Sobre Marcele Ferraz

Jornalista na Editoria de Tech

Samsung negocia com Tesla a fabricação de chips de próxima geração

A Samsung Electronics, multinacional sul-coreana, intenta produzir chips de próxima geração para a direção 100% autônoma anunciada pela Tesla, fabricante de carros elétricos. As duas empresas vêm conversando desde o início do ano acerca do projeto da montadora, segundo informações divulgadas ontem (23) pelo jornal “Korea Economic Daily”. O objetivo da Tesla é lançar seu Cybertruck em 2022 já com esta tecnologia.

 É importante mencionar que a montadora de carros já havia anunciado antes a condução de carros de forma completamente autônoma, em 2016, mas não obteve sucesso na empreitada em parceria com a Nvidia.


Tesla conectado ao superalimentador (Foto: Reprodução/Pixabay)


Hoje, porém, a Tesla acredita que seu computador FSD (Full Self-Driving Computer), alimentado por um chip formatado por ela e desenvolvido pela Samsung, tem total capacidade para permitir uma direção 100% autônoma. Elon Musk, CEO da companhia, diz estar confiante de que o Hardware 3, ou o Full Self-Driving computer 1 conseguirá conduzir os carros de forma melhor e mais segura do que humanos. “Eu não sei, provavelmente 200 ou 300% melhor do que humanos”, cita o canal Electrek.

Uma das fontes do jornal coreano supracitado comenta que a negociação entre as empresas está praticamente fechada, já que recentemente a Tesla decidiu produzir o chip HW 4.0 com a Samsung.

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A parceria com a companhia sul-coreana, líder em fabricação de chips no mundo, deu-se após fatores como custos de produção, possibilidade de cooperação a longo prazo e disponibilidade de tecnologia serem levados em conta.

A Tesla planeja lançar no fim de 2022 a sua picape elétrica Cybertruck e já recebeu encomendas de mais de um milhão de unidades. O desejo é que ela já venha equipada com o HW 4.0.

A Samsung Electronics planeja produzir em massa o chip Tesla HW 4.0 na sua fábrica principal de Hwasung, na Coreia do Sul, usando a tecnologia de processamento de sete nanômetros no último trimestre deste ano”, cita a publicação.

 

(Foto destaque: prédio da Samsung no Vale do Silício, EUA – Divulgação/Samsung)

Beauty tech, interatividade e diversidade: ações da L’Oréal para ser o futuro da beleza

L’Oréal, empresa francesa de cosméticos, quer se tornar a primeira beauty tech do mundo, ao investir não só em beleza, mas em serviços e tecnologia que aceleram a sua produtividade e tomada de decisões, e melhoram seus produtos.

Há alguns anos, a questão da compatibilidade de seus produtos com o tom de pele das clientes foi levantada, e logo se descobriu que era necessário sair do laboratório e fazer uma pesquisa de campo. “Coletamos medições de tons de pele de 57 países de origens diferentes”, disse a cientista Belinda Addis. De volta ao laboratório, foi descoberto que dentre as cores que compunham os tons de pele, havia o azul ultramar, corante raramente usado, e assim se iniciou a caminhada que Belinda chama de interminável: “A cada bebê, nasce um novo tom de pele. E assim sabemos que nosso trabalho nunca termina”.

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Além de investir em ciência e pesquisa de campo para atender melhor o seu público e, claro, aumentar a venda e a confiabilidade da marca, L’Oréal abraçou a interatividade. Observando o mercado, cada vez mais digital, adquiriu em 2018 o Virtual Try-on da Modiface, startup de realidade aumentada (AR), que serve para experimentar maquiagens e colorações capilares. Apesar de não ser perfeita, a ferramenta consegue passar uma ideia do que a pessoa pode esperar como resultado do uso de cada produto, o que já é um avanço para auxiliar as compras online. Pode-se usar uma foto ou liberar o uso da câmera de vídeo do computador, o que melhora a experiência.

Parceira de empresas como Carbios, a também francesa de biotecnologia, Replika, a norte-americana de social commerce, e Slick, a britânica de gestão de dados, a gigante dos cosméticos anunciou em seu relatório anual que “Beauty tech é a beleza aumentada pela tecnologia”. Quer oferecer “experiências de consumo insuperáveis” enquanto incentiva o potencial de funcionários e investe na diversidade, entendendo que assim será mais fácil alcançar o público, que possui, segundo resultado de suas pesquisas, 66 tons diferentes de pele e oito tipos de cabelo.


