Sobre Thiago Martins

Thiago Martins é graduado em Jornalismo pela Universidade Ceuma e pós-graduando em Assessoria de Comunicação. Atualmente, Repórter da TV Band, do Portal R7 e Assessor de Comunicação do Detran-MA. Antes, TV Cidade (RECORD TV), TV Difusora (SBT). Aqui, escreve sobre Política, Celebridades e Notícias em geral. Contato: thiagomartinsassessoria@gmail.com

Eleições 2022: Marina Silva anuncia apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva

Nesta segunda-feira (12), a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva anunciou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que concorre à Presidência da República nas eleições deste ano pelo Partido dos Trabalhadores.

O apoio de Marina Silva, que já foi filiada ao Partido dos Trabalhadores e foi ministra do Meio Ambiente no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, foi anunciado durante encontro em São Paulo.

Marina Silva rompeu com o petismo em 2009 e foi candidata à Presidência da República em 2010, pelo Partido Verde (PV), enfrentando Dilma Rousseff, candidata pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Em 2014, ela candidatou-se ao mesmo cargo pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e em 2018, pela Rede Sustentabilidade.



Marina Silva e Luiz Inácio Lula da Silva. (Foto: Reprodução/O GLOBO)


O reencontro, portanto, marca uma reaproximação entre Luiz Inácio Lula da Silva e Marina Silva. Em seu discurso, a ex-senadora justificou o apoio ao petista apontando uma real necessidade de união para combate ao que ela chamou de “/semente maléfica do bolsonarismo”/ que, segundo ela, é uma ameaça à democracia brasileira.

“Compreendo que, nesse momento crucial da nossa história, quem reúne as maiores e melhores condições para derrotar Bolsonaro e a semente maléfica do bolsonarismo que está se implementando no seio da nossa sociedade, agredindo irmãos brasileiros, ceifando vida de pessoas por pensarem diferente, é a sua candidatura”, disse Marina Silva ao lado do presidenciável que lidera as pesquisas eleitorais.

“Em nome daquilo que está acima de nós, e olhando de baixo para cima para ver o que está acima de nós, é que eu manifesto o meu apoio, de forma independente, ao candidato, ex-presidente e futuro presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva”, completou ela.

O partido de Marina Silva, Rede Sustentabilidade, anunciou apoio ao ex-presidente e agora candidato Luiz Inácio Lula da Silva no final de abril. Contudo, na época, lideranças do partido disseram que a decisão representava a “maioria” da sigla e que filiados que discordassem da ideia poderiam manifestar apoio a outros candidatos. A ex-senadora não participou do evento em que o apoio foi anunciado.

Nesta segunda, ela chamou o apoio ao presidenciável de “reencontro político e programático” e disse que nunca deixou de estar pessoalmente próxima do ex-presidente.

Em seu discurso, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o apoio de Marina Silva à candidatura dele vêm num momento de violência política e em que “a democracia está fugindo pelos nossos dedos”.

Ele citou os casos de dois petistas que foram assassinados por bolsonaristas, no Paraná e no Mato Grosso. Também citou o vídeo de grande repercussão em que um apoiador de Bolsonaro diz que não doaria mais cestas básicas a uma mulher que declara voto a ele.

“O momento que estamos vivendo exige muito mais compreensão de todas as pessoas que fazem política porque a democracia está correndo risco nesse país”, disse o candidato pelo Partido dos Trabalhadores.

“Vocês viram agora um companheiro do PT ser assassinado no dia do seu aniversário. Vocês viram agora um companheiro quase ser decapitado por outro, na cidade de Confresa, no Mato Grosso. E vocês viram a cena grotesca, vergonhosa, humilhante do comportamento de um reacionário bolsonarista entregando uma cesta básica para uma companheira que necessitava de um alimento e teve a pachorra de perguntar em quem que ela ia votar”, destacou.

Meio ambiente como prioridade

Na oportunidade, Marina Silva pediu que fossem incluídas no programa de governo do petista propostas dela para a área ambiental.


Marina Silva foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula. (Foto: Reprodução/Metrópoles)


Em entrevista coletiva, ela disse que a agenda ambiental foi “destruída” durante o governo Jair Bolsonaro, que concorre à reeleição pelo Partido Liberal (PL), e que o apoio ao Lula também ocorre na expectativa de retomada das política públicas neste setor num eventual novo governo do petista.

