Sobre Gustavo Brito

Redator do lorena.r7

Parceria entre OpenAI e Microsoft à beira do colapso

A aliança tecnológica mais revolucionária da década aparenta estar entrando em colapso. A OpenAI, criadora do ChatGPT, e a Microsoft, sua principal investidora desde 2019, enfrentam tensões crescentes em negociações que poderão redefinir o curso de ambas as empresas e do mercado de IA.

Origem da crise

A OpenAI deseja formalizar sua transição para uma Corporação de benefício público com fins lucrativos, para viabilizar aportes bilionários (incluindo potencial IPO). Contudo, essa mudança depende da concordância da Microsoft. Sem isso, a OpenAI pode perder até US$ 20 bilhões em investimentos até o final do ano.

A Microsoft, que já injetou mais de US$ 13 bilhões na OpenAI, busca uma participação entre 20% e 49% na nova empresa, além de manter seu atual modelo de participação nas receitas (20%, até US$ 92 bilhões).

Outro ponto crítico envolve a aquisição da Windsurf, startup de IA voltada a codificação (concorrente do GitHub Copilot). A OpenAI quer restringir o acesso da Microsoft à IP da Windsurf, algo que desagrada a gigante de Redmond. O impasse intensificou o atrito.

Além disso, fontes do Wall Street Journal revelam que executivos da OpenAI chegaram a discutir a abertura de uma ação antitruste contra a Microsoft. Essa medida incluiria pedir intervenção de órgãos regulatórios federais e uma campanha pública, cenário que pode abalar a parceria secular.

Riscos e perspectivas de renegociações

Uma ruptura entre elas afetaria o investimento de SoftBank, que comprometeu até US$ 30 bilhões, com risco de o financiamento ser reduzido em US$ 10 bi se o fortalecimento estrutural não ocorrer até o fim do ano. Já do lado da Microsoft, pode haver redução de receitas (caso perca exclusividade sobre modelos), queda na influência na evolução da IA e necessidade de ampliar cooperação com outras plataformas, o que já começou a ocorrer com integração de modelos concorrentes como o Grok da xAI.


União entre OpenAI e Microsoft (Foto: reprodução/Lionel Bonaventure/Getty Images Embed)

Apesar do clima tenso, documentos públicos e fontes oficiais ressaltam que as negociações continuam em um bom estado, com ambas as partes declarando otimismo. No entanto, se não houver um acordo até o fim de 2025, o contrato atual (com validade até 2030) poderá ser desfeito. A Microsoft já sinalizou que pode seguir amarrada ao pacto até lá.

Para a OpenAI, o foco da disputa é a capacidade de operar com independência, continuar adquirindo novos ativos como a Windsurf e diversificar parceiros de infraestrutura (Google Cloud, Oracle, CoreWeave).

Já a Microsoft visa assegurar que terá direitos sobre as novas gerações de IA (incluindo uma eventual AGI), e questões de receita continuadas, além de prioridade estratégica para manter vantagem competitiva.

Então a relação que moldou o cenário da IA moderna está por enfrentar um divisor de águas. De um lado, a OpenAI busca independência, novas fontes de capital e controle sobre sua expansão. De outro, a Microsoft não quer abrir mão de sua posição privilegiada e das receitas geradas. O resultado dessas negociações pode mudar para melhor ou pior a dinâmica do setor de inteligência artificial.

Mattel e OpenAi anunciam parceria para criar brinquedo com IA

A Mattel, gigante global do setor de brinquedos e dona de marcas como Barbie, Hot Wheels e UNO, anunciou uma parceria inédita com a OpenAI, criadora do ChatGPT, para o desenvolvimento de brinquedos inteligentes. O anúncio oficial foi feito na última quarta-feira(12), em um comunicado conjunto que marca um novo capítulo na interação entre tecnologia e entretenimento infantil.

Segundo as empresas, o objetivo da colaboração é a criação de produtos movidos a inteligência artificial que proporcionem uma experiências interativas, educativas e seguras para crianças. O primeiro brinquedo resultado da parceria deve ser lançado ainda em 2025, embora detalhes sobre o modelo, o nome ou a linha à qual ele pertencerá ainda não tenham sido divulgados.

“Esta parceria nos permite expandir os limites do que é possível em brincadeiras. Acreditamos que a IA pode tornar a experiência lúdica mais rica, personalizada e educativa, respeitando sempre a segurança e a privacidade das crianças”, afirmou o CEO da Mattel, Ynon Kreiz.

