Conheça o medicamento que consegue retardar a progressão do Alzheimer

Uma droga experimental retarda modestamente a progressão inevitável da doença de Alzheimer, uma doença que destrói lentamente a memória e as habilidades de pensamento, entre outras funções mentais importantes, relataram pesquisadores na terça-feira. 

 

O Lecanemab, produzido em conjunto pela empresa de biotecnologia norte-americana Biogen e pela empresa farmacêutica japonesa Eisai, já havia mostrado resultados positivos em setembro, quando foi anunciado que a droga reduziu a taxa de declínio cognitivo em uma escala de demência clínica em cerca de 27% em um período de 18 meses (a taxa em comparação com pacientes que receberam placebo).

 

 Agora, as empresas apresentam os resultados completos de seu estudo com quase 1.800 participantes de 50 a 90 anos com doença de Alzheimer em estágio inicial em uma conferência em San Francisco, EUA, e na prestigiosa revista científica Esses materiais foram publicados no The New British Medical Journal .


Foto: As celulas cerebrais com o efeito da droga (reprodução/ pixess) 


Mas, apesar dos novos dados aclamados, a droga – um anticorpo projetado para remover depósitos de uma proteína chamada beta-amilóide que se acumula no cérebro de pacientes com Alzheimer Acumulação no cérebro – associada a um inchaço perigoso do cérebro – em quase 13 por cento dos pacientes envolvidos no estudo.

Alguns pacientes também apresentaram hemorragias cerebrais, incluindo grandes hemorragias em cinco pacientes e micro-sangramento em 14% dos pacientes – um sintoma em que foi relacionado à morte de duas pessoas que receberam o medicamento em um estudo de acompanhamento.

No entanto, essas mortes ainda estão sob investigação porque os cientistas ainda não têm certeza se foram causadas pela droga. Maria Carrillo, diretora científica da Alzheimer”/s Association of America, disse que as descobertas do estudo são importantes justamente porque mostram que a droga ataca o beta-amilóide, um dos principais fatores que contribuem para a progressão da doença de Alzheimer.

 

 

Foto de destaque: O laboratorio com a droga experimental (reprodução/ agencia brasil) 

 

Muito além do vírus: pessoas com HIV estão vivendo com mais qualidade de vida

  • Cerca de 960 mil pessoas vivem com HIV hoje no país. Indivíduos 50+ representam cerca de 33% dessa população.
  • HIV além do vírus: Com o envelhecimento dessa população, o olhar integral para o indivíduo é fundamental. Doenças renais e cardiovasculares são algumas das comorbidades que mais acometem essas pessoas

Quatro décadas já se passaram desde a identificação dos primeiros casos de infecção pelo HIV no Brasil. De lá para cá, grandes conquistas aconteceram. Podemos citar dois marcos que foram importantes no Brasil, hoje um dos países referência no enfrentamento do vírus: a introdução da terapia antirretroviral com distribuição gratuita pelo SUS, e o acesso aos serviços de saúde especializados para prevenção e diagnóstico. Esses marcos trouxeram benefícios para a saúde das pessoas que vivem com o vírus, permitido que elas retomem e concretizem seus projetos de vida. A partir daí, foi possível observar uma menor incidência de outras infecções e a queda de mortalidade, o que possibilitou o envelhecimento dessa população.

Doença crônica como a hipertensão e o diabetes, a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) pode ser controlada desde que o paciente siga o tratamento indicado e acompanhe a progressão da doença com frequência. Segundo o último Relatório de Monitoramento Clínico do HIV[1], estima-se que ao final de 2021 havia aproximadamente 960 mil pessoas vivendo com HIV no país, das quais 89% estavam diagnosticadas e 82% faziam o tratamento com antirretrovirais (TARV). Das pessoas em tratamento há pelo menos 6 meses, 95% atingiram supressão viral (CV inferior a 1.000 cópias/mL) e 90% estão com vírus intransmissível (CV inferior a 50 cópias/mL).

O Brasil está dentro da meta global do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre /AIDS (UNAIDS) no critério supressão viral (CV inferior a 1.000 cópias/mL), que é de 95%. Esses números mostram a importância da adesão e da continuidade do tratamento.