Questionada sobre críticas feitas ao PT depois de ter deixado o partido, a ex-ministra do Meio Ambiente afirmou que as críticas sempre vão existir, mas que neste momento “algo que é mais importante nos une”.

“Quem é que quer um país socialmente justo? Todos queremos. Quem quer um país economicamente próspero? Todos queremos. Quem quer um país culturalmente diverso? Todos queremos. Quem quer um país politicamente democrático? Todos queremos. Quem quer um país ambientalmente sustentável? Todos queremos. É nessa base comum que estamos aqui comprometidos”, disse Marina Silva.

Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “a questão ambiental será levada muito a sério” em um eventual novo mandato dele e que as propostas da ex-ministra do Meio Ambiente para o setor serão incluídos no programa do PT. Ele disse que, se eleito, “todos os ministros terão obrigação com a questão climática”.

“Coisa como garimpo, não terá. O desmatamento a gente vai bloquear. As nossas fronteiras, a gente vai tomar conta delas para combater o narcotráfico. Obviamente que isso não pode acontecer em 24 horas porque tem que estruturar”, finalizou.

Coletiva de imprensa

Em entrevista coletiva, realizada em São Paulo, Marina Silva, que disputa uma vaga na Câmara dos Deputados pela Rede Sustentabilidade (REDE), anunciou apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, que disputa o Palácio do Planalto pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

O jornalista Thiago Martins, do Portal R7, participou da entrevista coletiva que foi transmitida ao vivo pelo canal do Partido dos Trabalhadores no YouTube.


Detalhes da coletiva de imprensa. (Foto: Thiago Martins/Twitter)


Analistas políticos avaliam o apoio como histórico, pois ele acontece 13 anos após rompimento de Marina Silva com o petismo.

 

Foto destaque: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Marina Silva (REDE). Reprodução/Estado de Minas

Ministro Alexandre de Moraes prorroga investigação sobre associação da vacina da Covid-19 à Aids feita por Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias as investigações sobre a conduta do presidente Jair Bolsonaro ao associar falsamente a vacina contra a Covid-19 ao risco de desenvolver Aids.

O candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL) fez a associação falaciosa entre vacina contra o novo coronavírus e risco de desenvolver Aids em uma live nas redes sociais no dia 21 de outubro do ano passado. A relação que o presidente fez não corresponde à verdade.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outras autoridades de saúde, as vacinas não trazem doenças. Muito pelo contrário, evitam contaminação e casos mais graves em decorrência da contaminação.

Alexandre de Moraes concedeu mais prazo para investigação atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que requereu mais tempo para a apuração logo após a Polícia Federal concluir que o presidente cometeu incitação ao crime.



Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. (Foto: Reprodução/Agência Brasil)


Entre as medidas investigativas pendentes apontadas pela própria Polícia Federal, estão a tomada de depoimento de Bolsonaro e pedido de informações a redes sociais sobre a live.

No relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal escreveu que a conduta de Jair Bolsonaro levou os espectadores da live a descumprir normas sanitárias estabelecidas pelo próprio governo. Neste caso, tomar a vacina.

A delegada Lorena Lima Nascimento, responsável pelo caso, pediu autorização do Supremo para indiciar o atual presidente da República e o ajudante de ordens tenente Mauro Cid, que ajudou o presidente produzir o material divulgado na transmissão ao vivo.

No Código Penal, incitação ao crime é conduta ilegal que pode causar prisão de três a seis meses.

Jair Bolsonaro citou na live supostos relatórios oficiais do Reino Unido. A Polícia Federal entendeu que o presidente “disseminou, de forma livre, voluntária e consciente, informações que não correspondiam ao texto original de sua fonte, provocando potencialmente alarma de perigo inexistente aos espectadores”.

Em manifestação ao Supremo, Lindôra Araújo, vice-procuradora-geral da República, afirmou que as medidas investigativas pendentes apontadas pela PF justificam estender o inquérito.