Brinquedos inteligentes e união com o ChatGPT

O projeto envolve a incorporação das capacidades conversacionais do ChatGPT diretamente nos brinquedos da Mattel. A proposta é permitir que personagens como a Barbie, por exemplo, possam interagir verbalmente com as crianças, respondendo perguntas, propondo atividades e até mesmo acompanhando o desenvolvimento educacional, tudo dentro de parâmetros seguros e controlados.

A OpenAI, por sua vez, garante que as interações serão cuidadosamente calibradas para respeitar legislações internacionais de proteção infantil, como a COPPA (Children’s Online Privacy Protection Act) nos Estados Unidos e o GDPR na União Europeia.


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(Foto: reprodução/Smith Collection/Lionel Bonaventure/Getty Images Embed)

Além do uso voltado ao consumidor final, a Mattel também começará a adotar o ChatGPT Enterprise em seus processos internos. A ferramenta será utilizada por equipes de marketing, design e desenvolvimento de produtos para acelerar fluxos de trabalho, testar conceitos criativos e criar protótipos de novas experiências interativas.

“Estamos reinventando não apenas nossos brinquedos, mas também a forma como os criamos. O ChatGPT Enterprise está se tornando uma ferramenta estratégica para nossa inovação”, disse o diretor de tecnologia da Mattel.

Aposta para o futuro

O anúncio ocorre em um momento desafiador para a indústria global de brinquedos. A Mattel, assim como outras fabricantes, tem enfrentado queda nas vendas e aumento nos custos operacionais. Em 2024, a empresa chegou a suspender previsões financeiras e adotou reajustes de preços em boa parte do portfólio.

A aposta em IA surge, não apenas como inovação tecnológica, mas como uma estratégia de reposicionamento para reconquistar o público jovem e aumentar sua relevância no entretenimento familiar.

Apesar da proximidade entre as marcas, a OpenAI não terá acesso nem controle sobre as propriedades intelectuais da Mattel. A fabricante continuará detendo todos os direitos sobre seus personagens e franquias, garantindo independência criativa e comercial.

O primeiro brinquedo inteligente Mattel e OpenAI deve ser lançado até o final deste ano, com promessas de uma experiência sem precedentes. A expectativa é de que esse novo produto inaugure uma geração de brinquedos que pensam, falam e aprendem, unindo tradição, inovação e responsabilidade.

Conflito entre Israel e Irã faz petróleo disparar, mas ainda há cautela nos investimentos

O ataque de Israel às instalações militares e nucleares do Irã, codinome “Operação Leão em Ascensão”, provocou uma forte reação nos mercados globais. Embora, por ora, não tenha havido danos diretos à produção energética iraniana, a tensão já elevou os preços do petróleo a números nunca vistos desde 2022.

Os contratos do Brent e do WTI subiram mais de 10% na madrugada desta sexta(13), impulsionados pelo temor de eventuais cortes no fornecimento via Estreito de Ormuz, passagem estratégica que responde por até 25% do tráfego mundial de petróleo.

Foi registrada a maior alta intradiária desde o pico da invasão russa à Ucrânia, em 2022. Porém, analistas do Citi e da S&P Global sugerem que parte dessas altas se deve à cobertura de posições vendidas e não, necessariamente, a interrupções reais na oferta.

Impactos nos mercados financeiros

Bolsas globais recuaram: o Ibex 35 encerrou com queda de 1,27%, o Euro Stoxx 50 com 1,35%, e as bolsas americanas operaram também com leve baixa. Investidores migraram para ativos considerados seguros como ouro, títulos soberanos e dólar.

Cautela apesar da tensão

A Agência Internacional de Energia (AIE) reforçou que os estoques globais estão bem abastecidos e mantêm reservas estratégicas prontas para intervir se necessário.

A reação futura dependerá crucialmente da resposta iraniana. Se Teerã vai limitar as ofensivas simbólicas, o preço deve voltar a níveis anteriores. Já um eventual fechamento do Estreito de Ormuz, que responderia por cerca de 3,5 a 4 milhões de barris/dia apenas da produção iraniana, provocaria um choque grave.


