Média móvel de mortes por covid volta a subir

Nas últimas 24 horas o Brasil registrou 69 mortes pela Covid-19. Nesta quinta-feira (24), a média móvel diária de óbitos era de 72, o que representa um aumento de 56% em comparação com 14 dias atrás.

Nesse período foram contabilizados 22.637 novos casos da doença, que totalizam 35.104.673 infecções desde o início da pandemia em 2020. A média móvel de casos está em 19.090, alta de 126% em relação aos números de 14 dias atrás. O balanço mais recente foi divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e apontam o total de 689.341 mortes ocorridas em decorrência do coronavírus.

A média móvel do dia é comparada à de duas semanas atrás por recomendação dos especialistas devido ao tempo de incubação do coronavírus. Variações no número de mortes ou de casos de até 15%, para mais ou para menos, não são consideradas significativas. Já percentuais acima ou abaixo disso podem representar uma tendência de crescimento ou queda.


Teste de covid positivo (Foto: Reprodução/ Suamy Beydoun/AGIF)


 O aumento do número de casos graves foi registrado em ao menos 15 estados de acordo com um boletim divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta semana, o que aponta para o surgimento de uma nova onda. Os números do levantamento são relacionados às últimas seis semanas.

A maior parte dos infectados é maior de 60 anos e os especialistas alertam para a necessidade de cumprir o esquema vacinal completo, com as quatro doses disponíveis para garantir maior proteção contra o agravamento da doença. Houve um aumento também na procura por exames, uma alta de 194% nos exames realizados entre os dias 5 e 11 de novembro. Da mesma forma, a quantidade de testes positivos na rede privada também aumentou nesse período passando de 23,1% (entre 29 de outubro e 4 de novembro) para 39,9%. Algumas prefeituras já começam a recomendar novamente o uso de máscara em locais fechados, transportes públicos e instituições de saúde.

 

Foto destaque: Idosos usam máscara em ruas de São Paulo. Reprodução/ Rovena Rosa/ Agência Brasil

Novembro Azul: saiba por que o bigode virou símbolo dos cuidados com a saúde do homem

Durante todo o mês, o Novembro Azul traz a importância de conscientizar sobre o câncer de próstata, doença que afeta principalmente homens acima de 50 anos de idade. Como símbolo, a campanha traz o desenho do bigode, refletindo sobre a importância de dar cada vez mais atenção à saúde masculina.

Em 1999, na Austrália, um grupo de 30 amigos resolveu deixar o bigode crescer para chamar a atenção sobre os cuidados com a saúde do homem. Nas ruas, eles arrecadaram quantias de dinheiro que, posteriormente, foram doadas para instituições de caridade. Como em 17 de novembro já se era comemorado o Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata, o mês foi escolhido para iniciar o movimento. A ideia fez com que a história fosse contada cada vez mais e, em 2004, surgiu o Movember Foundation Charity – sendo a união de Moustache (bigode em inglês) com November (novembro) – para dar voz ao tema.

Historicamente, os homens são menos preocupados com a própria saúde do que as mulheres e, com a chegada da pandemia, esse cenário ficou ainda mais grave. A principal maneira de evitar diagnósticos tardios é a partir da detecção precoce, que deve ser feita a partir de exames regulares e preventivos, assunto que ainda é um tabu para o público masculino.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o câncer de próstata é o tipo mais comum em homens, (com exceção do câncer de pele não melanoma), causando a morte de 28,6% que desenvolve neoplasias malignas. A cada 38 minutos no Brasil, um homem morre por causa da doença, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Até o final de 2022, são estimados 65.840 casos de câncer de próstatas no Brasil.

“A partir do Novembro Azul, é necessário lembrar que o tema deve ser ainda mais discutido e ampliado. Com o diagnóstico precoce, as chances de cura do câncer de próstata aumentam significativamente – podendo passar de 90% – além de permitir que o tratamento seja menos invasivo”, destaca o oncologista clínico Andrey Soares, do Grupo Oncoclínicas São Paulo.


(Foto Reprodução)


Além da próstata

Apesar do câncer de próstata ser o mais comum em homens, é necessário também abrir os olhos para os cânceres de pênis e testículos. Mesmo sendo prevalentes em 2% e 5% dos casos respectivamente, não devem ser negligenciados.