Envelhecimento da população com HIV

Tivemos um aumento significativo da população 50+ nas últimas décadas em todo o mundo. Dados divulgados pela UNIAIDS mostram que de 1995 a 2015 a prevalência global de HIV entre indivíduos dessa faixa etária mais que dobrou: das 36,7 milhões de pessoas com HIV em todo o mundo em 2015, 5,8 milhões (15,8%) tinham 50+. Ainda em relação a faixa etária, dados do Relatório de Monitoramento Clínico do HIV de 2021 do Ministério da Saúde mostram que, do total de pessoas vivendo com HIV no Brasil, a população 50+ representava 33% (cerca de 256 mil). Dessas, 90% estavam em TARV e 82% das que estavam em tratamento haviam atingido supressão viral.

“Hoje, a expectativa de vida das pessoas com HIV é praticamente igual a das pessoas que não vivem com o vírus. A população 50+ é uma das que mais adere aos programas de saúde e ao tratamento com antirretrovirais”, afirma o infectologista, Dr. Álvaro Furtado, médico assistente do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da HC-FMUSP e integrante da equipe do ambulatório de HIV/AIDS do CRT/Santa Cruz da Secretária de Saúde de São Paulo.

Mas mesmo com o aumento da qualidade de vida desse paciente, o envelhecimento também traz um maior risco de desenvolver comorbidades não transmissíveis associadas à idade, como hipertensão, infarto do miocárdio, doença arterial periférica e função renal. Dados de um estudo holandês mostram que em 2030, cerca de 84% dos pacientes terão 1 ou mais doença não relacionadas a aids, 28% terão 3 ou mais doenças e apenas 16% dos pacientes infectados pelo HIV não terão outras doenças.

A situação pode ser agravada em pacientes com HIV que não fazem o acompanhamento médico corretamente, indo as consultas e fazendo os exames periódicos, seja para prevenir possíveis comorbidades, identificar o aparecimento de alguma outra doença, ou monitorar a ação do próprio vírus no organismo. Um exemplo é o exame de contagem de linfócitos CD4, que são células do sistema imunológico atacadas pelo HIV. Ele pode ajudar a adotar medidas preventivas para evitar infecções oportunistas e auxiliar o médico a orientar o tratamento.

“É preciso seguir um contexto global de atenção à saúde. Os pacientes que aderem às consultas e aos exames periódicos, conseguem manter a imunidade em dia, além de evitar, ou tratar precocemente, outros problemas de saúde”, declara o especialista. Dr. Álvaro também alerta em relação a importância de adotar um estilo de vida saudável. “Dieta e exercícios físicos precisam fazer parte do dia a dia desse paciente”, finaliza.

Abordagem multidisciplinar

Os médicos e o próprio sistema de saúde precisam estar preparados para olhar integralmente para esse paciente, além de estimular a sua adesão ao tratamento. “Considerando o risco aumentado dessa população de desenvolver outras doenças, a abordagem multidisciplinar é fundamental e deve incluir também outros tipos de avaliações, como as metabólicas, pressão arterial, função renal, triagem para depressão, entre outras”, alerta Dr. Alexandre Naime Barbosa, médico infectologista e Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Estigma diante do HIV

O preconceito e a falta de acolhimento dentro e fora do sistema de saúde ainda estão muito presentes no dia a dia desse paciente. Manter segredo sobre o diagnóstico pode ter um impacto negativo na adesão ao tratamento. O contrário acontece quando o paciente consegue conversar sobre o assunto com pessoas de confiança da família ou entre seus amigos. “É preciso criar um ambiente social livre de discriminação para que o paciente se sinta bem e confiante para aderir ao tratamento e se preocupar com a sua qualidade de vida”, afirma Dr. Alexandre.

Sobre o HIV

HIV é a sigla em inglês para o Vírus da Imunodeficiência Humana, que pode causar a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids). Diferente de outros vírus, ainda não há cura para o HIV, o que significa que o paciente terá que conviver com a infecção pelo resto da vida. No entanto, é possível controlar a doença por meio da terapia antirretroviral (ART) disponível gratuitamente, que prolonga a qualidade de vida e reduz as possibilidades de transmissão.

