Sobre Eduarda Afecto

Jornalista nas editorias de Saúde e Bem Estar no site Lorena R7.

Uso contínuo de antidepressivos pode aumentar risco de doenças cardíacas

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, mostrou que o uso prolongado de medicamentos antidepressivos pode estar relacionado a uma maior chance de problemas cardíacos. Foi publicada na revista “British Journal of Psychiatry Open” no dia 13 de setembro deste ano.

Para encontrar informações sobre o impacto do uso de antidepressivos à saúde cardíaca, o grupo de cientistas examinou dados de cerca de 220 mil indivíduos entre 40 e 69 anos com dados cadastrados no banco de saúde do Reino Unido. Durante 10 anos, eles analisaram as condições de saúde de pessoas que tomavam os medicamentos com as dos que não utilizavam antidepressivos.

Os pesquisadores adicionaram oito exemplos de medicamentos no estudo: citalopram, sertralina, fluoxetina, paroxetina, que são da classe dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), mirtazapina, venlafaxina, duloxetina e trazodona.

Os resultados mostraram que pacientes que usavam medicamentos do tipo ISRS podem ter até 34% mais chance de possuir doenças cardíacas e são duas vezes mais propensos a morrer por problemas no órgão, comparando com os indivíduos que não tomaram nenhum tipo de medicamento antidepressivo.


Medicamentos. (Foto: Reprodução/Pexels)


Os cientistas também descobriram que os pacientes de fármacos têm 73% mais chance de morrer precocemente do que qualquer outro tipo de problema de saúde quando comparados às pessoas que não utilizam medicamentos desse tipo.

“Os medicamentos antidepressivos, podem até ter um resultado de atuação positiva a curto prazo, mas estão relacionados a consequências adversas com o passar do tempo. Isso é importante porque a maior parte do aumento substancial na prescrição nos últimos 20 anos ou mais está na prescrição repetida de longo prazo”, afirmou Narinder Bansal, pesquisadora principal do estudo.

Além dos problemas ligados ao coração, os pesquisadores sugerem uma relação do uso de antidepressivos a curto prazo com a diminuição de até 32% do risco de desenvolver pressão alta ou diabetes.

Foto destaque: Medicamentos antidepressivos. Reprodução pexels.

Cientistas: bactéria que causa IST pode se tornar superresistente

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma das preocupações fundamentais na saúde pública do mundo são as superbactérias, microrganismos que se mostram resistentes aos antibióticos disponíveis. Especialistas apontam que um dos patógenos de preocupação é o Mycoplasma genitalium, que causa uma infecção sexualmente transmissível (IST) sem nome, mas conhecida pela forte resistência a todos os antibióticos já criados para tratá-la.

A bactéria foi vista pela primeira vez em 1980 em Londres, no Reino Unido, e até os dias de hoje só possui um teste inventado no mundo para diagnosticá-la, o exame foi aprovado no ano de 2019, mas só é comercializado nos Estados Unidos. A comunidade científica avisa que é preciso focar pesquisas e investimentos para o combate à M.genitalium antes que ela se torne uma ameaça à população.

Em 2016, cientistas americanos relacionaram a bactéria a questões de infertilidade e a alegaram como fator de risco para outros problemas graves, como uretrite não específica em homens, doença inflamatória pélvica e aborto espontâneo em mulheres.

Em outra pesquisa publicada este ano na revista científica “British Medical Journal”, cientistas das universidades de Berna, na Suíça, e de Nova Gales do Sul em Sydney, na Austrália, perceberam que pacientes contaminadas pela superbactéria possuem um risco duas vezes maior de ter parto prematuro. Apesar do resultado, os cientistas ainda não sabem responder exatamente como a bactéria afeta a gravidez.


Bactéria. (Foto: Reprodução/Pexels)


Formas de transmissão

A Mycoplasma genitalium é transmitida principalmente por meio de relações sexuais, mas também ser transmitida da mãe para o bebê. Entre os sintomas mais comuns da IST estão:

  • Sangramento e inchaço na genitália;
  • Inchaço e irritação da uretra;
  • Dores ao urinar;
  • Inflamação no colo do útero.

Nas pacientes mulheres, é comum também dor no abdômen inferior e ocorrer sangramento após relações sexuais. Não só mulheres, mas homens podem ser assintomáticos, essas são as principais transmissoras, na avaliação dos pesquisadores. Só nos Estados Unidos, estudo da empresa Hologic é aproximado que, nos dias de hoje, um a cada 100 adultos, a maioria jovens, estejam infectados com a superbactéria. O estudo demonstra que um quinto dos americanos será diagnosticado com a M.genitalium em algum momento da vida.

