Invasão na COP30 em Belém gera tensão após protestos

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a invasão à área restrita da COP30, em Belém (PA), na noite de terça-feira (11), quando manifestantes tentaram entrar na chamada Zona Azul, espaço controlado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O episódio provocou confronto com seguranças, deixou feridos leves e levou ao bloqueio temporário da saída do local das negociações climáticas.

Confronto na área restrita da COP30

De acordo com informações da ONU e do governo brasileiro, o tumulto começou por volta das 19h20, no setor de credenciamento. Um grupo que havia participado da Marcha Global Saúde e Clima tentou forçar a entrada no espaço reservado a delegações oficiais, observadores, chefes de Estado e imprensa credenciada. As forças de segurança reagiram seguindo protocolos estabelecidos para garantir a proteção do local. Dois seguranças ficaram feridos, um deles no rosto, e parte da estrutura foi danificada. Uma das portas de acesso precisou ser fechada, e a área ficou interditada por alguns minutos até a situação ser controlada.


Manifestantes tentam invadir área restrita da COP30 (Vídeo: reprodução/YouTube/@Metropolis)


O porta-voz da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima afirmou que “o incidente está sendo analisado, mas o local está totalmente seguro e as negociações da COP continuam”. O secretário extraordinário da COP30, Valter Correia, informou que a organização está tomando todas as providências cabíveis.

Repercussão e apurações após confusão na COP30

A Marcha Global, formada por profissionais de saúde, estudantes, lideranças indígenas e representantes de movimentos sociais, percorreu cerca de um quilômetro e meio pelas ruas de Belém antes do confronto. Em nota, os organizadores esclareceram que “não têm qualquer relação com o episódio ocorrido na entrada da Zona Azul da COP30 após o encerramento da marcha”.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, lamentou o ocorrido e declarou: “Eu nem fiquei sabendo o motivo desse acontecimento e lamento muito porque esta COP já está registrada como a maior e melhor participação do protagonismo indígena”.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também se pronunciou, afirmando que “a COP é um espaço democrático, mas a escuta pressupõe o cumprimento de regras da democracia”. Segundo o governo, as negociações seguem normalmente, e as autoridades da ONU e da Polícia Federal continuam investigando os responsáveis pela invasão.

Projeto de lei antifacção: juristas e autoridades discutem ajustes e consequências

Na última sexta-feira (7), o presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou o deputado Guilherme Derrite, do Progressistas e licenciado do cargo de secretário de Segurança de São Paulo, como responsável pela relatoria e, desde então, apresentou modificações relevantes ao projeto antifacção encaminhado pelo governo federal.

A semana começou em Brasília com intensos debates sobre o projeto de lei que endurece as punições contra organizações criminosas, e o relator já antecipou que fará ajustes no texto apresentado anteriormente.

Nova proposta amplia punições severas

O deputado Guilherme Derrite propôs que práticas de integrantes de facções criminosas — como domínio territorial, ataques contra forças de segurança e sabotagem de serviços públicos — sejam enquadradas como atos de terrorismo. A iniciativa altera a Lei Antiterrorismo sem rotular diretamente as facções como terroristas, mas estabelece penas mais duras, variando de 20 a 40 anos de prisão.


Deputado Guilherme Derrite (PP-SP), como relator do projeto antifacção (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Getty Images News)


O relator sugere limitar parte das funções da Polícia Federal, que hoje concentra a responsabilidade por investigar todos os crimes previstos na Lei Antiterrorismo. A proposta altera esse modelo e redefine o papel da corporação.

Entre as mudanças, foi acrescentado um artigo que autoriza a Polícia Federal a apurar a atuação de facções criminosas, milícias e grupos paramilitares envolvidos em práticas consideradas terroristas, desde que haja solicitação formal dos governadores estaduais.

PF questiona mudanças em projeto antifacção

A Polícia Federal divulgou nota em que expressa preocupação diante das mudanças propostas no relatório. Segundo a corporação, há risco de que seu papel histórico no enfrentamento ao crime organizado seja reduzido de forma significativa.

O documento ressalta que a atuação da PF sempre foi decisiva contra criminosos de grande poder e organizações com ampla estrutura, e que qualquer limitação pode comprometer a efetividade das operações.

Além disso, a instituição alerta que, pelo texto apresentado, a realização de investigações dependeria de solicitação dos governos estaduais, o que poderia fragilizar o combate nacional às facções e milícias. A PF conclui que tais alterações representam um possível enfraquecimento da estratégia integrada contra o crime organizado.

