Sobre Eduarda Afecto

Jornalista nas editorias de Saúde e Bem Estar no site Lorena R7.

7 em cada 10 adultos relataram episódios de bruxismo durante a pandemia

Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal), de Minas Gerais, e pelo Instituto Neurológico de Curitiba (INC), divulgado no Brazilian Journal of Pain, aponta que casos de bruxismo relacionados com fatores psicológicos foram predominantes nos primeiros meses da pandemia de Covid-19.

O estudo, conduzido pelo professor e especialista Marcelo Lourenço da Silva, examinou as respostas de 1.476 pessoas que foram coletadas por meio de um questionário digital aplicado entre maio e agosto de 2020, o auge da pandemia, época em que as vacinas ainda não estavam sendo transmitidas.

Segundo o artigo, o começo ou piora dos sintomas, como o apertar e ranger os dentes, foi visto em 76% dos entrevistados, que sentiram níveis elevados de estresse e nervosismo nos primeiros meses de pandemia. Os entrevistados relataram terem sentido dor de cabeça, sons de clique na articulação da boca, dor no ouvido e fadiga mandibular.

“Logo no começo da pandemia foi percebido um elevado número casos de fraturas dentárias, dor orofacial e dores de cabeça em consultórios de odontologia e fisioterapia. Assim, juntamos o que estávamos observando na prática clínica, com pesquisas que avaliaram a qualidade de vida dos voluntários”, explicou Silva, que destacou que havia uma possibilidade de que a ansiedade causada pelo afastamento social e pelo desconhecimento da doença causaria um número maior de bruxismo.

“Sentimentos como medo e ansiedade estão normalmente relacionados e considera-se que os objetos estressores no momento da pandemia levaram à angústia ou tensão, provocando hábitos bucais disfuncionais, além do ranger ou apertar os dentes. Esse número que encontramos (76%) foi maior do que era esperado, mas pode-se considerar que foi um modelo do que estava ocorrendo nos consultórios naquele momento”, afirmou o professor.

Segundo a cirurgiã-dentista Lívia Bergamin, da equipe de Odontologia Hospitalar do Hospital Israelita Albert Einstein, as causas específicas do bruxismo ainda não foram completamente encontradas porque envolvem situações com vários fatores, como fisiopatológicos, psicossociais, hereditários e genéticos. Por outro lado, já se sabe que uma das fundamentais razões relacionadas com o problema, seja ele durante o sono ou de vigília (quando o paciente está acordado), são os fatores emocionais e psicológicos como estresse, nervosismo e ansiedade.


Consulta no dentista. (Foto: Reprodução/Pexels)


Tratamento

Lívia evidenciou ainda que os dentistas precisam estar cada vez mais ligados aos sinais e sintomas do bruxismo para que possam dar o tratamento adequado, já que além dos efeitos na saúde da boca, os pacientes com bruxismo podem ter dores de cabeça com certa frequência, dores na região do ouvido, zumbido no ouvido, tontura, dores no pescoço, nuca, ombros e na coluna vertebral.

Existem várias opções de tratamento para o bruxismo em adultos, sendo a fundamental confecção de placas que têm o objetivo de evitar que existam complicações dentárias e que protejam os tecidos orais. “Existe também a alternativa de relacionar o uso de medicamentos relaxantes musculares e benzodiazepínicos que tem como objetivo auxiliar no processo de desprogramação e relaxamento muscular”, relatou a dentista.

Dependendo do caso, a aplicação da toxina botulínica também pode ser um tratamento recomendado para diminuir a atividade da musculatura envolvida no período de bruxismo. Outros tratamentos não invasivos também são opções complementares, como massagens locais, uso de bolsas térmicas quentes, acupuntura e irradiação com laser de baixa potência.

 

 

Foto destaque: Consulta no dentista. Reprodução/Pexels.

Vantagens mel na alimentação: saiba como consumir e quando evitar

As vantagens do mel na alimentação são diversas! Essa é uma das opções naturais que permite substituir adoçantes industrializados e ainda garante aquele gostinho único feito pelas abelhas. Segundo a nutricionista Danielle Bayma, as vantagens que o mel proporciona vão muito além do seu sabor: ele é rico em vitaminas e minerais, eleva o número das células de defesa do corpo e também combate bactérias e fungos.

