Amigo de Schumacher diz que público não deve ver o piloto novamente
Richard Hopkins, ex-chefe de operações da Red Bull, revelou em entrevista que família deseja manter privacidade do piloto; ele sofreu um acidente em 2013
Richard Hopkins, ex-chefe de operações da Red Bull, concedeu uma entrevista ao SPORTbible na última quarta-feira (19). Na ocasião, contou a respeito do estado de saúde do amigo, o ex-piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher e sobre a decisão da família do atleta de manter a privacidade.
O piloto está longe das pistas desde 2013, quando sofreu um grave acidente de esqui nos alpes franceses. Desde então a família mantém um sistema de rigoroso de privacidade, com poucos visitantes e nenhuma imagem divulgada ao público.
Relato de Hopkins
“Não acho que veremos Michael novamente. Sinto-me desconfortável em falar sobre o estado de saúde dele devido ao sigilo que a família, por razões justificadas, deseja manter”, afirmou o britânico. A amizade dos dois começou em 1990, quando Hopkins trabalhava como mecânico da MCLaren e a paixão por carros em comum os conectou. Durante a entrevista, ele reforçou que hoje não faz parte do grupo de pessoas que acompanha de perto o dia a dia de Schumacher.
De acordo com Hopkins esse círculo é restrito a pessoas como Gerhard Berger, Jean Toldt e Ross Brawn, que continuam visitando-o frequentemente. Ele brinca dizendo que mesmo que o repórter oferecesse uma quantidade enorme de vinho a Ross Brawn, ainda assim, ele não contaria nada. Hopkins diz que há um respeito mútuo entre as pessoas que visitam Michael e a família do piloto. “Mesmo que eu soubesse de alguma coisa, a família ficaria desapontada se eu contasse”, revelou durante a entrevista.
Ver essa foto no Instagram
Michael Schumacher ao vencer o Grand Prix do Japão, em 2000 (Foto: reprodução/Instagram/@michaelschumacher)
Como está Schumacher atualmente
O jornalista e especialista em F1 Felix Gorner declarou em março deste ano que o ex-piloto não consegue mais se comunicar verbalmente e depende 100% de seus cuidadores. Aos cuidados da esposa, Corina Schumacher, ele vive entre duas residências: uma na região do Lago de Genebra, na Suíça e outra em Maiorca, na Espanha. E apenas vinte pessoas teriam autorização para visitá-lo.
Apesar da vontade da família em manter a privacidade do ex-piloto, frequentemente sofrem tentativas de extorsão. A última aconteceu quando um ex-funcionário chantageou a família, pedindo 13 milhões de libras para não divulgar vídeos, documentos médicos e fotos do ex-piloto. Markus Fritsche foi descoberto e condenado a dois anos de prisão.