L”/Oreal estuda os diferentes tons de pele (Foto: Reprodução/L”/Oréal)


“Vamos inventar a beleza do futuro enquanto nos tornamos a empresa do futuro”, concluiu a empresa que criou uma rede internacional de equipes tecnológicas e parceiros com centros em Paris e Xangai.

L’Oréal não quer apenas utilizar frases de efeito, mas revolucionar o mercado e se tornar sua principal referência.

 

(Foto destaque: Skin Genius é mais uma ferramenta de interatividade  – Reprodução/L”/Oréal)

Óculos inteligentes com design discreto são a nova aposta do Facebook e da parceira Ray-ban

O Facebook, em parceria com a Ray-ban, acaba de lançar os óculos inteligentes Ray-ban Stories, que funcionam como um smartphone. Pesando apenas um pouco a mais que óculos comuns (cinco gramas, segundo o Facebook), eles têm 20 variações de design e cores, e câmeras discretas nos cantos da armação para capturar fotos ou vídeos, além de serem capazes de se conectar com as principais redes sociais.

As câmeras de cinco megapixels do Ray-ban Stories, que fazem fotos e gravam vídeos de até 30 segundos, podem ser acionadas por um botão na lateral da armação dos óculos, ou por comando de voz. É possível ainda fazer ligações, ouvir música, e manipular opções no touchpad existente na lente direita do dispositivo.


 

Luz branca acende quando a câmera está em uso. (Foto: Divulgação/Facebook)


Disponíveis nos famosos modelos Wayfarer, Round e Meteor, cinco opções de cores e lentes transparentes, transitions, de sol ou prescrição, a aposta das marcas é atrair o público com “os primeiros óculos inteligentes que as pessoas vão querer usar”, segundo Hind Hobeika, gerente de produto para dispositivos de realidade aumentada no Facebook Reality Labs. Os óculos que vêm sendo lançados nos últimos nove anos não deslancharam, e basta saber se a estratégia do Facebook mudará esta realidade.


Modelos do dispositivo. (Foto: Divulgação/Facebook)


Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, disse em um vídeo de divulgação que a intenção do acessório é “compartilhar experiências do seu ponto de vista” e “viver o momento sem pegar o seu telefone”. Defensor do futuro vivido no metaverso, uma espécie de ambiente virtual para se conectar com pessoas em espaços digitais, Mark ainda declarou que com o Ray-Ban Stories o usuário “não terá que escolher entre interagir com um dispositivo ou com o mundo a sua volta”.


A intenção é “viver o momento”. (Video: Reprodução/YouTube)


Com esta declaração apaixonada, o Facebook mostra querer vender um estilo de vida: pessoas conectadas apesar das distâncias, e aproveitando as suas vidas com emoção. Mas ainda atrás de likes e seguidores.

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Os óculos, disponíveis por enquanto apenas em seis países (EUA, Canadá, Reino Unido, Irlanda, Itália e Austrália), custam a partir de US$ 299,00 e não têm previsão de lançamento ou preço no Brasil.   

 

(Foto destaque: Em parceria com Ray-ban, Facebook lança óculos inteligentes – Divulgação/Facebook)

Facebook estuda mudanças para anúncios discriminatórios após denúncias de ONG

A plataforma de anúncios segmentados do Facebook pode mudar em breve, graças à queixa da ONG Global Witness, que descobriu através de testes simples que o sistema comandado por Mark Zuckerberg mostra ofertas de emprego para usuários de forma discriminatória, com base em gênero e idade.

Os anúncios que vemos no Facebook dependem dos dados que ele coleta sobre os seus usuários, tanto dentro quanto fora da plataforma. Usando milhares de informações, que incluem características como idade e sexo, a plataforma traça o perfil de cada pessoa, para cobrar dos anunciantes pela capacidade de entregar anúncios de forma segmentada nos feeds.

Mas o que acontece quando esse anúncio não tem especificações quanto a gênero ou idade? A Global Witness intentou descobrir, com um modelo de investigação que poderia ser feito por qualquer um: anunciando vagas de emprego. Primeiro criaram uma vaga que excluía mulheres, e outra que deixava pessoas acima dos 55 anos de fora. Aceitaram os termos da política não discriminatória do Facebook e, mesmo assim, os anúncios foram aprovados pela rede social. Os anúncios foram retirados antes da publicação.

