Jennifer Lopez brilha no tapete vermelho do Governors Awards 2025

Jennifer Lopez capturou totalmente as atenções durante sua chegada a 16° edição do Governors Awards, em Los Angeles, no último domingo (16). A atriz e cantora surgiu deslumbrante no tapete vermelho da premiação. O look escolhido por ela remontava o glamour da antiga Hollywood, presente em “Kiss of the Spider Woman” (O Beijo da Mulher Aranha), filme estrelado por ela com grandes chances de lhe render o Oscar de melhor atriz coadjuvante.

Vestida para impressionar

A cerimônia, reuniu os maiores nomes da indústria cinematográfica mundial no último fim de semana, entre eles, J. Lo, que estava brilhante em um vestido de alta-costura coleção outono-inverno 2025 de Tamara Ralph. O vestido com decote de coração combinava veludo preto e mocha de cetim, que enfeitava os quadris de J. Lo, criando uma saia volumosa com cauda esvoaçante e apelo dramático, que combinada ao corpete estruturado criava uma silhueta similar a uma ampulheta.


Jennifer Lopez no Governors Awards 2025 (Foto: reprodução/ The Grosby Group)


A atriz complementou o vestido com luvas longas de veludo, uma pequena clutch Tyler Ellis, do mesmo tecido, com detalhe azul e brincos de pérolas e diamantes da Chopard. Nos cabelos, um coque levemente desfeito, que conferiram elegância e naturalidade à atriz.


Jennifer Lopez no Governors Awards 2025 (Foto: reprodução/ The Grosby Group)


Presença no Governors Awards

A atriz marcou presença no início da temporada de premiações para promover “O Beijo da Mulher Aranha”, filme musical que vem gerando enorme burburinho nos EUA. No longa, de Bill Condon, J. Lo dá vida a Ingrid Luna, a personagem-título do musical dramático. Sua atuação no filme tem atraído positivamente a atenção dos críticos, o que a coloca como presença importante no evento da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.

O Governors Awards marma um momento importante para a indústria do cinema, pois reúne artistas e membros do conselho da Academia para homenagear contribuições artísticas e indicar tendências para o Oscar. Este ano, os grandes homenageados da noite foram os atores Tom Cruise e Debbie Allen e o designer de produção Wynn Thomas que ganharam “Oscar Honorário” pelo conjunto da obra, e  a cantora Dolly Parton, que ganhou o “Prêmio Humanitário Jean Hersholt” por sua contribuição em causas beneficentes.

Kim Kardashian: a metamorfose fashion de um ícone contemporâneo

De símbolo da cultura pop a referência da alta moda, Kim Kardashian construiu, ao longo de quase duas décadas, uma das trajetórias mais expressivas do universo fashion. Sua relação com a moda evoluiu de um estilo básico e sensual para um diálogo sofisticado entre passado, poder e reinvenção estética. Hoje, aos 45 anos, a empresária se consolida não apenas como influenciadora de tendências, mas como colecionadora de raridades e intérprete da história da alta-costura sob um olhar contemporâneo.

Nos últimos anos, Kim vem revisitando o próprio arquivo e o de grandes maisons, costurando uma narrativa que mistura fetiche, memória e autoria. As colaborações recentes com a stylist escocesa Soki Mak revelam esse novo momento: looks de Dilara Findikoglu, Dior por Galliano e Givenchy por McQueen traçam uma ponte entre a ousadia que a consagrou e a maturidade criativa que agora define sua imagem.

Entre o passado e o poder da imagem

De Los Angeles a Paris, a nova era de Kim tem sido marcada pela fusão entre arquivo e contemporaneidade. Vestidos históricos, como o Dior azul-gelo da coleção primavera 2000, e o corset dourado da Givenchy de 1997, reafirmam sua habilidade de transformar peças de museu em discursos de moda atuais. Em Londres, o couro e o vinil de Dilara Findikoglu expressaram uma sensualidade menos óbvia — um jogo entre força e vulnerabilidade.


Kim durante a semana final de outubro de 2025 (Foto: reprodução/Instagram/@kimkardashian)


Essas escolhas reafirmam o domínio que Kim exerce sobre o próprio corpo e sua imagem pública. Ao ressignificar elementos antes vistos como aprisionadores, como o corset, ela transforma o fetiche em símbolo de controle e poder feminino.

