CBF apresenta novo fair play financeiro

Durante o Summit CBF Academy, que aconteceu na tarde desta quarta-feira em São Paulo, a Confederação Brasileira de Futebol apresentou o novo Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF), um modelo inédito de Fair Play Financeiro para o futebol brasileiro. Desenvolvido em conjunto com clubes, federações e especialistas, o sistema cria regras para controlar dívidas, gastos com elenco, endividamento e o equilíbrio das contas dos clubes.

A apresentação foi conduzida pelo diretor acadêmico da CBF Academy, Caio Resende, ao lado do economista César Grafietti, especialista no mercado esportivo e consultor técnico do projeto. A implementação começará de forma gradual em 2026 e será fiscalizada pela Agência Nacional de Regulação e Sustentabilidade do Futebol (ANRESF), órgão independente criado para monitorar e aplicar sanções.

Pilares do projeto

O Sistema de Sustentabilidade Financeira que está sendo adotado no Brasil é inspirado em ligas europeias e se apoia em quatro pilares básicos. São eles: o controle de dívidas em atraso, o equilíbrio operacional, o limite de gastos com o elenco e a restrição ao endividamento de curto prazo. O modelo foi ajustado à realidade brasileira, especialmente ao não impor restrições a investimentos de capital, esta medida foi pensada para não impedir investimentos de SAFs e acionistas estrangeiros, bem comum no futebol brasileiro.

O presidente da CBF, Samir Xaud, destacou que o novo sistema foi construído de forma colaborativa e representa um passo importante para tornar o futebol brasileiro mais organizado e sustentável. Segundo ele, o SSF busca garantir um ambiente mais justo, com clubes cumprindo obrigações, atletas recebendo em dia e maior confiança do torcedor.


O projeto foi apresentado oficialmente durante o Summit CBF Academy (Vídeo: reprodução/ Instagram/ @brasil)


Regras e Punições

As novas regras do Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF) definem parâmetros claros para controlar dívidas, gastos e endividamento dos clubes, além de exigir maior transparência e equilíbrio nas operações. Com fiscalização independente e implementação gradual, o modelo estabelece limites, objetivos e padrões de gestão que visam tornar o futebol brasileiro mais responsável e competitivo. Sobre as dívidas em atraso, o modelo nacional prevê fiscalização três vezes ao ano: 31 de março, 31 de julho e 31 de novembro.

Dentre as regras definidas as principais são:

  • Fiscalização periódica de dívidas; obrigação de superávit operacional em ciclos de três anos;
  • Limite de gastos com o elenco entre 70% e 80% das receitas (dependendo da divisão e da fase de implementação);
  • Endividamento de curto prazo limitado a 45% das receitas a partir de 2030;
  • Medidas específicas para clubes em recuperação judicial, como congelamento da folha salarial;
  • Proibição de controle de mais de um clube na mesma competição;
  • Demonstrações financeiras auditadas e publicadas anualmente.

A Agência Nacional de Regulação e Sustentabilidade do Futebol (ANRESF) poderá aplicar sanções como multas, dedução de pontos, rebaixamento e cassação de licença. Para dirigentes, podem haver suspensões e até banimento.


Presidente Samir Xaud em reunião sobre o Fair Play Financeiro (Fotos: reprodução/ Instagram/ @samir.xaud)


Com a criação do SSF e de um órgão regulador independente, a CBF inaugura uma nova fase para a gestão financeira do futebol brasileiro. O modelo busca reduzir distorções, incentivar responsabilidade administrativa e garantir condições mais equilibradas de competição. Se aplicado com rigor, o sistema pode se tornar um marco na profissionalização dos clubes e no fortalecimento sustentável do esporte no país.

Flamengo apoia medidas da CBF para melhorar a arbitragem

O Flamengo publicou neste domingo (16) uma nota oficial em que demonstra apoio às iniciativas da CBF para qualificar a arbitragem no país. Sob a gestão do presidente Samir Xaud, a entidade tem promovido treinamentos presenciais na Granja Comary, acompanhamento psicológico e novas diretrizes estruturais que, segundo o clube, já apresentam resultados visíveis. As medidas reforçam o objetivo de modernizar a atuação dos árbitros e reduzir erros recorrentes nas competições nacionais.