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Depois, foram mais longe, anunciando empregos reais, com vagas para mecânicos, enfermeiros, pilotos e psicólogos, mas sem solicitar nada além de que o público-alvo fosse do Reino Unido. Com o avançar da publicação, perceberam que a vaga para mecânicos foi anunciada em perfis de homens em 96% das vezes, enquanto a para enfermeiros, mostrada para mulheres em 95% dos casos. 75% dos homens receberam o anúncio para o cargo de piloto e 77% das mulheres, o de psicólogo.

Isso significa que o algoritmo do Facebook age de forma discriminatória. Há uma regulamentação nos EUA e no Canadá, desde 2019, para impedir que anunciantes direcionem ofertas de emprego, moradia e crédito baseados em gênero, idade ou CEP e a ONG pede que ela seja estendida ao restante do mundo.


Tela de entrada do Facebook. (Foto: Reprodução/Tobias Dziuba/Pexels)


Nosso sistema leva em consideração diferentes tipos de informação para tentar servir às pessoas anúncios nos quais estarão mais interessadas, e estamos revisando as conclusões neste relatório”, disse um porta-voz do Facebook. Sobre ampliar a regulamentação  para o resto do mundo, ele afirmou: “Planejamos ter uma atualização nas próximas semanas.”

A Global Witness concluiu que mudar apenas a política de segmentação dos anúncios não é suficiente para conter a discriminação, mas que é “um começo”.

 

(Foto destaque: algoritmos do Facebook são discriminatórios – Reprodução/Luca Sammarco/Pexels)

Conheça Airo, o carro capaz de filtrar a poluição

Em conjunto com a Heatherwick Studio, a IM Motors lançou na última Shangai Motor Show, na China, o carro elétrico com direção autônoma e zero emissão de poluentes Airo, que promete filtrar os poluentes emitidos por outros veículos enquanto passa por eles.

Airo não é apenas mais um carro elétrico”, diz Thomas Heatherwick, fundador da Heatherwick Studio. Equipado com a mais recente tecnologia de filtragem HEPA e com design futurista, a criação tem a intenção de ser mais um elemento de aproveitamento de espaço, com poltronas giratórias e reclináveis, que transformam o interior do carro em uma sala de estar, de jantar, jogos, reuniões e até mesmo um quarto. A privacidade também não é afetada, já que os vidros podem se tornar opacos com apenas um comando.


Mesa dobrável permite múltiplas atividades no interior do Airo (Imagem: Divulgação/Heatherick Studio)


HEPA é uma sigla em inglês, High Efficiency Particulate Air filter (nome oficial pelo departamento de energia norte-americano), e significa, em tradução livre, “filtro de partículas de alta eficiência”. Pelo que se conhece do filtro, que já tem sido instalado em hospitais e aviões, há a necessidade de manutenção constante para que o bom funcionamento seja mantido, porém esse tipo de informação não foi encontrado nos canais da Heatherwick Studio.

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Os críticos não estão convencidos de que Airo seja mais do que um carro-conceito, mas Thomas defende a sua vontade de melhorar o mundo, como reportado no podcast Future Lab, da Goodwood Festival of Speed, no Reino Unido: “Será que algo poderia ser mais do que apenas dizer ‘eu não prejudico’, mas fazer algo bom de forma proativa? Se ele pudesse limpar o ar enquanto se movimenta em vez de apenas não o poluir, isso faria a diferença”.


Interior do carro foi projetado como a primeira classe de aviões. (Foto: Divulgação/Heatherwick Studio)


A empresa, mais conhecida por trabalhar com arquitetura, recentemente foi responsável pelo design de um ônibus londrino e um barco de turismo, e pretende iniciar a produção de um milhão de carros em 2023, entendendo que esta quantidade de veículos, só na China, seria extremamente benéfica. “Airo é um carro idealizado para nos transportar para um futuro melhor e mais limpo”, declara Heatherwick.