Foto destaque: Bactéria em analise. Reprodução pexels.

Confira ações do dia a dia que ajudam a baixar a pressão arterial

A hipertensão arterial ou pressão alta danifica a circulação, enfraquece os vasos sanguíneos e bloqueia a oxigenação correta dos órgãos. Também podem ocorrer problemas sérios como acidente vascular cerebral (AVC), infarto e insuficiência renal. Mas ainda é possível manter a pressão sob controle com mudanças no estilo de vida e, quando necessário, medicamentos. 

Segundo informações do Ministério da Saúde, 25% da população na idade adulta sofre de hipertensão, o que resulta em algo entre 35 e 40 milhões de brasileiros. O problema é considerado doença quando os picos de pressão se tornam comuns, como a taxa igual ou maior que 130 milímetros de mercúrio (mmHg) por 80 mmHg, é o chamado 13 por 8.

O médico especialista Carlos Rossi, do Hospital Sírio Libanês, afirma a importância dos hábitos saudáveis para o controle da pressão arterial, mas explica que, dependendo de alguns casos, eles precisam usar medicamentos. “A parte que não necessita de medicamentos, ou seja, ações ou atividades do dia a dia são muito importantes para tratar a hipertensão. Caso a pessoa já tenha uma boa saúde e mesmo assim apresente a doença, provavelmente há um fator genético e o uso de medicamentos se faz necessário”, afirma.


Alimentação saudável. (Foto: Reprodução/Pexels)


Ações que ajudam no controle da pressão arterial:

  1. Realizar meditação: a atividade ajuda na diminuição da pressão arterial ao reduz o estresse e o nervosismo, fatores que levam ao aumento da pressão arterial. O cardiologista aponta que o transtorno de ansiedade, inclusive, pode ser um fator de risco para hipertensão;
  2. Ter uma dieta saudável: a busca por uma alimentação equilibrada é essencial para evitar a pressão alta. Ainda afirmou o especialista, a diminuição de 5% da massa corporal já reduz os riscos de desenvolver a doença. Controlar a ingestão de sal também é fundamental para resolver o problema;
  3. Realizar exercícios físicos: a atividade física rotineira auxilia a prevenir tanto a hipertensão quanto as doenças cardiovasculares. No período pós-atividade física, por meio do controle da respiração e do esfriamento do corpo, acontece uma queda da pressão arterial;
  4. Não fumar: a nicotina, presente no cigarro, pode elevar a pressão arterial e causar dificuldades cardíacas. Além De que, ela diminuiu a oferta de oxigênio aos vasos sanguíneos e ao coração;
  5. Dormir bem: Ter boas noites de sono ajuda o sistema cardiovascular, além de restabelecer o organismo. Durante o sono, a pressão arterial cai naturalmente, como uma forma de descanso para o coração.

 

Foto destaque: Medir a pressão arterial. Reprodução/pexels.

Outubro rosa, mês de cuidados e amor sobre as mulheres

O décimo mês do ano, há algum tempo, vem ganhando nuances cor-de-rosa para tratar de um assunto público, urgente e bastante sério: o câncer de mama. A campanha Outubro Rosa incentiva o autoexame, a realização de mamografias, exame de padrão-ouro para diagnosticar possíveis tumores, e também presta apoio a quem está nessa batalha.

Até porque, as possibilidades de ganhar a luta são reais. Segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA), as possibilidades de ter o câncer curado podem chegar a 95% se a pessoa for diagnosticada precocemente. 

A atitude também presta apoio a quem já está com a doença. Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama atinge especialmente as mulheres, principalmente as que possuem mais de 50 anos. 

O Câncer de mama é uma doença definida pela sua multiplicação desordenada de células da mama causando tumor. Apesar de acometer, principalmente, mulheres, a enfermidade também pode ser vista em homens.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há várias classes de câncer de mama. Entre eles alguns podendo ter um desenvolvimento rápido, enquanto os outros possuem um lento. A maioria dos casos, quando tratados cedo, podem ser tratados.


Outubro Rosa (Foto: Reprodução/Pexels)


Não há um motivo específico para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar a chance de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, as possibilidades aumentam com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos.