Lindôra Araújo, vice-procuradora-geral da República. (Foto: Reprodução/UOL)


“São relevantes para subsidiar a análise e deliberação pela Procuradoria-Geral da República, visto que proporcionarão melhor detalhamento sobre o cenário fático e suas circunstâncias, notadamente com as razões e eventuais novos elementos de prova a serem apresentados pelo Presidente da República a respeito dos fatos investigados, nos termos do artigo 85 da Instrução Normativa DF/PF n. 108/20163 . Ante o exposto, o Ministério Público Federal manifesta-se favoravelmente à nova prorrogação do prazo por 60 (sessenta) dias, para o cumprimento das referidas diligências”.

 

Foto destaque: Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo Partido Liberal. Reprodução/Revista VEJA

Polícia Federal conclui que houve associação criminosa no uso de avião da Força Aérea Brasileira para tráfico internacional de drogas

A Polícia Federal concluiu que houve associação criminosa no uso do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para tráfico internacional de drogas pelo ex-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues. O militar foi preso em Sevilha, na Espanha, em 2019, ao transportar 39 quilos de cocaína pura em um voo da comitiva presidencial.

O relatório final, concluído no dia 15 de agosto pela Delegacia Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado, tem 392 páginas. O documento foi divulgado em primeira mão pelo Estúdio I, da Globo News.

Segundo o relatório da Polícia Federal, os fatos envolvendo a utilização de aeronaves militares é que consolidam um conjunto probatório sólido dos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes e associação para o tráfico não havendo outras diligências que, no momento, permitam a continuidade das investigações.



Sargento Manoel Silva Rodrigues é acusado de transportar cocaína em avião da Força Aérea Brasileira (FAB). (Foto: Reprodução/Brasil247)


O inquérito foi remetido para a Justiça Federal com sugestão de envio para a Justiça Militar.

O Portal R7 tenta contato com a defesa de Manoel Silva Rodrigues.

Cabe aqui destacar que um outro inquérito que apura o crime de lavagem de dinheiro tramita na 10ª Vara Federal do Distrito Federal.

Relatório da PF aponta mais supostos integrantes da associação criminosa

O relatório da Polícia Federal, além de Manoel Silva Rodrigues, também destaca a participação dos supostos integrantes da associação criminosa, entre eles, Wilkelane Nonato, esposa de Manoel Silva Rodrigues. De acordo com o relatório, ela fazia parte do esquema e, após a prisão do marido, uma testemunha contou ter visto a mulher esconder R$40 mil em uma bolsa.

O documento aponta ainda a participação ativa de outro membro do grupo, Jorge Luiz Cruz Silva, que seria responsável por recrutar Manoel Silva Rodrigues para prestar serviço de “mula”, ou seja, pelo transporte da droga. A Polícia Federal identificou Marcos Daniel Gama, mais conhecido como “Chico Bomba”, como sendo o dono da droga.

O Portal R7 tenta contato com a defesa dos citados, que até o fechamento desta reportagem ainda não se manifestaram.

Condenado e expulso

Em fevereiro do ano passado, Manoel Silva Rodrigues foi condenado pela Justiça Militar da União (JMU) a 14 anos e seis meses de reclusão. Na ocasião, a defesa do ex-sargento alegou que a droga não foi transportada no avião da FAB, e sim, passada a ele depois do pouso, na Espanha.


Manoel Silva Rodrigues. (Foto: Reprodução/Portal R7)


Conforme a sentença, o ex-sargento também deve arcar com 1,4 mil dias-multa, fixados em 1/30 do salário-mínimo. A pena já cumprida pelo militar na Espanha, onde está preso, foi reduzida do tempo da nova condenação.

Em fevereiro de 2020, Manoel Rodrigues já tinha sido condenado pela Justiça espanhola a seis anos e um dia de prisão. Além disso, foi sentenciado a pagar multa de 2 milhões de euros. Ele obteve uma pena menor porque confessou o crime.

Em maio, ele foi expulso da Força Aérea Brasileira. À época, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que a exclusão de Rodrigues é resultado do processo administrativo aberto para julgar a conduta dele e está “em conformidade com o Estatuto dos Militares”.

 

 

Foto destaque: Mala e os 39 kg de cocaína apreendidas com militar da Força Aérea Brasileira preso na Espanha. Reprodução: Guarda Civil de Sevilla

Guerra na Ucrânia: Cerca de 200 ataques foram lançados pela Rússia contra cidade na região de Zaporizhzhia em apenas seis horas

O chefe da administração militar regional de Zaporizhzhia, na Ucrânia, Oleksandr Starukh, informou por meio de suas redes sociais que a cidade de Orikhiv sofreu mais de 200 ataques em um período de 6 horas. Ainda de acordo com a declaração, feita neste domingo (28), a cidade também foi atacada por 14 horas seguidas.

