Looks apoteóticos de Gaby Amarantos: como nascem as criações que celebram a Amazônia

No palco do Global Citizen Festival Amazônia, em Belém, Gaby Amarantos transformou música em manifesto. A artista paraense apresentou “Rock Doido”, projeto que mistura som, cinema e performance, como uma celebração de suas origens. Um verdadeiro mergulho nas cores e na força da Amazônia.

O artista por trás da Obra

Por trás de cada detalhe, está o olhar atento de Bruno Pimentel, stylist que há anos ajuda a moldar a estética da cantora. É ele quem traduz, em roupa e textura, o universo que Gaby carrega: uma Amazônia urbana, pulsante e maximalista, onde o brilho é linguagem e o corpo, palco.

“Nosso processo é muito intuitivo. As ideias nascem das vivências da Gaby, do que ela quer dizer naquele momento. Às vezes começamos com um conceito e o resultado vai para outro caminho. Já usamos ferro, LED, cabelo sintético, acrílico… nada é impossível”, conta Bruno.


Gaby Amarantos em performance no Global Citizen (Foto: reprodução/Instagram/@gabyamarantos)


Foi dessa troca que surgiram os figurinos de “Rock Doido”. Pensados para acompanhar o movimento. Cada troca de roupa muda o tom da cena, como se a narrativa sonora ganhasse cor e textura a cada nova entrada.

A parceria por trás da criação

Essa liberdade criativa não é de agora. Bruno e Gaby vêm experimentando juntos há anos e um dos momentos mais simbólicos dessa parceria foi o Amazônia Live. Na ocasião, a cantora vestiu um look de crochê sustentável criado por Gustavo Silvestre, em colaboração com Bruno. “Foi um divisor de águas. Ver uma artista que representa o Norte com tanta verdade usando uma peça feita à mão, com propósito, foi emocionante”, relembra o stylist.


Look de Gaby Amarantos feito com crochê (Foto: Reprodução/Rodolfo Magalhães)


Bruno enxerga a estética de Gaby como uma forma de resistência. “Ela tem uma coragem rara. Muita gente chama de exagero, mas esse ‘exagero’ é o próprio Norte. É cor, brilho, mistura. É o jeito que a gente aprendeu a ocupar espaço”, afirma. Mais do que figurinos, Gaby e Bruno constroem uma estética própria. Cada look traduz um pedaço da Amazônia: viva, colorida e indomável em forma de moda.

Gaby Amarantos faz da moda uma expressão de orgulho amazônico

Quando a moda encontra território e ancestralidade, o resultado foge do óbvio. Foi exatamente isso que aconteceu com Gaby Amarantos no cenário do Global Citizen. A cantora paraense decidiu vestir produção assinada por uma dupla de estilistas do Pará para uma ocasião que tinha tudo para ser apenas mais um look de festival. O lindíssimo look da cantora se inspirou em “Deusas Amazônicas”

A criação, dialogava com a estética amazônica: ele trazia cortes amplos, camadas que lembravam mantos, estampas com elementos da floresta e acessórios que evocavam joias tribais modernizadas. O styling não era apenas sobre “estar bonita para o evento”, mas era sobre “mostrar uma história”. A escolha da dupla paraense reforça a presença da moda regional no grande palco global, fora dos grandes centros que geralmente definem tendências. 

Moda que representa cultura e lugar

Quando Gaby desfilou por aquele palco, não se tratava apenas de uma cantora paraense utilizando a moda: era uma artista que usa a moda como extensão da própria origem. E para quem acompanha o movimento da moda brasileira, o que ela faz é simbólico. Ela trouxe o Pará para o tapete vermelho (ou para o palco da Global Citizen) com orgulho, sem vestígios de apropriação. A escolha da dupla paraense dá força à afirmação de que a moda autoral nacional pode dialogar com acontecimentos internacionais. 


Apresentação de Gaby Amarantos no Global Citizen (Foto: reprodução/Instagram/@glblctzn)


Os acessórios, por sua vez, reforçavam a narrativa: brincos grandes lembravam artefatos das comunidades amazônicas; a paleta de cores misturava verde musgo, dourado e terra, como uma lembrança visual à floresta. E ali estava Gaby, não como figurante de moda global, mas como protagonista da sua própria estética. 