No caso do câncer de pênis, por exemplo, o diagnóstico tardio leva a mais de mil amputações por ano no Brasil. Suas causas possuem fatores como: falta de uma boa higiene e infecções – geralmente por relações sexuais – por HPV. Quanto ao câncer testicular, apesar de não ser associado a causas ambientais, costuma acontecer em jovens de 15 a 50 anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o problema pode até mesmo ser mascarado por ser confundido com processos inflamatórios e infecciosos. Por ano, cerca de 360 pessoas são diagnosticadas já em estágios avançados da doença.

Sem tabu!

Um levantamento feito pelo Centro de Referência em Saúde do Homem do Estado de SP mostrou que não é à toa que 70% das mulheres comparecem às consultas médicas com seus parceiros, resultado de que o diagnóstico precoce e o cuidado proativo e preventivo não é comum para o público masculino.

“Ainda existe uma resistência dos homens fazerem o acompanhamento médico de prevenção. Vale lembrar que pessoas afrodescendentes ou que tenham parentes de primeiro grau com a doença, é necessário fazer os exames antes dos 45 anos. Quanto antes o diagnóstico for feito, maiores são as chances de sucesso no tratamento, fazendo com que as chances de cura chegam a 90%”, finaliza o Dr. Andrey.

De novembro a novembro, é preciso estar sempre alerta aos sinais do câncer

A informação é ferramenta determinante para desmistificar o câncer de próstata e incentivar a descoberta da doença em estágios iniciais. Não à toa, no Novembro Azul a tônica central das ações de conscientização traz o reforço da necessidade de um olhar atento para a realização de exames preventivos e consultas com especialistas.

Foto Destaque: Reprodução

Alerta TCU sobre a falta de dados de vacinação e mortes pós-Covid-19

Segundo o relatório do Ministério da Saúde, “o planejamento das políticas de saúde, em razão do número elevado de possíveis casos, pode ser afetado”. 

Dessa forma, ele foi entregue à nova equipe de transição de governo como forma de alerta para a ausência de dados sobre a vacinação contra a Covid-19 na gestão do governo de Jair Bolsonaro (PL).  

Então o Ministério da Saúde, contestou o documento do tribunal, é inverídica a informação de que o relatório do TCU aponta que o Ministério da Saúde não possui informações sobre a vacinação contra a Covid-19.

“constatou-se não ser possível avaliar o cumprimento das metas de imunização, uma vez que não foram identificados indicadores para cada grupo prioritário e faixa etária indicando a cobertura vacinal”. Conforme o trecho do documento do TCU. 


Foto: Dois frascos de vacina covid-19( reprodução/ agencia senado)


Outro ponto relatado pelo TCU é que uma auditoria realizada no Ministério da Saúde revelou que a pasta não contém boletins epidemiológicos, que contém dados de morbimortalidade da síndrome Pós-Covid 19. 

Devido ao elevado número de casos possíveis e ter determinado que não era possível extrair dados dos painéis da NSF para que pudessem ser comparados com outras bases, o apoio às entidades locais face à situação”, explica o relatório.

A ausência desses dados dificulta o avanço no combate à SARS por meio de avanços em vacinas e novas áreas da medicina para melhorar as informações de gestão sobre a pandemia, informaram técnicos do TCU. 

O relatório do TCU também fez um diagnóstico do Sistema Único de Saúde (SUS), destacando que “há indícios de insustentabilidade do atual modelo do SUS, e a falta de comprovação para a assistência exige um debate aprofundado sobre o tema”. 

Ainda de acordo com o relatório do TCU, “apesar do sistema público de saúde brasileiro ser universal, gratuito e integral, há indícios de falta de atendimento e de a maior parte dos gastos com saúde de origem privada”.

 

Foto de destaque: Um frasco da vacina da covid-19( reprdução/agencia brasil) 

Entenda os benefícios de praticar exercícios durante o período menstrual

Cólicas são recorrentes na vida de muitas mulheres, um sintoma comum de que a menstruação está para chegar. Estima-se que mais da metade em idade fértil sofra com dores durante esse período. Somam-se a elas outros desconfortos, como sensação de inchaço, maior sensibilidade em algumas áreas do corpo e fadiga. As alterações hormonais acabam por modificar a rotina, já que a vontade de ficar em repouso pode vencer as atividades do dia. No entanto, manter o hábito de praticar exercícios no momento de cansaço é saudável e contribui para a melhora dos sintomas.

