O que é a fadiga menstrual e o que fazer para aliviar os sintomas

Lidar com o fluxo dos hormônios femininos durante todo o mês não é fácil. Somente isso é suficiente para que muitas mulheres sofram com cansaço e outras mudanças no organismo. Porém, existe uma época em que essa ‘luta’ com o próprio corpo aumenta: o período menstrual. Às vezes, nesse momento, o esgotamento é tanto a ponto de a mulher não ter energia para trabalhar ou fazer as atividades cotidianas. Esta sensação é chamada de fadiga menstrual.

Juntamente com mau humor, inchaço e dores de cabeça, a fadiga menstrual é um dos sintomas que vêm com a menstruação. O ginecologista Patrick Bellelis, colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, explica que o cansaço excessivo é comum e ocorre por uma série de razões ligadas ao organismo.

Segundo Bellelis, algumas causas para a fadiga menstrual não são controláveis, mas outras podem ser evitadas ou amortecidas. “Nosso corpo costuma reagir à forma como o tratamos. Se não ingerimos as vitaminas necessárias e não damos a ele o devido descanso, ele irá reclamar. Uma alimentação rica em nutrientes é recomendável para qualquer pessoa durante todo o mês, mas para as mulheres é ainda mais importante, especialmente durante a menstruação”, afirma o médico. Ele defende, ainda, o acompanhamento médico.

A seguir, o especialista traz os principais motivos que levam à fadiga menstrual. Entenda:

Baixos níveis de estrogênio — Nesse período, ocorre a diminuição do estrogênio, o hormônio sexual feminino. Essa alteração provoca parte dos sintomas da síndrome pré-menstrual, ou tensão pré-menstrual, a TPM. Os sintomas podem durar até que os níveis comecem a subir novamente, já no final da menstruação.

Sangramento intenso – O sangramento uterino anormal, ou até mesmo um sangramento mais intenso, também pode provocar fadiga. Suas causas podem ser miomas, pólipos ou desequilíbrio hormonal. Este último pode levar a um desenvolvimento excessivo do endométrio (tecido que reveste o útero e se desprende durante a menstruação), resultando em sangramentos menstruais mais fortes.

Anemia – É uma condição na qual o corpo carece de glóbulos vermelhos saudáveis ​​que ajudam a transportar oxigênio para outros tecidos do corpo. A anemia pode ser causada por sangramento excessivo ou ingestão inadequada de ferro.

Dieta pouco saudável – Comer alimentos pobres em nutrientes também pode levar à fadiga menstrual. É melhor ingerir comidas ricas em ferro, proteína, ômega-3, magnésio e cálcio, com propriedades anti-inflamatórias.

Dormir mal – Tendemos a subestimar o quanto o sono afeta nossa saúde. Dormir mal pode contribuir para a fadiga menstrual e aumentar o risco de doenças cardíacas, pressão alta, diabetes, derrame, obesidade e depressão. Embora a dor e as mudanças de humor possam atrapalhar o horário de sono, é importante tentar tirar uma soneca sempre que possível.

Foto Destaque: Reprodução

Dormir mal pode estar te engordando! Entenda o motivo

A diminuição do tempo de sono tem se tornado uma condição característica na sociedade moderna, pesquisadores tem encontrado importantes associações epidemiológicas entre o prejuízo no padrão habitual do sono e a obesidade. Várias pesquisas mostram que as pessoas que não conseguem dormir o suficiente tendem a se tornar obesas, pois o sono curto aumenta o nível de grelina (hormônio que aumenta a fome) e reduz a de leptina (hormônio que desacelera o apetite), aumentando também o apetite e a fome. Isso pode causar um aumento do consumo calórico e consequentemente a obesidade.

Não é segredo que o sono é importante para a saúde. Mas, recentemente, pesquisadores descobriram que a duração do tempo de sono pode estar diretamente ligada ao aumento do índice da massa corporal (IMC). Em outras palavras, quanto mais curto for o tempo de sono, maior será o risco de ganhar peso. Então, se você quer manter um peso saudável, certifique-se de dormir pelo menos 7-8 horas por noite.

O médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo esclarece que dormir pouco prejudica a queima de gordura. Mas a privação de sono também pode desregular os níveis de açúcar no sangue e levar o corpo a produzir menos leptina e mais grelina. Isso significa que quem não dorme o suficiente tende a sentir mais fome e ter vontade de comer alimentos calóricos e pouco saudáveis.

Além disso, o cansaço crônico causado pelo mau descanso também pode afetar o humor e a produtividade, impactando negativamente a qualidade de vida.

“No entanto, para garantir que o sono influencie positivamente no processo de emagrecimento, é importante que a pessoa tenha bons hábitos alimentares e pratique atividade física de forma regular. Dormir bem e ter um bom descanso noturno são fundamentais para manter o metabolismo funcionando adequadamente, o que auxilia diretamente na perda de peso. Além disso, é importante evitar o consumo excessivo de cafeína e outras substâncias estimulantes, pois isso pode prejudicar o sono e causar alterações no ritmo do metabolismo.” afirma o Dr. Ronan Araujo.

A alteração dos níveis da leptina e da grelina é considerada um importante mecanismo capaz de alterar o padrão da ingestão alimentar e levar a desajustes nutricionais. A ritmicidade e o sincronismo no fluxo da leptina e grelina são importantes para o padrão diário das refeições.


(Foto/Reprodução)


Entendendo melhor como funciona a grelina e a leptina e sua importância

Grelina
A grelina é um peptídeo composto por 28 aminoácidos produzidos principalmente pelas células endócrinas do estômago, duodeno e em uma série de estruturas cerebrais. Esse hormônio aumenta nos períodos de jejum, desencadeando a sensação de fome no núcleo arqueado, estimulando a motilidade gastrointestinal e promovendo a deposição de gordura.

Leptina
A ação da leptina no sistema nervoso central (hipotálamo), promove a redução da ingestão alimentar e o aumento do gasto energético, além de regular a função neuroendócrina e o metabolismo da glicose e de gorduras.

Mais alguns dos problemas que são agravados por noites maldormidas:
– Maior risco de problemas no coração;
– O cansaço aumenta a dificuldade de se concentrar e tomar decisões;
– Sensibilidade e irritabilidade frequente;
– Grande queda na imunidade;
– Falta de coordenação motora;
– Recuperação mais lenta;
– Depressão e ansiedade.

“Perder mais de duas horas de sono por noite durante períodos prolongados, é considerado um problema crônico. Isto pode afetar a produtividade no trabalho, relações interpessoais e até a saúde física, não deixe de buscar ajuda profissional para te auxiliar no processo de enfrentar esse problema. Dormir é fundamental para o bom funcionamento do organismo, e quando este não acontece, o corpo sofre consequências. Por isso, é importante tomar medidas para melhorar o hábito de dormir, como estabelecer uma rotina diária de hábitos que influenciem positivamente para noites melhores de sono.” finaliza o Dr. Ronan Araujo.

Foto Destaque: Reprodução

Ginecologista lista 5 bons hábitos para melhorar a saúde íntima feminina

A saúde íntima feminina depende de muitos fatores, entre eles, o equilíbrio da flora vaginal. Mas afinal, o que isso significa? A ginecologista Fabiana Bernardi explicou em uma live realizada pela AMCR (Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil), no início de outubro.

“A vagina é um órgão que possui um ecossistema dinâmico e complexo, com mais de 200 tipos de bactérias residentes na secreção vaginal”, disse ela. A flora vaginal normal é composta principalmente por bactérias do tipo lactobacillus. “Quando ocorre um desequilíbrio dela, basicamente, é porque houve uma diminuição considerável do número de lactobacilos. As principais causas dessa diminuição são situações como estresse, alguma infecção sistêmica, uso de medicamentos como corticóides, antibióticos e diminuição da imunidade”, explica a médica. 

Entre os principais sintomas de desequilíbrio, estão as vulvovaginites, infecções da vulva (parte externa da vagina) e da cavidade vaginal, normalmente percebidas pelo corrimento de odor desagradável, prurido e desconforto nas relações sexuais. “A preservação do equilíbrio da flora vaginal é importante para manter a nossa saúde em ordem”, diz Dra. Fabiana.