Justiça do RJ aprova falência do Grupo Oi

Nesta segunda-feira(10), a gestão de recuperação judicial da empresa decidiu sobre a declaração de falência do Grupo Oi.  Essa decisão marca o desfecho de um dos maiores processos de recuperação judicial da história do Brasil. A companhia, que já foi considerada “campeã nacional” no setor de telecomunicações, entrou com seu primeiro pedido de recuperação judicial em 2016, enfrentando uma dívida superior a R$60 bilhões.

Logo depois, em 2023, a Oi abriu um segundo processo de recuperação judicial. No primeiro semestre de 2025, seus números ainda refletiam severa fragilidade, com uma dívida líquida de cerca de R$10 bilhões e caixa de aproximadamente R$1,15 bilhões. No segundo trimestre, registrou resultado operacional negativo próximo de R$100 milhões.

Decisão judicial e seus efeitos imediatos

Com a falência confirmada, a Justiça determinou a suspensão de todas as ações e execuções em andamento contra o Grupo Oi. A medida busca preservar o patrimônio da companhia e garantir que o processo de falência siga o curso legal, evitando novas disputas judiciais que possam comprometer a massa falida.

Além disso, foi proibida a realização de qualquer ato de disposição ou oneração de bens pertencentes ao Grupo Oi. Essa restrição impede que ativos da empresa sejam vendidos, transferidos ou usados como garantia sem autorização judicial, assegurando maior controle sobre o patrimônio a ser administrado durante o processo.

Outro ponto definido pela decisão judicial foi o bloqueio dos valores vinculados ao chamado “caixa restrito V.Tal”, até que sejam apresentadas provas que comprovem respaldo contratual e fático dos recebíveis descontados automaticamente. Essa medida visa garantir transparência e evitar movimentações financeiras sem a fundamentação legal.


Falência da Oi (Vídeo: reprodução/YouTube/@SBTNews)

Por fim, a Justiça autorizou a continuação provisória das atividades da Oi, sob a gestão do administrador judicial. Essa determinação caracteriza a chamada “convolação” do processo, que é quando uma recuperação judicial é convertida em falência, permitindo que a empresa siga operando de forma controlada, enquanto se conduz a liquidação de seus bens e a negociação com os credores.

Reação do mercado

O impacto foi imediato nos mercados, as ações ordinárias da Oi recuaram mais de 35% na sessão do dia, enquanto os papéis preferenciais caíram quase 48%. Esse movimento reflete a percepção de que o processo de recuperação chegou ao fim ou ao menos a um novo ciclo radical e traz incertezas quanto ao futuro da empresa, seus credores e o setor de telecomunicações no Brasil.

Importância para o setor e implicações

A falência do Grupo Oi é simbólica para o setor de Telecom no país. Ela demonstra que até grandes empresas, com histórico de liderança, podem sucumbir frente à combinação de endividamento elevado, competição acirrada, necessidade de modernização das redes e eventuais falhas estratégicas.

Para os credores, abre-se um novo capítulo, o ambiente jurídico financeiro de falência difere da recuperação judicial, com outros direitos, precedências e riscos. Para o mercado de telecomunicações, a saída ou reestruturação de uma empresa de grande escala gera oportunidades de consolidação, aquisição de ativos e movimentos regulatórios.

O que vem pela frente

Nas próximas semanas, é provável que ocorra a nomeação formal do administrador da falência, que ficará responsável por gerir os ativos do Grupo Oi e conduzir todo o processo de liquidação. Esse profissional atuará como figura central na reorganização das finanças da empresa, garantindo que as decisões sigam o que determina a Justiça e os interesses dos credores.

Também deve ter início a avaliação detalhada dos bens e operações da companhia, com a possibilidade de venda de ativos de rede, participações societárias e outras operações estratégicas. O objetivo é gerar recursos para o pagamento das dívidas e assegurar que o processo ocorra de maneira ordenada e transparente.

Os credores, por sua vez, deverão ser oficialmente notificados para apresentar seus créditos e participar das etapas do processo de liquidação. Essa fase é essencial para que se estabeleça a lista de credores, seus respectivos valores e a ordem de prioridade no recebimento.