De acordo com o ginecologista Patrick Bellelis, colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, o exercício físico nesta fase tem efeitos benéficos, e deve ser praticado já no período que antecede o ciclo. “Além do fluxo em si, os sintomas pré-menstruais podem ser incômodos, por isso, é importante essa continuidade. Exercícios aeróbicos como natação, caminhada, corrida e ciclismo estão entre os recomendados. Eles podem ajudar a aliviar a dor, superar sintomas como depressão e fadiga, e reduzem a retenção de água e o inchaço, o que é muito comum e desconfortável”, explica o especialista.

Exercitar-se durante a menstruação mantém a mulher ativa durante todo o dia e combate a vontade de estar deitada. “O esporte melhora a circulação sanguínea em todos os músculos do corpo e os enriquece com oxigênio e nutrientes. Isso melhora a capacidade do músculo de liberar mais energia. Além disso, a menstruação pode causar problemas no estado de espírito. É comprovado que a realização de exercícios de baixa ou média intensidade melhora muito o humor”, argumenta Bellelis.

A princípio, pode parecer difícil começar a praticar exercícios nessas condições, mas o médico afirma que basta um pequeno empurrão e o resto se seguirá. “Como a atividade física diminui os hormônios como o cortisol e aumenta outros como a serotonina e a dopamina, em pouco tempo é possível notar a sensação de bem-estar e fica mais fácil seguir”, conclui.

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Pode ou não fazer cirurgia plástica no verão? Descubra agora as vantagens e desvantagens

É um receio muito comum relacionado a fazer cirurgia plástica no verão. Muitas dúvidas surgem sobre a influência das altas temperaturas, um possível aumento do inchaço, maior desconforto e até sobre a necessidade de repouso. Apesar desses e de outros fatores relacionados à estação mais quente do ano, o cirurgião plástico da Clínica Libria, Dr. Hugo Sabath, esclarece que é sim possível fazer cirurgia plástica no verão com resultados bem-sucedidos, desde que sejam tomados alguns cuidados adicionais em relação ao sol e ao calor.

Ao pensar em realizar uma cirurgia plástica, é importante levar em consideração o pós-operatório, afinal, será necessário afastar-se por um período do trabalho de acordo com a recomendação médica.

Principais vantagens

O pós-operatório requer tranquilidade, repouso, entre outros cuidados. Sendo assim, devido às férias de verão, você não precisa levar e buscar as crianças na escola, por exemplo, bem como não ter outros compromissos de rotina que podem atrapalhar o período pós-operatório.

“Geralmente, durante o verão, o paciente consegue encontrar mais opções nas agendas de equipes médicas e cirurgiões. Assim, você poderá escolher um melhor dia para realizar a sua cirurgia plástica, aliando-a aos seus compromissos e a sua disponibilidade.” destaca o cirurgião da Clínica Libria.

Desvantagens

– Desconforto com o calor; O calor é o principal motivo de quem opta por fazer procedimentos cirúrgicos no inverno.

Se você puder contar com ar-condicionado, esta questão pode ser superada. Mas você se descuidar dos cuidados com a pele, inchaços podem aparecer ou se agravar;

– “Abrir mão” das férias e não poder tomar sol excessivo;

– Desconforto com o uso de cintas e modeladores.


(Foto/Reprodução)


Curiosidades e indicações

Quando pode tomar sol após a cirurgia plástica?

Após um procedimento desta natureza deve-se evitar a exposição direta sem proteção das áreas envolvidas. Sabe-se que a radiação ultravioleta consegue induzir a pigmentação de cicatrizes. E por isto o paciente precisa se abster do sol pelo período de dois a três meses, dependendo do procedimento realizado.