O HIV pode ser propagado por meio de relações sexuais (vaginal, anal ou oral) desprotegidas (sem camisinha) com uma pessoa já infectada pelo vírus, pelo compartilhamento de objetos cortantes contaminados, como alicates, seringas, agulhas, entre outros, e de mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.

Foto Destaque: Reprodução

Busca por hemodiálise triplica após a pandemia da Covid-19

A hemodiálise é um procedimento que realiza a função do rim no corpo humano, retirando as toxinas, água e sais minerais pelo auxílio de uma máquina. Naturalmente, os rins é que fazem este papel importante no corpo, limpando e eliminando por meio da urina, as substâncias ruins do organismo.

Esse método, que é responsável pela sobrevivência de mais de 140 mil brasileiros, os quais não conseguiriam sobreviver sem este tratamento, chegou a triplicar durante a pandemia da Covid-19. “Durante a pandemia vivenciamos o momento mais crítico da Nefrologia no atendimento dos pacientes internados no hospital. A demanda de pessoas necessitando de terapia renal substitutiva triplicou em relação do número pré-pandemia”, afirma Bruno Vieira, médico nefrologista, em entrevista ao G1.

Muitos pacientes se recuperaram do Corona vírus, mas permaneceram com a disfunção renal e por conta disto a busca pela especialidade e a necessidade do procedimento aumentou.

Este tipo de procedimento começa muito antes do que se imagina “Para se conseguir realizar a hemodiálise é necessário que tenhamos água e materiais de qualidade, principalmente o capilar que é onde as impurezas e toxinas são removidas”, explica o médico. Ainda de acordo com o G1.


Explicação do tratamento (Foto: Reprodução/pro rim)


Também é necessário máquinas com boa tecnologia, enfermeiros e técnicos capacitados para realizar o procedimento. Segundo o site Pro rim, o procedimento é realizado por meio de uma máquina, Nessa máquina existe um filtro, chamado dialisador (rim artificial), usado para limpar o sangue. O sangue é bombeado por meio de um cateter (tubo) ou de uma fístula arteriovenosa (ligação entre uma artéria a uma veia).

É de extrema importância para esses tratamentos estar em uma instituição segura, a clínica DaVita (prestadora de serviço do hospital da Beneficência Portuguesa de Santos) é referência mundial neste tipo de tratamento, a clínica DaVita presta atendimento em todos os setores de Terapia Intensiva, Enfermaria, Unidade Coronariana e quartos privativos. Realizando também Diálises, Plasmaférese e Peritoneal.

 

Foto Destaque: Máquina para o tratamento de Hemodiálise. Reprodução/Escola da paz.

Reset Metabólico realizado por Patrícia Baraúna é o programa de introdução a saúde mais procurado no Morumbi

O Reset Metabólico é o programa criado pela Patrícia Baraúna e se tornou o mais procurado, na região do Morumbi, para redução de peso.

Seus clientes estão perdendo até 8 quilos em apenas 30 dias, confira abaixo o método revolucionário que utiliza o que tem de mais moderno em tecnologia.

O que é o Reset Metabólico?

O Reset metabólico é um programa exclusivo de introdução à saúde que foi completamente desenvolvido pela especialista Patrícia Baraúna para acelerar o resultado dos procedimentos estéticos e pré criomodelagem, para obter feitos impressionantes.

Entretanto, o Reset Metabólico de Patrícia garante resultados ainda melhores que alguns procedimentos, pois o programa tem como objetivo desintoxicar o corpo, desinflamar e melhorar o funcionamento do seu organismo.

O programa é uma poderosa combinação que pode ser usado como pré criomodelagem, técnica desenvolvida pela Patrícia Baraúna. O tratamento é indicado para homens e mulheres.


(Foto/Reprodução)


Como funciona o Reset Metabólico?

Patrícia Baraúna explica que o programa conta com a entrega de um kit alimentação que pode ser realizado em duas fases. Alguns clientes vão precisar apenas da primeira fase, um kit para 4 dias, e o outros são necessários mais 3 dias, após a conclusão o cliente tem retornos pontuais para controle de peso.

