Ancelotti crítica a falta de controle da Seleção contra Japão

Carlo Ancelotti, técnico da Seleção Brasileira, analisou a derrota para o Japão e chamou atenção para um aspecto que, segundo ele, foi decisivo para o resultado: a instabilidade emocional da equipe após sofrer o primeiro gol. Embora tenha reconhecido momentos de controle e boas ações coletivas, o treinador destacou que a queda de rendimento no segundo tempo impediu o Brasil de sustentar o desempenho inicial e abriu caminho para a virada adversária.

Ancelotti comenta sobre o jogo contra o Japão

Em entrevista, Ancelotti reconheceu que o Brasil “estava bem controlado” até o erro de Fabrício Bruno, que culminou no primeiro gol dos japoneses. Para ele, esse lance abalou mentalmente o grupo. “A equipe caiu mentalmente depois do primeiro erro. Isso foi o maior problema”, afirmou, conforme reportado pela imprensa.


Ancelotti dirigindo a seleção brasileira (Foto: Reprodução/X/@mrancelotti)


Apesar disso, o técnico ponderou que o problema não foi a postura tática, e sim a reação emocional da equipe. Ele deixou claro que erros individuais não devem determinar a presença de nenhum jogador na lista da Copa do Mundo. “Os erros individuais não afetam na presença de um jogador na equipe. O que temos que avaliar é a reação da equipe após o primeiro erro, que não foi boa”, declarou.

Ancelotti destaca possibilidade de aprender com a derrota

O treinador usou a derrota como uma oportunidade de aprendizado: “É uma boa aula para o futuro”, disse, ressaltando a necessidade de equilíbrio mental para os próximos desafios. Ancelotti ainda confirmou que a atual e a próxima Data FIFA serão usadas como períodos de experimento, justamente para testar diferentes arranjos táticos e psicológicos a caminho da Copa.

Ele também voltou a destacar a importância da atitude dos jogadores em campo, mais do que a estratégia em si, como algo fundamental. Segundo Ancelotti, é essencial que o Brasil construa uma mentalidade sólida, não só para evitar recaídas como a vista no segundo tempo, mas para sustentar sua jornada rumo ao Mundial com confiança e resiliência.

Botafogo mostra fraquezas evidentes após derrota para o Internacional

Em nova apresentação abaixo do esperado, o Botafogo foi derrotado pelo Internacional por 2 a 0, demonstrando mais uma vez sua dificuldade de adaptação a variações de jogo. Sob comando de Davide Ancelotti, o time parece preso ao plano inicial, sem conseguir reagir quando as circunstâncias mudam — como gramado pesado ou adversário se ajustando. A falta de alternativas e criatividade torna-se cada vez mais visível, aumentando a pressão para o clássico contra o Flamengo no Nilton Santos.

Desempenho que oscila com o cenário

Desde o apito inicial, o Glorioso encara desafios visíveis: com o campo encharcado pela chuva no primeiro tempo, o jogo se torna mais físico, favorecendo quem impõe ritmo e força. Após o intervalo, com o campo mais seco e condições mais favoráveis, o Internacional soube explorar melhor os espaços, enquanto o Botafogo perdeu fluidez. O time alvinegro não soube mudar sua postura ofensiva, confiou demais nas jogadas aéreas e nos itens de bola parada, e viu sua produção ofensiva minguar conforme o rival se ajustava.

Além disso, quando se exige versatilidade — seja para variar o sistema de ataque ou usar peças com mobilidade — as substituições parecem não surtir efeito. As entradas não reverteram o controle do jogo pelo adversário, e a equipe permaneceu previsível. Isso fica claro quando, em vez de circulação de bola, surgem desencontros entre os atletas e lacunas nos setores intermediários, onde normalmente o Botafogo costuma fazer a ligação entre defesa e ataque.


Santiago Rodriguez durante o jogo contra o Internacional (Foto: reprodução/Instagram/@botafogo)

Cobrança por soluções imediatas

A diretoria já reconhece que o clássico com o Flamengo será decisivo para aliviar a insatisfação da torcida. Ancelotti está com tempo curto para corrigir erros. Mais do que consertar falhas defensivas, será preciso criatividade para criar chances e ajustar o time à adversidade. Jogadores experientes terão de dar respostas, os reservas devem mostrar que podem corresponder e as escolhas do banco terão peso fundamental. Se nada mudar, o Botafogo corre o risco de permanecer estacionado em resultados medíocres, mesmo com talento disponível.