Reconhecimento das iniciativas da CBF

Na nota, o Flamengo elogia diretamente o Grupo de Trabalho da Arbitragem, criado para reunir clubes, federações e especialistas na construção de um plano de reestruturação em até 60 dias. O Rubro-Negro destaca que os treinamentos intensivos iniciados em outubro têm sido fundamentais para corrigir falhas técnicas e melhorar a comunicação entre árbitros de campo e VAR. Além disso, a presença de psicólogos nas etapas de preparação é vista como um avanço significativo, especialmente diante da crescente pressão e cobrança sobre o quadro de arbitragem brasileira.


Samir Xaud (Foto: reprodução/Rebeca Schumacker/Sports Press Photo/Getty Images Embed)


O posicionamento do Flamengo também representa uma mudança de clima em relação às críticas frequentes à arbitragem ao longo da temporada. O clube, que chegou a reclamar publicamente de decisões consideradas prejudiciais, agora reconhece a importância das ações estruturantes adotadas pela CBF.

Segundo a nota, a capacitação contínua e presencial dos árbitros é essencial para reduzir o índice de erros, aumentar a confiança dos profissionais e elevar o padrão técnico das competições. A avaliação do Flamengo reforça que o processo de profissionalização precisa ser contínuo e alinhado às principais ligas do mundo.

Impacto para o futebol brasileiro

Para o Flamengo, as medidas anunciadas pela CBF têm potencial de provocar melhorias profundas no cenário nacional, beneficiando não apenas o clube, mas todo o futebol brasileiro. O Rubro-Negro acredita que uma arbitragem mais preparada contribui para partidas menos controversas, maior credibilidade das competições e mais segurança para jogadores, torcedores e equipes técnicas.

A nota termina parabenizando Samir Xaud e Rodrigo Cintra, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF pela condução das mudanças e reafirma que o fortalecimento da arbitragem é um passo indispensável para o desenvolvimento do esporte no país.

CBF apresenta versão modelo de Fair Play Financeiro

Em reunião do Grupo de Trabalho (GT), na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, foi apresentada a primeira versão do Fair Play Financeiro para o futebol brasileiro. Os participantes da discussão poderão enviar suas sugestões até às 18 horas dia 14 de novembro e a apresentação final será divulgada no dia 26 de novembro, no Summit CBF Academy.

Após três meses de reunião com representantes de clubes, federações, consultorias especializadas e outros profissionais, a CBF apresentou sua primeira versão do modelo, que deve passar por alterações após sugestões, envio de informações e feedbacks dos participantes do grupo.

Modelo deve seguir as principais ligas mundiais

Helder Melillo, diretor-executivo da CBF e relator do GT, destacou a participação dos representantes dos clubes e federações. Segundo ele, “demonstra o sucesso desse novo modelo de gestão da CBF”, afirmando também que aproveitaram cerca de 80% das sugestões que receberam e que o modelo final deve incluir a maioria das propostas.

Caio Rezende, diretor da CBF Academy, disse que o maior desafio “foi criar uma regulamentação que fizesse sentido para a realidade dos clubes brasileiros”, com a finalidade de evitar que os clubes gastem mais do que ganham e atrair investimentos seguros, sem limitar a gestão dos clubes.


Projeto de Fair Play Financeiro da CBF (Vídeo/YouTube/UOL Esporte)


O modelo proposto nas reuniões foi inspirado nas cinco maiores ligas do mundo (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França), com adaptações para a realidade financeira e as características do futebol brasileiro.

Flamengo enviou sua proposta

Por meio de nota oficial, o Flamengo anunciou suas propostas para o Fair Play Financeiro. Nas propostas do Rubro-Negro incluem que os clubes endividados não devem levar vantagem, impedindo os clubes que estão em recuperação judicial de contratar novos jogadores; evitar uma espécie de “maquiagem” contábil, impedindo que os clubes escondam despesas em outras áreas como a base e o futebol feminino; premiar gestões que tiverem suas finanças organizadas e também destacou a proibição de gramados sintéticos, alegando que o sintético causa desigualdade e mais lesões, entre seus pontos.

Anderson Barros, diretor do Palmeiras, em entrevista, rebateu a nota do Flamengo sobre o Fair Play Financeiro, afirmando que “beira a leviandade”, a sugestão de proibição de gramado sintético no meio da pauta.

