Após ter seu lançamento adiado por quase 2 anos em decorrência da pandemia do Coronavírus, ‘Eduardo e Mônica’, inspirado livremente na canção homônima de Legião Urbana, ganhou uma nova data de estreia para 6 de janeiro de 2022 nos cinemas brasileiros.
O longa-metragem foi gravado em 2018 e sua data original de estreia era marcada para o ano de 2020. Foi dirigido por René Sampaio e produzido por Bianca de Felippes. Quem dá vida aos personagens de Renato Russo são o jovem veterano Gabriel Leone e a atriz mundial Alice Braga. Além dos protagonistas, o elenco conta com nomes como Bruna Spínola, Victor Lamoglia, Fabrício Oliveira, Otávio Augusto e Digão Ribeiro.
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Diferente da trama densa e complexa de ‘Faroeste Caboclo’, outro longa dirigido por Sampaio e baseado em Legião Urbana, ‘Eduardo e Mônica’ traz a leveza e sutileza de um amor entre duas pessoas completamente diferentes.
Assim como nos versos, Eduardo, de 16 anos ainda estava prestes a passar no vestibular e Mônica, de 25 anos, estudava medicina e falava alemão. Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud, já ele gostava de novela e jogar futebol-de-botão com o avô. Mônica falava sobre magia e meditação e Eduardo ainda estava na vibe de escola, cinema, clube e televisão. Todas as adversidades são pontos chave para que o casal seja um dos que mais habitam o imaginário dos brasileiros.
Assista ao trailer de “/Eduardo e Mônica”/ (Reprodução/YouTube)
O diretor René Sampaio, Gabriel Leone e Alice Braga, presentes na CCXP Worlds, a versão online do evento, realizada em 2020, falaram sobre suas relações pessoais com Legião Urbana. Leone admitiu ser grande fã e ouvir desde muito jovem: “Digo que o Renato Russo é um dos meus poetas favoritos, além da banda inteira. Então pra mim foi muito especial poder dar vida a um personagem que saiu da cabeça, da alma do Renato.”
Para Alice, o maior desafio como Mônica foi justamente o fato de ser uma figura já presente na imaginação coletiva do povo brasileiro, dar vida à Mônica seria trazer um rosto específico para algo que foi “abstrato” durante mais de trinta anos. Além disso, a atriz completou dizendo que as diferenças entre o casal são um elo, não uma barreira: “A diferença deles os une, não causa a ruptura”.
O longa foi ambientado em Brasília, no ano de 1986, exatamente como na música. A decisão, para o diretor e a produtora, foi uma maneira de respeitar o contexto no qual Renato vivia. O cantor viveu na capital federal desde os 13 anos de idade. A escolha do cenário temporal também é importante para a narrativa.
Gabriel e Alice em “/Eduardo e Mônica”/ (Foto: Reprodução/G1)
“A música abrange um longo período, até o momento em que eles têm filhos. Seriam necessárias mais de duas horas ou um grande videoclipe contendo passagens de tempo para dar conta de tudo, mas isso seria uma cilada. O filme poderia não conseguir se aprofundar nos personagens”, começou Leone. “Por isso focamos na construção do relacionamento e na convivência diária entre eles.”, continuou o protagonista.
“Não havia Tinder, Whatsapp e tanto imediatismo nos anos 1980. As conversas eram quase sempre presenciais, o que dá um tom particular à história. As relações tinham, de certa maneira, mais importância. Era preciso cuidar mais para mantê-las.”, disse René, que também nasceu em Brasília.
Após muita espera, faltam apenas dois meses para a estreia do filme, que assim como a música, tem tudo para conquistar o Brasil. A produção foi exibida em festivais como Miami Film Festival e Edmonton International Film Festival, e foi premiada como Melhor Filme Internacional de Drama. ‘Eduardo e Mônica’ chegará em todos os cinemas do Brasil em 6 de janeiro de 2022.
Foto destaque: Alice Braga e Gabriel Leone como Mônica e Eduardo. Reprodução/Instagram