A médica listou cinco bons hábitos para manter a saúde íntima em dia. Confira!
 

1 – Evitar fumar e beber álcool

O cigarro abriga quase 5 mil substâncias consideradas tóxicas. Segunda a médica, é sabido que algumas delas causam alterações na população de bactérias saudáveis dentro do organismo da mulher. “Estudos mostram que o tabagismo está associado tanto ao diagnóstico de vaginose bacteriana quanto a uma microbiota vaginal sem Lactobacillus spp, que tem ação protetora”. Portanto, a primeira dica da médica é se manter longe do cigarro, e também da bebida alcoólica.

2 – Dormir sem calcinha

Essa é uma dica simples e que funciona muito bem. A calcinha, além de apertar e reduzir a vascularização da vulva, aumenta o suor – o que é ruim para os lactobacilos da região. Por isso, aproveite o período do sono para ficar livre da peça.

3 – Realizar uma ducha depois de evacuar

Seja com o uso de uma ducha ou de um bidê, é fundamental fazer uma higiene com água e sabão depois de evacuar porque no intestino existem bactérias diferentes da vagina. Caso elas permaneçam ali, podem ser espalhadas e causar infecções urinárias e também vaginais.

Mas a médica alerta que a limpeza não deve ser realizada dentro da vagina. “Este tipo de limpeza é desnecessária porque remove a camada de gordura e também a secreção fisiológica que é natural da mulher e está ali para protegê-la”, avisa a especialista.

4 – Cuidado com as relações sexuais anais e vaginais combinadas

O ideal é praticar ambos com camisinha, para que as bactérias do intestino não sejam transmitidas para a região vaginal. Sempre, priorizar a relação vaginal e depois a anal, nunca o contrário. “Esse cuidado evita infecções urinárias e vaginais”.

5 – Reduza ao máximo o número de parceiros sexuais

Ao manter relações sexuais com vários parceiros, a mulher se expõe a muitos tipos de secreções e bactérias. “Seu corpo pode não estar preparado para lidar com tantos micro-organismos, sua imunidade pode cair e há risco da flora vaginal ficar comprometida”, finaliza a médica.

Foto Destaque: Reprodução

Dermatologista ensina quais são os sinais de alerta e sintomas do Câncer de Pele

Em um país tropical, principalmente em dias ensolarados, algumas das programações prediletas dos brasileiros inclui atividades ao ar livre, como curtir um dia de praia, passear no parque, caminhar em trilhas, etc. Além disso, existem profissionais que atuam em locais abertos e ficam expostos diariamente aos raios solares por uma longa carga horária. Com o passar do tempo, o Sol pode passar de amigo à vilão, caso haja descuido durante os períodos de exposição aos raios UV. No mês de dezembro, a cor que remete ao Sol e ao tom dos corpos bronzeados, também é sinônimo de luta e proteção, com a campanha criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, “Dezembro Laranja”.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer — INCA, o câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Quando detectado e tratado precocemente, apresenta altos percentuais de cura, sendo o mais frequente dentre os tumores de pele e o de menor mortalidade. Contudo, se não tratado adequadamente, pode deixar mutilações físicas bastante expressivas.

A dermatologista do Grupo São Cristóvão Saúde, Dra. Adriana Fernandes, revela como identificar alguns dos sinais de alerta em seu corpo:

  • Lesões que não cicatrizam há mais de um mês;
  • Pintas que modificam de tamanho, de coloração ou que geram algum desconforto, como dor ou coceira;
  • Pintas em local de trauma;
  • Pintas em região da palma das mãos e planta dos pés;
  • Pintas que surgem na fase adulta;
  • Lesões em geral que machuquem ou incomodem;
  • Histórico de casos de câncer de pele na família.