Do anonimato ao altar da alta-costura

Quando “Keeping Up With the Kardashians” estreou em 2007, o nome Kardashian ainda era sinônimo de curiosidade. Hoje, é sinônimo de influência. Kim atravessou fases marcadas por transformações profundas — da parceria estética com Kanye West, que a introduziu ao universo da Balmain e da Givenchy, ao flerte com o anonimato conceitual de Demna Gvasalia na Balenciaga, quando desafiou a própria ideia de visibilidade ao surgir completamente coberta no Met Gala 2021.


Kim Kardashian e Kanye west com o icônico visual Balenciaga no Met Gala 2021 (Foto: reprodução/Instagram/@firsttimesworldwide)


Cada fase é um capítulo da moda recente. Em 2019, vestiu Thierry Mugler e reviveu o desejo pelo vintage couture; em 2023, brilhou em um Schiaparelli coberto por 66 mil pérolas; em 2025, desfilou um conjunto de couro de crocodilo da Chrome Hearts. Cada aparição é estudada, calculada e, sobretudo, simbólica — uma performance de poder e domínio da própria imagem.


Kim usando Schiaparelli coberto por 66 mil pérolas em 2025 (Foto: reprodução/Instagram/@zorinstv)


Mais do que musa, Kim Kardashian tornou-se uma editora de si mesma. Entre corsets, capas e transparências, constrói uma narrativa que traduz a moda como espelho da identidade: mutável, provocadora e sempre em movimento.

Rosália faz referência à peças vintage de alta-costura em novo clipe

A cantora Rosália lançou o videoclipe de Berghain, o primeiro single de seu novo álbum “Lux” na última segunda-feira (27), e o que tem chamado a atenção dos fashionistas mais atentos são os looks usados pela cantora durante o clipe. São peças vintage de alta-costura que vão de Alexander McQueen a Balenciaga e ajudam a contar a narrativa da nova fase musical da artista.

Peças usadas durante o clipe

Conduzido pelo diretor Nicolas Méndez, o videoclipe de “Berghain” apresenta cenas da cantora realizando atividades rotineiras como passar roupa, limpar a casa e sair à rua enquanto é acompanhada pela Orquestra Sinfônica de Londres.

Logo no início, ao chegar em casa, Rosália aparece usando um vestido preto da coleção outono de 2002 de Alexander McQueen, caracterizado por decote arredondado e mangas volumosas. Nos pés, sandálias de tiras com contas e um pingente em forma de cruz que fazem referência a um rosário, da coleção primavera-verão 2003 de McQueen.

Ao sair de casa, na cena seguinte, ela adota um look da época em que McQueen passou pela Givenchy, um top de franjas cinza e saia plissada de tom um pouco mais claro que o top, ambos da coleção primavera-verão de 1997.


Peças de grife usadas por Rosália durante o videoclipe de “Berghain” (Foto: reprodução/Youtube/ROSÁLIA)


Na segunda metade do videoclipe, há uma transformação simbólica de Rosália, ela passa de figura doméstica à representação contemporânea de uma princesa e faz alusão direta à Branca de Neve enquanto interage com animais da floresta. A cantora surge com um laço vermelho no cabelo e um minivestido rosa desenhado por Nicholas Ghesquière para a coleção primavera-verão 2004 da Balenciaga. No desfecho, Rosália surge deitada em uma cama, usando uma blusa com vários botões, da coleção primavera-verão de 2003 do estilista Alexander McQueen.

Nova era musical

Em entrevista recente ao programa de rádio espanhol Anda Ya, Rosália contou que o tema principal de seu novo álbum “Lux” é a espiritualidade. “É algo muito diferente do que já fiz. Existe a intenção de usar sons distintos, algo mais orquestral”.

A artista ficou dois anos trabalhando no projeto e revelou que o álbum conta com canções em treze idiomas, entre eles: latim, árabe, catalão, alemão, inglês, além de espanhol, idioma nativo da cantora. O álbum é um dos mais aguardados do ano tanto pela crítica quanto pelos fãs e estará disponível nas principais plataformas de streaming a partir da próxima sexta-feira (7).

Rabanne traz frescor tropical a Paris

A Rabanne apresentou nesta quinta-feira (2), em Paris, sua coleção de verão 2026 em um cenário marcante: o prédio da UNESCO. A escolha do local já mostrava o desejo de falar com o mundo, unindo tradição, inovação e ousadia. O desfile foi como uma viagem no tempo, juntando lembranças do passado, o olhar para o presente e um toque de futuro.