Ao mesmo tempo, os órgãos regulatórios deverão acompanhar de perto o desenrolar da falência, considerando o impacto que o caso tem sobre o setor de telecomunicações. A queda de uma empresa de grande porte como a Oi pode afetar diretamente milhões de usuários, além de gerar repercussões no mercado concorrencial e na infraestrutura nacional de comunicações.

Saiba como calcular a sua nota do Enem

A primeira parte das provas do Enem 2025 foi realizada neste último domingo (9). As notas da avaliação são calculadas tendo base a Teoria de Resposta ao Item (TRI), que possui como objetivo avaliar o real conhecimento do estudante e assim, reduzir a influência de chutes.

Explicando o TRI

Tendo a metodologia do TRI já estabelecida no exame, o modelo considera três parâmetros para cada item, a partir dai, eles serão posicionados em uma escala de dificuldade, e a nota do candidatos e então estimada a partir da junção do nível de dificuldade das perguntas com a coerência das respostas dos estudantes.

Quem então responde incorretamente questões mais fáceis, mas acerta as difíceis, possui a possiblidade de terminar com um resultado menor do que quem acertou as perguntas mais fáceis e errou as difíceis. Essa é uma maneira de não premiar os improvisos. Isso porque, se o estudante acertas as questões mais complicadas e errar as fáceis, o sistema poderá entender que ele possuiu sorte nas respostas.


Explicação de forma clara sobre nota do Enem (reprodução/Youtube/Tem Ciência)


Sendo assim, a nota do Enem não se sustenta apenas da quantidade de questões que o aluno acertou, mas sim do seu de dificuldade delas e da coerência pedagógica ao todo nas respostas do candidato. Então, não é incomum que um candidato pode ter mais acertos em uma prova e mesmo assim, tirar uma nota menor que o colega que teve menos questões correta.

Quando sai o primeiro gabarito

A novidade da edição deste ano do exame é que os gabaritos, normalmente divulgados juntos, nas semanas seguintes após o encerramento da prova, serão divulgados de forma separada. Sendo assim, as respostas da primeira parte de Enem serão divulgadas nesta quinta-feira (13). Mesmo que gabaritos extraoficiais já estejam sendo divulgados, o único 100% oficial é o do Inep. Para conferir,  acesse site oficial, através da Página do Participante.

Lewis Hamilton mistura Brasil e Pan-africanismo no GP de São Paulo

O automobilista britânico, Lewis Hamilton, declarou mais uma vez o seu amor pelo Brasil neste último domingo (9). Dessa vez, a declaração foi através da moda quando o ferrarista chegou no Autódromo de Interlagos para o Grande Prêmio de São Paulo com uma jaqueta estampada com a bandeira do Brasil nas costas e outros detalhes.

A moda nas pistas

Lewis desfilou nas passarelas automobilísticas de Interlagos. Entre suas peças, destacou-se a sua jaqueta bomber com a estampa da bandeira brasileira combinada com as cores da bandeira pan-africana, sua calça jeans com símbolos e escritos como African Diaspora Goods, em tradução livre Deuses da Diáspora Africana, e a bandana estampada com a bandeira brasileira em suas cores originais, traduzindo sua mensagem.


Jaqueta de Lewis feita pela marca Denim Tears (Foto: reprodução/Instagram/@denimtears)


Lewis buscou trazer a sua identidade através da moda. Confeccionadas pela marca Denim Tears, as peças manifestam a identidade de Lewis e da marca e trazem foco para o pan-africanismo. Ou seja, a relação de um movimento político, social e cultural que busca a união, solidariedade e emancipação dos povos africanos e de seus descendentes em todo o mundo e o encontro desse movimento com a identidade brasileira.

Quando dois continentes se encontram

Em sua carreira, o ferrarista ressaltou a importância da ancestralidade com sua mãe britânica e seu pai granadino-britânico. O primeiro piloto negro a correr na fórmula 1 também destacou a importância do Brasil para ele. Em 2021, se inspirando em Ayrton Senna, o automobilista deu uma volta de honra com uma bandeira do Brasil, o mesmo gesto feito por Senna. A ligação de Lewis com o Brasil e a sua africanidade é cultural, social e política.


Lewis recebe título de cidadão brasileiro honorário (Foto: reprodução/Instagram/@lewishamilton)


Em 2022, a Câmara dos Deputados concedeu a Hamilton o título de cidadão brasileiro honorário, em reconhecimento a esse carinho mútuo e à forma como ele representa o país no mundo. Não é de hoje que Lewis referencia a cultura afro-brasileira e à herança africana nas roupas e nos discursos. E a sua recente aparição mostra como mensagem e identidade podem se encontrar no mundo da moda enquanto lança tendências.