“Pacientes com o tom de pele mais claro, de olhos azuis e albinos tem maior propensão aos cânceres de pele provocados pelo Sol, pois não possuem muito pigmento”, esclarece Dra. Adriana. “Já o câncer de pele tipo melanoma é proveniente de pintas e tem uma incidência maior em peles claras, com múltiplas pintas. A incidência também é maior em pacientes imunossuprimidos e com algum histórico familiar de câncer de pele”, complementa a especialista. Contudo, como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo o planeta, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol.

Por ser um câncer silencioso, a detecção precoce aumenta as chances de cura. Cultive o hábito de observar os sinais de seu corpo e mantenha sua saúde sempre em dia. Lembre-se: Nenhum exame caseiro substitui a consulta e avaliação médica.

Foto Destaque: Reprodução

Alimentação e atividades físicas são fatores que contribuem para o aumento da qualidade de vida

A adoção de hábitos saudáveis é importante em todos os estágios da vida. Quando o assunto é viver mais, pesquisadores apontam que somente a prática regular de atividades físicas, não é suficiente. Embora seja muito importante, ela não é capaz de compensar uma má alimentação. Um estudo da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Rhode Island afirma que programas que combinam dieta e exercício resultam em uma perda de peso 20% maior em comparação com a dieta sozinha. Além disso, se somados a sono regularizado e o consumo adequado de água, auxiliam não apenas no funcionamento do corpo, mas também na prevenção de doenças, podendo aumentar a longevidade e a qualidade de vida. 

Com uma mudança positiva dos hábitos alimentares e pratica atividade física, é possível sentir a resposta no corpo, levando a uma perda de peso saudável e sustentável, sono de qualidade, além de maior concentração e mais disposição, já que estimula a liberação de hormônios essenciais para nossa rotina como serotonina e dopamina. Ou seja, mais do que ajudar no controle de peso, reduzindo o risco de doenças como obesidade, hipertensão e diabetes, uma rotina ativa aliada a uma alimentação balanceada influencia na melhora da saúde mental, afastando os riscos de depressão e demência.

Existem várias opções para quem deseja começar a se mexer e deixar de lado o sedentarismo. De simples caminhadas a aulas voltadas para modalidades específicas, como dança ou yoga, por exemplo. Para manter o foco, o que facilita é escolher algo com que realmente se identifique e que se encaixe com facilidade no dia a dia, aliando à uma alimentação balanceada, rica em nutrientes e vitaminas, e com baixo teor de açúcar.

“Para a grande maioria das pessoas, a preocupação com um estilo de vida mais saudável, o bem estar e a manutenção do peso está associada a restrições e privações de pequenos prazeres do dia-a-dia, o que, na grande maioria das vezes, acaba fazendo com que desistam antes mesmo de começar. É importante poder contar com um plano alimentar flexível, que permite se alimentar de forma adequada, sem perder momentos prazerosos, como o VigilantesdoPeso”, revela Matheus Motta, responsável pelo programa da VigilantesdoPeso no Brasil.

Focado no emagrecimento sustentável, o VigilantesdoPeso é um programa que se baseia no equilíbrio, ajustando-se às necessidades de cada um, auxiliando a integrar mudanças positivas e sustentáveis de estilo de vida no cotidiano a longo prazo. Promovendo o bem-estar de seus usuários através da ciência comportamental, mostra ser possível envelhecer de forma saudável e estabelecer um caminho para uma vida longa e de qualidade. 

Foto Destaque: Reprodução

Saúde mental na menopausa: veja os sintomas e como amenizá-los

Os sintomas da menopausa estão atrelados, em sua maioria, a questões físicas que acometem as mulheres durante o período que marca o último ciclo menstrual de suas vidas. No entanto, pouco se fala sobre como o climatério pode afetar a saúde mental, já que um dos principais sintomas apresentados neste período é a depressão, de acordo com o Dr. Sérgio Rocha, médico psiquiatra e diretor da Clínica Revitalis, referência em tratamento psicológico.

O bem-estar mental das mulheres está, desde a primeira menstruação, relacionado ao ciclo menstrual devido às variações hormonais provocadas por ele. Por vezes, acabam sofrendo de transtornos mentais específicos, como a disforia pré-menstrual e a depressão perinatal, entre outros. Por isso, não é diferente na menopausa, a qual é marcada por manifestações como a diminuição da libido, depressão e a “névoa mental”, podendo ser caracterizada por mudanças cognitivas e confusão mental e é causada pela baixa nos níveis de estrogênio no corpo.