Imprensa espanhola elogia atuação de Vinícius Júnior contra o Villarreal

No último sábado (04) o Real Madrid enfrentou o Villarreal pela La Liga, vencendo a partida por 3 a 1. Mas, além da vitória, o fato que repercutiu na imprensa espanhola foi a brilhante atuação de Vinícius Júnior. O atleta foi autor de dois dos três gols da partida.

O desempenho do atleta em campo chamou a atenção da imprensa espanhola. Os veículos que, antes, criticavam a postura do brasileiro, agora voltaram a elogiar sua atuação.

Imprensa elogia brasileiro

O colunista do jornal AS, Marco Ruiz, destacou que o brasileiro “foi o melhor jogador do time, uma marreta”. E pontuou: “Dirão que Vinicius voltou. Na verdade, ele nunca saiu. Nem na temporada passada”.

Marco destacou que a insatisfação do atleta nos últimos tempos estaria ligada a dois episódios: o peso de não ter ganhado a Bola de Ouro e os contantes ataques racistas que sofre na Espanha. Porém, o jornalista destaca a determinação de Vinícius: “Vini sempre sai por cima. Ele provou isso desde que chegou ao Real Madrid. Ninguém lhe deu nada. Ele subiu degrau a degrau até o topo e tem a força mental para se manter lá”.

Outro veículo espanhol que parabenizou o jogador foi o Marca. O jornalista Alfredo Relaño chegou a dizer que, sem a presença de Vinícius, o Villarreal poderia ter feito o Estádio Santiago Bernabéu parar, por possuir um elenco muito importante.


Elenco comemora gol de Vinícius Júnior (Foto: reprodução/Instagram/@realmadrid)

“Sempre no seu barco”

O segundo gol de Vinícius surgiu mediante um pênalti. O cobrador seria Kylian Mbappé, contudo, o francês resolveu, de última hora, chamar Vinícius e fazer uma “dobradinha”: o francês concedeu o lançamento ao brasileiro, que correspondeu a seu parceiro e marcou.

Na coletiva de imprensa após a partida, o técnico Xabi Alonso disse: “Eles decidiram, mas o arremessador ainda é Kylian. A penalidade foi decidida entre eles, mas o arremessador ainda é Mbappé. Foram a duas coisas”.

Com a chegada de Mbappé nos Merengues, alguns veículos da mídia espanhola chegaram a falar em uma disputa entre os jogadores no elenco de Xabi Alonso. Porém, o francês, em postagem nos stories de seu perfil no Instagram, demonstrou apoio ao brasileiro e escreveu “Sempre no seu barco”, uma referência de que os dois estão juntos e não em um confronto dentro do clube.


Postagem de Mbappé para homenagear Vinícius Júnior (Foto: reprodução/Instagram/@k.mbappe)


Destaque brasileiro

Já o destaque que a mídia brasileira fez foi a presença da influenciadora Virgínia Fonseca no Estádio Santiago Bernabéu. A ex-nora de Leonardo estava vestindo a camisa do Real Madrid, com o nome e o número do jogador.

Existem rumores de que o casal esteja vivendo um romance, porém, nada foi confirmado até agora por nenhum dos dois e nem por suas assessorias.

Vasco vive momento ruim como mandante pelo Brasileirão 2025

O Vasco vive novamente o drama de brigar contra o rebaixamento e diferente das outras vezes que brigou nesta posição no campeonato, o desempenho em casa não tem sido uma “tábua de salvação” para o clube. A última vitória em casa do clube foi apenas em maio quando venceu o Fortaleza por 3×0 em São Januário, desde então, as únicas vitórias contra São Paulo, Sport e Santos foram na condição de visitante.

Números preocupam comissão técnica

Ao todo, o Vasco conseguiu apenas 12 pontos dos 30 disputados até este momento do campeonato como mandante, com apenas três vitórias, três empates e quatro derrotas, com 12 gols marcados e 12 gols sofridos, fazendo com que o time tenha o quarto pior desempenho neste contexto pelo Brasileirão.

O Vasco registrou seu pior desempenho como mandante no Brasileirão de 2015, quando teve a pior campanha de um mandante na competição, ganhando apenas 21 pontos de 57 disputados. No total, foram oito derrotas, seis empates e cinco vitórias com apenas 13 gols marcados e 23 gols sofridos.