O que o look diz ao público e à moda

Para o público que acompanha e para a indústria que a observa, o look de Gaby deixa recados importantes. Primeiramente, que moda não é só consumo, é também identidade. Em segundo lugar, que muito além de São Paulo e Rio, o Brasil também pode gerar narrativas fortes de estilo. A cantora, ao apostar nessa dupla do Pará, reacende o holofote sobre talentos regionais e sobre a necessidade de redesenhar a moda no país. 

No fim das contas, o que ficou não foi apenas um vestido bonito para um evento global, mas uma afirmação de lugar, origem, e estética própria. Gaby reforça que moda, para ela, é voz e corporeidade, e que quando você entende isso, um look vira o próprio manifesto.

Gaby Amarantos reage aos boatos de envolvimento com Chris Martin, do Coldplay

Um suposto envolvimento entre Chris Martin, vocalista do Coldplay de 48 anos, e a cantora Gaby Amarantos, 47, está dando o que falar nas redes sociais neste fim de semana. Os boatos começaram depois que o artista foi visto circulando pelo bairro Jurunas, em Belém do Pará, onde Gaby nasceu e mora. No tapete vermelho do festival ‘Global Citizen Amazônia’ — evento que antecede a COP 30 no qual ambos se apresentaram neste sábado (1°/11) —, a paraense foi questionada sobre a presença do cantor na região e reagiu de forma bem humorada.

Cantor teria sido visto deixando prédio de Gaby

O influenciador Matheus Viggo perguntou para a cantora se ela tinha alguma relação com as duas vezes em que Chris foi visto pelo bairro. Rindo, ela deixou os fãs e internautas ainda mais curiosos com sua resposta enigmática. “Gente… É Jurunas! É o Jurunas, né?”, disse ela, em tom bem-humorado, sem confirmar nem negar o affair com o músico inglês.



Os rumores começaram a ganhar força na web após a página de fofocas Let’s Gossip divulgar que o vocalista do Coldplay teria sido visto deixando o prédio de Gaby no Jurunas de madrugada e flagrado em um supermercado da cidade, retornando à casa da voz do hit ‘Foguinho’ em seguida. Fãs chegaram a se deparar com Martin pelas ruas do bairro, registrando e compartilhando os registros do encontro nas redes sociais.



O festival

Às vésperas da COP 30 em Belém, o ‘Global Citizen Festival: Amazônia’ atingiu sua meta de mobilizar US$ 1 bilhão para ações de plantio, restauração e renaturalização da maior floresta tropical do mundo. Realizado no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, o evento também discutiu temas como as mudanças climáticas e a urgência da preservação da floresta e do meio ambiente. Além de Gaby e Chris Martin, o palco do festival também recebeu nomes como Anitta, Seu Jorge, Daniela Mercury, Charlie Puth, Gilberto Gil, Viviane Batidão, além de artistas indígenas como Kaê Guajajara, Arraial do Pavulagem e Eric Terena.

Confira tudo que aconteceu no Festival Global Citizen Amazônia

Abrindo simbolicamente a Conferência das Nações Unidas sobres as Mudanças Climáticas (COP 30) com o objetivo de reunir 1 bilhão de dólares para investimentos na defesa da Amazônia, o Festival Global Citizen recebeu Regina Casé para o início da programação enquanto uma chuva grossa cobria o local, o estádio Mangueirão, em Belém do Pará. O evento ocorreu no sábado, primeiro dia de novembro.

Artistas do mundo da música, ativistas, políticos e representantes de povos indígenas dividiram o mesmo palco por uma noite mobilizando fundos para ações de plantio, restauração e renaturalização da Amazônia antes que a COP 30 se inicie.

Entre os dias 10 e 21 deste mês, a COP 30 reunirá líderes de vários países para discutir sobre as crises das mudanças climáticas e o bem da floresta amazônica.

Abertura

A primeira atração da noite foi Gaby Amarantos que familiarizada com sua terra natal, apresentou pela primeira vez ao vivo seu novo álbum “Rock doido” que carrega a cultura paraense com o gênero musical tecnobrega, comum nas periferias de Belém. “Foguinho”, “Abraço” e “Crina negra” foram algumas das músicas apresentadas com muito carinho pela cantora.


Gaby Amarantos do palco do Festival Global Citizen (Vídeo: reprodução/Instagram/@multishow)

Charlie Puth veio logo depois e com uma apresentação curta de camisa social e gravata, o estadunidense de 33 anos recebeu comentários brincalhões nas redes sociais. “Parece um estagiário” ironizou um dos internautas durante as três músicas que Puth cantou, incluindo “See you again” sua canção mais famosa, feita em parceria com Wiz Khalifa para Velozes e Furiosos 7 em tributo ao falecimento de Paul Walker na época.