Uma pesquisa realizada pela Newson Health Research and Education, mostrou que 99% das mulheres considera que o declínio na saúde mental a prejudica profissionalmente. Portanto, é importante entender que sintomas são esses e se há maneiras de aliviá-los.

Como a menopausa impacta a saúde mental das mulheres?

Além dos sintomas da depressão, a redução da libido e a névoa mental, a menopausa também pode ser marcada pela irritabilidade, principalmente causada pelos sintomas físicos típicos do climatério, como é chamada a transição fisiológica do período reprodutivo para o não reprodutivo na mulher. “A mulher pode acabar se sentindo irritada mais frequentemente conforme os sintomas do climatério aparecem, entre eles as ondas de calor, tonturas, suores noturnos que prejudicam inclusive a qualidade do sono”, explica o psiquiatra.

Aliviando os sintomas

Felizmente, há formas de aliviar esses sintomas. Uma delas é manter uma alimentação regrada e nutritiva. Nesse caso, é importante o acompanhamento nutricional.

A saúde mental pode ser muito beneficiada por uma alimentação rica em nutrientes como os antioxidantes, apontou um estudo realizado na Universidade de Caxias do Sul. Segundo a pesquisa, mulheres com menor consumo de polifenóis e de vitaminas como a A, a B6 e a C apresentaram maior predominância de depressão. A explicação para isso é que os antioxidantes combatem o processo oxidativo do organismo, o qual está ligado ao estresse e à depressão.

Além da dieta, é recomendável fazer acompanhamento psicológico, garante o Dr. Sérgio. “Por se tratar de uma transição importante na vida da mulher e por estar comumente conjugada com outros transtornos mentais”, afirma o psiquiatra.

Não só, manter uma rotina regular de exercícios físicos pode ajudar no alívio do estresse e, por provocar a liberação de dopamina e serotonina, combate a depressão. “Movimentar o corpo pode ser o maior aliado da mulher no que diz respeito ao combate dos sentimentos indesejados que podem surgir durante a menopausa”, reitera o psiquiatra.

Foto Destaque: Reprodução

Importância da dieta cetogênica no controle de doenças neurológicas

Apesar de ser um assunto pouco abordado, a dieta cetogênica é responsável por buscar a redução de peso corporal através da queima induzida de gordura, onde acontece uma redução do consumo de carboidratos. Essa abordagem foi proposta na década de 1920, como uma alternativa no tratamento da epilepsia, doença neurológica em que os pacientes sofrem crises convulsivas frequentes. E devido ao efeito sobre a perda de peso, tornou-se popular a partir da década de 1960 entre pessoas que não tinham esse transtorno.

Os carboidratos são a principal fonte de energia do organismo humano, quando sua ingestão é reduzida, nosso organismo precisa se adaptar para obter energia, desviando o metabolismo energético para outra via. Nesse caso, uma rota metabólica alternativa e que costuma ter papel secundário na obtenção de energia ao organismo é a via cetogênica. Segundo Ágata Haddad, farmacêutica da Equaliv, nesta via, ao invés de carboidratos, são utilizadas gorduras como combustível. A partir da quebra de gorduras (também chamadas de lipídeos), são geradas moléculas chamadas de corpos cetônicos, por isso o nome dieta “cetogênica”. 

Assim, ao adotá-la, a pessoa força o seu metabolismo a começar a quebrar gorduras para se manter em funcionamento. Lembrando que o órgão do corpo humano que mais gasta energia é o cérebro, ele consome cerca de 20% de toda a nossa energia, mesmo representando apenas 2%, em média, da massa corporal.

Dieta cetogênica e o cérebro

Como citado, ela foi proposta como uma alternativa terapêutica para a epilepsia, segundo estudos, sua adoção reduz significativamente a ocorrência de crises convulsivas em pacientes. No entanto, devido aos seus efeitos sobre o sistema nervoso central, ela começou a ser estudada em diferentes contextos relacionados à saúde mental.