Apesar de haver grandes hipóteses sobre a cura se houver o diagnóstico precocemente, o câncer de mama é complexo. Em muitos casos, leva a energia, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a doença é o causador do maior número de mortes por câncer na população feminina brasileira.

Os principais sintomas da doença são o crescimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração no aspecto da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos ou caroços também na região no pescoço e axilas, além da pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas.

 

 

Foto destaque: Calendário outubro rosa. Reprodução pexels.

Ciência explica o motivo de não recomendar tomar banho durante uma tempestade

As árvores começam a se mexer, o céu escurece e de repente você ouve um som alto bem forte. É um sinal de que um perigo potencial está chegando. Para falar a verdade, supostamente está a menos de 16 quilômetros de você, afirmou o Serviço Nacional de Meteorologia.

Não ignore os trovões, porque onde há trovão, há relâmpago, e o relâmpago pode matar ou causar danos de maneiras inesperadas. Mesmo se a pessoa estiver no chuveiro, na banheira ou até lavando a louça.

Como os raios podem passar através de canos, “é melhor evitar o contato com a água durante uma tempestade. Não tome banho, lave pratos ou lave as mãos durante uma chuva”, observa os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC).

“A chance de um raio passar por canos pode ser menor com canos de plástico do que com canos de metal. Mas da mesma forma, é melhor evitar qualquer contato com canos e água corrente durante uma tempestade para reduzir o risco de ser atingido por um raio”, acrescenta o CDC.

Não é o único perigo dentro de sua casa. Mantenha distância de varandas, não se aproxime de janelas ou portas e “Não se deite ou se incline em pisos de concreto”, afirma a agência.


Raio caindo (Foto: Reprodução/Pexels)


Além de que, “Tire os aparelhos da tomada, como computadores ou outros equipamentos eletrônicos, pois podem atraidos”, diz o CDC. “Se mantenha longe de telefones com fio. Telefones celulares e telefones sem fio são seguros… se não estiverem conectados a uma tomada por meio de um carregador.”

O relâmpago pode ser mortal de várias formas. De acordo com o CDC, quando cai direto em alguma pessoa geralmente é fatal. Mas lesões como traumatismo contundente, lesões na pele e queimaduras, podem ocorrer quando um raio toca um carro ou quando um objeto de metal é atingido.

 

 

Foto destaque: Relâmpago caindo. Reprodução Pexels

Entenda o que é a Síndrome da gordura dolorosa

É falada desde 1940 mas apenas foi oficializada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como doença no início de 2022, a síndrome da gordura dolorosa, como é conhecido o lipedema, é uma condição crônica que atinge por volta de 10% da população do mundo. Suas características são um acúmulo de gordura nos braços, quadris e pernas, que atinge principalmente mulheres.

Diferente da gordura comum, a lipedema é considerada doença e não diminui com dieta e atividades físicas. A condição atinge o tecido adiposo, causando inflamação que leva à fibrose e inchaços responsáveis por problemas de locomoção, dores e sensação de peso nas áreas afetadas. Por muitos anos, o lipedema era relacionado com obesidade, e as pessoas não recebiam tratamento adequado além de recomendações para a diminuição de peso. Porém, a condição é considerada hereditária, sendo causada pelos hormônios estrogênio e progesterona, que estimulam alguns grupos de células a se inflar de forma anormal.

“Muitas vezes, mulheres com lipedema além de terem a gordura. Possuem também a questão vascular, ou seja, tem as varizes expostas, com manchas, dor na articulação, e os sinais internos, como dor à pressão, pernas pesadas e dor latente”, ensina o médico e especialista Vitor Gornati, do Instituto Lipedema Brasil. Ele aponta que por volta de 20% das mulheres com o lipedema também têm linfedema, um acúmulo de líquido nos tecidos que aumenta ainda mais o inchaço.

O único jeito de combater o lipedema é com cirurgia. No procedimento, são removidas as células adiposas doentes para que não se multipliquem e continuem fazendo mal à paciente. Porém, o tratamento ainda não está presente no Sistema Único de Saúde (SUS), e nem é coberto pelos planos de saúde. As opções disponíveis são o uso de uma plataforma vibratória, usada para diminuir o inchaço, drenagem linfática para retirar o excesso de líquido, e atividade física de baixo impacto.