Seja para deixar um chá mais doce ou fazer um delicioso pão de mel, esse ingrediente é indispensável. Assim, quando usado de forma equilibrada, o mel é perfeito para evitar algumas doenças, além de elevar as células de defesa, o mel também tem grande potencial antioxidante, anti-inflamatório e antibacteriano.


Mel em conserva. (Foto: Reprodução/Pexels)


Qual o jeito certo de consumir mel?

“Uma colher de sopa de mel por dia é a quantidade sugerida. Recomendo, inclusive, que seja consumido durante a noite caso o paciente tenha alguma reclamação de irritação na garganta ou tosse. A saliva produzida funciona na mucosa da garganta realizando uma proteção”, conta Danielle.

De qualquer forma, para além da recomendação da nutricionista, o mel também pode ser adicionado em receitas. 

Para garantir todos os seus benefícios, sem exceder na dose, a recomendação diária é de, no máximo, uma colher de sopa (o equivalente a 25 gramas). Apesar das vantagens, vale lembrar: os diabéticos devem evitar o consumo dele. Isso porque ele possui muito açúcar simples, que aumenta a glicemia do sangue rapidamente.

Devo tirar o mel da dieta?

Não é preciso. A única precaução com este alimento é sobre a quantidade, ou seja, as vantagens do mel são várias, mas é importante ficar de olho nas calorias, caso você esteja em uma dieta restritiva, para não exagerar. Além disso, lembre-se que o mel não deve ser aquecido, já que acima de 40 °C o potencial nutritivo é nulo.

 

Foto destaque: Mel. Reprodução pexels.

Os idosos precisam de um pouco de solidão, diz estudo suíço

Se ficar sozinho demais faz mal, passar um tempo só para recarregar as energias é importante, fundamentalmente para idosos. A conclusão é de uma pesquisa divulgada recentemente na revista científica British Journal of Psychology.

Pesquisadores da Universidade de Zurique tiveram a conclusão que idosos precisam de algum tempo de silêncio para recarregar as baterias após socializarem com outras pessoas. Quanto mais tempo essas pessoas ficavam sozinhas após se misturarem com outros indivíduos, maior era o tempo de socialização na próxima oportunidade.

De acordo com um modelo mais comum, as necessidades de tempo social e de solidão se movem em direções opostas. Por exemplo, sair para comer com um amigo possui benefícios para o bem-estar porque atende à exigência humana de pertencimento. No entanto, isso também gasta a nossa energia e depois da saída, a pessoa pode sentir vontade de passar um tempo com ela mesma. Em pessoas com mais idade, que já possuem uma energia mais limitada, esse efeito parece ser ainda maior.

Na nova pesquisa, os especialistas analisaram 118 pessoas, com mais de 65 anos, que viviam em regiões de língua alemã da Suíça. Ao longo de três semanas, os voluntários usaram um aplicativo para marcar a duração de qualquer tipo de interação social falada (seja presencialmente, ou pela internet, como bate-papo por vídeo) que possuísse mais de cinco minutos de duração e também quaisquer conversas de texto, incluindo SMS, WhatsApp, e-mail, etc.


Interação social. (Foto: Reprodução/Pexels)


Em casos particulares, quando uma conversa ocorria fazendo outra ação (como conversar ocasionalmente enquanto assistia a um filme de 2 horas com um parceiro ou amigo), o tempo total da situação era anotado. Todos os momentos em que não houvesse nenhum tipo de interação, foram considerados solidão. Isso incluiu o tempo durante o sono, contando que o participante tenha dormido sozinho.

Todos os voluntários também completaram pesquisas anotando como normalmente se sentiam, tristes ou inspirados, como, por exemplo, sobre sua satisfação com a vida e também seus níveis gerais de energia.

Os resultados revelaram que um episódio de interação social durava, em média, 39 minutos e um momento de solidão durava cerca de cinco horas. Mas os pesquisadores também descobriram que o tempo que um participante passa envolvido em um momento influencia o que acontece em seguida.

Quando o momento solitário durava uma hora a mais do que o normal, os voluntários subsequentemente se engajavam em uma interação social que também era um pouco mais extensa do que o normal. O oposto também ocorreu. Quando um contato social durava mais, eles passavam mais tempo sozinhos, logo após.