Os distúrbios neuropsiquiátricos costumam ter alguns pontos em comum, como o desbalanço de neurotransmissores, o estresse oxidativo e a inflamação. Além disso, a maioria dos pacientes acometidos por algum desses transtornos apresenta um metabolismo de glicose desregulado. Ainda segundo Ágata: “Neste sentido, já foi demonstrado que a dieta cetogênica é capaz de regular o metabolismo da glicose, reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, além de favorecer o funcionamento adequado de importantes sistemas de neurotransmissão”. Assim, além da epilepsia, já existem evidências de benefícios dessa dieta para o transtorno do espectro autista, esclerose múltipla, doença de Alzheimer, doença de Parkinson, esquizofrenia, transtorno bipolar e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

Existe um conjunto robusto de evidências sobre muitos benefícios da dieta cetogênica. Além disso, como é uma dieta bastante restritiva, quando feita sem acompanhamento profissional adequado, ela pode levar a deficiências nutricionais, que a médio e longo prazo podem trazer riscos à saúde. A intervenção nutricional para transtornos mentais pode oferecer benefícios, pelo menos no que diz respeito ao controle dos sintomas. A dieta cetogênica ou ketoflex oferece uma nova linha poderosa de terapia nutricional frente a alguns distúrbios desafiadores.

Foto Destaque: Reprodução

Câncer de pele é evitável mas em contrapartida, é o de maior incidência no Brasil

Estamos no Dezembro Laranja e uma recomendação para os pais é não deixem suas crianças e adolescentes por períodos prolongados sob a radiação solar. O dano na pele é cumulativo e o câncer pode não aparecer imediatamente, mas a habitual exposição exagerada ao sol eleva muito a chance de a doença surgir anos depois.

O apelo se estende às escolas, que não devem programar a grade de aulas de educação física em espaços descobertos no período de 10h às 16h. Os pequenos e os jovens não têm a consciência de que precisam ter essa responsabilidade, por isso os adultos devem educar os mais novos sobre a importância de se ter esse cuidado. Entre praticar exercício físico no sol usando protetor solar ou se exercitar na sombra sem o protetor, prefira a sombra. 

A observação é ainda mais fundamental nesta época de férias escolares, verão, de passeios ao ar livre e de viagens para o litoral.

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o de pele é o câncer mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. O índice é alarmante, ainda mais quando refletimos sobre o fato deste tipo de tumor maligno ser o mais evitável de todos.

É simples. É só não se expor diretamente ao sol por horas seguidas e nem por períodos menores com assiduidade. Mas é muito difícil pedir para a pessoa deixar de fazer o que contraria a sua vontade ou o que lhe dá prazer. E ainda existe a questão cultural de que o bronzeado remete à beleza e conota status.

Quem tem esse conhecimento deve medir as consequências das suas escolhas. Porque permanecer tomando sol perseverantemente, mesmo que usando protetor solar, tem o seu preço. Vale mesmo a pena? Admito que é de se estranhar uma pessoa que passou a vida esturricando no sol chegar ao meu consultório e ficar surpresa com a notícia de que tem câncer de pele. Afinal, isso é o esperado e um dia o corpo pode cobrar pela conduta.

Falando em protetor solar, é preciso ressaltar que há uma falsa sensação de segurança na saúde com o uso do produto. Evidentemente que é essencial que se utilize porque ele protege contra queimaduras solares, bolhas, descascados e ardência. Mas não evita o câncer por completo devido ao efeito cumulativo da radiação na pele!

O protetor solar de qualidade com fator 30 e acima é eficaz na diminuição de 95% dos raios UVA e UVB. Mas os 5% que ele não bloqueia a radiação, com a constância do banho de sol na rotina, os riscos do surgimento do câncer são elevados, bem como aumenta a probabilidade do envelhecimento precoce. 

E a proteção de 95% ainda depende do quanto a pessoa repassa o produto na pele. O suor, a entrada na água do mar ou da piscina e o contato com o tecido de roupas ou da toalha geram a perda da eficácia da solução.