Vitória do Vasco sobre o Fortaleza em São Januário (Vídeo: Reprodução/YouTube/GE TV)

Na comparação, a equipe tem um desempenho muito inferior em casa com relação ao Brasileirão passado. Na edição 2024, o Vasco terminou o campeonato com a décima melhor campanha como mandante com 10 vitórias, cinco empates e apenas quatro derrotas, com 29 gols marcados e 25 gols sofridos.

Com Diniz, foram seis jogos como mandante, com apenas uma vitória, dois empates e três derrotas, resultando em apenas cinco pontos conquistados de 18 pontos possíveis. Tendo sete gols marcados e nove gols sofridos.

Vendas de mando foram criticadas pela torcida

Dentre os fatores que tem levado a críticas da torcida foram as vendas de mando de campo para outros estádios. Nessa condição, o Vasco jogou duas vezes e em ambas foi derrotado e sendo amplamente dominado pelos rivais.

Contra Palmeiras e Botafogo, a crítica se deu por conta da alta presença de torcedores dos adversários, que para alguns tira do time o fator arquibancada, a sensação de estarem jogando em um território hostil e pela equipe estar precisando de pontos.

Na temporada, o Vasco não ganhou nenhuma partida como mandante em outro estádio que não fosse São Januário. Contra equipes da Série A ainda tiveram mais dois jogos com duas derrotas.

As derrotas foram para Fluminense e Flamengo, ambos no Carioca. Contra o tricolor, uma derrota por 2×1 de virada na Taça Guanabara e nas semifinais do Carioca o Flamengo levou a melhor por 1×0 com gol de Bruno Henrique, aumentando ainda mais a vantagem do time, que foi campeão do certame logo depois.

Vasco tem chances de melhorar o desempenho

Após a data FIFA, o Vasco vai ter a primeira chance de melhorar seu desempenho como mandante neste Brasileirão. O adversário da vez é o arquirrival do Fortaleza, ultimo time a ser derrotado pelo cruzmaltino em São Januário pelo Brasileirão, o Ceará no dia 14 às 20h30.

Antes disso, o Vasco tem na quinta-feira (11) às 21h30 o duelo de volta das quartas de final da Copa do Brasil contra o Botafogo, onde a equipe precisa de uma vitória fora de casa para voltar as semifinais.

Botafogo vê desempenho em casa cair e acende alerta no Brasileirão

O Botafogo vive um contraste curioso nesta temporada: se fora de casa os resultados empolgam, no Estádio Nilton Santos o desempenho tem preocupado. Sob o comando de Davide Ancelotti, a equipe ainda não venceu como mandante no Brasileirão e marcou apenas um gol em quatro jogos.

Queda de rendimento no Nilton Santos

Foram dois empates, contra Vitória e Corinthians, e duas derrotas, para Cruzeiro e Palmeiras. O retrospecto destoa do início de campeonato com Renato Paiva, quando o time somava quatro vitórias em cinco compromissos em casa, além de resultados consistentes por outras competições.

O clube apresenta também uma diferença muito grande com a temporada passada marcada com ótimas atuações dentro de sua casa, o que esse ano tem acontecido menos, fatores como a troca do treinador e mudanças significativas no elenco contam muito para explicar o porquê dessa decaída grande de rendimento de um ano para o outro.


Arte do Palmeiras para comemorar s vitória sobre o Botafogo (foto:reprodução/x/@Palmeiras)

Força fora, fragilidade dentro

Curiosamente, a situação se inverte longe do Rio. Com Ancelotti, o Botafogo tem 100% de aproveitamento como visitante, superando Vasco, Sport, Fortaleza e o Bragantino, pela Copa do Brasil. A discrepância mostra que a equipe tem conseguido lidar melhor com a pressão longe da própria torcida.

Desafios para o elenco

O desempenho irregular em casa levanta questões:

Pressão interna: a expectativa no Nilton Santos pode estar pesando sobre o elenco.

Produção ofensiva baixa: a escassez de gols como mandante evidencia a necessidade de ajustes no ataque.

Tempo de adaptação: o modelo de jogo de Davide Ancelotti ainda busca equilíbrio.

