Bruna Linzmeyer usa vestido Louis Vuitton em estreia em São Paulo

Atriz esteve presente na última quinta-feira (30), em São Paulo, para o lançamento de “Máscaras de Oxigênio (não) Cairão automaticamente” nova série da HBO Max, que protagoniza ao lado de ícaro Silva e Johnny Massaro.

O look escolhido para o evento foi um vestido Louis Vuitton da recém-lançada coleção Outono/Inverno, assinada pelo diretor criativo da marca, Nicolas Ghesquière.

Outono/Inverno Louis Vuitton

A coleção foi idealizada pelo designer e diretor criativo da marca francesa, Nicolas Ghesquière, à frente da maison desde 2013. E apresentada ao público em março de 2025, numa antiga estação de ferroviária de Paris: L´Étoile du Nord.

Uma escolha bastante poética e cheia de simbolismo, tal qual os trilhos que conectam destinos, a moda atravessa décadas, estéticas e emoções, criando ligação entre passado e futuro.

Essa visão inspirou uma coleção que captura a essência das transformações, transitando entre estéticas e influências do cinema. Ghesquière chegou a pedir a sua equipe uma lista de filmes memoráveis ambientados em trens, a lista foi de “O Expresso do Amanhã” à “Harry Potter” e serviu de inspiração para a nova coleção.


Bruna Linzmeyer em lançamento de série (Foto: reprodução/Instagram/@brunalinzmeyer)

Um look além do óbvio

Mais do que um look de tapete vermelho, o vestido usado por Bruna Linzmeyer carrega consigo uma carga simbólica, a estética da coleção, inspirada no cinema e nas viagens de trem, conversa diretamente com sua personagem, que será comissária de bordo, e temáticas abordadas na série.

O visual também faz referência a autenticidade da atriz, conhecida por suas escolhas conscientes e por nunca seguir padrões óbvios.

Além disso, a silhueta fluida do vestido, combinada ao cabelo natural, maquiagem e acessórios minimalistas, trouxeram elegância e personalidade a produção.


Coleção Outono/Inverno 2025 Louis Vuitton (Foto: reprodução/Instagram/@louisvuitton)

O desfile voltou as origens da marca e celebrou a nostalgia e a arte de viajar, com destaque para as sobreposições e peças com estampas xadrez e florais que combinam nostalgia e modernidade.

Kylie Jenner estreia coleção de inverno 2025 da Miu Miu

A Miu Miu surpreende o universo fashion ao eleger Kylie Jenner como protagonista de sua aguardada campanha de outono 2025. Conhecida por seu poder de influência global e sua estética ousada, a empresária e fundadora da Kylie Cosmetics faz sua estreia com a maison italiana em um momento que marca um novo capítulo em sua trajetória na moda de luxo. Ao lado de nomes como Lou Doillon, ícone da cena cultural francesa e da modelo e atriz japonesa Rila Fukushima. A campanha propõe uma leitura contemporânea da feminilidade, mesclando elementos clássicos e vanguardistas com um casting diverso e multicultural, em sintonia com a visão criativa de Miuccia Prada.

Kylie como símbolo de reinvenção da feminilidade

Sob direção criativa de Miuccia Prada, a campanha intitulada “Femininities” apresenta uma leitura atual da estética feminina, equilibrando delicadeza e força. Esta é a primeira vez que Kylie Jenner se junta oficialmente à Miu Miu, uma escolha estratégica que reforça o diálogo da marca com a cultura pop global e reposiciona a empresária dentro do circuito europeu de moda de luxo.

Ao lado de Kylie, a atriz e cantora Lou Doillon e a modelo japonesa Rila Fukushima também protagonizam a campanha, trazendo camadas multiculturais à proposta visual. As fotos são assinadas por Lengua, com styling da criativa Lotta Volkova, conhecida por seus trabalhos provocativos no cenário fashion.


Em publicação no Instagram, a Miu Miu revelou Kylie Jenner como estrela da campanha de Inverno 2025 (Foto: reprodução/Instagram/@miumiu)

Moda íntima, alfaiataria e acessórios com impacto

A coleção explora peças que remetem à lingerie como vestidos de cetim, saias em viés e malhas finas em cenários pálidos, onde espelhos criam composições introspectivas. Tons como rosa-claro, azul pálido e marrom aquecem o clima de outono, enquanto a alfaiataria masculina, a lã feltrada e os suéteres retos oferecem o contraponto estruturado.

O time de talentos também inclui nomes emergentes como a guitarrista Towa Bird, a atriz Myha’la, a artista ucraniana Yura Romaniuk e a rapper Cortisa Star, em um casting que reflete a intenção da Miu Miu de retratar múltiplas expressões culturais e artísticas.

Nos acessórios, chapéus cloche, joias exuberantes, a nova bolsa Aventure e botas de cano alto com acabamento refinado reforçam a identidade ousada e multifacetada da coleção.

 

Armani Privé celebra 20 anos com desfile em preto absoluto

Nesta terça-feira (8), a grife italiana Armani, com sua linha Privé, revelou sua mais nova coleção de inverno 2025 de alta-costura em um momento de grande celebração e reverência, marcando suas duas décadas da linha mais exclusiva da renomada maison. Carregando o nome Noir Séduisant, a coleção mergulhou na rica simbologia do preto, uma cor que, para Giorgio Armani, nunca é apenas neutra, mas sim uma paleta repleta de expressões sofisticadas.