As roupas feitas com tecidos tecnológicos oferecem eficácia comprovada, mas infelizmente esses modelos são caros e não são acessíveis para a maior parte das pessoas.

Assim como os outros tipos de câncer, o de pele, quando diagnosticado no início, tem menos chance de deixar sequelas severas ou de se expandir para outras partes do organismo, podendo inclusive ser fatal. Para isso, é necessário ficar de olho na pele e acompanhar se não há o aparecimento de pintas, verrugas ou mudanças no aspecto das marcas que já existem, mesmo as de nascença.

Uma boa fonte para comparação da aparência das pintas benignas e malignas criada pela Organização Mundial de Saúde para ajudar as pessoas leigas a reconhecer o perigo é a “Regra do ABCDE”. Assimetria, Bordas irregulares, Coloração, Diâmetro e Evolução são tópicos que devem ser notados visualmente quando se tem dúvida quanto a pinta. A Regra do ABCDE é de fácil acesso pela internet e há fotografias que podem ser úteis neste confronto.

E se perceber uma pinta nova ou transformação em uma marca antiga, não espere para confirmar se ela está mudando mesmo. Procure um dermatologista o quanto antes. A Regra do ABCDE já salvou muita gente.

Foto Destaque: Reprodução

4 perigos que as férias representam para a saúde bucal das crianças

O mês de dezembro é sempre marcado pela alegria do começo das férias escolares para as crianças. E, claro, por mais que as férias de verão sejam deliciosas para os pequenos, é verdade que elas também podem trazer alguns riscos. Afinal, o sol em excesso, o baixo consumo de água, as cáries e até algumas infecções podem marcar esses períodos e causar algumas condições de saúde.

Pensando nisso, a Dra. Vivian Farfel, especialista em Odontopediatria e Ortodontia Integrativa pela USP, explica quais os principais problemas que interferem na saúde bucal das crianças durante esse período e dá dicas para evitar danos à saúde bucal. Veja só:

1.Desidratação

“A hidratação interfere na respiração”, diz. “Quem bebe mais água, respira melhor e dorme melhor. Para driblar a desidratação a dica é andar sempre com uma garrafa de água, de chá natural ou água de coco natural. Evite refrigerantes e bebidas açucaradas principalmente para crianças e não espere a sede chegar.”

Além disso, é importante evitar os horários de pico do sol, entre às 10h às 16h, usar (e reaplicar) o protetor solar com alto fator de proteção e ainda usar acessórios, como óculos, chapéus e proteção UV para evitar a exposição em excesso ao sol e, por consequência, a desidratação.

2.Infecções

No verão, algumas bactérias, vírus e fungos se proliferam com mais rapidez e facilidade, seja nos alimentos, seja na água, seja na pele. Por isso, lavar bem as mãos antes das refeições é essencial, e vale a pena investir em alimentos leves. “Evite e permita que crianças façam o consumo equilibrado de alimentos ultraprocessados e embalados, com excesso de açúcar refinado e aditivos”, alerta a especialista. “Eles causam alergias e inflamação e levam a congestão nasal e respiração bucal. Lembre-se sempre do lema: descascar mais e desembalar menos. Escolha sempre alimentos ricos em fibras e grãos, frutas, verduras e legumes. Hábitos alimentares impactam diretamente na saúde bucal.”

3.Cáries e outras condições bucais

É importantíssimo redobrar os cuidados com a higiene bucal dos pequenos nessa temporada. Isso porque ela também é marcada pelo alto consumo de açúcar (pense em sorvetes, por exemplo). O ideal seria escovar os dentes e passar o fio dental após as principais refeições, usando uma escova de cerdas macias, arredondadas e de cabeça pequena para não traumatizar a gengiva.

“Mas quando há impossibilidade, lembre-se que é essencial fazer uma boa higiene dos dentes ao menos uma vez por dia, antes de dormir – mas ela deve ser muito caprichada e sob a supervisão dos responsáveis”, recomenda.