“Hoje, 14 horas de fogo constante de sistemas de jato e artilharia de barril em Orikhiv”, escreveu Starukh. “A parte central da cidade foi a que mais sofreu e o centro da cidade está em chamas”, finalizou.

Canais oficias confirmam que duas crianças e mãe delas ficaram feridas no bombardeio.

Autoridades ucranianas  temem desastre nuclear de enormes proporções e entregam medicamentos contra radiação

Autoridades da cidade ucraniana de Zaporizhzhia disponibilizaram pílulas de iodeto para moradores, à medida em que crescem os riscos de um possível acidente na usina nuclear localizada próxima ao local.

Segundo as autoridades oficiais, os moradores poderão obter comprimidos de iodeto em até 13 pontos de segunda a sexta-feira, e um ponto estará disponível durante o final de semana, em um esquema que começou desde o último dia 23.

No dia 25 de agosto, um total de 4.029 pessoas receberam pílulas de iodeto, segundo autoridades oficiais da cidade aconselharam os moradores a tomar as pílulas apenas em caso de um aviso oficial sobre um acidente nuclear, já que o medicamento controla o nível de substâncias tóxicas que estão presentes no organismo e auxilia na eliminação delas, além disso, o fármaco fortalece o sistema imunológico e previne a propagação de bactérias em nosso estômago.

No início de domingo (28), a operadora nuclear da Ucrânia, Energoatom, disse em sua conta do Telegram que, de acordo com a previsão do vento para esta segunda-feira (29), se ocorrer um grave acidente nuclear, a nuvem de radiação carregará os céus de parte do sul da Ucrânia e as regiões do sudoeste da Rússia.

Ele acrescentou ainda, que no caso de um acidente em uma das unidades de energia da usina, a nuvem de radiação se moverá para o sudeste também em direção à Rússia.

Em caso de desastre, a operadora nuclear aconselha os residentes em áreas potencialmente ameaçadas a fazerem profilaxia com iodo e limitarem a sua permanência em áreas abertas sem necessidade urgente, bem como o isolamento de portas e janelas. É recomendado ainda que os moradores da localidade desliguem os aparelhos de ar condicionado.

“Além disso, em áreas potencialmente perigosas, recomenda-se tomar medidas para selar e embalar alimentos, água, roupas de cama, documentos e objetos de valor”, acrescentou Energoatom.


 

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, por meio de suas redes sociais pediu que os militares russos deixem a fábrica. (Foto: Reprodução/Twitter)


No sábado, tanto o Ministério da Defesa russo quanto a operadora nuclear da Ucrânia, Energoatom, disseram que o local da usina nuclear de Zaporizhzhia foi repetidamente atacado nas últimas 24 horas, culpando-se mutuamente pelo bombardeio.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu no domingo que os militares russos deixem imediatamente as instalações da fábrica.

“Os invasores russos transformaram a usina nuclear de Zaporizhzhia em uma base militar, colocando todo o continente em risco. Os militares russos devem deixar a fábrica, eles não têm negócios lá!”, escreveu ele em uma de suas redes sociais.

As Nações Unidas, os Estados Unidos e a Ucrânia pediram a retirada de equipamentos militares e pessoal do maior complexo nuclear da Europa. Com isso, a missão de vigilância nuclear segue para usina de Zaporizhzhia.

 

Foto destaque: Cerca de 200 ataques foram lançados pela Rússia contra cidade na região de Zaporizhzhia em apenas seis horas. Reprodução/Reuters

Fake News: 4 em cada 10 brasileiros afirmam receber notícias falsas diariamente

Segundo levantamento feito pela Poynter Institute, escola de jornalismo e organização de pesquisas americanas, com apoio do Google, no Brasil, quatro em cada 10 pessoas recebem notícias falsas todos os dias.

Entre os brasileiros que se preocupam em cair em fake news ou que seus parentes caiam, o índice é muito maior e chega a 65% dos entrevistados.

Para obtenção desses dados, cerca de 8,5 mil pessoas foram ouvidas, sendo mais de mil só no Brasil. Além disso, pessoas dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Nigéria, Índia e Japão também participaram da pesquisa.