Do mar para a passarela

Inspirada pelo clima da praia, a marca criou uma atmosfera que lembrava o surfe e o frescor do litoral. Muitos modelos pareciam ter acabado de sair do mar, com roupas que faziam referência às peças de mergulho, mas em versões mais elegantes. Essa mistura entre esporte e moda resultou em produções leves, alegres e cheias de energia, sem deixar de lado um ar de sofisticação. Referências retrô também apareceram, trazendo um ar de nostalgia ao desfile.


Modelos desfilando para Rabanne em Paris. (foto: reprodução/Instagram/@ffw)

Modelos desfilando para Rabanne em Paris. (foto: reprodução/Instagram/@ffw)

Modelo desfilando para Rabanne em Paris. (foto: reprodução/Instagram/@ffw)

Futurismo com cara tropical

Mesmo mais discreta, a identidade da Rabanne estava ali. O futurismo, sempre presente na história da grife, apareceu em detalhes metálicos e em cortes geométricos que ganharam novas formas. Não eram chamativos, mas sim delicados, aplicados em tecidos fluidos, saias leves e calçados brilhantes. Para deixar tudo ainda mais interessante, elementos tropicais foram usados em peças inesperadas: folhas metálicas aplicadas em roupas criaram um contraste curioso, juntando natureza e tecnologia.

A Rabanne ainda brincou com referências que remetem ao universo pin-up, trazendo um charme remoto cheio de atitude. Essa inspiração adicionou um ar divertido e sedutor, equilibrando a nostalgia com a modernidade que guiou toda a coleção.

Mais do que mostrar roupas, o desfile contou uma história. Ao unir o frescor da praia, o charme retrô e o estilo futurista que marca sua trajetória, a Rabanne mostrou que a moda pode ser movimento e liberdade. Em um tempo em que o vestuário serve também para misturar estilos e contextos, a marca reafirmou seu lugar como criadora de novas ideias. Desta vez, trouxe um toque tropical que deixou Paris mais leve e ensolarada no calendário da temporada.

Jennifer Lawrence brilha na estreia de Jonathan Anderson na Dior

A atriz Jennifer Lawrence roubou a cena no aguardado desfile da Dior Verão 2026, realizado em Paris, em 1º de outubro. O evento marcou a estreia de Jonathan Anderson como diretor criativo da linha feminina da maison, em uma apresentação que uniu tradição e modernidade. Com sua presença magnética, Jennifer foi uma das convidadas mais comentadas, reforçando a atmosfera de proximidade e naturalidade que o estilista quis transmitir.

A nova fase da Dior

O desfile não foi apenas mais um capítulo da temporada de moda. Ele representou uma virada para a Dior, que agora passa a ter Jonathan Anderson no comando de todas as frentes da marca — do masculino à alta-costura. Conhecido por seu trabalho inovador na Loewe, o estilista trouxe para a passarela francesa uma visão menos fantasiosa e mais conectada ao presente. Nesse contexto, Jennifer Lawrence se destacou como símbolo dessa proposta de renovação, mostrando como a maison quer se aproximar de um público mais diverso e real.

Ao lado de nomes como Anya Taylor-Joy, Charlize Theron e Johnny Depp, Jennifer foi além da condição de convidada de prestígio. Sua presença foi interpretada como uma espécie de declaração: a Dior aposta em ícones contemporâneos para dialogar com as novas gerações.


Jennifer Lawrence no desfile de estreia de Jonathan Anderson para a Dior (foto: reprodução/Pascal Le Segretain/Getty Images Embed)

O brilho além da passarela

Mais do que acompanhar um desfile, Jennifer Lawrence ajudou a dar o tom da noite. Sua postura espontânea e carisma natural conquistaram fotógrafos, colegas de profissão e convidados, tornando-se um dos assuntos mais comentados após o evento. A atriz, que já tem uma trajetória consolidada no cinema, reafirmou também seu espaço no mundo da moda, agora como rosto que traduz a nova energia da Dior.

Sua participação reforça o quanto celebridades podem influenciar a percepção de uma marca. Em Paris, Jennifer mostrou que moda não é apenas sobre roupas, mas sobre presença, atitude e a forma como essas narrativas se entrelaçam com o momento cultural atual.

 

Matières Fécales revoluciona Paris no verão de 2026

No verão de 2026, Paris presencia uma revolução visual nas passarelas com Matières Fécales, que transforma a estética gótica em poesia fashion e desafia os padrões convencionais de beleza. O desfile, carregado de simbolismo e teatralidade, reafirma a ambição da marca de redefinir o que o luxo pode expressar.