O Dr. Hugo Sabath explica que é indicado que você evite completamente a exposição solar por, no mínimo, 30 dias. Logo nas primeiras semanas após a cirurgia plástica, enquanto ao redor da incisão cirúrgica estiver inchado e com hematomas, você não deve se expor ao sol nem com protetor ou coberto com roupa de proteção UV. Tomar sol na cicatriz irá deixá-la escura e pode ser irreversível.

Nos primeiros 3 meses após a cirurgia plástica, a produção de melanina é mais intensa nesse período, dessa forma é preciso manter o cuidado redobrado. É importante deixar claro que o pós-operatório e o tempo de recuperação precisam ser discutidos com o médico.


(Foto/Reprodução)


Mais dicas para uma boa recuperação:

– Usar roupas leves;

– Manter uma alimentação equilibrada e leve. O recomendado é ingerir muitas frutas, legumes e verduras;

– Beber bastante líquido;

– Não se automedicar. Somente utilizar os medicamentos recomendados pelo médico. 

O cirurgião da Clínica Libria esclarece que o ideal é não tomar sol direto na cicatriz até que ela amadureça por completo (quando passa de vermelha para branca). Isso varia conforme cada organismo e pode levar de 1 até 2 anos. Caso precise se expor, é importante cobrir a cicatriz com protetor solar e a roupa por cima.

Foto Destaque: Reprodução

Anvisa aprova duas vacinas da Pfizer atualizadas para subvariantes da ômicron

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permitiu, na última terça (22/11), o uso emergencial de duas vacinas bivalentes contra a Covid-19 fabricadas pela Pfizer.

Sendo que a vacina bivalente possibilita a imunização contra mais de uma variação do coronavírus, a primeira versão divulgada pela fabricante foi desenhada com a cepa original do Sars-CoV-2 e a ômicron BA.1, que se proliferou de forma rápida por todos.

“Nenhum contexto de preocupação adicional das vacinas bivalentes quando confrontadas ao perfil de segurança da vacina monovalente original”, afirmou ainda.

Segundo a diretora da Anvisa, Meiruze de Sousa Freitas, a utilização das vacinas bivalentes pode auxiliar os brasileiros, em especial os vulneráveis, a precaver doenças graves ou a morte. “Ainda reforço que a aprovação da bivalente não desautoriza o uso das vacinas monovalentes aceitas pela Anvisa ou adquiridas por meio do Covax Facility”, declarou.

O imunizante bivalente BA.1 foi aceito em 35 países. Já o bivalente BA.4/BA.5 foi aceito em 33 países. As vacinas feitas no primeiro ano de 2020, que usam apenas o jeito ancestral do coronavírus em sua formulação, exibem eficiência reduzida frente às novas cepas, fundamentalmente para proteção de casos leves e moderados.

Por isso, para médicos e especialistas, o Brasil deveria começar a aplicação do reforço com as novas vacinas bivalentes em pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde, por exemplo.

“O que é observado nos países do hemisfério Norte é o avanço justamente com essa vacina de várias vertentes. Seria bom que já tivesse iniciado essa discussão no PNI [Programa Nacional de Imunização] para o ano que vem”, afirmou o especialista em infectologista e estudioso da Fiocruz, Julio Croda.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou que há contrato com a Pfizer no qual novas vacinas aceitas pela Anvisa podem ser pedidas, inclusive as bivalentes. O chefe da pasta comunica que ainda não foi realizado porque não havia a aprovação da Anvisa.

“Não será problema para o Ministério da Saúde. Tem que verificar com a Pfizer a situação de entrega dessas doses, será uma resolução da área técnica. As vacinas bivalentes são opção e não substituem as atualmente disponíveis, o fundamental é a aplicação das doses de reforço em quem não tomou ainda”, anunciou.


Vacina. (Foto: Reprodução/Pexels)


Em publicação, a Pfizer declarou que, com os aceites desta terça, as vacinas atualizadas para a ômicron podem ser entregues ao país já nas próximas semanas. “O contrato atualmente vigente de fornecimento de vacinas da Pfizer ao país inclui a chegada de potenciais vacinas adaptadas a novas variantes e/ou para várias faixas etárias”, afirmou a farmacêutica.

A equipe de transição do presidente eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não relatou em detalhes os planos para a vacinação, mas diz que a gestão será realizada por evidências científicas, inclusive em relação à vacina.