O compartilhamento de notícias falsas é crime. (Foto: Reprodução/Aberje)


Dentre os que compartilharam acidentalmente informações falsas em algum momento, 43% dos brasileiros afirmaram já ter enviado um post, vídeo, imagem ou notícia e só mais tarde terem percebido que se tratavam de informações inverídicas.

Ainda de acordo com a pesquisa, os jovens são os mais propensos a assumir o envio, em especial a Geração Z – aqueles que têm entre 18 e 25 anos. Ao mesmo tempo, são eles que verificam com maior frequência as informações encontradas nas redes, principalmente em buscadores e aplicativos de mensagens, como Facebook, WhatsApp e Telegram.

Entre as ações praticadas por este público para evitar a disseminação e o compartilhamento de informações falsas, estão a verificação da fonte, para saber se ela é realmente confiável, conferem a data de postagem e usam o Google para saber mais detalhes sobre a postagem ou quem a compartilhou.

O método mais usado pelos brasileiros para checar notícias no Google é incluindo palavras como “notícias falsas”, “propaganda” e “legítima” junto com as informações, para identificar possíveis mentiras.

A Poynter Institute financia o projeto Comprova, uma iniciativa colaborativa de fatos integrada por 43 veículos de comunicação e liderada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, mais conhecida como Abraji.

Ao decidir se a informação é verdadeira, mais da metade dos entrevistados no Brasil (55%) considera importante saber quem é a pessoa que postou a informação. O apoio de fontes, fatos e a lógica das conclusões também são fatores cruciais para os brasileiros decidirem se determinado conteúdo é falso ou não.

Eleições 2022 

Para as eleições deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral mantém uma página especial para desmentir fake news, chamada de “Fato ou Boato”.

A plataforma, que funciona desde 2020, reúne notícias verificadas sobre votos, urnas eletrônicas e demais desinformações para “enfrentar os efeitos negativos provocados pela desinformação relacionada à democracia”, como afirma o próprio site do TSE.

 

Foto destaque: 4 em cada 10 brasileiros afirmam receber notícias falsas diariamente. Reprodução/Partido dos Trabalhadores (PT)

Eleições 2022: Nova pesquisa eleitoral aponta que Jair Bolsonaro tem alto índice de rejeição, seguido por Ciro Gomes e Luiz Inácio Lula da Silva

Foi divulgado nesta segunda-feira (29) o resultado da mais nova pesquisa eleitoral do Instituto FSB, contratada pelo Banco BTG Pactual. Segundo ela, o presidente Jair Bolsonaro e candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL) segue com o maior índice de rejeição entre os candidatos à Presidência da República. Com base no levantamento, 55% dos entrevistados disseram que não votariam no atual presidente de jeito nenhum.

Ainda de acordo com a pesquisa, Ciro Gomes, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), aparece na sequência, com 46% de rejeição, cinco pontos percentuais a menos em relação ao último levantamento. Com 45% de rejeição dos entrevistados, Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), aparece logo em seguida. Com a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, os dois estão tecnicamente empatados neste item.


Pesquisa do Instituto FSB, contratada pelo Banco BTG Pactual, ouviu cerca de 2 mil pessoas entre os dias 26 e 28 de agosto. (Foto: Reprodução/Instituto FSB Pesquisa)


Simone Tebet, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), tem 30% de rejeição.

O presidente da República continua com o mesmo índice de rejeição apontado no levantamento anterior, divulgado na semana passada. Com relação à rejeição de Ciro Gomes, é possível observar uma queda quando comparada aos resultados da última pesquisa, enquanto o índice dos que disseram que não votariam em Lula cresceu.

Cerca de 2 mil eleitores foram ouvidos no final de semana, entre os dias 26 e 28. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o número BR-08934/2022.

Maiores índices de rejeição desde a redemocratização do país

Segundo levantamento feito pelo Jornal O Globo, o Brasil registrou o maior índice de rejeição a um dos candidatos na disputa pelo Palácio do Planalto.

O atual presidente Jair Bolsonaro e também candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL) tem rejeição de 55% de acordo com a última pesquisa eleitoral do Instituto FSB, contratada pelo Banco BTG Pactual. Esse mesmo dado já havia sido apontado pelo Instituto Datafolha, em março.