Ilustração do conflito de Israel e Irã (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)

Especialistas ressaltam que é cedo para afirmar se essa alta será duradoura. O padrão típico de crises geopolíticas recentes aponta para surtos de volatilidade seguidos por correções. O fator decisivo será a intensidade da resposta iraniana, uma reação moderada tende a acalmar os mercados, enquanto ações mais contundentes podem manter os preços elevados.

O ataque israelense reacendeu temores sobre possíveis interrupções no fornecimento energético mundial, elevando a volatilidade, especialmente nos mercados de petróleo, ações e moedas. No entanto, ainda não é motivo para alarme total, os estoques globais permanecem estáveis e o risco real dependerá agora da reação de Teerã.

Contexto das tensões de Israel e Irã

A tensão entre Israel e Irã, que terminou no recente ataque israelense ao Irã, tem raízes profundas e motivos que vêm se agravando nos últimos meses. O principal fator é o avanço do programa nuclear do Irã, que, segundo Israel, tem objetivos militares apesar das alegações iranianas de uso pacífico. A descoberta de novas centrífugas de alta capacidade e a recusa do Irã em permitir inspeções internacionais aumentaram o temor de que Teerã esteja próximo de obter armamento nuclear. Além disso, Israel responsabiliza o Irã por uma série de ataques indiretos realizados por grupos aliados na região, como o Hezbollah no Líbano e milícias xiitas no Iraque e na Síria. A escalada recente foi agravada por um ataque com drones a navios comerciais no Golfo Pérsico, atribuído ao Irã, e por ameaças explícitas contra o território israelense. Esse acúmulo de provocações e desconfianças resultou na ofensiva militar de Israel, reacendendo o alerta global sobre uma possível guerra aberta no Oriente Médio.

Morata quebra o silêncio após pênalti perdido na final da Nations League

Nesta terça-feira (10), dois dias após a derrota na final da Nations League contra Portugal, em um empate de 2‑2 nos 120 minutos e 5‑3 nos pênaltis, Álvaro Morata explicou suas emoções após desperdiçar o quarto pênalti da Espanha, em entrevista ao Movistar e no documentário “No saben quién soy”.

Durante a entrevista, o artilheiro espanhol Morata afirmou que “Fracassei novamente, como qualquer um pode falhar no trabalho ou na vida” e constatou que só não chorou após a derrota por estar com os seus filhos e esposa no estádio vendo o jogo. Isso tudo aos olhos do espanhol servirá para ele amadurecer e voltar mais forte.

O atacante acrescentou que segurou as lágrimas por estar com a família presente, e demonstrou resiliência ao dizer que esses momentos difíceis são parte do caminho para evoluir.

A pressão após o erro e o apoio

O pênalti perdido por Álvaro Morata na final gerou uma onda de críticas que ultrapassou os limites do aceitável, dando lugar a ataques pessoais e ameaças nas redes sociais. A repercussão teve um impacto tão grande na vida do atleta que sua esposa, Alice Campello, veio a público denunciar essas atitudes que sua família sofreu, revelando que chegaram a receber mensagens com ameaças de morte.

Em um apelo emocionado, Alice pediu que os torcedores e internautas refletissem sobre suas atitudes, lembrando que acima de tudo estão lidando com seres humanos. “Na vida todos nós erramos… ninguém está excluído… o futebol é esporte e entretenimento, e devemos dar a ele a importância que merece… o que realmente importa é a pessoa que somos na vida”, escreveu ela em suas redes sociais. A declaração reforça a necessidade de mais empatia no esporte e por um ambiente digital mais saudável, onde críticas não se transformem em violência e ódio.


Frustração de Morata durante a final (Foto: reprodução/Alexander Hassenstein/Getty Images Embed)

Apesar de todos esses ataques pelas redes sociais, O atacante espanhol recebeu um amplo apoio dos colegas e do técnico Luis de la Fuente, que defendeu o jogador e exaltou seu valor e liderança para com a equipe.

“Todos os que bateram estavam a um nível bom e se Morata errar foi porque se dispôs a tentar. Morata é um campeão e uma referência para nós. Tenho muita pena que tenha sido ele a errar, mas a responsabilidade é minha porque fui eu quem pedi para o ir lá”, disse o técnico espanhol após a partida.

Futuro incerto e convocação em risco

Após o pênalti perdido, Morata, então capitão da Espanha, admitiu que seu próximo jogo pela seleção, em setembro, está em aberto:

“É uma possibilidade que não esteja em setembro. Agora não penso nisso, só nos meus companheiros e no que passou hoje.”  