CBF planeja testar impedimento semiautomático ainda em 2025

A CBF prepara a implementação do impedimento semiautomático no futebol brasileiro. A tecnologia, já adotada em grandes ligas da Europa, deve ser testada ainda em 2025 e passará a funcionar oficialmente a partir da próxima edição do Campeonato Brasileiro, prevista para começar em 28 de janeiro.

Testes e aplicação

Segundo apuração do Lance!, a entidade estuda utilizar o sistema na final da Copa do Brasil, em dezembro. O uso ocorreria inicialmente de forma offline, apenas como teste, sem interferência direta nas decisões de arbitragem. Apesar de improvável, a possibilidade de adoção oficial na partida não está totalmente descartada.

Uma das expectativas é que o sistema também seja implementado na própria Copa do Brasil de maneira efetiva, mas somente nas fases mais avançadas do torneio. Ao todo, 27 estádios do país já estão aptos a receber a tecnologia.

Parceria tecnológica

A CBF deve firmar acordo com a empresa Genius Sports, fornecedora de soluções esportivas que atua com a Premier League, NFL e NBA. Representantes da companhia apresentaram o sistema aos clubes nesta segunda-feira (10), durante o primeiro encontro do Grupo de Trabalho da Arbitragem.


Reunião de criação do Grupo de Trabalho da Arbitragem (Foto: reprodução/Instagram/@samir.xaud)


A entidade também trabalha para garantir infraestrutura adequada nos estádios, como a instalação de fibra ótica. O objetivo é que todas as arenas da Série A estejam prontas para operar o impedimento semiautomático no início do Brasileirão de 2026.

Foco na arbitragem

O presidente da CBF, Samir Xaud, destacou que a iniciativa faz parte de um processo mais amplo de modernização da arbitragem brasileira. Ele afirmou que a entidade tem investido em capacitação e atualização técnica dos árbitros, com foco em padronizar critérios e reduzir erros.


Presidente da CBF confirma implementação do impedimento semiautomático em 2026 (Vídeo: reprodução/YouTube/ge tv)


Criado recentemente, o Grupo de Trabalho de Arbitragem terá duração de 60 dias e será responsável por debater melhorias no setor. Além da introdução da nova tecnologia, o grupo também discutirá a profissionalização da categoria e medidas para unificar a condução das partidas em todo o país. O colegiado é presidido por Netto Góes, da Federação Amapaense de Futebol, e tem como relator o diretor-executivo da CBF, Helder Melillo.

Com a chegada do impedimento semiautomático, a CBF busca aproximar o futebol brasileiro dos principais padrões internacionais de arbitragem. A expectativa é que o sistema traga mais agilidade e precisão nas marcações, fortalecendo a credibilidade das competições nacionais.

Flamengo propõe modelo de fair play financeiro à CBF

O Flamengo apresentou à CBF um conjunto de propostas para a criação do Sistema de Sustentabilidade do Futebol (SSF), modelo nacional de fair play financeiro em discussão pela entidade. O clube enviou um documento com medidas voltadas à governança e à responsabilidade fiscal e reafirmou que seguirá participando do processo de elaboração e execução do sistema.

Debate necessário

Presidente rubro-negro, Luiz Eduardo Baptista destacou que o debate é essencial para fortalecer o futebol brasileiro. Segundo ele, o desempenho dentro de campo está diretamente ligado à gestão administrativa dos clubes.

Bap elogiou a decisão da CBF de tratar do tema e afirmou que o país ficou para trás em relação a outros mercados. “Os atletas precisam se preparar, mas os dirigentes também. O fair play financeiro foi parte fundamental do avanço europeu, e é positivo que o Brasil trate o assunto com seriedade”, afirmou.

Adaptação ao cenário nacional

O dirigente defendeu que o modelo europeu sirva de inspiração, mas que seja ajustado à realidade do país. Ele lembrou que o Brasil possui características específicas, como a existência de SAFs e clubes em recuperação judicial, o que exige regras próprias.

A espinha dorsal deve ser mantida, mas é preciso considerar as particularidades brasileiras. Copiar o modelo europeu ao pé da letra não funcionaria”, ressaltou.

Entre as sugestões apresentadas pelo Flamengo estão o controle total dos custos, bloqueio de brechas contábeis, limitação de transações entre partes relacionadas e a adoção de um sistema de classificação de governança. O clube também propõe sanções esportivas rigorosas, como perda de pontos e restrição em janelas de transferências.