Atividade física. (Foto: Reprodução/Pexels)


A nutricionista Claudia Bellini afirma ainda que é importante optar por uma alimentação anti-inflamatória, rica em legumes, verduras, leguminosas, tubérculos, raízes e rizomas, ervas e especiarias, gorduras boas (abacate e azeite, por exemplo), oleaginosas, grãos e sementes. Outra dica essencial é tomar bastante água.

 

Foto destaque: Gordura localizada. Reprodução pexels

Estresse traz prejuízos graves à saúde

Nesta sexta-feira (23/9), é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Estresse. A data foi selecionada para comunicar as pessoas sobre a importância de rever hábitos cotidianos que provocam estresse afetando tanto o cérebro quanto o corpo.

Todos sentem o estresse de alguma forma. É uma ação rápida do corpo humano a qualquer coisa que exija atenção ou cuidado. Porém, quando em grande número, pode deixar em risco o funcionamento ideal de uma série de órgãos vitais, como o coração e rins, com reflexos na pele, cabelo, e metabolismo, entre outras.

De acordo com a médica e especialista Caroline Reigada, atuando em medicina intensiva e interna/clínica, os prejuízos do estresse crônico são consequência de um descontrole hormonal causado essencialmente pela desarmonia dos níveis de cortisol, hormônio secretado pelas glândulas adrenais localizadas sobre os rins quando o corpo está em situação de “lutar ou fugir”.

Como o estresse prejudica o corpo humano:

Pele

O estresse é um dos maiores inimigos da saúde da pele. O hormônio cortisol está relacionado à potencialização do estado inflamatório contínuo do órgão, processo que diminui o tempo de vida e de ação das células, colaborando para um rápido surgimento de marcas de envelhecimento.

O cortisol juntamente promove a produção dos hormônios andrógenos e aciona as glândulas sebáceas, deixando em maior número a produção de oleosidade na pele. Os dois juntos levam ao entupimento dos poros e o nascimento de cravos e espinhas. A dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), afirma que a baixa imunidade e o excesso de queratina associados ao estresse favorecem ainda a proliferação de bactérias relacionadas à acne.

Cabelo

A queda de fios e o aparecimento de cabelos brancos também estão relacionados a grandes números no corpo humano. O método inflamatório provocado pelo hormônio pode até conseguir parar o crescimento dos fios.

Circulação

Na frente de um momento de estresse, o corpo responde com a liberação de cortisol e adrenalina e o fluxo sanguíneo reduz. Este processo promove ainda mais prejuízos em algumas funções corporais, sendo possível sentir frieza ou dormência nas mãos e pés devido o pequeno nível de sangue chegando nas extremidades, tom azulado ou arroxeado nas pernas, principalmente em pessoas de pele clara, ressecamento da pele, quebra das unhas e dos cabelos, além de cicatrização mais lenta de feridas e arranhões em diabéticos.

“A inflamação gerada pelo cortisol juntamente pode colaborar com que os vasos sanguíneos tenham lesões que podem diminuir o calibre das veias e artérias, aumentando o risco de hipertensão e trombose”, afirma a cirurgiã vascular Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

Coração

O estresse possui relação direta com o coração, ampliando a chance de hipertensão, doenças cardiovasculares e diabetes provocadas pelo aumento da pressão arterial, a aceleração da frequência cardíaca e o maior número de gorduras e açúcar na corrente sanguínea.


Dor no coração. (Foto: Reprodução/Pexels)


Rins

Os sintomas de estresse podem ser ainda mais graves para as pessoas que sofrem de doenças renais e cardiovasculares. A nefrologista Caroline explica que o estresse crônico provoca a excreção de fosfato em níveis fora do padrão, prejudicando a função renal.

“Por serem as partes de filtragem de sangue do corpo, os rins são impactados por problemas com os vasos e a circulação sanguínea. Por isso, a pressão alta e o açúcar em grandes níveis no sangue sendo provocados pelo estresse, podem sobrecarregar os rins”, afirma.

Metabolismo

O aumento de apetite é uma das soluções naturais do corpo ao estresse. Isso ocorre porque o cortisol aumenta o impulso por alimentos altamente energéticos, geralmente pouco saudáveis. Além de colaborar com o aumento de peso, os hormônios também estimulam a formação de células adiposas que armazenam gordura.

Essas são só alguns exemplos de como o estresse pode prejudicar o corpo humano, sendo que ele causa prejuízos em vários lugares

 

Foto destaque: Pessoa com estresse. Reprodução pexels.