O técnico Luis de la Fuente mencionou que pode reavaliar o setor ofensivo, o que reforça essa incerteza e abre questionamentos sobre a permanência do Morata em futuras convocações

Derrota dolorosa na final

Na grande final da Nations League, disputada no último domingo (8), a seleção espanhola empatou com Portugal por 2 a 2 no tempo normal e na prorrogação, levando a decisão para os pênaltis. A partida terminou com vitória de Portugal nos pênaltis por 5 a 3 e com Álvaro Morata perdendo a única cobranças. O erro custou caro e marcou mais um capítulo difícil na trajetória do atacante com a camisa da Espanha.

Trump manterá Starlink na Casa Branca apesar das desavenças com Elon Musk

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (09) que não há planos para remover os serviços de internet via satélite Starlink na Casa Branca, mesmo após o recente rompimento com o bilionário Elon Musk. “Talvez eu mude um pouco o Tesla de lugar, mas acho que não faremos isso com o Starlink. É um bom serviço”, afirmou Trump para jornalistas, referindo-se à empresa que fornece acesso à banda larga de alta velocidade e é uma unidade da SpaceX de Musk.

Começo das tensões

O relacionamento entre Trump e Musk complicou-se publicamente após o empresário criticar duramente um projeto de lei sobre impostos e gastos do presidente. Musk classificou o projeto como uma “abominação repugnante”, o que levou Trump a expressar sua decepção e sugerir o fim dos subsídios e contratos governamentais das empresas de Musk.

Apesar das tensões, Trump indicou que não há intenção de desfazer a parceria com a Starlink. “Tivemos um bom relacionamento, e eu apenas desejo o melhor para ele”, disse Trump, acrescentando que não teria problemas se Musk telefonasse.

Sistema é visto como ativo de segurança e comunicação

Desde a sua implementação, a Starlink tem sido utilizada por diversas agências governamentais dos EUA para garantir conexão de alta velocidade em regiões isoladas ou de difícil acesso. A rede ganhou destaque especialmente após ser usada em áreas de conflito, como na Ucrânia, e durante desastres naturais.


Elon Musk apresentando a Starlink (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)

Assessores próximos à campanha de Trump ressaltam que, apesar da distância com Musk, a prioridade é garantir o acesso a tecnologias confiáveis. “O presidente Trump está comprometido com a segurança e a conectividade do país. Ele não tomará decisões com base em disputas pessoais, mas sim no que for melhor para os americanos”, afirmou um porta-voz.

A decisão de manter o serviço de internet via satélite na Casa Branca destaca a importância estratégica da Starlink para o governo dos EUA, especialmente em áreas remotas e em situações de emergência. A continuidade do serviço reflete a prioridade dada à conectividade e à segurança nacional, independentemente das disputas pessoais entre os líderes empresariais.

União Europeia reintroduz tarifas agrícolas à Ucrânia retirada no começo da guerra

Em uma decisão marcante da política comercial adotada desde o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a União Europeia anunciou a volta de tarifas sobre determinados produtos agrícolas produzidos por ucranianos. A medida, que entra em vigor a partir de 6 de junho de 2025, busca equilibrar o apoio contínuo à Ucrânia com a necessidade de proteger os agricultores dos Estados-membros da UE, sem favorecer nenhum dos lados.

Contexto da medida

Desde junho de 2022, a UE havia retirado tarifas de importação para produtos agrícolas ucranianos como parte de um pacote de apoio em resposta à invasão russa ao seu território. Essa liberalização comercial permitiu que a Ucrânia mantivesse o equilíbrio durante o conflito. No entanto, com as baixas nas tarifas, os últimos meses foram marcados por agricultores de diversos países europeus expressando preocupações sobre a concorrência desleal, alegando que os produtos ucranianos, muitas vezes mais baratos e sujeitos a regulamentações ambientais menos rigorosas, estavam pressionando os preços locais e ameaçando a viabilidade de suas operações.

A reintrodução das tarifas será aplicada a produtos considerados sensíveis, incluindo aves, ovos, açúcar, aveia, milho e mel. Uma medida automática será ativada caso as importações desses produtos excedam a média anual registrada entre 2022 e 2023. Nessa situação, as tarifas serão restabelecidas para proteger os mercados internos dos Estados-membros.