Segundo os especialistas, essas novidades apoiam a ideia de que os idosos regulam o tempo que passam na solidão ou interagindo com outras pessoas de acordo com as alterações nos níveis de sua necessidade de pertencimento e de sua energia.

A equipe também pode concluir que os voluntários que estavam mais satisfeitos com sua vida e aqueles que tinham mais energia no cotidiano passavam ainda mais tempo tendo um contato social, após um período de solidão maior do que o normal. Por outro lado, aqueles com humor menos positivo relataram menos satisfação com a vida tendiam a passar mais tempo sozinhos.

 

Foto destaque: Idoso sozinho. Reprodução pexels.

Outubro termina, o cuidado com a saúde da mulher continua

Na última terça-feira (1), se encerrou o Outubro Rosa de 2022. Mas o pedido para que ainda se tenha cuidado com a saúde estará presente em cada dia dos próximos meses, até o próximo outubro, quando o chamado para a prevenção do câncer de mama voltar a estar em nosso foco.

O Outubro Rosa foi criado nos Estados Unidos, e o primeiro marco da campanha foi a Corrida pela Cura, que aconteceu em Nova York, em 1990. Na ocasião, foram distribuídos lacinhos cor de rosa aos participantes. Desde então o acessório se tornou o principal símbolo para este momento importante.


Outubro rosa. (Foto: Reprodução/Pexels)


As razões para esse maior cuidado, são faladas várias vezes durante as últimas semanas: o câncer de mama é o tumor mais comum entre as mulheres brasileiras e a neoplasia mais incidente no mundo. Aqui no Brasil, são apontados, anualmente, por volta de 67 mil novos casos.

Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de cura e os avanços nos tratamentos, sejam cirúrgicos ou com medicamentos, que transformam a vida de milhares de mulheres.

Ainda temos a certeza que em um futuro consiga se estabelecer mudanças relevantes em relação ao câncer de mama no Brasil quando houver um foco maior  à prevenção e acesso a mais informações. Publicar mais sobre os fatores de risco, sobre a importância dos cuidados com a alimentação, com a prática de exercícios físicos frequentes, com a cessação do tabagismo e do consumo excessivo de álcool.

Do mesmo jeito, é preciso não só incentivar, mas garantir o acesso de todas as mulheres, quando for a idade recomendada, à mamografia de rastreamento, que é um exame que pode identificar tumores potencialmente curáveis.

É muito importante também, para as pacientes que receberam o diagnóstico, abordarem mais as questões de saúde integral, da saúde mental. Destacar o acolhimento, ajudar pacientes, familiares, cuidadores e amigos a se informarem melhor sobre a doença.

Foto destaque: Outubro rosa. Reprodução/Pexels.

Caindo muito? Veja 5 causas comuns para a queda de cabelo

A queda de cabelo é uma questão bastante comum. Perder alguns fios dia a dia faz parte de um processo natural de renovação causado pelo corpo. No entanto, quando se agrava, a recomendação é buscar atendimento profissional para investigar se há algo de errado com a saúde.

“O mito de que a queda de até 100 fios de cabelo por dia é normal, não é real. O equilíbrio entre a queda e a restituição do cabelo precisa ser avaliado para garantir que a pessoa está bem”, explica o especialista Luciano Barsanti, presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia.

Barsanti aconselha que as pessoas confiem na auto percepção e busquem um médico quando acharem que há mais fios caindo.


Queda de cabelo. (Foto: Reprodução/Pexels)


Confira alguns motivos para a queda dos cabelos

Anemia

A anemia faz com que o corpo retenha uma quantidade baixa de sangue. Desta maneira, os nutrientes e o oxigênio do corpo acabam indo em baixos níveis ao couro cabeludo porque órgãos e sistemas vitais são priorizados.

Pós-bariátrica

A queda de cabelo após a cirurgia de redução de estômago é habitual e ocorre na maioria dos casos. As causas são múltiplas: poucos nutrientes, alterações hormonais e intervenções com medicamentos que modificam o comportamento do corpo.

Síndrome metabólica

Disfunções causadas pelo excesso de peso e sedentarismo, como a alta nos níveis de glicose, de triglicerídeos e p baixo nível de HDL, considerado como o colesterol bom, também podem causar a perda dos fios.