O patamar de rejeição é superior ao de Ulysses Guimarães (PMDB), que somou 52% de rejeição segundo pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha em agosto referente às eleições de 1989, ano da redemocratização.

O levantamento do Grupo Globo utilizou o banco de dados do Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop/ Unicamp) e pesquisas Datafolha, Ibope e Ipec.

Foto destaque: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT). Reprodução/Brasil de Fato

Jair Bolsonaro ataca Vera Magalhães durante debate entre os candidatos à Presidência da República: “Vergonha para o jornalismo brasileiro”

No primeiro debate entre candidatos à Presidência da República com maior intenção de votos nas pesquisas eleitorais, organizado em consórcio pelos veículos de comunicação Folha de São Paulo, UOL, TV Cultura e pela Rede Bandeirantes, conhecida informalmente como Band e transmitido ao vivo na noite desse domingo (29), Jair Bolsonaro, atual presidente e candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL), ofendeu a jornalista Vera Magalhães em mais um episódio recorrente.


O presidente Jair Bolsonaro participou do debate transmitido ao vivo pela TV Band. (Foto: Reprodução/Poder360)


Tudo começou quando Vera Magalhães, da TV Cultura, questionou Ciro Gomes, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), sobre redução do alcance da cobertura vacinal no Brasil com base nos dados de vacinação do DataSUS, do próprio governo federal. A jornalista apontou a desinformação promovida pelo presidente Bolsonaro sobre o tema durante o auge da pandemia de covid-19.

“A cobertura vacinal está despencando nos últimos anos. Em que medida que a desinformação sobre vacina difundida pelo presidente pode ter agravado além pandemia de covid-19 e causar mortes que poderiam ter sido salvas, desacreditar a população quanto à eficácia das vacinas em geral?”, perguntou Vera Magalhães a Ciro Gomes, para Jair Bolsonaro comentar.


Vera Magalhães. (Foto: Reprodução/TV História)


Em resposta ríspida, Jair Bolsonaro provocou.

“Vera, não podia esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido num debate como esse, fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro.”

Após ataque de Jair Bolsonaro, jornalistas mulheres saem em defesa de Vera Magalhães

Uma onda de solidariedade e carinho tomou conta das redes sociais e grandes nomes do jornalismo saíram em defesa da jornalista Vera Magalhães.

No Twitter, a jornalista Aline Midlej escreveu: “Estamos juntas no jornalismo profissional, no feminino presente e resistente sempre”.



Aline Midlej em apoio à Vera Magalhães. (Foto: Reprodução/Twitter)


A jornalista e ex-apresentadora do Encontro, Fátima Bernardes, escreveu: “Minha solidariedade à jornalista Vera Magalhães, atacada durante o Debate na Band pelo candidato à reeleição Jair Bolsonaro. Não é a primeira vez que mulheres jornalistas são atacadas por esse governo”.


Fátima Bernardes em apoio à Vera Magalhães. (Foto: Reprodução/Twitter)


Sandra Annenberg, apresentadora do Globo Repórter, reforçou o discurso de Fátima Bernardes e acrescentou: “Não podemos mais permitir misoginia seja onde for. Não vamos nos intimidar, mulheres são a maioria da população brasileira”.


Sandra Annenberg em apoio à Vera Magalhães. (Foto: Reprodução/Twitter)


Patricia Campos Mello, que também já foi atacada com insinuações de cunho sexual pelo presidente da República, publicou uma imagem ao lado de Vera Magalhães, demonstrando admiração pela colega.


“Que orgulho da Vera Magalhães”, escreveu Patricia Campos Mello em apoio à colega. (Foto: Reprodução/Twitter)


Cabe aqui destacar que o Tribunal de Justiça de São Paulo, decidiu em junho deste ano aumentar a indenização paga por Bolsonaro à jornalista em R$ 35 mil.

Andréia Sadi, âncora do Estúdio I na Globo News e comentarista política, escreveu: “Bolsonaro, ao se irritar com a pergunta jornalística de Vera Magalhães sobre vacinas, ataca e – claro – o alvo é mulher. Incrível. Ideia fixa é a mira do presidente para atacar e agredir mulher. Beijo, Vera, você é orgulho”.