Próximos passos

O clube terá de transformar o Nilton Santos novamente em um trunfo. A torcida, que lota as arquibancadas em busca de vitórias, cobra respostas rápidas. Reconstruir a confiança em casa será fundamental para manter o Botafogo competitivo no Brasileirão e evitar que pontos importantes escapem diante de rivais diretos.

Em alta no Santos, Neymar soma gols, sequência e bons números

Neymar vive seu momento mais consistente desde que retornou ao Santos. Pela primeira vez desde 2022, ainda nos tempos de PSG, o camisa 10 completou cinco partidas consecutivas atuando durante os 90 minutos, marca que simboliza sua crescente evolução física após duas lesões musculares na coxa esquerda sofridas no primeiro semestre. A preparação intensa durante a pausa para o Mundial de Clubes foi apontada pelo clube como fundamental para sua recuperação.

Influência em campo

Em campo, o impacto é evidente. Com Neymar, o Santos tem aproveitamento de 55% na temporada, contra apenas 27% quando ele está ausente. Em 2025, o time disputou 17 jogos com ele, vencendo 8, empatando 4 e perdendo 5, com 23 gols marcados e 14 sofridos. Já sem o camisa 10, foram 16 partidas, com apenas 3 vitórias e 25 gols sofridos quase o dobro.


Números de Neymar contra o Juventude (Foto: reprodução/Instagram/@sofascorebr_oficial)

Desde a pausa, Neymar tem sido peça-chave: foram cinco jogos seguidos como titular, todos atuando os 90 minutos. Nesse período, balançou as redes três vezes e manteve média de 150 minutos para participar de um gol. Criativo, acumulou 16 passes decisivos, além de ter criado uma grande chance clara de gol. Também se destacou pelas 17 finalizações, sendo nove no alvo. Embora não tenha tido grande sucesso nos dribles (4 certos em 15 tentativas), sofreu 19 faltas, mostrando como ainda atrai a marcação dos adversários. Sua nota média foi de 7.50 no Sofascore, refletindo sua influência no time. Na vitória sobre o Juventude, por 3 a 1, ele marcou dois gols diante da comissão técnica da Seleção, presente no Morumbis.

De olho na Seleção

Sem vestir a camisa da Seleção desde outubro de 2023, Neymar sabe que está sendo observado por Carlo Ancelotti. Questionado após o jogo contra o Juventude, foi direto: “Não tenho que provar nada para ninguém.

A regularidade física aliada ao desempenho técnico recolocam Neymar no centro do projeto santista e, possivelmente, também no radar da Seleção. Se mantiver esse ritmo, o craque pode não apenas liderar o Santos, mas também retomar seu espaço no cenário internacional.

Hamilton espera evolução da Ferrari e minimiza críticas sobre desempenho

Com a temporada 2025 da Fórmula 1 entrando em sua segunda metade após o GP da Inglaterra, Lewis Hamilton avaliou sua performance pela Ferrari até aqui. Apesar dos desafios de adaptação ao novo carro, o heptacampeão afirmou que seu desempenho não tem sido negativo, mas reconheceu a necessidade de evolução para alcançar resultados mais consistentes e competitivos.

Leclerc supera Hamilton na disputa interna da Ferrari

A estreia de Lewis Hamilton na Ferrari em 2025 gerou grande expectativa, mas o início de trajetória tem sido marcado por obstáculos. Após 12 anos na Mercedes, o britânico ainda busca se adaptar à nova equipe. Enquanto isso, seu companheiro Charles Leclerc soma 16 pontos a mais e foi o responsável por todos os quatro pódios da escuderia até o momento.


Pilotos da Ferrari, Charles Leclerc e Lewis Hamilton (Foto: reprodução/Instagram/@scuderiaferrari)

Lewis Hamilton enfrentou dificuldades no início de sua passagem pela Ferrari. Nas seis primeiras provas, seu melhor desempenho foi o quinto lugar no GP do Bahrein, além da vitória na sprint da China. A partir do GP da Emília-Romanha, a sétima etapa do campeonato, o piloto passou a apresentar resultados mais regulares, terminando sempre entre os seis primeiros colocados.


Lewis Hamilton foi o vencedor da corrida sprint deste ano (Foto: reprodução/Instagram/@lewishamilton)

Após GP da Inglaterra, Hamilton fala sobre fase na Ferrari

Depois do GP da Inglaterra, Lewis Hamilton fez um balanço da sua primeira metade de temporada com a Ferrari. Apesar de apontar certa instabilidade no SF-25, o heptacampeão destacou que seu desempenho não tem sido ruim, mas afirmou que continuará trabalhando para alcançar resultados mais expressivos nas próximas etapas.