Deficiência de vitaminas

Uma alimentação inadequada pode estar relacionada com a queda de cabelo. Falta de ferro, selênio, vitamina A, zinco e óleos essenciais, como o ômega 3, são alguns dos problemas nutricionais que afetam a saúde dos fios.

Síndrome do ovário policístico

A SOP causa uma desarmonia no corpo, aumentando os níveis dos hormônios masculinos no corpo feminino. As grandes quantidades desse hormônio provoca a perda de cabelo, a diminuição do crescimento dos pelos no couro cabelo e aumentando o crescimento dos pelos corporais e faciais.

 

Foto destaque: Queda de cabelo. Reprodução pexels.

 

Atriz de ‘As Crônicas de Nárnia’ enfrenta infecção ‘carnívora’ mortal

A atriz Georgie Henley, de 27 anos, famosa pela sua participação na saga “As Crônicas de Nárnia”, divulgou que sofreu ao ser diagnosticada com fasciíte necrosante, uma infecção “carnívora” que lesa a pele.

A fasciíte necrosante é provocada por uma bactéria e pode acontecer se uma ferida for infectada. É preciso de tratamento imediato, segundo o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido.

A bactéria solta toxinas que prejudicam os tecidos próximos.

Os sintomas iniciais são parecidos com os da gripe e podem provocar também vômitos e inchaço nas áreas infectadas e levar a problemas graves, como envenenamento do sangue (sepse) e falência de órgãos.

A atriz declarou que adquiriu a infecção aos 18 anos e com isso marcas de cicatrizes que escondeu por muito tempo. Porém, ela decidiu falar sobre o tema.

“Levei muito tempo para me recuperar tanto fisicamente quanto mentalmente, mas eu esperava que um dia fosse a hora certa para poder conversar sobre o que aconteceu. Hoje é um começo”, escreveu Henley.

Ela ficou famosa durante sua infância, por ter interpretado o papel de Lucy Pevensie nos filmes da saga “As Crônicas de Nárnia”. Após o diagnóstico do problema de saúde, ela declarou ter vivenciado “a vergonha de se sentir diferente”


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Georgie Henley. (Foto: Reprodução/Instagram)


Henley tinha 18 anos quando teve a necrosante. Na época, ela havia acabado de entrar na universidade.

A jovem ainda teve chance de ter o braço esquerdo amputado, por isso foi sujeitada a uma “exaustiva cirurgia invasiva” e depois a um procedimento reconstrutivo de enxerto de pele, explicou em sua publicação.

Isso deixou marcas de cicatrizes em seu braço.

“Nestes últimos nove anos, fui acessível sobre minhas cicatrizes na minha vida pessoal, mas as ocultava essa parte em qualquer contexto profissional”, admitiu.

Para isso, ela usou curativos, cosméticos, roupas com mangas longas para colocar a mão esquerda no bolso. A jovem não queria que as marcas em sua pele prejudicassem suas oportunidades profissionais.

“A indústria da qual participo se concentra, muitas vezes, na ideia muito fixada sobre o que é considerado “/perfeição”/ estética e eu estava receosa que as minhas cicatrizes me prejudicassem de conseguir trabalho”,afirmou.

“Mas, a verdade é que não existe essa “/perfeição”/, mas ainda vivo com a vergonha de me sentir diferente, exacerbada pelas altas expectativas que criaram com o início da minha carreira desde criança.”

A publicação feita no instagram sobre o assunto recebeu dezenas de milhares de curtidas e comentários positivos.

Com orgulho, Henley concluiu em seu post que está segura de que falará mais sobre as suas experiências futuramente. 

 

 

Foto destaque: Georgie Henley. Reprodução Instagram.

Vacinação contra a Covid: 171,4 milhões de brasileiros estão totalmente imunizados

Os dados do consórcio de veículos de imprensa desta quinta-feira (27) apontam que 171.413.954 brasileiros estão totalmente imunes por tomarem a segunda dose ou a dose única de vacinas. Este número retrata 79,79% da população total do país. A dose de reforço foi usada em 105.024.310 pessoas, o que corresponde a 48,89% das pessoas.

A dose de reforço foi dada em 58,46% da população com 12 anos de idade ou mais, faixa de idade que atualmente pode receber o reforço da vacina.