Além disso, o novo regulamento permite que a Comissão Europeia imponha medidas corretivas rápidas em caso de perturbações significativas no mercado da UE ou em mercados específicos de um ou mais Estados-membros.


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Exportação de produtos Ucranianos( Foto: reprodução/Carsten Koall/Getty images embed)


Impacto da decisão

A decisão da UE reflete um esforço para equilibrar a solidariedade com a Ucrânia e a necessidade de proteger os interesses econômicos internos. Enquanto o apoio político e econômico à Ucrânia permanece firme, a UE reconhece as dificuldades enfrentadas por seus agricultores e busca minimizar os impactos negativos do mercado interno.

Estimativas indicam que, com a entrada dessas restrições, a Ucrânia poderá perder cerca de 330 milhões de euros em receitas anuais provenientes das exportações para a UE. Essa perda representa um desafio adicional para a economia ucraniana, já abalada pelo conflito.

Perspectivas Futuras

A reintrodução das tarifas sinaliza uma abordagem mais cautelosa da UE em relação ao comércio com países em conflito, destacando a importância de medidas que vão equilibrar o apoio externo com a proteção dos mercados internos sem favorecer nenhum dos lados.

À medida que a situação evolui, a UE e a Ucrânia terão que continuar negociando termos que permitam o fortalecimento da parceria, ao mesmo tempo, em que asseguram a estabilidade e a prosperidade dos mercados internos europeus.

Foto destaque: Ucrânia na União Europeia (Reprodução/Thierry Monasse/Getty images embed)

Barcelona pode enfrentar novas sanções da UEFA por irregularidades financeiras

Barcelona abriu a possibilidade de receber diversas penalidades por parte da UEFA por violar as regras do Fair Play Financeiro. O clube catalão é acusado de classificar as receitas de vendas de direitos televisivos como “outros ingressos operacionais”, prática que já resultou em uma multa de € 500 mil, mantida pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) após uma tentativa falha de apelação do Barcelona em 2024. 

A reincidência desses atos pode levar a punições mais rigorosas, como, por exemplo, a remoção de pontos nas competições da entidade ou restrições na inscrição de jogadores nessa temporada da Champions League, competição que o clube espanhol se classificou após o título do campeonato espanhol.

Reincidência financeira e possíveis punições

A UEFA apurou e determinou que a venda de 10% dos direitos televisivos do Barcelona de 2022 não pode ser definida como “outros ingressos operacionais”, como o clube repassou no ano, mas sim como “benefícios por perdas de ativos intangíveis”, o que afeta seu Fair Play Financeiro. Posteriormente, o Barcelona vendeu outros 15% dos direitos por € 400 milhões, repetindo o mesmo erro identificado pela entidade. Essa reincidência pode gerar avaliações mais severas, como a perda de pontos em competições da entidade ou limitações para inscrever jogadores nelas.

Isso se reforça após falas do TAS: “O CFCB (Conselho de Controle Financeiro do Clube) destaca que uma violação semelhante pelo clube no processo de monitoramento para a temporada 2023/24 constituiria um caso de reincidência e uma medida disciplinar mais severa seria considerada para o FC Barcelona.” 


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Barcelona pode ser banido da Champions caso seja condenado (Foto: reprodução/Aizar Raldes/Getty Images Embed)


Diante desse cenário, a reincidência do Barcelona na apresentação indevida de receitas pode comprometer seriamente sua participação nas competições organizadas pela UEFA. Além das sanções financeiras tradicionais, como multas, a possibilidade de penalidades esportivas mais duras, como a exclusão temporária de torneios europeus, podem afetar diretamente o desempenho esportivo e a saúde financeira do clube. A situação levanta preocupações não apenas sobre a governança interna do Barcelona, mas também sobre a postura da UEFA em manter a integridade do Fair Play Financeiro frente a infrações recorrente de algum clube.

“Caso Negreira”

Além desse caso, o clube foi investigado também no “Caso Negreira” anulado em 2024, no qual o clube acusado de realizar pagamentos indevidos de € 7,3 milhões a José María Enríquez Negreira, que foi vice-presidente do Comitê de Arbitragem da Espanha, entre 2001 e 2018. A UEFA investigou se as ações violam os seus artigos e se teria manipulação envolvendo o clube e a arbitragem, esses atos que poderiam levar à exclusão do clube das competições europeias foram julgados e constatado a anulação do caso.

