndrome, devido a fatores como a diminuição dos níveis de estrogênio.

Caso Eliana

Eliana, uma mulher de 52 anos, é um exemplo claro de ligação entre a síndrome do ombro congelado e a menopausa. Após relatarem dor persistente, restrição de movimentos e dificuldade em realizar atividades cotidianas, Eliana procurou um especialista que o diagnosticou.

Nesse contexto, especialistas destacam que a síndrome do ombro congelado, também conhecida como capsulite adesiva, afeta principalmente mulheres entre 40 e 60 anos, sendo a menopausa um momento crítico em que o corpo lida com mudanças hormonais que podem impactar a saúde articular.


Apresentadora Eliana (Foto: reprodução/G1/Globo.com)


Os sintomas incluem dor no ombro, que pode irradiar para o braço, e restrição de movimentos, tornando até as tarefas mais simples, como vestir – se ou pentear o cabelo, tarefas desafiadoras. Neste período, o tratamento pode incluir fisioterapia, que visa recuperar a mobilidade do ombro, e terapia medicamentosa para o controle da dor. A abordagem multidisciplinar é essencial, e a prática de exercícios é frequentemente recomendada para promover a recuperação e prevenir recorrências.

Impactos hormonais na síndrome

Embora a etiologia da síndrome do ombro congelado não seja completamente compreendida, especialistas acreditam que a imobilização prolongada do ombro, muitas vezes decorrente de uma lesão ou cirurgia, pode contribuir para o seu desenvolvimento.

Durante a menopausa, mudanças nos níveis hormonais podem acentuar essa condição. Dessa forma, o acompanhamento médico regular e a atenção às queixas de dor são fundamentais para uma sub diagnosticada.


Síndrome do ombro congelado (Foto: reprodução/G1/Globo.com)


As implicações da síndrome do ombro congelado durante a menopausa exigem uma maior conscientização sobre impactos das mudanças hormonais na saúde articular. As mulheres devem estar cientes dos riscos associados à menopausa e da importância de buscar atendimento médico apropriado.

O diálogo contínuo entre pacientes e profissionais de saúde pode favorecer a identificação precoce da síndrome, viabilizando um tratamento eficaz, minimizando o desconforto e restaurando a qualidade de vida.