Bap e João Guilherme debatem sobre fair play financeiro (Vídeo: reprodução/YouTube/Flamengo TV)


Outra medida defendida é a criação de um “Teste de Proprietários e Dirigentes”, que avalie a idoneidade e a capacidade financeira dos gestores. O clube ainda sugere a proibição do uso de gramados artificiais em torneios profissionais, alegando que causam desequilíbrio de custos e impactos físicos nos atletas.

Bap citou a trajetória do próprio Flamengo como exemplo de boa gestão. Ele relembrou que, em 2012, o clube devia três vezes e meia o valor do seu faturamento, mas conseguiu se reerguer ao longo dos anos.

O Flamengo se reestruturou, corrigiu falhas e hoje possui mecanismos internos que punem a irresponsabilidade fiscal. Leva tempo, mas é possível construir um clube sustentável”, afirmou.

Fiscalização e punições

O dirigente defende que o sistema conte com mecanismos de transição e avaliações periódicas, com punições aplicadas ao longo da temporada. Para ele, a fiscalização contínua é essencial para garantir o equilíbrio da competição.

O movimento da CBF é bem-vindo, mas deve haver checagens regulares e penalidades imediatas. O campeonato do ano é importante, mas o do futebol brasileiro como produto é ainda mais”, disse.

Custo e resultado

Bap destacou que a reestruturação financeira teve um preço alto, mas foi necessária. Segundo ele, o Flamengo pagou cerca de R$ 5,8 bilhões em obrigações ao longo dos últimos anos. O presidente ressaltou que o equilíbrio entre gestão e desempenho esportivo é fundamental para o fortalecimento do futebol nacional. O Flamengo, que vive um momento de estabilidade financeira e competitividade, pretende seguir participando ativamente da construção do novo modelo e defende que a adoção do SSF seja um marco de responsabilidade e transparência para todos os clubes brasileiros.

Seleção brasileira se apresenta para últimos amistosos do ano

Os convocados da seleção brasileira por Carlo Ancelotti começaram a chegar neste domingo (9) na Inglaterra para os últimos compromissos da seleção em 2025. Os treinos já foram iniciados e os próximos amistoso serão contra as seleções de Senegal, seguida da Tunísia.

Os amistosos acontecerão na Inglaterra e na França. No dia 15 de novembro, em Londres, o Brasil enfrentará Senegal, às 13h (de Brasília), já dia 18 o jogo será às 16h30 (de Brasília), em Lille, na França, contra a Tunísia.

Grande parte dos jogadores chegou em Londres nesta segunda-feira (10). Os atletas que ainda não chegaram devem desembarcar nesta terça-feira (11) para completar a delegação hospedada no Landmark London Hotel.

Primeiros a chegar

Os primeiros convocados a chegar em terras londrinas foram o goleiro Bento, do Al-Nassr, o volante Fabinho, do Al-Ittihad, e o atacante Richarlison, do Tottenham. Além deles, membros da comissão técnica já estavam na Inglaterra desde o sábado (8) e aproveitaram o fim de semana para acompanhar os jogos da Premier League.

Sem contar com Luciano Juba, lateral do Bahia, que já se apresentou, os jogadores que atuam no Brasil – Fabrício Bruno (Cruzeiro), Alex Sandro, Danilo (ambos do Flamengo) e Vitor Roque (Palmeiras) – devem chegar nesta terça-feira.


Primeiras imagens da seleção brasileira em Londres. (Vídeo: reprodução/YouTube/@litoralnewsplay)


Primeiro treino

Na tarde desta segunda-feira (10), a seleção brasileira realizou seu primeiro treino mesmo sem todos os jogadores presentes. Inicialmente focado em fundamentos, o treino se concentrou mais em atividades físicas e técnicas.

O treino de hoje foi no centro de treinamento do Arsenal, espaço que deve hospedar os trabalhos da seleção até a quinta-feira (13). O último treino antes da partida do sábado (15) contra Senegal será no Emirates Stadium, palco da partida.


Primeiro treino da seleção brasileira em Londres. (Foto: Reprodução/ Instagram/ @brasil)


O Brasil enfrentará a seleção senegalesa no sábado (15) as 13h (horário de Brasília). No domingo (16) realizará o último treino no CT do Arsenal pela manhã e à tarde viaja para Lile, na França, para enfrentar o último adversário do ano de 2025, a seleção da Tunísia.