 

(Foto destaque: carro pretende filtrar o ar enquanto em movimento. Divulgação/Heatherwick Studio)

Nuro, empresa norte-americana de carros autônomos, construirá pista de testes

Nuro, empresa norte-americana de carros elétricos autônomos fundada por dois ex-engenheiros da Google, Dave Ferguson e Jiajun Zhu, vem investindo alto em seu negócio de entregas sem motorista: agora que possui permissão não só para transitar como para cobrar pelo serviço, começará a construir no sul de Nevada uma fábrica e pista de testes para o R2, modelo do veículo utilizado atualmente, e o seu sucessor, R3.

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A pista, localizada a alguns quilômetros da fábrica, ocupará cerca de 30 hectares da Las Vegas Motor Speedway, e servirá para testar o funcionamento dos veículos, questões ambientais e para prevenir acidentes com pedestres e animais de estimação, bem como para dar a preferência a ciclistas em vias compartilhadas. A Nuro, cujo carro robô é pequeno demais para comportar pessoas, declara preocupação maior com as vidas ao redor de seu veículo do que com os produtos que precisa entregar.

R2 funciona à bateria, não emitindo poluentes, e é conduzido à distância por um operador, que controla toda uma frota ao mesmo tempo. Sua velocidade não passa de 40 km/h e possui metade do largura de um carro compacto. Além disso, ele só faz entregas em regiões domiciliares, com pouco fluxo de veículos.


Cliente recebe código de acesso para abrir o veículo e retirar o pedido (Foto: Divulgação/Nuro) 


Com parceiros como a FedEx, Wallmart e Domino’s, a empresa enxerga crescimento em seu futuro. Em um comunicado, o CEO e cofundador Jiajun Zhu afirma ser este um momento significativo para a Nuro: “Graças ao nosso tremendo impulso, com parcerias estratégicas com líderes da indústria como Domino’s, Kroger e FedEx e operações em três estados, agora podemos investir em infraestrutura para construir dezenas de milhares de robôs”.

Tanto a fábrica quanto pista de testes devem estar prontas ao final de 2022, gerando 250 empregos diretos e cerca de US$ 2,2 bilhões em benefícios em dez anos para a região de Nevada. Dave Ferguson anuncia que, a partir daí, os veículos poderão ser um pouco maiores e mais rápidos do que os existentes, mas não dá detalhes.

 

(Foto destaque: carro de entrega não tem volante ou pedais. Divulgação/Nuro)

Japão produz carne wagyu em impressora 3D

Pensando em colaborar com a sustentabilidade, cientistas da Universidade de Osaka, no Japão, conseguiram desenvolver em impressão 3D uma amostra do bife wagyu, a carne mais cara do mundo e produzida no país.

O gado wagyu é criado de forma não sustentável, pelas largas emissões de gases prejudiciais ao clima, e já chegou a beber cerveja e receber massagens, em técnicas não comprovadas para alcançar melhor digestão e relaxamento do animal.

A inovação tecnológica, detalhada em um artigo na revista Nature Communications, deu-se a partir do isolamento e modificação em laboratório de células-tronco de vacas wagyu para reproduzir por bioimpressão estruturas como músculos, gordura e vasos sanguíneos.


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Usando a estrutura histológica da carne wagyu como um projeto, desenvolvemos um método de impressão 3D que pode produzir estruturas complexas feitas sob medida”, declara o autor principal Dong-Hee Kang.

O bife cultivado em laboratório tem apenas cinco por dez milímetros e ainda não é comestível, mas se assemelha ao real, que é conhecido mundialmente pelo marmoreio ou sashi – alto teor de gordura intramuscular que confere visual de mármore e maciez à peça.


Cientistas reproduzem carne wagyu com estruturas complexas. (Foto: Divulgação/Universidade de Osaka)


A autora sênior da pesquisa, Michiya Matsusaki, acrescenta: “Com o aprimoramento dessa tecnologia, será possível não apenas reproduzir estruturas complexas de carne, como o belo sashi da carne wagyu, mas também fazer ajustes sutis nos componentes de gordura e músculo”, o que significa que, no futuro, esta criação poderá ser modificada de acordo com a necessidade e preferência de cada cliente.

Apesar de não divulgarem os custos de produção da carne sintética, ou o tempo necessário para que ela chegue ao mercado, o desejo dos cientistas é conseguir produzi-la em maior escala, colaborando com a sociedade: “Este trabalho pode ajudar na busca por um futuro mais sustentável, com carne cultivada, amplamente disponível“/, finaliza Dong-Hee Kang.

No Brasil, o quilo da carne wagyu pode chegar a R$ 1.000,00.