“Não estou pilotando tão mal, mas é claro que quero continuar melhorando. A classificação parecia melhor e acho que continuamos melhorando sobre isso. Espero mesmo que haja melhorias daqui para frente. Agora temos duas semanas de folga, e vamos passar muito tempo na fábrica. Gostaria de um equilíbrio consistente, um carro que faça curvas em baixa velocidade. E simplesmente um carro mais estável”, disse o britânico.

Hamilton reconheceu que a equipe ainda enfrenta dificuldades para aproveitar todo o potencial do carro nas classificações, o que acaba impactando o desempenho nas corridas. O piloto também destacou que alguns elementos do atual modelo não poderão ser aproveitados no projeto de 2026.

Mudança de comportamento de jogadores preocupa Mano Menezes: “muito distante do futebol”

Considerado um dos treinadores mais experientes do futebol brasileiro, Mano Menezes demonstrou inquietação com a conduta da nova geração de atletas. Em entrevista à GZH, o técnico do Grêmio destacou que os jogadores de hoje estão cada vez mais distantes do futebol, inclusive nas conversas do dia a dia. Segundo ele, a falta de interesse em discutir o jogo entre os próprios colegas é um sinal claro de uma desconexão preocupante com a essência do esporte.

Mano comentou que já foi comum ver atletas combinando jogadas, trocando ideias e discutindo estratégias de maneira espontânea, algo que ele observa com menor frequência atualmente. “O que mais me preocupa no jogador de hoje é que ele está muito distante do futebol. Ele fala menos de futebol. A gente tem incentivado os nossos a voltarem a falar, a sentar e conversar sobre a coisa mais importante na nossa vida”, afirmou o técnico, ressaltando a importância da troca de ideias entre os jogadores como um aspecto fundamental para o rendimento coletivo.

Embora reconheça a influência das redes sociais nesse novo comportamento, Mano evita adotar medidas radicais, como proibir o uso de celulares nos ambientes do clube. Para ele, a solução não está na imposição de regras, mas na conscientização dos atletas sobre a importância de retomarem a convivência mais próxima e o diálogo sobre o futebol. “Tudo que é imposto não tem um resultado tão bom como a gente gostaria”, analisou.

Distanciamento afeta desempenho coletivo

O treinador vê o afastamento entre os jogadores não apenas como um fator social, mas também como algo que prejudica o desempenho técnico em campo. Segundo Mano, a superficialidade das relações acaba diminuindo a capacidade de improviso dos atletas, o que se reflete diretamente no rendimento durante as partidas. A ausência de uma convivência mais íntima e estratégica entre os jogadores tem dificultado a criação de soluções espontâneas nas situações decisivas.


Treinador gremista Mano Menezes em campo (foto:reprodução/Ruano Carneiro/Getty Imagem Embed)

Para Mano, o futebol depende de conexões humanas e entendimento mútuo dentro do elenco. Ele acredita que reconstruir esse vínculo é essencial para a evolução da equipe. “A intimidade que se tinha antes já não se consegue ter tanto, e é uma intimidade necessária para o futebol. Acho que a gente tem que trabalhar para recuperar isso”, afirmou, indicando que o fortalecimento das relações internas pode ser um caminho para melhorar o desempenho dentro das quatro linhas.

Excesso de informação gera atletas dependentes

Outro ponto que o técnico gremista destacou é o excesso de informações repassadas pela comissão técnica aos jogadores. Na avaliação de Mano, isso tem gerado uma dependência excessiva das instruções dos treinadores, limitando a autonomia e a criatividade dos atletas em campo. “A gente esmiúça tanto o jogo que passa tudo. Isso foi criando um atleta muito escondido atrás da informação do treinador”, observou.

Mano defende que os jogadores devem ser mais protagonistas e tomar decisões com base em sua leitura do jogo, e não apenas cumprir o que foi determinado antes da partida. Para ele, recuperar a capacidade de improviso e incentivar o raciocínio próprio são tarefas fundamentais no futebol moderno. “Ele precisa tomar mais decisões. A gente sempre fala isso”, finalizou o treinador, que segue tentando resgatar nos atletas o espírito participativo e pensante do futebol de outras épocas.