Fluminense terá sequência decisiva no Brasileirão

A CBF divulgou na última terça-feira (04) a tabela detalhada das rodadas 34, 35 e 36 do Campeonato Brasileiro. O Fluminense terá uma sequência de jogos extremamente importantes: um clássico, um jogo que pode prejudicar o rival que busca por título e um confronto direto por vaga na Libertadores 2026.

A sequência de jogos do tricolor ficou definida e inicia já com um clássico carioca contra o Flamengo, no dia 19 de novembro, no Maracanã. Seguindo, o time enfrentará o Palmeiras três dias depois (22 de novembro), no Allianz Parque. Por fim, na 36ª rodada, enfrentará o São Paulo no dia 27 de novembro, no Maracanã.

Sequência pesada

Iniciando pela 34ª rodada, o tricolor já inicia a sequência com um clássico carioca em pleno Maracanã. Este tipo de partida sempre promete um espetáculo à parte, pois um clássico traz emoções à tona.O Fluminense chegará neste confronto para defender sua invencibilidade em cima do rival rubro-negro.

Já na 35ª rodada o time enfrentará o Palmeiras, atual líder do campeonato que segue numa disputa acirrada pelo título contra o Flamengo. Nesta partida, o tricolor terá um dilema: se ganhar do Palmeiras garante praticamente a vaga na Libertadores 2026, em contrapartida, deixa o rival Flamengo mais perto do título.

Na última sequência, o Fluminense jogará um jogo de seis pontos. O jogo contra o São Paulo marca um confronto direto na briga pela vaga na Libertadores 2026, hoje o time paulista está na oitava posição no campeonato, enquanto o time carioca ocupa a sétima posição.


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Fluminense segue vivo na busca de vaga para Libertadores 2026 (Foto: reprodução/Lucas Figueiredo/Getty Images Embed)


Espera pela tabela

Além da expectativa pelas datas dos confrontos decisivos que vinham pela frente, o Fluminense aguardava a divulgação da tabela de jogos para organizar o calendário interno do clube. Isto porque o time carioca já tinha reservado a primeira quinzena de novembro para eleições presidenciais do clube.

Sendo assim, aguardavam a divulgação para que não houvesse confronto de datas com as eleições.


Taça do Campeonato Brasileiro (Foto: reprodução/Flickr/CBF/Lívia Villas Boas)


Em nota no site oficial, a CBF falou sobre as alterações de datas e que as definições foram discutidas com representantes dos clubes. “As definições também levam em conta aspectos logísticos, demandas de segurança pública e compromissos de transmissão das partidas. Dessa forma, a entidade reforça seu compromisso com a transparência e com a organização do calendário esportivo nacional”, detalhou.

No G6 do Campeonato Brasileiro, o Fluminense está firma na busca pela vaga na Libertadores 2026 e segue vivo na Copa do Brasil, campeonato que disputará a semifinal contra o Vasco.

CBF critica declarações contra técnicos estrangeiros e defende respeito no futebol brasileiro

Gustavo Feijó, diretor de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), se manifestou publicamente nesta quarta-feira (5) após as declarações polêmicas de Oswaldo de Oliveira e Emerson Leão sobre técnicos estrangeiros. As falas ocorreram durante o 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, realizado na sede da entidade, no Rio de Janeiro, e causaram desconforto ao técnico da seleção, Carlo Ancelotti.

Durante o evento, Leão e Oswaldo criticaram o que chamaram de “invasão” de estrangeiros no futebol brasileiro, direcionando comentários ao italiano Ancelotti, convidado especial da cerimônia. O clima rapidamente ficou tenso, e o técnico da seleção ficou visivelmente incomodado com o episódio.

Feijó defende respeito e repreende postura dos técnicos

Em nota oficial, Gustavo Feijó classificou as falas como “no mínimo, deselegantes” e destacou que elas “não refletem o verdadeiro sentimento do povo brasileiro”. O dirigente reforçou que o futebol nacional deve ser um ambiente de acolhimento e aprendizado mútuo, independentemente da origem dos profissionais envolvidos.

“Assim como queremos que nossos treinadores sejam tratados com respeito fora do país, também devemos acolher com consideração os profissionais que escolhem trabalhar aqui. Opiniões divergentes fazem parte do debate, mas falas preconceituosas e desnecessárias não contribuem para o processo de reconstrução e valorização do nosso futebol”, afirmou Feijó em comunicado.