 

(Foto destaque: carne wagyu é a mais cara do mundo. Reprodução/z0man/Pixabay)

Aluguel de robôs para vencer a escassez de mão de obra no Vale do Silício

O Vale do Silício, região sede de grandes empresas de tecnologia e inovação nos EUA, tem investido na ideia de alugar robôs para empresas de pequeno porte, resolvendo assim dois problemas: a falta de mão de obra e o alto custo de compra e implementação desta tecnologia.

O momento pelo qual passamos no mundo não tem se mostrado favorável à tomada de decisões financeiras arriscadas, já que robôs fazem trabalhos repetitivos e pontuais, como carimbar elementos do lado certo ou mover o mesmo tipo de objeto para outra estação de trabalho, e as empresas percebem a necessidade de reinventar ou até mesmo descartar alguns processos – o que inutilizaria determinado robô.

O aluguel funciona, pelo menos no que tange aos custos, como pagar um salário menor por um funcionário que rende três turnos por dia e não precisa de férias. O arrendamento por hora de um robô custa em torno de 10 dólares, enquanto a hora de trabalho de um funcionário passa de 20 dólares.


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Tammy Barras, presidente da companhia familiar Westec Plastics, fabricante de plásticos, conta que começaram alugando apenas um robô no início de 2020, mas agora já trabalham com três, nomeados de Melvin, Nancy e Kim. Ela explica que apenas um robô gera a economia de 60 mil dólares em custos trabalhistas. “Tivemos que aumentar bastante os nossos salários este ano por causa do que está acontecendo no mundo. E, por sorte, o Melvin não aumentou a sua taxa. Ele não pede aumento”, graceja.

Com 102 funcionários em sua fábrica, ela diz ainda que robôs da atualidade não podem substituir o trabalho humano, por executarem tarefas simples. Para o alívio dos profissionais, robôs ainda precisam ser direcionados e não têm a capacidade de solucionar problemas de forma criativa.

 

(Foto destaque: aluguel de robôs para suprir a escassez de mão de obra. Reprodução/Pavel Daniluk/Pexels)

Carro voador? Entenda parceria entre a Eve, da Embraer, e a Ascent

Mais uma vez, estamos diante do que se chamaria de futuro. E, apesar de sonhados por muitos, principalmente por amantes de filmes de ficção científica, é sempre um choque quando os nossos sonhos se tornam reais, palpáveis. Estamos falando dos almejados “carros voadores” – entre aspas por seu funcionamento ser bem diferente e muito mais eficiente do que já estamos acostumados a ver nas telas de cinema.

O veículo de mobilidade urbana anunciado pela Eve Urban Air Motility, empresa de inovação da brasileira Embraer, em associação com a Ascent Flights Global, responsável por um aplicativo de mobilidade sob demanda, vai se chamar eVTOL e deverá estar disponível no mercado em 2026, com a oferta de serviços de táxi aéreo, carga e transporte aeromédicos.

Por ser um veículo elétrico, garante sustentabilidade ao emitir zero emissões e baixo ruído; com design simples e intuitivo, o eVTOL, que já foi testado e bem-sucedido em duas oportunidades de 2020, realizará pousos e decolagens de forma vertical na crescente plataforma tecnológica que permite fretar aeronaves, comprar assentos em voos fretados e organizar operações de UAM (ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana, em português).


                               

Vídeo mostra primeiro voo do eVTOL em um simulador (Vídeo: Divulgação/Embraer)


A parceria tem atingido significativos resultados de desenvolvimento, incluindo o primeiro voo do simulador em julho de 2020 e o modelo em escala em outubro do mesmo ano.

O fundador e CEO da Ascent, Lionel Sinai-Sinelnikoff, declarou que “A tecnologia inovadora de Eve, combinada com sua experiência em manufatura e serviços de cobertura global por meio da Embraer, nos dá a certeza de que teremos uma solução adequada aos complexos requisitos da região”.

Região esta, que infelizmente para nós, somente abrange a Ásia-Pacífico.

Mas a EmbraerX, com a Eve, vem negociando novos acordos com diversas empresas de mobilidade urbana, com a pretensão de expandir seus negócio. Estados Unidos, Reino Unido e Brasil se encontram neste projeto. É esperar e torcer.