Membros da Anvisa ainda afirmam que a vacina monovalente, mantém a eficiência contra a doença na forma grave e óbitos, desde que sejam tomadas as doses conforme a recomendação do Ministério da Saúde.

 

 

Foto destaque: Vacina. Reprodução pexels.

Praticar corrida faz bem para os joelhos, apontam estudos; veja como evitar lesões

Sempre foi vendido a ideia de que o impacto da corrida poderia prejudicar os joelhos, mas pesquisas divulgadas nos últimos anos mostram que os pontos positivos do esporte para as articulações são maiores do que os riscos.

O doutor em ciências da motricidade e professor da EEFERP-USP (Faculdade de Educação Física de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo), Paulo Roberto Pereira, afirma que articulações como a do joelho não contém vasos sanguíneos e, por isso, necessitam se movimentar para se manterem irrigadas e nutridas.

O efeito causado por uma caminhada resistente ou pela corrida favorecem essa nutrição e mantém as articulações saudáveis, como mostrou uma revisão divulgada no estudo científico Physical Therapy in Sport.

O especialista disse que corridas e caminhadas de até 30 minutos não devem causar ferimentos em pessoas saudáveis. Contudo, é recomendado que o ritmo seja elevado de forma gradual, que os treinos sejam intercalados com dias de descanso e que o corredor iniciante cheque se não tem enfermidade, como arritmias, antes de praticar o esporte.

A corrida ajuda a saúde cardiovascular e respiratória, precaver doenças metabólicas como a diabetes e eleva a longevidade, como apontou um artigo de revisão divulgado na revista British Journal of Sports Medicine.

Segundo alerta da OMS (Organização Mundial da Saúde), 150 minutos por semana de exercício físico moderado ou 75 minutos de atividade intensa são o razoável para garantir esses benefícios para a saúde.


Caminhada no parque. (Foto: Reprodução/Pexels)


Duas pesquisas atuais também apontaram que, ao contrário do que se acreditava, a corrida não deve ser rejeitada por indivíduos com doenças articulares, como a osteoartrite.

“Na verdade, hoje sabemos que o sedentarismo prejudica muito mais para uma artrose do que algumas atividades, mesmo as que envolvem certo impacto”, diz o fisioterapeuta e especialista em ortopedia e traumatologia, Guilherme de Carvalho Sposito.

O médico diz que o procedimento para este tipo de patologia não deve ser feito levando em consideração apenas um achado clínico, como o exame de imagem, e mostra a intensidade e os benefícios do esporte depender de questões como a idade, o condicionamento físico, as doenças relacionadas e a disposição do paciente.

O especialista ortopedista Marco Demange, professor do departamento de ortopedia e traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), faz três conselhos simples para evitar lesões nos joelhos durante a corrida.

ALONGUE-SE CERTAMENTE E FORTALEÇA A MUSCULATURA

Os músculos da coxa, panturrilha, dos glúteos e do abdômen são fundamentais para manter uma postura adequada durante a corrida e, por isso, devem ser consolidados antes da prática esportiva.

A musculatura da perna, em específico, é fundamental para aliviar o peso depositado sobre os joelhos, por isso, os praticantes devem dar mais atenção a ela.

O alongamento também é muito importante antes e depois de atividades, diz Demange. Essa elaboração auxilia na maior flexibilidade muscular e das articulações e, consequentemente, na prevenção de ferimentos.

CUIDADO COM O SOBREPESO

O especialista informa que durante a corrida, o efeito sobre as articulações do joelho pode ser igual a até 4 vezes o peso da pessoa e, por isso, indivíduos obesos ou com sobrepeso têm uma possibilidade maior de sofrer lesões.

Guilherme de Carvalho Sposito ainda afirma que a maior quantidade de gordura pode causar inflamações, o que pode o tornar predisposto à dor. Contudo, ele defende que essas pessoas não se privem de praticar atividades ou correr, mas sim se preparem bem, com melhora do condicionamento físico, antes de praticar.

DESCANSE

Qualquer exercício de impacto deve ser seguido por um momento de descanso para que o corpo se recupere. Com a corrida não é diferente. O momento é preciso para que os músculos e as articulações se ajustem e, quando for o caso, se regenerem.