Segundo estudo, pessoas matutinas tem menor chance de desenvolver doenças

Os brasileiros não possuem uma boa relação com o sono. Estamos entre os três países que menos dormem no planeta, sendo o campeão absoluto entre os países da América, de acordo com a Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. As causas ainda estão para ser determinadas, mas as consequências são cada vez mais exploradas.

Dessa vez, um estudo publicado na Experimental Physiology mostrou que nossos padrões de sono podem influenciar a chance de se ter doenças, como diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.

Os estudiosos da Rutgers University, em Nova Jersey, viram que aqueles que ficam acordados mais tempo têm uma capacidade reduzida de usar gordura como energia, o que significa que as gorduras podem se aglomerar no corpo. As diferenças de metabolismo possuem relação com o quão bem cada grupo pode usar insulina para promover a captação de glicose pelas células para armazenamento e uso de energia. 

Para os testes, os voluntários foram separados em dois grupos (matutinos e noturnos) com base em seu “cronotipo”, a propensão natural a buscar atividades e dormir em momentos diferentes. Eles usaram imagens avançadas para avaliar a massa corporal e a composição corporal, bem como a sensibilidade à insulina e amostras de respiração para medir o metabolismo de gorduras e carboidratos.

Por uma semana, os voluntários foram fiscalizados, para avaliar seus padrões de atividade ao longo do dia. Eles comeram uma dieta controlada de calorias e nutrição e tiveram que jejuar durante a noite para diminuir ao máximo o impacto da dieta nos resultados. 


Pessoa com insonia. (Foto: Reprodução/Pexels)


Porém, os resultados foram diferentes entre os grupos. Os “noturnos” demonstraram resistência à insulina, importante para o metabolismo. Sem ela, a glicemia não é consumida, pois a glicose não conseguiu entrar na célula. O motivo por trás dessa mudança na preferência metabólica entre os dois grupos ainda não foi esclarecida.

Essa análise permite continuar nossa compreensão de como os ritmos circadianos (suas funções ao longo de um dia) do nosso corpo afetam nossa saúde. Como o cronotipo parece afetar nosso metabolismo e ação hormonal, sugerimos que o cronotipo possa ser usado como um fator para prever a chance de se ter certos tipos de doenças nas pessoas”, explica o autor do estudo e professor da Rutgers University, Steven Malin.

Mais estudos são fundamentais para analisar a relação entre cronotipo, atividade e adaptação metabólica para identificar se fazer exercícios no começo do dia traz maiores benefícios à saúde”.

Conforme uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 76% dos brasileiros têm pelo menos uma queixa relacionada à qualidade do sono.

 

 

Foto destaque: Pessoa na cama. Reprodução pexels.

Mudança na lei sobre laqueadura

Graças a uma nova lei federal, aprovada no início de setembro, agora é possível passar por laqueadura e vasectomia sem a autorização do cônjuge. Sendo que laqueadura é uma cirurgia feita para impedir que a mulher engravide, e no homem, é a vasectomia que tem a função de torná-lo estéril. Até então, eles só podiam ser realizados com essa aprovação.

A esperança dos especialistas é que com a mudança, as cirurgias fiquem mais aceitáveis, sendo possíveis também pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Foi notado um grande interesse. Pois, um dia após a alteração, a procura por “O que é laqueadura” subiu mais de 100% na internet em comparação ao dia anterior. O Google Trends, que faz essa medição, ainda observou que tanto laqueadura como vasectomia estão entre as palavras mais buscadas junto à expressão “…pelo SUS”

Quais as principais mudanças na lei?

Antes da mudança, apenas pessoas casadas, por volta de 25 anos ou com dois filhos, tinham que pedir a autorização da/do parceira(o) para fazer a cirurgia. Os solteiros só podiam passar pela esterilização depois dessa idade e se já tivessem filhos.

Com a mudança na lei a idade mínima para a realização da laqueadura ou da vasectomia diminuiu para 21 anos e não há mais a exigência de ter filhos nem consentimento da/do parceira(o). Pessoas com dois filhos podem passar pela cirurgia voluntária em qualquer idade. 


Mulher assustada. (Foto: Reprodução/Pexels)


“Essa era uma coisa comum em dos hospitais também, pessoas que faziam o procedimento sem autorização e por algum motivo acabavam processados pela(o) parceiro(a)”, explica Laísa Santos, advogada e sócia do escritório Schiefler Advocacia. 

A mudança ainda possibilita mais alguns benefícios para mulheres. Agora, é possível fazer a laqueadura logo após o parto, sem precisar comprovar que teria algum riscos à saúde com uma nova gravidez. 