Apesar da anulação das denúncias do “Caso Negreira” em 2024, o episódio deixou marcas na imagem do Barcelona e gerou questionamentos sobre a conduta ética do clube ao longo dos anos. A própria decisão de abrir uma investigação por parte da UEFA indica a gravidade das acusações e o potencial risco que elas representaram para a credibilidade das competições europeias e de seus clubes participantes. Mesmo com o arquivamento, o clube segue sob suspeitas, e casos como esse, somados a irregularidades financeiras, contribuem para uma percepção negativa que pode influenciar futuras decisões disciplinares por parte das entidades reguladoras do futebol europeu.

Devido a esse histórico de casos seguidos, o presidente do Barcelona, ​​​​Joan Laporta, nega irregularidades de sua equipe e afirma que o clube vem sendo vítima de uma campanha e perseguição contra sua honra. Embora esse caso não esteja defino, a UEFA já deve anunciar suas decisões sobre as possíveis avaliações que o clube deverá enfrentar ainda neste mês.


Foto Destaque: Barcelona enfrenta investigação sobre problemas fiscais (Reprodução/David Ramos/Getty Images Embed)

Trump acusa China de violar acordo comercial e reacende tensões

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou a China de “violar totalmente” os acordos comerciais firmados recentemente entre os dois países, reacendendo preocupações sobre possível uma retaliação na guerra comercial que os dois países andam travando. A declaração foi feita em sua rede social, Verdade Social, apenas duas semanas após o anúncio do pacto que prevê a redução monetária de tarifas.

Acusações e impacto nos mercados

Em sua publicação, Trump afirmou que havia negociado um “acordo rápido” com a China para evitar uma crise econômica, mas que Pequim não cumpriu suas obrigações. Apesar da gravidade da acusação, o presidente não especificou quais cláusulas teriam sido violadas pela China. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, confirmou que as negociações estão “um pouco estagnadas”, mas indicou que novos encontros com autoridades chinesas estão previstos para as próximas semanas.

A incerteza gerada pelas declarações de Trump afetou os mercados financeiros. Enquanto o índice Dow Jones teve um nível alto de 0,13%, os índices S&P 500 e Nasdaq registraram pequenas perdas, refletindo a preocupação dos investidores com a estabilidade das relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.


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Donald Trump com planilha de tarifas (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)


Histórico de tensão e desafios legais

A recente acusação de Trump ocorre num contexto de longos dados de tensões comerciais entre EUA e China. Desde fevereiro os Estados Unidos impuseram tarifas de até 145% sobre produtos chineses, levando a China a retaliar com tarifas de até 125% sobre bens americanos. Em 12 de maio, um acordo temporário impediu essas tarifas, com os EUA evitando para 30% e a China para 10%, na esperança de estabilizar as relações comerciais.

Além disso, um painel de juízes do Tribunal Internacional de Comércio bloqueou parte das tarifas impostas por Trump, alegando que o presidente havia excedido sua autoridade ao implementar as sem aprovação do Congresso. Essa decisão foi posteriormente suspensa por um tribunal de apelações, permitindo que as tarifas permanecessem em vigor enquanto o processo legal continuasse.

As acusações de Trump e os desafios legais associados às tarifas adicionaram uma nova camada de complexidade às já tensas relações comerciais entre os EUA e a China, deixando incertezas sobre o futuro das negociações e o impacto nas economias globais.

Foto Destaque: Donald Trump em visita a China(Reprodução/Pool/Getty Images Embed)

Elon Musk planeja enviar nave não tripulada a Marte até o final de 2026

O empresário Elon Musk anunciou um novo marco para os planos de exploração espacial da empresa SpaceX, o envio de uma nave não tripulada em uma missão para Marte até o fim de 2026. Segundo Musk, a proposta é ambiciosa, mas viável, e marcará o primeiro passo concreto para tornar a colonização do planeta vermelho uma realidade nas próximas décadas.

Durante uma apresentação na plataforma X, Musk revelou que a missão inaugural da nave Starship incluirá o transporte do robô humanoide Optimus, desenvolvido pela Tesla, com a função de atuar na exploração inicial da superfície do planeta. O empresário avaliou em 50% as chances de sucesso da missão ocorrer dentro do prazo, destacando os avanços recentes e os desafios técnicos, como o reabastecimento orbital, que ainda precisam ser superados.