A Ascent, primeiro serviço tecnológico de UAM da Ásia, foi projetada para tornar as cidades mais conectadas ao mover as pessoas de forma contínua e acessível por via aérea – usando helicópteros hoje e eVTOLs no futuro. Com o acesso privilegiado aos dados e a crescente presença da Ascent no mercado, a Eve poderá aprimorar suas soluções dedicadas para garantir o desenvolvimento e oferecer a melhor aeronave para as operadoras aéreas parceiras da plataforma.

A empresa pagará pelo tempo de voo nas aeronaves da Eve enquanto operará em conjunto com parceiros de outros mercados. A partir de 2026, a Eve fornecerá à Ascent até 100 mil horas de voo eVTOL. Ela planeja colocar até 100 aeronaves para serem comercializadas pela plataforma da Ascent.

Em comunicado, a Embraer frisa que a Eve apresenta “proposta de valor única”, respaldada por mais de 50 anos de experiência da empresa na fabricação de aeronaves.


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A Ascent é uma das maiores empresas de mobilidade aérea urbana na Ásia-Pacífico e sua forte presença na região a torna a parceira ideal para as operações da Eve. A região possui uma enorme demanda por soluções inovadoras de transporte, que pode ser atendida com nossa aeronave de baixa emissão. Este é o caminho certo para um crescimento sustentável”, finaliza o presidente e CEO da Eve, André Stein, em nota.

Além do programa de aeronaves, a Eve aproveita a experiência da Embraer e da Atech, subsidiária do Grupo Embraer, no fornecimento de software de gerenciamento de tráfego aéreo mundialmente reconhecido para criar soluções que ajudarão a dimensionar com segurança a indústria de UAM a partir de agora.

 

(Foto destaque: Eve e Ascent em parceria para melhorar a mobilidade urbana. Divulgação/Embraer)

Facebook aposta em aplicativo de realidade virtual para trabalho remoto

Salas de reunião virtuais. Avatares. Projeções sem a necessidade do uso de grandes equipamentos. Tudo em tempo real. Aquilo a que sempre assistimos em filmes de ficção científica bateu em nossa porta com o anúncio de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, na última quinta-feira (19). O aplicativo gratuito Horizon Workrooms, associado ao headset de realidade virtual (VR) Oculus Quest 2, gera uma sala de reunião virtual que comporta até 16 avatares e mais 50 participantes projetados em uma tela dividida dentro deste ambiente.


Sala de reunião virtual comporta 16 avatares e até 50 pessoas em videochamada (Foto: Divulgação/Facebook)


Estudando o mercado de realidade virtual a fundo desde 2018, quando encomendou uma pesquisa realizada com 11.300 pessoas em 11 países, incluindo o Brasil, o Facebook tinha uma carta na manga para tornar mais reais as suas reuniões virtuais realizadas devido à pandemia do Coronavírus. A companhia tem utilizado a ferramenta Workrooms há seis meses e agora inicia a fase de testes beta para o público consumidor, dentro de uma dinâmica que anuncia como “metaverso”: “um ambiente virtual em que você pode estar presente com as pessoas em espaços digitais. Você pode pensar isso como uma internet que toma forma, em vez de ser apenas algo que você visualiza”, diz Zuckerberg. “A realidade virtual será uma plataforma social, e é por isso que estamos focados em desenvolvê-la”, completa.

Além de ser possível “interagir” ao conversar com os colegas, já que os avatares mexem a boca e imitam os movimentos do usuário, a tecnologia também permitirá a execução de atividades em conjunto, como a edição de documentos.


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A realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) já fazem parte de nosso cotidiano, quando, por exemplo, aplicamos filtros em fotografias em tempo real ou utilizamos videogames que replicam nossos movimentos. “Embora a realidade aumentada permita sobrepor elementos virtuais em ambientes físicos, a realidade virtual permite entrar completamente em experiências imersivas usando unidades de visualização montadas na cabeça”, explica a rede social.

Inovando, a ferramenta Workrooms permite a visualização da tela real dos computadores sem a necessidade de se retirar o Oculus da cabeça. O áudio, semelhante ao de filmes e jogos, permite perceber de onde vem o som, o que melhora sensação de realidade.

Quanto à segurança, o Facebook garante não coletar o conteúdo das reuniões.

 

(Foto destaque: Oculus Quest 2 permite o acesso a reuniões virtuais. Divulgação/Facebook)