Ter essa autorização deve diminuir os pedidos de internação, custos médicos e até o perigo e o esgotamento da mulher por ter de passar por uma nova cirurgia, avalia a advogada. 

“Uma vez que a mulher já está sendo levada a uma cirurgia como a cesariana, porque fazer ela passar por outra cirurgia, como a laqueadura, que aumenta os custos e riscos?”, questiona Domingos Mantelli, ginecologista e obstetra, em São Paulo. 

“Podendo ser feito por duas formas, uma sendo pela via abdominal e a outra por videolaparoscopia”, explica o ginecologista. Essa última é uma cirurgia feita a partir de pequenos furos no corpo e o uso de câmera. A recuperação tende a ser mais rápida e com menos dor física.

Como solicitar a esterilização?

Mesmo com as melhorias na lei, as pessoas com interesse devem enfrentar a fila do SUS para conseguir fazer. “A espera já é uma realidade, mas a lei também prevê que o procedimento deve ser realizado em até 30 dias após o pedido. Se isso não acontecer, é possível entrar na Justiça para conseguir validar”, aponta Laísa. 

O que ocupa mais tempo é o anúncio da manifestação de vontade e o pedido oficial da cirurgia, que possui uma espera de 60 dias. Nesse intervalo de tempo, a lei prevê ações que busquem desestimular a realização da cirurgia, como contato com assistentes sociais e psicólogos. “A abordagem depende, claro, da idade da pessoa e se já têm filhos”, explica a advogada. 

Como se trata de uma decisão importante, esses dias servem para que se reflita bem, até porque os motivos para buscar a esterilização variam de caso a caso.

 

Foto destaque: Feminino abstrato. Reprodução/ pexels.

Pesquisa liga o consumo de chá à diminuição do risco de diabe

Beber três ou mais xícaras de chá pode diminuir a chance de desenvolver diabetes tipo 2, pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Wuhan encontraram em uma nova pesquisa publicada no sábado (17/09), enquanto os especialistas tinham como intenção analisar os potenciais benefícios para a saúde do chá e do café.

Pessoas em idade adulta que possuem o hábito de beber três ou mais xícaras de chá preto, verde ou Oolong têm um risco 17% menor de diabetes tipo 2 em um período de 10 anos, de acordo com a pesquisa, divulgada na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes em Estocolmo, Suécia.

Cada xícara a mais de chá por dia foi relacionada com uma redução de 1% no risco de diabetes tipo 2, de acordo com a pesquisa, que contou com 19 análises de especialistas em mais de 1 milhão de adultos de oito países.

Pessoas que tomam entre uma e três xícaras por dia ficam 4% menos propensas a desenvolver diabetes tipo 2 do que pessoas que não tomam chá, enquanto as que tomam quatro ou mais xícaras reduzem seu risco em 17%.


Chá preto. (Foto: Reprodução/Pexels)


Especialistas acreditam que a diminuição pode ser o resultado de componentes à base de plantas encontrados no chá preto, verde e Oolong, incluindo compostos chamados polifenóis, que eles acreditam que podem diminuir os percentuais de açúcar no sangue associados ao diabetes.

A descoberta ocorreu em menos de um mês depois que uma pesquisa do National Institutes of Health, com meio milhão de consumidores britânicos de chá, descobriu que adultos que tomam pelo menos duas xícaras de chá por dia tinham um risco menor de morte de 9 a 13% do que os que não tomam chá, incluindo doenças cardiovasculares, doenças cardíacas e acidente vascular cerebral.

Especialistas vêm procurando potenciais benefícios à saúde de bebidas como chá, café e vinho tinto há décadas, com estudos recentes conectando o aumento do consumo de chá à melhoria da saúde do coração e menor risco de alguns tipos de câncer.

Os especialistas da nova pesquisa se basearam nos dados da Pesquisa de Saúde e Nutrição da China de mais de 5.000 adultos que não tinham diabetes quando pesquisados ​​pela primeira vez em 1997 e descobriram em uma pesquisa de acompanhamento de 2009 que cerca de 10% tinham diabetes tipo 2, enquanto quase 46% tomavam chá regularmente, mas surpreendentemente, não houve diferença significativa no risco de diabetes entre pessoas que tomam regularmente chá e pessoas que não bebem chá.

 

Foto destaque: Xícara de chá. Reprodução pexels.