As aparições rápidas seguiram-se com Gilberto Gil que apresentou “Palco”, “Tempo rei” e “Toda menina baiana” trazendo de volta o astral da plateia. Aos 83 anos, o artista baiano cantou ao lado de uma banda de baixo, bateria e guitarra.

Arriscando um português

Chris Martin, vocalista do Coldplay, subiu ao palco preparado com os maiores sucessos de sua banda nas mãos. Descalço e com um violão, Chris cantou “Paradise”, “Viva la vida” e “A sky full of stars”.

“Boa noite meus amigos, muito bom estar aqui com vocês” disse o cantor britânico em português, lendo em um papelzinho. A tentativa fofa foi o suficiente para cativar o público.

Martin continuou no evento com muita empolgação. Durante a apresentação de Seu Jorge, que tocou “Mina do condomínio”, “Burguesinha” e “Felicidade”, Chris permaneceu na percussão ao lado do carioca de 55 anos.


Melhores momentos do Global Citizen Amazônia (Vídeo: reprodução/Youtube/@MusicaMultishow)

Encerrando no baile funk

Quem estava no festival pôde ver Anitta sendo convidada para cantar “Viva la vida” ao lado do líder do Coldplay, mas sua volta foi mais tarde como headliner do evento. Com cores e aparelhagens de som típicas de Belém, Anitta abriu seu com em uma releitura de “Show das poderosas” com uma versão no tecnobrega.

O festival foi encerrado com baile funk com “Joga pra lua”, “Savage funk” e a parceria entre Anitta e Pedro Sampaio, “No chão novinha”. Antes mesmo do fim, o Global Citizen havia reunido as doações por volta de US$ 1 bilhão necessários para as causas da Amazônia.

Amazônia Live: Gaby Amarantos usa look repleto de representatividade amazônica

Hoje a poderosa Gaby Amarantos participa do Amazônia Live, um evento incrível que conta com a participação mais que especial de Mariah Carey.

No palco, Gaby dividiu a cena com grandes nomes como Joelma, Dona Onete e Zaynara, em apresentações cheias de emoção e representatividade da cultura amazônica.

Para a ocasião, ela escolheu um look assinado pelo estilista Gustavo Silvestre, que traz toda a força, a beleza e a identidade da região.

Segue abaixo o material com mais detalhes sobre o conceito pensado para esse momento único!

Gaby Amarantos veste criação exclusiva de Gustavo Silvestre no Amazônia Live 2025, evento oficial da COP 30 em Belém

A força da música brasileira e a potência da moda artesanal se encontram no palco do Amazônia Live 2025, evento oficial da COP 30 em Belém, com a cantora Gaby Amarantos vestindo um look especialmente criado por Gustavo Silvestre, em parceria com o stylist Bruno Pimentel.

Reconhecido internacionalmente por sua pesquisa em crochê e por levar as artes manuais brasileiras às passarelas da Haute Couture Week, Silvestre desenvolveu uma peça que traduz a sofisticação de sua linguagem de moda e foi pensada sob medida para o momento histórico da cantora no evento.



O look reúne o crochê manual, base de todo o trabalho do estilista, com o uso de metalóide, material que se tornou assinatura de suas últimas coleções em Paris, associado agora à aplicação de cristais Swarovski, fruto de uma parceria inédita com a marca. O resultado é uma criação que une manualidade, inovação e luxo sustentável, em sintonia com o espírito da COP 30.

“Desenvolver esse look para a Gaby, uma artista que traduz tão bem a força e a diversidade da Amazônia, foi também uma oportunidade de mostrar como o crochê pode se reinventar constantemente. O metalóide e os cristais Swarovski trazem a dimensão de espetáculo, mas sem perder o vínculo com a manualidade e a história do nosso trabalho dentro do Ponto Firme”, afirma Gustavo Silvestre.

A peça foi criada no ateliê do Projeto Ponto Firme, iniciativa social idealizada por Silvestre que capacita pessoas em situação de vulnerabilidade, gerando renda e fortalecendo o trabalho artesanal como ferramenta de transformação. Desde sua fundação, o projeto já formou dezenas de artesãos, que colaboram na produção de coleções desfiladas em São Paulo e em Paris, consolidando o crochê brasileiro em um espaço de destaque no cenário da moda internacional.
Com esse look exclusivo, Gaby Amarantos leva para o palco não apenas sua voz, mas também um manifesto visual que expressa a criatividade brasileira.