Além disso, o programa também inclui consultas com uma nutricionista e suplementação de acordo com o seu caso. O Reset Metabólico acontece no período de 30 a 45 dias de tratamento para garantir uma mudança definitiva na autoestima e transformando de verdade o corpo.

Todo o processo não é invasivo, não utiliza anestesia e nem se trata de uma cirurgia plástica. Por isso, o Reset Metabólico surpreende tantas pessoas e todos os clientes da região do Morumbi estão extremamente satisfeitos.

O programa pode variar de R$2.500 a R$3.200 de acordo com o seu caso.

O Reset Metabólico funciona para homens e mulheres?

Patrícia responde que sim, o programa é para homens e mulheres. Afinal, todos nós sabemos que a autoestima é o centro de uma vida feliz.

O processo pode ser realizado para áreas específicas como abdômen, braços, glúteos, costas, flancos, joelhos, peitos (nos homens) e região interna da coxa.

Além disso, ela ainda explica que o tratamento também é indicado para as mamães que acabaram de ter bebê.

Foto Destaque: Reprodução

Boletim da Fiocruz mostra que 20 estados registraram alta nos casos de Covid-19

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), nesta terça-feira, 29, divulgou novo boletim Infogripe mostrando uma tendência de alto no número de casos de Covid-19 no Brasil. Esse crescimento já é registrado em 20 estados.

De acordo com informações do “g1”, no último levantamento, eram 15 estados e, há duas semanas, somente 12 apresentavam alta nos registros da doença.

Tal levantamento divulgado tem base nas últimas três semanas (tendência de curto prazo) e nas últimas seis semanas (tendência de longo prazo). O aumento no número de indivíduos infectados pelo vírus está presente em todas as regiões do Brasil e atinge 19 capitais.

Maioria dos infectados são adultos com idade acima dos 60 anos. O coronavírus, entre todos os diagnósticos de doenças respiratórias, corresponde a 71,3% dos resultados positivos nas últimas quatro semanas, no último boletim da Fiocruz, da semana passada, a porcentagem era de 61%. O levantamento, há 15 dias, indicava 47%.


Post sobre o assunto. (Reprodução/Twitter @agencia_fiocruz)


A base da análise são os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 28 de novembro.

Segundo o boletim da Fiocruz desta terça, os estados que registraram crescimento na quantidade de casos de Covid-19 são: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de janeiro, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. 

Já as capitais que registraram aumento são: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Teresina (PI). 

O citado veículo de comunicação mostrou que, segundo levantamento da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), entre 5 e 11 de novembro, a porcentagem de exames positivos para a doença pandêmica feitos na rede privada foi de 39,9%. Na semana anterior, de 29 de outubro a 4 de novembro, o número era de 23,1%. 

Outro aumento que teve foi o de exames realizados, foi de 18.510 para 54.380 no mesmo período (elevação de 194%).

De acordo com dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), na última semana de outubro, os testes de farmácias para Covid-19 voltaram a mostrar taxas de positividade de 20,75%. No consolidado do último mês, outubro findou com 7.986 testes positivos, 13,26% do total e 44% acima dos indicadores de setembro.

Foto Destaque: Fiocruz aponta que crescimento do número de casos é visto em todas as regiões do Brasil. Reprodução/Myke Sena/Ministério da Saúde.

Entenda a importância de tomar as doses de reforço da vacina contra o Corona Vírus

Diante da falta de orientações atualizadas do Ministério da Saúde, as decisões sobre a aplicação de doses de reforço da vacina contra o Covid-19 recaem sobre os estados e municípios. Com cada município utilizando critérios diferentes para a aplicação das vacinas, falta clareza sobre a importância de completar seu esquema vacinal para conter o novo aumento dos casos da doença.

A orientação mais recente do governo federal em relação ao assunto é de junho deste ano, e estabelece que todas as pessoas acima de 12 anos podem receber uma dose de reforço (ou terceira dose). Já a segunda dose de reforço (quarta dose) é recomendada apenas para maiores de 40 anos.