 


Andréia Sadi em apoio à Vera Magalhães. (Foto: Reprodução/Twitter)


Ciro Gomes (PDT), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) reagiram de maneira firme e imediata aos ataques contra a jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura, e saíram também em defesa dela.

O Portal R7 procurou a jornalista Vera Magalhães, que não quis se manifestar sobre o assunto.

 

Foto destaque: Vera Magalhães e Jair Bolsonaro. Reprodução/Brasil 247

Fake News: Tribunal Superior Eleitoral ordenou que o Instagram removesse post de Eduardo Bolsonaro por compartilhamento de informações falsas

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ordenou que o Instagram removesse um vídeo publicado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre Ciro Gomes. De acordo com a decisão do ministro Raul Araújo, a postagem do parlamentar apresenta trechos descontextualizados e com informações falsas sobre o candidato à Presidência da República pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), o que caracteriza propaganda eleitoral negativa e antecipada.

O pedido foi formalizado pelo próprio Partido Democrático Trabalhista e, conforme a legenda, até o momento do requerimento da ação, o conteúdo compartilhado tinha cerca de 1,1 milhão de visualizações e mais de 90 mil curtidas. O vídeo foi publicado na semana passada, em específico, na última segunda-feira (15).


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). (Foto: Reprodução/Valor Econômico)


Para Raul Araújo, é possível observar que o conteúdo foi produzido com o intuito de desinformar, pois “a mensagem transmitida com a publicação está totalmente desconectada dos contextos fáticos em que se apresentava o candidato Ciro Gomes, do Partido Democrático Trabalhista (PDT)”, destacou o ministro.

“Os recortes são manipulados com o objetivo de prejudicar a imagem do candidato, emprestando o sentido de que ele seria contrário à fé católica e odioso aos cristãos. Além disso, contém trecho no qual afirma que o candidato “comparou igrejas com o narcotráfico” e “que ambos trabalham com dinheiro em espécie e poderiam fraudar eleições”, finalizou Raul Araújo.


O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). (Foto: Reprodução/UOL)


Cabe destacar que no momento da produção desta reportagem, o conteúdo já havia sido removido e, ao tentar acessar o link do post, o Instagram automaticamente notifica o usuário que o vídeo foi restringido ao Brasil.

“Recebemos uma solicitação legal para restringir este conteúdo. Nós o analisamos em relação às nossas políticas e realizamos uma avaliação legal e de direitos humanos. Após a análise, restringimos o acesso ao conteúdo na localização em que ele vai contra a lei local”, informa a rede social.


O conteúdo havia sido publicado na última segunda-feira (15). (Foto: Reprodução/Instagram)


Tribunal Superior Eleitoral de olho nas informações falsas

Na noite da última quarta-feira (17), uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também determinou que a ex-ministra Damares Alves, candidata ao Senado no Distrito Federal pelo Republicanos, retirasse do ar quatro publicações com informações falsas sobre os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores. O material havia sido compartilhado no YouTube, Instagram, Twitter e Facebook.

Confira a matéria completa

As publicações, feitas no dia 2 de agosto, se tratavam de um mesmo vídeo com o título sensacionalista e tendencioso sobre o Governo Lula e uma possível cartilha ensinando como os jovens deveriam usar crack.


Damares Alves foi ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Portal R7)


Na decisão judicial, o ministro do TSE, Raul Araújo, pontuou que a cartilha mencionada possuía orientações direcionadas às pessoas dependentes de substâncias entorpecentes e não o incentivo motivacional ao uso de drogas ilícitas.

 

Foto destaque: Eduardo Bolsonaro. Reprodução/Exame

Velório de Claudia Jimenez, que faleceu aos 63 anos, acontece no Rio de Janeiro

O velório da atriz Claudia Jimenez está acontecendo no cemitério e crematório Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro. Segundo informações divulgadas no programa É de Casa, da TV Globo, o velório da humorista iniciou ao meio-dia e irá até às 16h30, horário previsto para acontecer a cremação do corpo da atriz em uma cerimônia íntima para familiares e amigos.

A roteirista e também dubladora morreu no início da manhã deste sábado (20), no Rio, aos 63 anos. A intérprete da inesquecível Dona Cacilda, da Escolinha do Professor Raimundo, e de Edileuza, de Sai de Baixo, estava internada no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul.