Esse conselho é ainda mais fundamental quando há qualquer tipo de inflamação nos músculos ou tendões. Elas são habituais em corredores iniciantes e costumam ser invertidas sem a necessidade de intervenções médicas. Entretanto, é preciso de um período de descanso para esta recuperação acontecer.

Se o corredor sentir qualquer dor durante a atividade, a prática deve ser interrompida. Caso os incômodos persistam, um especialista deve ser buscado.

 

Foto destaque: Corrida. Reprodução pexels.

Anvisa aprova uso de duas vacinas bivalentes contra a Covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em reunião na noite desta terça-feira, 22, liberou o uso das chamadas “vacinas bivalentes” na luta contra a Covid-19 produzidas pela empresa Pfizer. De acordo com informações do “g1”, sendo considerados de “segunda geração”, tais imunizantes foram elaborados com o propósito de oferecer proteção extra contra a ômicron e suas subvariantes. 

As vacinas bivalentes, segundo a decisão da Anvisa, podem ser aplicadas no Brasil como dose de reforço na população com idade acima de 12 anos. O imunizante vai ser identificado por conta do frasco com a tampa na cor cinza.  


Post sobre o assunto. (Reprodução/Twitter @g1)


A autorização é para o uso emergencial e, por unanimidade, foi aprovada pelos cinco diretores da agência reguladora em uma reunião extraordinária.  

Meiruze Freitas, diretora da Anvisa e relatora do caso, que deu parecer favorável para as vacinas bivalentes da Pfizer, disse: “As vacinas atuais ainda demonstram eficácia na prevenção de casos graves e óbitos. Contudo, as vacinas bivalentes se apresentam como mais uma ferramenta que pode ser incorporada na estratégia de vacinação para combate à Covid-19”

Os imunizantes que foram aprovados são: bivalente BA.1 e a bivalente BA.4/BA.5.

bivalente BA.1: Esse protege contra a cepa original e também contra a subvariante ômicron BA.1.

bivalente BA.4/BA.5: Protege o organismo contra a cepa original e também contra as subvariantes ômicron BA.4/BA.5. 

Quem acompanhou a relatora foram outros três diretores, que são: Daniel Pereira, Rômison Mota e Alex Campos. Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, também deu voto a favor do uso dos novos imunizantes.

A Pfizer, em nota, declarou que o esperado é que as vacinas BA.1 e BA.4/BA.5 cheguem ao Brasil nas próximas semanas. O atualmente vigente contrato de fornecimento de vacinas da Pfizer ao país inclui a entrega de potenciais vacinas adaptadas às novas variantes e/ou diferentes faixas etárias. 

A empresa afirmou: “Ressaltamos que a vacina monovalente original segue disponível para uso imediato nos postos de saúde e continuam sendo importante instrumento no combate à COVID-19, seja como esquema primário, assim como dose de reforço”

Tal versão atualizada da vacina contra a doença pandêmica já foi aprovada na União Europeia e nos Estados Unidos. 

Conforme o “g1”, a decisão foi tomada em um momento em que o Brasil registra uma prevalência da circulação de, pelo menos, quatro subvariantes da ômicron, e isso é apontado como uma das causas para o aumento de casos de Covid-19.  

Segundo a Pfizer, as vacinas bivalentes apresentaram um considerável aumento nos níveis de anticorpos  neutralizantes contra as subvariantes em indivíduos adultos depois de uma semana da aplicação. 

Quanto ao caminho para a aprovação, no Brasil, o primeiro pedido foi enviado para a Anvisa em 18 de agosto. A empresa Pfizer solicitou o uso emergencial de um imunizante que protegesse o organismo tanto da cepa original como da subvariante ômicron BA.1.

A farmacêutica, quando foi em 30 de setembro, entrou com um novo pedido de uso emergencial de outra versão que inclui as subvariantes BA.4/BA.5.

Depois do pedido, a Anvisa tinha 30 dias para decidir pela liberação ou não do uso do imunizante no território brasileiro. No início de novembro, a Anvisa recebeu um parecer de sociedades médicas a respeito das vacinas que protegem contra a ômicron.