Durante a Paris Fashiow Week para a temporada primavera-verão 2026, a grife Matières Fécales se impõe com uma coleção impactante que une contrastes — do negro ao rosa-choque, da silhueta clássica à desconstrução proposital. Em uma apresentação intensa, os criadores Hannah Rose Dalton e Steven Raj Bhaskaran usam o poder simbólico da moda para questionar as normas estéticas estabelecidas e propor uma nova linguagem visual imbuída de coragem e diferença.

Desconstruindo o clássico com atitude

A coleção da marca articula um jogo entre tradição e rebeldia, utilizando referências da alta-costura — como o corte estruturado e o tweed reminiscente da mente chaneliano — mas alterando proporções, texturas e acabamentos para provocar inquietação visual. As bordas desfiadas, os cortes irregulares e os acabamentos “inacabados” desconstruir o ideal de perfeição, dizendo muito sobre a própria filosofia da grife.


A coleção marca a tradição e rebeldia utilizando referências da alta-costura (Vídeo: reprodução/Instagram/@magazinesecrets)

Ao misturar elementos clássicos com rupturas visuais intencionais, Matières Fécales convida o espectador a questionar o valor simbólico da elegância tradicional. A estética gótica, de certa forma ápice dessa tensão, torna-se um instrumento poético: presença dramática, expressão intensa, e uma atmosfera quase sobrenatural permeiam o desfile.

Estética, identidade e diversidade como discurso

Além do verniz visual, o desfile carrega uma forte mensagem de identidade e inclusão, a escolha de trazer modelos com características físicas fora do padrão — como a modelo Nikki Lilly — reforça o compromisso da marca com diversidade e visibilidade para corpos historicamente marginalizados.


O desfile carrega uma forte mensagem de identidade e inclusão a escolha traz modelos com características físicas fora do padrão (Vídeo: reprodução/Instagram/@__the_vault___)

Ao elevar a diferença ao centro do espetáculo, os criadores articulam que a moda pode ser um território de empoderamento e de afirmação, não apenas de consumo. A estética, assim, deixa de ser mero acabamento para se tornar discurso: cada corset, cada rosa de tecido, cada salto extremo funciona como aliada para amplificar vozes que raramente são celebradas nas grandes passarelas.

Matières Fécales demonstra, em sua estreia (ou consolidação) no calendário parisiense, que moda não é só vestimenta — é manifesto. No verão 2026, a marca reafirma sua presença com estética impactante, mesclando gótico, desconstrução e narrativa de diferença. Mais do que looks, entrega uma visão: que o belo pode emergir do inusitado, que a diversidade merece protagonismo e que a moda contemporânea tem espaço para gritar. Em Paris, Matières Fécales não só desfila — ela fala, desafia e transforma.

Harris Reed abre primeiro dia da LFW com maximalismo e estilo ousado

Durante o primeiro dia da Londres Fashion Week Harris Reed surpreendeu com uma coleção vibrante e maximalista, misturando referências icônicas dos anos 80 a inovações ousadas

O estilista britânico-americano Harris Reed abriu a Semana de Moda de Londres na última quinta (18) com The Aviary (o aviário), uma coleção primavera/verão de alto impacto, criada e idealizada por ele, onde o maximalismo reinou absoluto. O desfile aconteceu no Gothic Bar, em St. Pancras, Londres, e trouxe uma fusão de elementos clássicos e modernos, refletindo a essência única e fluida de Reed.

A coleção é inspirada na arquitetura gótica e vitoriana do hotel St. Pancras, local do desfile, e trouxe para a passarela estruturas de gaiolas, desenhos abstratos de asas e plumas, além de referências aos anos 1980. Esta é a décima coleção do artista.

Maximalismo em alta

O maximalismo, marcado por peças ricas em detalhes e excessos, é a marca registrada do estilista Harris Reed, evidente no primeiro dia da London Fashion Week. No Gothic Bar, do histórico hotel St. Pancras, Reed apresentou uma coleção que unia alta-costura a performances únicas dos modelos, desfilando sob iluminação suave e envolvente, com um clima teatral permeando o ambiente.


Coleção The Aviary por Harris Reed (Foto: reprodução/Instagram/@harris_reed)

A coleção, vibrante e repleta de personalidade, explorou cores intensas como azul, roxo, rosa e dourado, combinadas com estampas de animais, como leopardo e zebra. Essas padronagens apareceram tanto nas roupas quanto nas botas altíssimas, criando um contraste ousado com a sofisticação das ombreiras adornadas com plumas. A atmosfera remetia aos anos 1980, década marcada pelo excesso e pela ousadia, mas com um toque de originalidade próprio.