A informação da morte da atriz foi confirmada pela assessoria de imprensa da unidade hospitalar em que ela estava internada, que logo em seguida informou também a causa: insuficiência cardíaca.


Claudia Jimenez faleceu aos 63 anos. (Foto: Reprodução/G1)


Trajetória Claudia Jimenez

Nascida no Rio de Janeiro, Claudia Jimenez estreou na TV Globo em 1979, na série Malu Mulher. Na década seguinte, ela esteve em Os Trapalhões, trabalhou por quatro anos no programa Viva o Gordo, e participou do Chico Anysio Show e da série Armação Ilimitada.

Foi como a divertida Dona Cacilda, em Escolinha do Professor Raimundo, em 1990, quem carreira da Cláudia Jimenez ganhou maior destaque e, consequentemente, em evidência para o público. Nas participações, ela desnorteava o cansado professor Raimundo, interpretado pelo saudoso Chico Anysio, com suas tiradas atrevidas. Na série, ela apresentou o bordão “beijinho, beijinho, pau pau”, em referência à música “Beijinho, beijinho, tchau, tchau”, de Xuxa Meneghel.

Além das atrações humorísticas, Claudia Jimenez atuou em diversas novelas, como Torre de Babel, em 1998, como a hilária Bina, Consuelo, em América, exibida em 2005, Custódia, em Sete Pecados, que foi ao ar em 2007 e Haja Coração, em 2016, na pele da ricaça Lucrécia Abdala Varella, todas exibidas pela TV Globo. O trabalho mais recente da atriz foi a série Infratores, em 2018, exibida no Fantástico.

 

 

Foto destaque: Velório de Claudia Jimenez, que faleceu aos 63 anos, acontece no Rio de Janeiro. Reprodução/UOL

 

Supremo Tribunal Federal acolhe pedido feito pela Procuradoria-Geral da República e torna Eduardo Cunha inelegível novamente

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, suspendeu a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que havia afastado a inelegibilidade de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados. Com isso, o ex-deputado não poderá se candidatar nas próximas eleições.


Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux. (Foto: Reprodução/VEJA)


A decisão de Luiz Fux acontece em decorrência do acolhimento de um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República, após a defesa do ex-presidente da Câmara dos Deputados ter conseguido, junto ao TRF-1, decisão de antecipação de tutela para suspensão dos efeitos da inelegibilidade.

Na avaliação de Augusto Aras, procurador-geral da República, a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região colocava em risco a segurança jurídica, a instabilidade institucional, a confiabilidade nas instituições, a paz social e a própria democracia.


Procuradoria-Geral da República. (Foto: Reprodução/Agência Brasil)


Eduardo Cunha teve seu mandato cassado pela Câmara dos Deputados em 2016 por quebra de decoro parlamentar, após denúncias de ter ocultado a existência de contas bancárias no exterior, e por ter mentido sobre a existência delas durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou a Petrobras.


Eduardo Cunha está novamente inelegível. (Foto: Reprodução/Agência Brasil)


Diante da decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que daria a Eduardo Cunha o direito de candidatar-se nas eleições de 2022, a Procuradoria-Geral da República apresentou, então, uma Suspensão de Tutela Provisória (STP), sob o argumento de que a decisão do TRF-1 interfere em atos de natureza interna corporis da Câmara dos Deputados.

Um outro argumento apresentado foi o de que “o ajuizamento da ação por Cunha próximo às eleições teria sido utilizado para criar um risco artificial de ofensa a seus direitos políticos para poder concorrer no pleito”, informou o Supremo Tribunal Federal.

Na decisão, o ministro Luiz Fux observou que a decisão do TRF-1 foi fundamentada em uma “aparente violação” a regras do Regimento Interno e do Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.

Fux, no entanto, acrescentou que o Supremo já tem jurisprudência sedimentada “no sentido de ser restrito o controle judicial sobre os atos interna corporis do Poder Legislativo, relacionados à interpretação de regras regimentais”, caso não tenham “paralelo claro e expresso na própria Constituição Federal, sob pena de violação ao postulado da separação de Poderes”.

Já havíamos noticiado sobre o pedido feito pela Procuradoria-Geral da República e que, provavelmente, a reposta seria dada pelo STF, até no máximo, ainda nesta sexta-feira (19).

 

 

Foto destaque: Fachada do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Reprodução/Poder360