COP30: Lula fala sobre negacionistas em discurso de abertura

Nesta segunda-feira (10/11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou na abertura oficial da 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), em Belém (PA), sendo a primeira realizada na Amazônia.

O discurso do presidente é marcado pela valorização do feito de trazer a discussão sobre o clima e os recursos naturais, para o principal cenário mundial do tema, além de debater a importância dos líderes mundiais investirem em projetos para cooperarem com o clima, que é um bem comum, do que em guerras, dado os conflitos dos últimos anos e seus impactos.

”Proeza” em definir o local

Com um preparo de cerca de um ano para o evento, segundo Lula, fazer a COP no Brasil e ainda mais no Pará, é um desafio tão grande ”quanto acabar com a poluição do planeta terra” e que seria mais fácil levar o evento para uma cidade qeue não tivesse problema mas que ”a gente resolveu aceitar fazer a COP em um estado da Amazônia, para provar quando se tem disposição e compromisso com a verdade, a gente prova que não tem nada impossível, o impossível é não ter coragem para enfrentar desafios“, afirmou o presidente.

Lula também destacou que a mudança climática não é mais uma ameaça futura, e sim uma ”tragédia do presente”, citando o tornado que atingiu cidades do centro-sul do Paraná nesta sexta-feira (7).

A COP30 será a COP da verdade. Na era da desinformação, os obscurantistas rejeitam não só as evidências da ciência, mas também os progressos do multilateralismo. Eles controlam algoritmos, semeiam o ódio e espalham o medo. Atacam as instituições, a ciência e as universidades. É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas“, prosseguiu o presidente.

Ele também voltou a criticar o investimento feito em guerras, em comparação aos de iniciativas de combate às mudanças climáticas.

Se os homens que fazem guerra estivessem aqui nesta COP, eles iriam perceber que é muito mais barato colocar US$ 1,3 trilhão para acabar com o problema climático do que colocar US$ 2,7 trilhões para fazer guerra como fizeram no ano passado”, mencionou.

O regente brasileiro também comentou sobre a luta contra o racismo ambiental, que se tornou tema da declaração assinada pelo Brasil na Cúpula de Líderes, encerrada na semana passada. Declaração essa que, é considerada um verdadeiro marco por, pela primeira vez, unir justiça racial e ação climática em um mesmo acordo internacional.

Cerimônia de abertura da COP30 (Vídeo: reprodução/YouTube/CanalGov)


EUA ausente

É inegável que a ausência mais sentida seja a dos Estados Unidos, que não enviou nenhum representante de alto nível para o evento. Já era aguardado que o presidente norte-americano Donald Trump, não fosse comparecer na cúpula de líderes, que ocorreu no dia 6 e 7 de novembro, porém ainda existia a expectativa de que o país pudesse enviar alguma delegação para as negociações técnicas, que se iniciaram nesta segunda-feira.

Os Estados Unidos ocupam o segundo lugar em emissão de gases do efeito estufa.

Mais sobre a COP30

O evento será realizado até o dia 21 de novembro. Serão duas semanas decisivas para a ação global contra as alterações climáticas.

Cerca de 50 mil pessoas, entre diplomatas, líderes, atividades, cientistas e empresário, participam do encontro. A Cúpula de Líderes já havia indicado o tom político das negociações, como o aceleramento da transição energética, o ampliamento do financiamento climático e a proteção das florestas tropicais.

Agora, o foco se volta para as mesas de negociação, onde tais compromissos terão de sair do discurso e se transformarem em planos concretos, com metas, prazos e recursos definidos.

COP30: Entenda o que será discutido na conferência que começa nesta segunda

Começa nesta segunda-feira, em Belém, a COP, sigla em inglês para Conference of the Parties (Conferência das Partes), evento em que reúne líderes mundiais, cientistas, ONGs e representantes da sociedade civil para discutir e encontrar soluções para a crise climática.

A conferência é realizada todo ano, desde 1995, reunindo 197 países que firmaram um acordo ambiental com a ONU no início dos anos 1990. Este acordo busca reduzir a emissão de gases de efeito estufa e combater o impacto humano nas mudanças climáticas.