Para pessoas imunocomprometidas, são recomendadas duas doses de reforço acima dos 12 anos, e uma terceira dose de reforço (quinta dose) para aqueles acima de 40 anos. Estes são considerados os ciclos vacinais completos para cada faixa da população.

Entretanto, a maior parte das capitais adota esquemas vacinais diferentes deste e diferentes entre si. Há capitais que disponibilizam a quarta dose para toda população adulta e outras que já estão aplicando a quinta dose em idosos e imunossuprimidos acima dos 18 anos.


Corona Vírus – Covid-19 (Reprodução/Paho)


Com os casos de Covid-19 em alta novamente, é necessário reforçar a importância das doses de reforço para conter o avanço da doença.

De acordo com Álvaro da Costa, infectologista do Hospital das Clínicas, muitos fatores contribuíram para o aumento nos casos de Covid: O relaxamento do uso de máscaras, diminuição na imunidade conferida pelas vacinas com tempo e a volta de grandes eventos com aglomerações.

Com o avanço no conhecimento científico sobre os imunizantes contra o vírus, foi observado que a proteção tende a diminuir entre seis e oito meses após a aplicação das duas doses iniciais.

“As pessoas perderam o medo da pandemia, porque já se passaram dois anos, e agora os casos de amigos que pegaram são mais leves. A adesão às doses de reforço é baixa, pois elas não sabem o risco que estão correndo ao não se vacinarem novamente”, disse Álvaro em entrevista a CNN.

Segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde em novembro, mais de 70 milhões de brasileiros não receberam nem a primeira dose de reforço. Dentre as pessoas elegíveis, mais de 20 milhões não foram receber a segunda dose de reforço.

 

Foto Destaque: Vacina contra covid-19. Reprodução/ICTQ

Remoção do câncer de pele exige cirurgia plástica para reparação da região

O câncer de pele é um tema sensível para os brasileiros. O Brasil é um dos países do mundo com maior irradiação solar anual e a população ainda não aderiu completamente ao hábito de usar o protetor solar. Esses dois fatores impulsionam uma estatística cruel: o câncer de pele é o tumor maligno mais frequente entre os brasileiros, totalizando 30% de todos os cânceres registrados no país, com cerca de 200 mil novos casos por ano. “A maioria dos cânceres de pele localizam-se na cabeça e no pescoço onde o tratamento cirúrgico oncológico resulta em feridas operatórias que necessitam de boa reconstrução”, explica Renato Santos, cirurgião plástico oncológico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. A cirurgia para a extração do tumor é indispensável, porém, muitas vezes, ela gera lesões importantes na pele que precisam ser tratadas adequadamente. “A cirurgia plástica é necessária para reestabelecer a estética e a funcionalidade da lesão da pele, devolvendo a integridade à região”, explica Lydia Masako Ferreira, médica cirurgiã plástica e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. De acordo com a última pesquisa internacional, Plastic Surgery Statistics Report, mais de 5 milhões de pessoas fizeram a cirurgia plástica após a retirada do tumor em 2020. Esse número vem crescendo a cada ano.

Para recuperar a região

O objetivo é remover o tumor mas também garantir a melhor aparência possível sobre a cicatriz. Assim, a orientação é que o paciente, antes da operação, questione o médico sobre a necessidade de cirurgia plástica após a remoção do câncer e procure auxílio nesse sentido. “O cirurgião plástico possui especialização para atuar principalmente nas lesões maiores ou localizadas próximos a estruturas nobres do ponto de vista estético, como as que acometem ou estão próximas ao olho, nariz, orelhas e lábios”, exemplifica o especialista Renato Santos.

Os cirurgiões plásticos contam principalmente com duas alternativas cirúrgicas para a reconstrução da lesão. Uma delas é o que denominamos de Transplante livre ou Enxerto de pele que consiste na retirada de pele de outra parte do corpo do paciente e transferi-la para a lesão. A outra, quando o ferimento é de menor dimensão, pode ser realizado o denominado sutura primária da lesão, isto é, unir as extremidades das margens da pele excisada. O cirurgião plástico ao analisar o caso e acompanhar o paciente, saberá a melhor alternativa a se adotar.