The Aviary por Harris Reed (Vídeo: reprodução/Instagram/@konahatcher)

Referências icônicas e colaboração criativa

Para esta coleção, Harris Reed se inspirou em ícones da música e da cultura britânica, como David Bowie e Mick Jagger, buscando transmitir a sensação de independência e poder em cada look. A proposta era criar peças que fossem mais que vestuário, verdadeiras performances que capturam a essência da liberdade e da identidade individual.

Outro destaque do desfile foi a colaboração com o estúdio Fromental, especialista em papéis de parede. Reed incorporou painéis vintage pintados à mão e bordados em corpetes e saias, criando uma conexão inédita entre moda e design de interiores. A iniciativa faz parte do desejo do estilista de expandir seu universo criativo, com planos de explorar esses padrões também em decoração e papéis de parede.

Fortuna de Giorgio Armani será dividida entre familiares e companheiro de longa data

Giorgio Armani, renomado estilista italiano, faleceu nesta quinta-feira (04), deixando um legado significativo na moda internacional. Conhecido por seu trabalho com celebridades e por comandar sua própria grife, Armani acumulou grande influência no setor e construiu uma fortuna expressiva. Com a morte do estilista, surgem dúvidas sobre a sucessão da marca e a distribuição de seus bens, envolvendo familiares próximos e pessoas de confiança. Especialistas indicam que algumas medidas já estariam em vigor para preservar a continuidade do império Armani, mas detalhes sobre a gestão futura e o destino de sua herança ainda não foram totalmente esclarecidos.

Fortuna de Giorgio Armani

Um dos maiores nomes das grifes italianas e da alta costura, Giorgio Armani, referência global no mundo da moda, faleceu nesta quinta-feira (04), aos 91 anos. Sem cônjuge ou filhos, deixa um patrimônio avaliado em mais de R$ 65 bilhões e um legado consolidado no mundo. Armani era o único acionista da marca luxuosa que, em seu auge, chegou a registrar faturamento anual superior a R$ 10 bilhões que estimava ser 2,3 bilhões de euros.

Em entrevista ao portal LeoDias, o advogado especialista em direito de família e sucessões Daniel Blanck destacou que, segundo a legislação italiana, herdeiros legais têm direito garantido a uma parte da herança, independentemente do testamento. Com isso, a irmã de Armani, Rosanna, as sobrinhas Silvana e Roberta e o sobrinho Andrea Camerana, todos ativos na gestão do grupo, terão papel estratégico na continuidade da maison.


A morte de Giorgio Armani (Vídeo: Reprodução/Youtube/G1)


Além da família, Leo Dell’Orco, companheiro e braço direito do estilista, é considerado provável sucessor da maison, termo utilizado para se referir ao império da marca. Blanck acrescenta que Dell’Orco deve receber parte da porção “disponível” da herança e conduzir a empresa em conjunto com os familiares, seguindo o planejamento do estilista para uma transição gradual e estruturada.

Colaborações com celebridades

O estilista italiano também teve grande influência na moda global, vestindo figuras como a princesa Diana. Em 1997, ela apareceu em Paris usando um blazer da grife, enquanto Armani desenvolvia um vestido para um noivado que nunca ocorreu. Segundo ele, Diana possuía um estilo próprio, elegante e moderno, que valorizava suas formas e traços.

Quem também não ficou de fora das homenagens feitas para o lendário estilista, foi Cauã Reymond que já trabalhou como modelo e chegou a colaborar diretamente com Armani. Durante participação no programa “Mais Você”, da Rede Globo, o artista relatou sua experiência com o estilista: “Trabalhei cinco anos, assisti aos desfiles e acompanhei o treinamento dele. Ele estava sempre presente, atento a todos os detalhes, algo raro para alguém de sua posição”. Após a morte de Armani, Cauã se despediu em suas redes sociais: “Hoje nos despedimos de um mestre. Trabalhamos juntos por alguns anos e sempre foi um aprendizado. A moda celebra sua história”, comentou o ator.

Fundação Armani

A independência do império Armani foi reforçada em 2016 com a criação da Fundação Giorgio Armani, responsável por monitorar a governança e preservar os valores da empresa. Alterações estatutárias de 2023 permitiram criar classes de ações distintas, concentrando o controle entre os herdeiros e Leo Dell’Orco, prevenindo aquisições externas. Assim, a maison mantém-se alinhada à visão do fundador, integrando liderança familiar, profissionalismo e atuação filantrópica.