Os desafios do Starship

Apesar de seu enorme potencial, a nave Starship ainda enfrenta desafios importantes. Em testes recentes, a SpaceX teve dificuldades na fase de reentrada da nave na atmosfera terrestre, com explosões e falhas que, segundo Musk, fazem parte do processo de aprendizado. A empresa continua trabalhando para superar essas limitações técnicas e garantir a viabilidade de missões seguras e eficientes.


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Space X (Foto: reprodução/Samuel Corum/Getty Images Embed)


A missão de 2026 representa uma oportunidade crucial para validar os sistemas da Starship fora da órbita terrestre. A próxima janela de lançamento para Marte, que ocorre a cada dois anos devido ao alinhamento planetário, será fundamental para testar, na prática, os recursos da nave em uma missão de longa duração.

Marte como próximo destino da humanidade

Musk também compartilhou planos mais ambiciosos, como o de lançamento de 1.000 a 2.000 naves Starship por janela de dois anos, com o objetivo de estabelecer uma presença humana permanente em Marte. Ele vê o planeta vermelho como uma espécie de “plano B” para a humanidade e defende a colonização como um passo necessário para garantir a sobrevivência da espécie.

Esses objetivos também se alinham com os interesses da NASA, que pretende enviar astronautas de volta à Lua até 2027 e, futuramente, promover missões tripuladas a Marte na década de 2030. Se a missão não tripulada de 2026 for bem-sucedida, ela poderá representar o início de uma nova era na exploração espacial e colocar a SpaceX na liderança dessa jornada interplanetária.

Foto Destaque: Elon Musk com a camisa de “ocupar Marte”(Reprodução/Michael Gonzalez/Getty Images Embed)

Palmeiras busca virar a chave na Libertadores após a derrota no brasileiro

Após a derrota por 2 a 0 para o Flamengo no Allianz Parque, o Palmeiras volta suas atenções para a Copa Libertadores, qual enfrentará o Sporting Cristal nesta quarta-feira (28), às 21h30 (horário de Brasília). Com a liderança do Grupo G já garantida, o Verdão busca a melhor campanha, retomar a confiança e corrigir falhas apresentadas na última partida.

Oportunidade de poupar o elenco

O técnico Abel Ferreira considera a possibilidade de poupar alguns titulares, visando descansar o elenco para o jogo contra o Cruzeiro, que será importante para a briga pela liderança do Campeonato Brasileiro e além de testar seus atletas para o torneio mais importante da temporada, o Super Mundial, que tem limite de jogadores que podem ser inscritos. Essa será uma excelente oportunidade para os reservas mostrarem que podem ajudar na competição, mas essa decisão será tomada também com base na condição física dos jogadores.

Provável escalação do Palmeiras para enfrentar o Sporting Cristal: Weverton; Marcos Rocha, Bruno Fuchs, Murilo (Micael) e Vanderlan; Aníbal Moreno, Lucas Evangelista e Allan; Estêvão (Mauricio), Luighi e Flaco López.

Um possível até logo

O confronto contra o Sporting Cristal também marcará a despedida de Estevão do Allianz Parque. Aos 18 anos, o atacante já está negociado com o Chelsea da Inglaterra e fará sua última partida no estádio antes de se transferir para o clube de Londres, logo após a disputa do Super Mundial de Clubes. Estevão já declarou em entrevista a emoção de se despedir: “Será diante da minha torcida, que me apoiou desde o começo, a torcida que eu amo. Então vai ser muito emocionante para mim e vou dar mais um passo na minha vida“.


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Estevão em jogo pela Libertadores (Foto: reprodução/AIZAR RALDES/Getty Images Embed)


Para celebrar a despedida, o Palmeiras adotou preços mais populares para os ingressos, visando lotar o Allianz Parque e proporcionar uma homenagem à altura do jogador

Revelado nas categorias de base do clube, Estevão se destacou como um dos principais jogadores do Palmeiras na temporada, acumulando 25 gols e 14 assistências em 72 jogos com a camisa do alviverde. Sua saída representa uma perda muito significativa para o elenco, mas evidencia o sucesso do trabalho de formação de jogadores do Palmeiras.

Esse duelo contra o Sporting Cristal será, portanto, uma oportunidade para o Palmeiras reafirmar seu favoritismo na Libertadores e se despedir de um de suas maiores revelações diante de sua torcida.

Foto Destaque: técnico do Palmeiras Abel Ferreira (Reprodução/Wagner Meier/Getty Images Embed)