A pele fala

Sinais de que é preciso procurar o médico

A auto-observação é fundamental para identificar possíveis marcas que exigem a avaliação médica. Normalmente, a regra para sinais pigmentados é verificar se houve alterações no âmbito ABCDE (assimetria, bordas irregulares, coloração heterogênea, diâmetro maior que 6 mm e evolução). Além desse, vale a pena atentar-se para…

  • Lesão na pele que não cicatriza em 4 semanas
  • Alterações de cor, tamanho ou textura em sinais já existentes
  • Sangramento ou prurido constante em um ponto na pele
  • Elevação, brilho ou presença de pequenos vasos em lesão

Em qualquer um desses casos, procure um médico. Apenas ele poderá realizar o diagnóstico e afastar a suspeita de câncer de pele ou encaminhar o paciente para os tratamentos.

Foto Destaque: Reprodução

Testes de covid não são obrigatórios no Catar durante a Copa

Os casos crescentes da Covid-19 no mundo por causa da subvariante da ômicron BQ.1, não irão impactar na Copa do Mundo. Segundo a Fifa, na primeira semana do Mundial, não houve nenhum caso reportado entre os atletas testados até o momento.

Entretanto, o protocolo da competição, que está em acordo com as autoridades sanitárias do país, não exige a testagem como essencial para a participação e circulação em atividades a céu aberto e em ambientes fechados. Os exames são apenas uma recomendação.


(Post: Twitter Organização Mundial da Saúde)


O ministério da saúde do Catar anunciou o fim da obrigatoriedade dos testes para entrar no país devido aos números baixos de casos logo no início de novembro.

“Antes dessa data, todos os estrangeiros tinham que apresentar um teste PCR negativo feito nas últimas 48 horas. Mas a comprovação de vacinação nunca foi obrigatória para os mais de um milhão de torcedores que aportaram ao Catar”, afirmaram os repórteres especiais do jornal O Globo Bruno Marinho, Diogo Dantas, Tatiana Furtado que estão cobrindo o evento direto de Doha.

As tradicionais recomendações sanitárias continuam, como o uso de álcool gel e a frequente lavagem das mãos. Ainda há avisos sobre os cuidados com a Covid-19 espalhados pela cidade, nos metrôs e nas arenas da competição. O uso de máscaras por parte dos voluntários e funcionários da organização nos metrôs e nas arenas aumentou visivelmente na última semana de copa.

Nas entrevistas com os jogadores na Zona Mista há distribuição de máscaras descartáveis e o uso é obrigatório em algumas arenas.

“Se alguém que estiver envolvido no evento testar positivo, é necessário informar ao ministério da saúde catari, que repassará a informação à entidade”, apuraram a equipe de reportagem. Os dados de saúde devem ser informados através de um aplicativo do governo. Os casos positivos para Covid-19 são monitorados.

Protocolo de testagem

Até o resultado sair, deve-se permanecer isolado por cinco dias desde a data do resultado do teste. Quando se tem um diagnóstico positivo, é necessário fazer um PCR para confirmá-lo, cujo resultado sairá entre quatro e dez horas a depender do participante do evento. Não há a possibilidade de antecipar o retorno mesmo que não tenha mais sintomas. A liberação é feita no sexto dia, sem a necessidade de nova testagem. Somente se a pessoa tenha sintomas leves ou nenhum sintoma.

 

Foto Destaque: Turista de máscara em torno do Hublot, o relógio da contagem regressiva do Mundial. Reprodução/Agência Brasil

Médico aborda a relação entre os distúrbios da tireoide e diabetes

Quando a tireoide, glândula localizada no pescoço regula o metabolismo, não funciona adequadamente, outros problemas de saúde, como o diabetes, podem aparecer. “Um distúrbio metabólico pode alterar os níveis de açúcar no sangue e aumentar a exposição dos pacientes aos riscos de desenvolver diabetes, além de dificultar o gerenciamento dos níveis de glicose na corrente sanguínea”, explica o endocrinologista do Grupo Sabin, em Franca, Wilson Cunha Jr.