Carlo Ancelloti durante coletiva (Foto: reprodução/ Rafael Ribeiro / CBF)


A CBF, segundo fontes ouvidas pela reportagem, precisou contornar o constrangimento causado por Leão e Oswaldo de Oliveira para preservar o bom ambiente com o técnico da seleção.


O técnico Carlo Ancelotti durante o Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, na sede da CBF (Foto: reprodução/ Jo Marconne – CBF / O GLOBO)


Evento expôs tensão entre gerações de treinadores

Feijó encerrou sua nota ressaltando que o futebol brasileiro vive um período de renovação e modernização. “Vivemos um novo momento, com gerações se renovando, métodos se modernizando e profissionais brasileiros cada vez mais preparados”, concluiu o dirigente.

O 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores foi organizado pela Federação Brasileira de Treinadores de Futebol (FBTF) e não contou com participação direta da CBF, que apenas cedeu o espaço para o encontro.

Ancelotti, que havia sido convidado apenas para receber uma homenagem simbólica, desceu de seu escritório na sede da confederação até o auditório principal, onde foi surpreendido pelas críticas públicas. O momento foi descrito por presentes como “constrangedor”.

Falas de Leão e Oswaldo causam polêmica em evento da CBF

No 2° Fórum Brasileiro de Treinadores de Futebol (FBTF), evento realizado na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta terça-feira (04), que reuniu técnicos brasileiros como Arthur Elias (Seleção Feminina), Vagner Mancini (Red Bull Bragantino e presidente da FBTF) e Carlo Ancelotti (Seleção Masculina), declarações polêmicas de Oswaldo de Oliveira e Emerson Leão sobre técnicos estrangeiros causaram desconforto aos dirigentes que estavam presentes no local.

Carlo Ancelotti, que foi convidado para ser homenageado, viu de perto Emerson Leão dizer que “não suporta” técnicos estrangeiros atuando no futebol brasileiro e Oswaldo de Oliveira afirmar o desejo de ver um técnico brasileiro para suceder o técnico italiano, após vencer a Copa do Mundo.

As declarações polêmicas de Leão e Oswaldo de Oliveira

Ao lado de Carlo Ancelotti, Emerson Leão, um dos homenageados, foi o primeiro a fazer o discurso. Afirmou que não “muda a opinião” ao afirmar que não suporta a presença de técnicos estrangeiros no futebol brasileiro. Depois disse que a presença de treinadores de outros países teria um culpado: “nós, treinadores, somos culpados da invasão de outros treinadores que não tem nada a ver com isso”.

Outra declaração polêmica foi do ex-treinador Oswaldo de Oliveira, que manifestou o desejo de ver novamente a Seleção Brasileira ser comandada por um treinador brasileiro. “Depois que o Ancelotti for embora, depois de ser campeão no ano que vem, que volte um brasileiro ao comando”, disse Oswaldo.


Discursos de Emerson Leão e Oswaldo de Oliveira na CBF (Vídeo: Reprodução/YouTube/ESPN Brasil)


Carlo Ancelotti, em seu discurso, afirmou que a imagem do treinado brasileiro “é um pouco fraca”. Em sua avaliação, para mudar essa percepção, é preciso mais fóruns de discussão e apoio da CBF. Concluiu o discurso, dizendo que o primeiro objetivo é vencer a Copa do Mundo e que o objetivo da CBF é de melhorar o futebol brasileiro e que a entidade precisa de ajuda e da opinião de treinadores. “A opinião dos treinadores é ainda mais respeitada se a Federação Brasileira de Treinadores for forte”, concluiu o treinador da Seleção Brasileira.

A repercussão após os discursos

Após as declarações polêmicas de Leão e Oswaldo de Oliveira, o diretor da FBTF, Alfredo Sampaio, repudiou as falas dos ex-treinadores, principalmente as de Oswaldo de Oliveira. Sampaio disse que Oswaldo teve uma “postura inadequada em um evento tão importante”.

Oswaldo de Oliveira se pronunciou e disse que a polêmica era culpa de “edições mal-intencionadas”. O ex-treinador defendeu novamente que os clubes e a Seleção tenham técnicos brasileiros e terminou a declaração elogiando os técnicos Fernando Diniz, afirmando ser “o melhor de todos” e Dorival Júnior.