Os principais temas discutidos na COP30

Líderes e representantes mundiais vão discutir temas que incluem: a redução de emissões de gases de efeito estufa; adaptação às mudanças climáticas; financiamento climático para países em desenvolvimento; tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono; preservação de florestas e biodiversidade e justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas.

Outro tema que será discutido é o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), uma proposta do Brasil para investir em renda fixa para gerar lucro e usar esse dinheiro para a conservação das florestas tropicais, pagando países que preservam suas florestas.


Temas em discussão na COP30 (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)


Na COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, os países mais desenvolvidos se comprometeram a dar aos países em desenvolvimento pelo menos US$ 1,3 trilhão (R$ 7 trilhões) por meio de fontes públicas e privadas, para ajudar no enfrentamento das mudanças climáticas.

Resultados esperados da Conferência

A COP30 deve ir além de promessas e deve ser um momento decisivo para transformar acordos políticos construídos desde Dubai em ações concretas que mantenham o aquecimento global abaixo de 1,5°C.

O primeiro resultado esperado é o avanço em torno das metas climáticas (NDCs), que são os compromissos de cada país para reduzir o efeito estufa e se lidar com as mudanças climáticas. Até o momento, mais de 100 países enviaram novas metas para 2035, mas a maioria ainda muito abaixo do recomendável.

As metas climáticas atuais cobrem apenas 30% das emissões e reduzirão apenas 4% até 2035, mas é preciso cortar cerca de 60% para estabilizar o clima.

Outro resultado esperado é na mudança da transição energética, que busca uma mudança em combustíveis fósseis em fontes mais limpas e sustentáveis. Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, os países precisam garantir recursos financeiros, humanos e tecnológicos, para conseguir cumprir as metas de redução de emissões e adaptação ao clima.

Cinebiografia “Michael” ganha nova imagem com Jaafar caracterizado

Uma nova foto dos bastidores de ”Michael”, cinebiografia da Universal Pictures Brasil que contará a trajetória do Rei do Pop, foi divulgada nesta sexta-feira (7). O registro mostra Jaafar Jackson, sobrinho de Michael, caracterizado como o cantor, reforçando a semelhança física e gestual que já impressionou o público nos teasers divulgados. A produção promete revisitar a ascensão do astro nos anos 1980, com estreia marcada para 24 de abril de 2026 no Brasil.

Nova imagem aumenta expectativa para o filme “Michael”

A foto foi compartilhada pelo ator Brandon Barry Brown no X (antigo Twitter) e rapidamente repercutiu nas redes sociais. A cinebiografia, dirigida por Antoine Fuqua (Dia de Treinamento), passou por ajustes após um processo judicial envolvendo o nome do artista, o que exigiu novas filmagens e modificações no roteiro de John Logan.
O longa retrata a fase de sucesso e consagração de Michael Jackson, antes dos escândalos e controvérsias de sua vida adulta. Caso o desempenho nas bilheterias seja positivo, o produtor Graham King pretende lançar uma sequência explorando o auge da carreira e os conflitos do ícone pop.


“Michael” ganha nova imagem dos bastidores (Foto: Reprodução/X/@blackiiingout)


Quem é Jaafar Jackson, o herdeiro do legado musical

Jaafar Jackson, de 29 anos, é filho de Jermaine Jackson, irmão mais velho de Michael e um dos integrantes do grupo Jackson 5. Seguindo os passos do tio, ele também é cantor e dançarino. Em 2019, lançou o single Got Me Singing, gravado no Vidigal, no Rio de Janeiro, como homenagem à relação de Michael com o Brasil onde o astro filmou They Don’t Care About Us em 1995.
O público destacou a impressionante semelhança entre Jaafar e o tio, tanto na aparência quanto nos movimentos. Até o filho de Michael, Prince Jackson, elogiou o primo: “O mundo não está preparado para o que vem por aí”, escreveu. Discreto nas redes, Jaafar compartilha apenas postagens ligadas à produção, consolidando sua imagem como o novo rosto do legado Jackson.

Shawn Mendes posa em foto ao lado de filho da Ivete Sangalo

Shawn Mendes foi um dos artistas convidados a participarem do Earthshot Prize 2025, prêmio organizado pelo príncipe William no intuito de gerar propostas para a preservação da natureza, no Rio de Janeiro. Porém, o que surpreendeu seus fãs foi o fato do cantor decidir emendar sua passagem pela capital carioca com pequenas férias em Salvador.