Segundo o especialista, o exame de TSH ajuda a entender se a tireóide está funcionando normalmente. “O TSH é um hormônio produzido pela hipófise, localizada no sistema nervoso central, que estimula a glândula a produzir os hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), responsáveis pela regulação do metabolismo no organismo. Por meio do exame, detectamos disfunções e avaliamos as necessidades de terapias medicamentosas, por exemplo”.

O médico detalha que a tireoide atua diretamente no funcionamento do coração, cérebro, fígado e rins e interfere no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes. Ainda segundo o especialista, a glândula atua também na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade e no equilíbrio emocional.

“Os distúrbios na tireoide influenciam no bem estar e têm impactos diretos na qualidade de vida dos pacientes. Por isso, é preciso observar atentamente a produção dos hormônios. Se for insuficiente, gera hipotireoidismo, que é quando o organismo funciona de forma mais lenta e faz com que coração e o metabolismo fiquem mais lentos provocando sonolência, cansaço, perda de memória, constipação intestinal, pele ressecada, e até quadros de depressão”, explica.

Ainda de acordo com o endocrinologista, quando há produção excessiva de hormônios, o paciente desenvolve a condição chamada hipertireoidismo, deixando organismo mais acelerado e provocando um aumento do número de batimentos cardíacos. “Além de taquicardia, é comum sintomas de mau humor, insônia, tremores, perda de peso, irritabilidade, pele úmida, aumento de calor ou suor excessivo”, detalha.

Exames são aliados do diagnóstico precoce e do tratamento correto

Localizada na base frontal do pescoço, a tireóide é a glândula responsável pela produção e secreção de hormônios do organismo e exames clínicos ajudam a detectar possíveis problemas mais precocemente e dar início ao tratamento ideal.

“Apenas uma amostra de sangue permite verificar os níveis dos hormônios T3, T4 livre, TSH e também analisar a presença de anticorpos. Além disso, exames de imagem, como ultrassom da tireoide, ou cintilografia da tireoide, podem indicar se há presença de nódulos na glândula”, explica o endocrinologista.

Segundo o especialista, o tratamento para os distúrbios da tireoide depende de diversos fatores individuais dos pacientes. “O mais importante é que o tratamento seja iniciado assim que o problema for diagnosticado, para tratamentos menos agressivos e com resultados mais satisfatórias. De acordo com os sintomas e os resultados apresentados, pode ser recomendado uso de medicamentos para regular a função da glândula e em alguns casos de incidência de câncer, também pode ser indicada cirurgia de remoção”, conclui.

Foto Destaque: Reprodução

Câncer de boca: 90% dos casos da neoplasia estão ligados ao álcool e ao tabagismo

Podendo surgir de maneira silenciosa, o câncer bucal merece atenção – principalmente porque boa parte dos óbitos são decorrentes da demora no diagnóstico. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% dos casos da neoplasia estão ligados ao álcool e ao tabagismo e, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é estimado que a cada ano do triênio 2020/2022 sejam detectados 15.190 novos casos de câncer de boca e orofaringe, sendo 11.180 em homens e 4.010 em mulheres.

O Dr. Andrey Soares, oncologista do Grupo Oncoclínicas, alerta que os sintomas costumam ser discretos, podendo passar despercebidos. “Aftas insistentes, feridas na boca que não cicatrizam, manchas brancas e sangramento repentino precisam ser avaliados para o diagnóstico correto”, explica.

Muitas vezes, o câncer de boca pode até mesmo ser confundido com problemas de saúde bucal. “Por isso, é muito importante falar sobre o assunto e levar a informação adiante. Dessa maneira, a partir do surgimento da doença, é possível identificar a condição para que o tratamento seja realizado o quanto antes”, comenta o oncologista.

Prevenção e diagnóstico

Como forma de prevenção, é muito importante manter visitas regulares ao dentista, além dos cuidados com a higiene da boca de maneira geral. “Isso pode evitar que o câncer seja descoberto em estágios mais avançados, salvando vidas”, reforça. Além disso, é fundamental evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e também o tabagismo.