Brasil marca presença no tapete vermelho de Veneza

O Brasil desembarcou no 82° Festival de Veneza servindo glamour e alta-costura. Nomes como Fernanda Torres, Isis Valverde e Silvia Braz brilharam no tapete vermelho, constatando que o Brasil não exporta apenas grandes produções do audiovisual, mas que também são referências na moda com uma pitada brasileira.

Fernanda Torres

Após fazer uma campanha impecável no ano passado, a atriz multipremiada chega a Veneza integrando o time de júri oficial.  No tapete vermelho, ela se destacou em um look Armani Privé, que unia minimalismo e sofisticação máxima, com bordados e cristais que reforçavam sua presença poderosa no mundo da moda. Para a estreia do novo longa de Guillermo del Toro, a artista apostou em all black que foi muito aclamado nas redes.

Sua escolha não foi apenas fashion: simbolizou maturidade, sobriedade e sofisticação, que reflete perfeitamente a nova posição histórica de decisão em um dos maiores festivais do cinema internacional.


Fernanda torres nos dois de Veneza (Foto: reprodução/Laurent Hou/Getty Images Embed)

Isis Valverde

Em Veneza, pela primeira vez, Isis Valverde não se intimidou e serviu dois looks impactantes no red carpet. O primeiro, uma produção de Bottega Veneta, era um vestido todo trabalhado em paetês prateados, com um toque disco glam. Já no segundo dia de festival, a atriz vestiu um modelo de Armani Privé com joias Tiffany, para a première de Frankenstein.


Isis Valverde deslumbrante no red carpet de Veneza (Foto: reprodução/Stefania D' Alessandro/Getty Images Embed)

Silvia Braz

A influencer e Fashionista Silvia Braz chega a mais um Festival de Veneza para prestigiar a première de Bulgonia. A comunicadora não passa despercebida trajada de Valentino, um vestido preto de veludo que transmite elegância e modernidade.


Silvia Braz usando Valentino Foto: reprodução| Vittorio Zunino Celotto| Theo Wargo|Getty Images Embed  )

Com produções que mesclam tradição e modernidade, as brasileiras em Veneza estabelecem que o país segue ganhando espaço não apenas nas telas, mas também chegam como grandes nomes no mundo fashion. Entre estrelas globais, elas reafirmam seu protagonismo, provando que o talento brasileiro brilha forte e cada vez mais capta os holofotes do mundo fashion.

Alba Rohrwacher brilha em Veneza com a primeira peça Couture de Jonathan Anderson

Acaba de sair do forno a primeira peça Couture assinada por Jonathan Anderson sob o selo da Dior.  A atriz italiana, conhecida por sua elegância discreta, escolheu um modelo em crêpe azul profundo, com drapeados e plissados que remetem à moda do século XVIII, mas com aquele toque moderno que só Anderson consegue dar.

Jonathan Anderson: vestido de Alba Rohrwacher proporciona uma viagem no tempo


 Alba Rohrwacher  no Festival de Veneza (Foto: reprodução/Vittorio Zunino Cellotto/Getty Images Embed)

Em um trabalho de 126 horas no ateliê da Maison Dior, a peça apresenta uma silhueta marcada por um pannier moderno, conferindo-lhe volume e estrutura, misturando tradição e modernidade. O resultado? Um vestido que é clássico, mas com um twist fashionista que só a alta-costura atual consegue entregar.

Para fechar o look, Alba apostou em plataformas e joias poderosas da Tiffany & Co., incluindo os brincos Jean Schlumberger e o anel “Bird on a Rock”.


Detalhes da peça criada por Jonathan Anderson (Foto: reprodução/Instagram/@voguebrasil)

O que esperar de Jonathan

A chegada de Jonathan Anderson a Dior gerou uma onda de expectativas entre os fãs de moda. A nomeação do designer irlandês como diretor criativo da Dior é histórica, sendo a primeira vez que uma única pessoa assume o comando das coleções femininas, masculinas e de alta-costura da maison desde o próprio Christian Dior.

Fãs e críticos estavam ansiosos para ver como Anderson, conhecido por sua abordagem contemporânea e ousada na Loewe, incorporaria sua visão à tradição da Dior.

A internet ficou dividida: teve quem achasse a silhueta exagerada, meio “ilusão de ótica”, e teve quem amou a ousadia. Mas, no fim, o consenso foi que Alba entregou referências, não só moda. Ela conseguiu misturar tradição e modernidade, trazendo aquele toque teatral que o tapete vermelho de Veneza sempre pede.