4.Traumas

Quedas, escorregões, batidas… o período de férias também pode ser marcado por acidentes como esses que acabam afetando também a saúde bucal – pense nos dentes quebrados, por exemplo. Nesses casos, vale a pena também reforçar a vigilância e garantir que a criança está usando os equipamentos necessários para praticar esportes ou nadar (como capacetes e joelheiras para andar de bicicleta ou skate, ou ainda boias) e que ela está acompanhada de um adulto, que supervisionará a brincadeira.

Claro, acidentes realmente acontecem e, nesses casos, o ideal é buscar um especialista o mais rápido possível para evitar complicações ou sequelas.

Foto Destaque: Reprodução

Pernas cansadas e inchadas? Veja como resolver esse problema

A drenagem linfática é um método de massagem que foi desenvolvido por Emil Vodder e sua esposa, em Paris, no ano de 1932. Essa massagem foi desenvolvida com o intuito de tratar afecções crônicas das vias respiratórias superiores, mas é atualmente empregada na estimulação da circulação linfática, principalmente em pessoas que sofrem com retenção de líquidos.

Tem como objetivo aumentar o volume e a velocidade da linfa a ser transportada pelos vasos e ductos linfáticos, por meio de manobras que imitem o bombeamento fisiológico. Ela é muito útil para melhorar o aspecto da pele, reduzir celulites e edemas. Além disso, também pode auxiliar no tratamento de doenças linfáticas, como a linfedema.

Mulheres que chegam em casa cansadas, com as pernas inchadas, aquele mal-estar nos pés e nas pernas, qual o melhor tratamento para isso? É a drenagem linfática! A médica Dra. Kelly Pico explica que esse tipo de massagem é especialmente indicado para mulheres que sofrem com esses problemas, pois ajuda a estimular a circulação sanguínea e linfática e alivia a sensação de peso nas pernas. Além disso, também contribui para a eliminação de toxinas do organismo.

A drenagem linfática melhora a circulação e o retorno venoso, diminuindo aquele inchaço nas pernas que nos causa tanto desconforto. Além disso, apresenta resultados maravilhosos reduzindo celulites, pois diminui o processo inflamatório. “A massagem linfática é uma técnica muito eficaz para aliviar o corpo de toxinas, estimular a produção de colágeno e até mesmo combater a gordura localizada.” informa a Dra. Kelly.

Dessa forma, a drenagem linfática possui muito benefícios não só de massagem, e se associada a Cromoterapia a resposta é muito efetiva.

O que é a Cromoterapia?


(Foto/Divulgação)


Na estética, a luz colorida é aplicada como emoliente e cicatrizante, onde após ser realizados procedimentos com produtos específicos para cada situação. Para cada procedimento é utilizada uma cor apropriada para a absorção no organismo e restaurar as células debilitadas. Vale lembrar que é uma prática complementar e que não substitui o tratamento.

Como é feita a massagem de drenagem linfática?
A drenagem linfática pode ser feita manualmente ou através de aparelhos. Como os gânglios linfáticos se localizam sob a pele e acima dos músculos, a massagem deve ser feita com movimentos de pressão leve, rítmicos, suaves, lentos, relaxantes e precisos, com os dedos ou s mãos, dependendo da parte do corpo.

O procedimento melhora também a circulação em geral, relaxa o corpo e pode atuar discretamente no combate a gordura localizada – uma vez que a massagem aumenta o metabolismo do local.

Por isso, quando há uma melhora da circulação da linfa, há também uma maior oxigenação dos tecidos do corpo, o que melhora o aspecto da celulite e gordura localizada. Além disso, a massagem linfática pode auxiliar na perda de peso, pois promove a lipólise, que é a decomposição das moléculas de gordura.

“Mas não se iluda, a drenagem linfática não emagrece por si só! Ela vai ajudar a reduzir medidas por acabar com o inchaço e eliminar toxinas do corpo. Mas para obter resultados mais efetivos será necessário abordar hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada e prática de exercícios físicos e acrescentar a drenagem linfática como um complemento.” finaliza a Dra. Kelly Pico.

Foto Destaque: Reprodução