O diagnóstico pode ser realizado através do exame clínico, mas para que o câncer seja de fato confirmado, é necessário biópsia. Após a descoberta, o médico irá solicitar exames para verificar o estágio e definir o melhor tratamento. São eles:

  • Tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética: traz informações importantes quanto à extensão das estruturas comprometidas, bem como auxilia no diagnóstico diferencial com lesões benignas;
  • PET/CT: realizado em alguns casos para avaliar se há lesões relacionadas à doença em outros órgãos (metástases);
  • Exames de sangue: os exames de sangue não podem diagnosticar tumores da boca. No entanto, são solicitados para avaliar o estado de saúde geral do paciente, especialmente antes do tratamento;
  • Exame odontológico: antes do tratamento radioterápico, o médico pode solicitar ao paciente um exame dentário preventivo e, caso necessário, realizar a remoção dos dentes antes do início do tratamento. No caso de haver a remoção de uma parte da mandíbula ou do palato, o ortodontista irá trabalhar para garantir que os dentes artificiais e os dentes naturais remanescentes se encaixem corretamente.

“Vale lembrar, ainda, que o diagnóstico do câncer de boca ocorre na maioria das vezes em homens acima de 50 anos”, comenta Andrey. Contudo, a doença pode acontecer em diversas partes da região, como lábios, bochechas, assoalho bucal, gengiva, amígdalas, céu da boca, entre outras.

Tratamento

Geralmente, o tratamento da neoplasia é, na maioria das vezes, realizado de maneira cirúrgica – seja para lesões menores ou maiores. Dentre os procedimentos, a quimioterapia também é uma alternativa para complementar a cirurgia ou ainda quando ela não pode ser realizada.

“O procedimento consiste na retirada do tumor da região e também de linfonodos do pescoço. Além disso, pode ser realizado outros procedimentos caso necessário, como a ressecção de segmentos ósseos”, explica Andrey Soares.

Contudo, o tratamento pode incluir:

  • Radioterapia IMRT: é um tipo de radioterapia que tem maior precisão na hora de tratar o tumor. Com isso, o paciente apresenta menos efeitos colaterais e os resultados são mais expressivos;
  • Terapia-alvo: são drogas que funcionam de forma diferente da quimioterapia padrão. Elas tendem a ter efeitos colaterais diferentes (e menos graves) e atuam impedindo que a célula tumoral se multiplique, retardando ou mesmo interrompendo o crescimento das células cancerosas. Esta terapia pode ser combinada com a radioterapia para alguns tipos de câncer em estágio inicial ou com a quimioterapia em casos avançados;
  • Imunoterapia: esse tipo de tratamento aumenta a atividade das células de defesa do paciente para combater a doença. Pode ser utilizado combinado ou não com quimioterapia, a depender de características clínicas do paciente e da expressão do PDL1, que é uma proteína presente na superfície do tumor.

Fatores de risco

Diversos especialistas acreditam que o desenvolvimento do câncer de boca está relacionado ao estilo de vida. Durante a pandemia, de acordo com um estudo realizado pela Fiocruz, 33% dos fumantes brasileiros aumentaram o uso de cigarros no período. Segundo Andrey Soares, foi possível notar ainda uma maior ingestão de bebidas alcoólicas. Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig) apontou que 17,2% dos entrevistados declararam um aumento do consumo de álcool. “A médio e longo prazo isso pode impactar nos diagnósticos de câncer, como o de boca, fígado, intestino, entre outros. Por isso, é muito importante que o uso excessivo, tanto do álcool como do tabagismo seja freado pela população para evitar danos maiores”, explica.

Uma dieta pobre em vitaminas e minerais, além da exposição excessiva aos raios UVA e UVB nos lábios, sem proteger a região, podem também contribuir para o surgimento do câncer de boca. “É importante reforçar que nos últimos anos o HPV também tem sido um fator de risco entre os mais jovens, principalmente pelo sexo oral sem proteção. Como alternativa, as medidas preventivas, como o uso de preservativos e a vacinação, devem ser sempre colocadas em prática para contornar o desfecho da condição”, finaliza o oncologista do Grupo Oncoclínicas.

Foto Destaque: Reprodução