Quase todos os 77 looks do desfile foram desenvolvidos em tons de preto total, intercalando apenas texturas, pesos e brilhos para multiplicar sua leitura estética: os veludos densos, as sedas líquidas, o tule bordado, o zibeline opaco e também detalhes metálicos que se revezavam em diversas camadas de significados. A cor, frequentemente associada à sobriedade, ganhou aqui contornos sensuais, aristocráticos e até futuristas.

A apresentação aconteceu no novo Palazzo Armani, edifício que abriga o ateliê de alta-costura da maison em Paris, além do showroom e dos escritórios criativos. O local foi transformado em um circuito de passarela íntima, com salas conectadas por cortinas pesadas e tapetes escuros, evocando os desfiles de salão das grandes maisons francesas do século XX. A ausência do estilista — que não pôde comparecer aos eventos presenciais por questões de saúde — foi sentida, mas isso não diminuiu a aura de sofisticação e o controle artístico que são marcas registradas do seu trabalho.

A linguagem da forma: alfaiataria, estruturas e silhuetas

Desde os primeiros looks, Armani traz de volta seu vocabulário visual mais icônico: a alfaiataria impecável, os volumes bem equilibrados e a mistura harmoniosa entre os códigos masculinos e femininos. Smokings reinterpretados, fraques em veludo com lapelas satinadas, jaquetas curtas com cinturas marcadas, blazers usados sobre a pele nua ou com finas gravatinhas de cetim desenham o corpo com sobriedade quase escultural.



As calças surgem em cortes variados — cigarrete, pantalonas ou levemente evasês — e os tailleurs ganham peplum, ombros erguidos e formas angulosas. As referências náuticas aparecem nos casaquetos com suas passamanarias e na leve estética militar das camisas listradas brilhantes. Ao mesmo tempo, pequenos detalhes como cintos, faixas e laços trazem um toque especial à feminilidade, sem que isso a torne frágil.

O preto, longe de ser apenas uma escolha fácil, atua como um elemento gráfico que dá destaque à forma. Armani reafirma sua convicção de que a rigidez formal pode, de fato, evocar emoções.

Rigor e brilho: vestidos de gala e fetiche couture

A segunda parte da coleção nos leva a um mundo de gala, onde o luxo é apresentado com uma elegância sutil. Vestidos em coluna feitos de tule, organza ou cetim, adornados com toques de ouro fosco ou prateado, exibem drapeados delicados, costas nuas, golas plissadas, plastrons etéreos e saias volumosas que parecem flutuar levemente. Os adornos — entre eles franjas de miçangas, cristais pavê, bordados de jato e punhos-joia — refletem a luz sem ostentação, criando um jogo de sombra e brilho que só é possível com o domínio artesanal da alta-costura.



Em diversos momentos, os vestidos são complementados por sapatos baixos ou sandálias delicadas, transmitindo uma sofisticação moderna que não precisa de artifícios para se destacar. Os toques de cor aparecem de maneira intencional: bordados em azul petróleo, rubi ou esmeralda surgem como pequenos respingos de joia sobre o preto, ressaltando a preciosidade do conjunto.

A mulher Armani — neste momento — flerta com a imagem de Marlene Dietrich, incorpora códigos andróginos e ao mesmo tempo desliza com delicadeza pelo espaço. Um exercício de equilíbrio entre força e fragilidade.

Beleza minimalista e atmosfera de ateliê

O visual das modelos reforçava a atmosfera de rigor da coleção. A maquiagem — assinada por Hiromi Ueda — apostou em uma combinação gráfica entre sombras pretas marcando o côncavo e branco esfumado nas pálpebras, chegando até as sobrancelhas, que surgiam apagadas, em tom acinzentado. A pele tinha um aspecto uniforme e natural, sem blush ou contornos. Os lábios tinham um leve tom rosado, quase como se fossem translúcidos. Os cabelos, meticulosamente arrumados para trás e adornados com boinas e acessórios, reluziam com um brilho polido, formando uma estética que parecia quase líquida.


Padrão seguido para cabelo e maquiagem do desfile (Foto: Reprodução/Fashion Network)

A cenografia do desfile, com sua luz suave e uma música de cordas tocando em um ritmo lento, criou uma atmosfera de introspecção e reverência — como se cada look fosse uma escultura viva em movimento. Os convidados descreveram a experiência como uma verdadeira imersão no coração do ateliê, onde o silêncio só era quebrado pelo som dos passos cuidadosos das modelos.

Um marco silencioso na história da maison

Celebrando duas décadas da linha Privé, o desfile de inverno 2025 não se jogou em mudanças drásticas ou gestos exagerados. Em vez disso, trouxe à tona a verdadeira essência do que a marca representa: precisão, elegância sutil e um olhar que valoriza o passado, sem perder de vista o desejo por inovação. Ao optar quase que exclusivamente pelo preto, Giorgio Armani reafirma que o que realmente importa — quando feito com maestria — é sempre suficiente.