Encontro com Ivete Sangalo e família

Desde a chegada do artista na Bahia, internautas começaram a teorizar que o mesmo poderia estar hospedado no condomínio de Ivete. A suspeita se iniciou após uma foto dos dois juntos, aproveitando o fim de semana de sol, junto aos os amigos da cantora e a equipe de Shawn, que está o acompanhando durante toda a sua passagem no Brasil.


Shawn Mendes e Marcelo Sangalo juntos (Foto: reprodução/X/@shawnmendesbra)


Porém, a confirmação veio apenas mais tarde, quando Marcelo Sangalo, filho da artista, compartilhou um registro ao lado do cantor canadense em um estúdio de gravação em sua casa, com a legenda “Always welcome” (“Sempre bem-vindo”, em tradução livre). Logo em seguida, a influenciadora Vivi Wanderley também compartilhou em suas redes sociais um vídeo que recebeu de Shawn, onde ele lhe manda lembranças.

Passagem pelo Brasil aproxima público

Esbanjando simpatia, Shawn Mendes atendeu, praticamente, todos os fãs que vieram a seu encontro enquanto estava no Rio de Janeiro, tanto na porta do Copacabana Palace, onde estava hospedado, quanto nas praias em Salvador. Além disso, o cantor também deu atenção aos seus fãs durante suas breves passagens por aeroportos e restaurantes.


Shawn Mendes atendendo fãs no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Instagram/@hugogloss)


Sua paixão pelo público brasileiro não é novidade: o artista foi headliner da edição de 2025 do Lollapalooza e a atração principal da última edição do Rock In Rio, sendo o encerramento do festival, sem contar demais passagens pelo Villa Mix e com shows individuais. Após diversas postagens agradecendo pelo país sempre o receber de braços abertos, a expectativa é que ele traga uma futura turnê de seu novo álbum, “Shawn”, para o Brasil.

COP30: repercussão da Cúpula impacta mercado alimentar

Depois da reação ao alto custo de alimentos e bebidas no primeiro dia da Cúpula dos Líderes da COP30, na quinta-feira (6), um restaurante decidiu reduzir os preços de seus produtos, em uma tentativa de conter críticas e oferecer alternativas mais acessíveis aos participantes do evento.

Queda nos preços após repercussão

Na manhã desta sexta-feira (7), os cardápios do estabelecimento desapareceram das prateleiras. Ao ser questionada, uma atendente explicou que o menu estava em processo de atualização e que a variedade de opções seria ampliada para atender melhor ao público.

Poucas horas depois, os novos cardápios foram divulgados com preços revisados. A lata de água de 350 ml, antes vendida a R$ 25, passou a custar R$ 20. O refrigerante também sofreu redução, caindo de R$ 25 para R$ 20, o que representa um desconto de 20%. Já pratos como estrogonofe e frango xadrez tiveram cortes ainda mais expressivos, passando de R$ 60 para R$ 45, houve uma queda de 25%.


Família da Cúpula de Líderes da COP 30 Belém, Brasil (Foto: reprodução/Mauro Pimentel/Getty Images Embed)


Embora considerados elevados, os valores praticados na COP30 seguem o padrão de encontros anteriores. Nas Cúpulas do Clima, preços acima da média já são tradição, e os visitantes podem realizar suas compras tanto em dólar quanto na moeda oficial do país anfitrião. Esse cenário reforça a atmosfera internacional do evento, onde até os custos refletem a dimensão global das negociações.

Comerciantes temem prejuízo

Os comerciantes que atuam no Parque da Cidade, onde ocorre a COP30, afirmam que os custos elevados para manter um ponto no local influenciaram diretamente na definição dos preços de alimentos e bebidas. Uma empreendedora relatou ter desembolsado cerca de R$ 23 mil apenas em aluguel, valor que pesa no orçamento e dificulta a prática de preços mais acessíveis.

Ela destacou que, mesmo com a redução nos preços dos produtos, o movimento caiu entre quinta e sexta-feira, aumentando a preocupação com possíveis prejuízos. A queda na procura evidencia o desafio de equilibrar os custos operacionais com as expectativas de vendas durante a conferência.

Na COP30, em Belém, as compras são realizadas por meio de um cartão exclusivo operado pela Cielo, que garante maior controle e segurança nas transações. Com a redução dos preços, os organizadores tentam conciliar a boa experiência do público com a sustentabilidade financeira dos comerciantes, na expectativa de uma retomada nas vendas nos próximos dias.