Segundo os bastidores na CBF, Carlo Ancelotti ficou bastante desconfortável com as falas de Oswaldo de Oliveira e Emerson Leão.

Em evento com Ancelotti, Emerson Leão critica treinadores estrangeiros no Brasil

A CBF foi palco, nesta terça-feira (4), do 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, evento que reuniu nomes históricos do esporte nacional e homenageou técnicos brasileiros e estrangeiros. O destaque da cerimônia foi Carlo Ancelotti, técnico da Seleção Brasileira, que recebeu uma placa de reconhecimento da Federação Brasileira de Treinadores (FBTF). No entanto, o momento de celebração também serviu de espaço para desabafos e críticas sobre a presença crescente de estrangeiros no comando de clubes e seleções do país.

Leão muda de tom, mas dispara contra “invasão estrangeira”

Emerson Leão, campeão mundial em 1970 e um dos técnicos mais icônicos do futebol brasileiro, foi direto em seu discurso. Embora tenha começado afirmando que mudou de opinião sobre a presença de um técnico estrangeiro na Seleção, o ex-goleiro não poupou críticas à chamada “invasão” de treinadores de fora.

“Eu sempre disse que eu não gosto de treinadores estrangeiros no meu país, e isso serve para o Mancini, que é o presidente (da Federação Brasileira de Treinadores). Estou falando aqui na frente da nossa casa. Antes eu falava que eu não suportava, não suportaria treinadores (estrangeiros). Você sabe que eu já falei isso, né, Zé (Mário)? Você sabe que eu já falei isso e não mudo. Não mudo a minha opinião. Mas tenho que ser inteligente o suficiente pra dizer que isso tudo tem um culpado. Nós. Nós, treinadores, somos culpados da invasão de outros treinadores que não têm nada a ver com isso”, declarou Leão, em tom firme.


Declaração de Emerson Leão sobre treinadores estrangeiros no futebol brasileiro (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge.globo)


A fala de Leão foi recebida com aplausos e também com reflexões entre os colegas de profissão. Ele reconheceu que o problema vai além da presença de estrangeiros e que a categoria precisa se renovar para recuperar espaço. Mesmo aposentado, o ex-treinador reforçou que segue disposto a colaborar com as novas gerações.

Oswaldo de Oliveira reforça discurso a favor de brasileiros

Outro homenageado do evento, Oswaldo de Oliveira, também se posicionou contra a contratação de técnicos estrangeiros, ainda que com um tom mais conciliador. O treinador admitiu que, diante da decisão já tomada pela CBF, torceu para o escolhido ser Carlo Ancelotti.

“Eu não queria treinador estrangeiro, mas não tinha jeito, se tivesse que ser, que fosse esse senhor. Torci para ser esse senhor. Depois que ele for embora, campeão do mundo, que venha um brasileiro”, afirmou.

Ancelotti é homenageado e recebe apoio direto de Leão

Mesmo com as críticas, o clima do evento não se transformou em hostilidade. Carlo Ancelotti, que acompanhava tudo atentamente, foi homenageado pela CBF e pela Federação de Treinadores. Ao final, Leão dirigiu-se ao italiano e, olhando diretamente para ele, encerrou seu discurso com um gesto diplomático.

“Boa sorte para você também”, disse o ex-goleiro, em meio a aplausos. “Não estamos falando de nome, não estamos falando de nacionalidade. Estamos falando de erro nosso. Eu já parei. Eu não sou mais treinador, não sou mais atleta. Mas continuo dando a minha colaboração quando solicitado. Portanto, mudei de ideia nesse exato momento”, completou.

Mancini é apontado como voz da nova geração de técnicos

O presidente da Federação Brasileira de Treinadores, Vagner Mancini, que também comanda o Red Bull Bragantino, foi citado diversas vezes nos discursos. Leão e outros ex-treinadores destacaram a importância de sua liderança e o papel da entidade em defender os profissionais brasileiros.

“Vagner pode contar comigo com toda a colaboração que você precisar de um treinador antigo para passar algumas coisas para o jovem. Você tem tudo para se tornar uma pessoa muito, muito importante para nós brasileiros. Então, boa sorte no seu futuro. Boa sorte para você também”, afirmou Leão, encerrando o evento em tom de apoio.