Foto Destaque: Anvisa. Reprodução/Twitter @ootimistajornal. 

Simone Tebet cobra Ministério da Saúde por compra de vacinas

A candidata a presidência da república nas eleições de 2022 e senadora pelo MDB-MS, Simone Tebet, apresentou ao ministério da saúde um requerimento com oito questionamentos acerca da obtenção de vacinas de segunda geração para a Covid-19. A doença apresenta uma nova tendência de crescimento, de acordo com o ministério da saúde, no último dia 18 foram registrados 28.452 casos, no dia 18 do mês anterior, o número obtido foi de 8.283.

 

O documento apresentado pela senadora possui questionamentos acerca de novos contratos, além da atualização dos imunizantes, bem como a obrigatoriedade dos fabricantes de entregarem a nova geração de imunizantes, tendo em vista a nova variante da doença.  Em sua justificativa, Tebet critica a atuação do governo Bolsonaro frente à pandemia e explica: “A incompetência e a negligência do Ministro da Saúde que ocupou o cargo durante o maior tempo desse período impediu a aquisição antecipada de doses de vacinas e atrasou a imunização, resultando em muitos óbitos que poderiam ter sido evitados”.

 

O requerimento ainda é complementado com novos posicionamentos acerca da política em torno da Covid-19. São essas políticas questionadas pela senadora, a inclusão no Calendário Nacional de Vacinação da imunização contra Covid-19 e investimentos e parcerias do Ministério com fabricantes nacionais, como o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz. Esta última com a finalidade de garantir autossuficiência do Brasil na produção de insumos.

 

“Ainda é preciso fiscalizar a atuação do Poder Executivo quanto à política de imunização contra a covid-19, para impedirmos que o Brasil, mais uma vez, sofra com o desabastecimento desses produtos. As novas formulações foram atualizadas para incorporarem variantes mais recentes do vírus, o que é essencial para a segurança sanitária da população brasileira”, finaliza o posicionamento de Tebet.

 

Na última semana, o Observatório Covid-19 da Fiocruz se posicionou com a orientação da volta ao uso de máscaras em locais fechados, com pouca ventilação ou aglomeração de pessoas. A recomendação segue para aqueles que estão como grupos de risco da doença: imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades.

 

Foto Destaque: Simone Tebet envia requerimento questionando Ministério da Saúde. Reprodução/ Instagram

Covid-19: infectologista alerta para a falta de vacinas contra subvariantes

O aumento de casos da Covid-19 voltou a deixar em alerta a população e os profissionais da saúde. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo já apresentam tendência de crescimento.

Entre as causas apontadas, estão a presença de subvariantes do covid-19, como a BQ.1, e a flexibilidade nas medidas de prevenção, como a volta das aglomerações, a falta do uso de máscaras e de higienização. É o que confirma o infectologista do Hospital IGESP, Marcos Antônio Cyrillo.

“Houve aumento no número de casos leves, moderados e graves (internados em UTIs), e isso acontece porque diminuímos as medidas não farmacológicas, além do isolamento e realização de testes. Precisamos ficar em alerta pela tendência ser de crescimento semana a semana” explica o especialista.

Na última semana, o Observatório Covid-19 da Fiocruz voltou a orientar o uso de máscaras em locais fechados, com pouca ventilação ou aglomeração de pessoas. A ação de obrigatoriedade das máscaras já está sendo retomada em outros países, e para o médico, o Brasil deve em breve retomar medidas mais robustas em relação a isso.

Vacinas

Especialistas afirmam que a melhor medida de proteção contra o coronavírus é a vacina, sendo fundamental completar o esquema de imunização, incluindo a 2ª dose de reforço. O infectologista do Hospital IGESP ressalta que a preocupação é em relação ao fato de que as subvariantes da Ômicron respondem menos aos imunizantes disponibilizados no Brasil.

Cyrillo aponta dois caminhos a serem tomados no país: “a 5ª dose com a vacina disponível ou trazer os imunizantes chamados de bivalentes da Moderna, ou Pfizer, eficientes contra as novas variantes. Os norte-americanos e os europeus já estão tomando, e por aqui não temos previsão para aquisição de vacinas”, finaliza o infectologista.

Foto Destaque: Reprodução