No absoluto, 14.440.719 doses foram utilizadas em crianças, que estão parcialmente imunes. Este número representa mais da metade, sendo 54,65% da população nesse grupo de idade que tomou a primeira dose. Ainda nesta faixa, 9.973.013 estão totalmente imunes ao tomar a segunda dose de vacinas, o que corresponde a 37,74% da população desta faixa.


Vacinar. (Foto: Reprodução/Pexels)


Brasil, 27 de outubro

  • O número de indivíduos que estão totalmente imunes (que receberam duas doses ou dose única): 171.413.954 (79,79% da população total e 85,64% da população que pode tomar a vacina)
  • Todas as pessoas que receberam a dose de reforço: 105.024.310 (48,89% da população total e 58,46% da população vacinável)
  • Total de indivíduos que estão de maneira parcial imunizadas (que tomaram apenas uma das doses): 181.971.522 (84,71% da população total e 90,92% da população que pode tomar vacina)
  • Total de crianças de 3 a 11 anos que tomaram uma única dose: 14.440.719 (54,65% da população entre três e 11 anos)
  • Total de crianças de 3 a 11 anos que tomaram todas as doces: 9.973.013 (37,74% da população entre três e 11 anos)
  • Todas doses aplicadas: 458.409.786 (86% das doses distribuídas para os estados)
  • 16 estados e o DF divulgaram informações novas: PE, MA, BA, MS, SE, GO, AP, AL, DF, PI, PR, TO, AM, MT, CE, RS, SP
  • 10 estados não atualizaram os dados: AC, ES, MG, PA, PB, RJ, RN, RO, RR, SC

 

Os estados de SP, RJ, MA, TO e AP não dividiram os números de terceira e quarta dose. Por essa questão, os números de reforço podem estar inflados.

 

Foto destaque: Vacinação. Reprodução/Pexels

Mortes e casos de tuberculose aumentam durante a pandemia, diz OMS

Estima-se que 10,6 milhões de pessoas tiveram tuberculose em 2021, um acréscimo de 4,5% em relação a 2020. Cerca de 1,6 milhão de indivíduos sofrem com o óbito da doença, envolvendo 187 mil indivíduos vivendo com HIV, com os dados do relatório global sobre o problema de saúde pública publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta última quinta-feira (27/10).

A carga da tuberculose resistente a remédios elevou em 3% entre 2020 e 2021, com 450 mil casos de relutância à rifampicina em 2021. A OMS diz que esta é a primeira vez que em muitos anos que foi relatado um acréscimo no número de casos e de resistência e avisa que os serviços de saúde centrados para a doença estão entre os muitos suspensos pela pandemia de Covid-19. No entanto, conflitos em andamento na Europa Oriental, África e Oriente Médio pioraram ainda mais a situação das populações vulneráveis.

“Se a pandemia conseguiu ensinar alguma coisa, foi que com solidariedade, determinação, inovação e o uso equitativo de ferramentas, podemos prevalecer graves ameaças à saúde. Vamos usar essas lições com a tuberculose. É hora de terminar com essa ameaça de longa data. Trabalhando juntos, podemos eliminar a tuberculose”, disse Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, em publicação.


Exame de pulmão. (Foto: Reprodução/Pexels)


Com os dados da OMS, a tuberculose ainda encontra-se subdiagnosticada por causa das dificuldades para o fornecimento e acesso aos serviços de saúde. No relatório, o número relatado de pessoas recém-diagnosticadas com a doença diminuiu de 7,1 milhões em 2019 para 5,8 milhões em 2020. Embora tenha havido uma reabilitação parcial na detecção da doença para 6,4 milhões em 2021, os índices ainda estão menores dos níveis pré-pandemia.

A OMS reconhece que um menor número de pessoas diagnosticadas significa uma subnotificação dos casos e que mais pessoas com a doença podem ficar sem o tratamento certo, levando a um maior número de mortes e na transmissão do vírus. O relatório aponta uma redução no número de pessoas que receberam tratamento entre 2019 e 2020. O número relatado de indivíduos que iniciaram o tratamento para casos resistentes em 2021 foi de 161.746, significando um em três daqueles que precisam.

 

 

Foto destaque: Doutor analisando exame. Reprodução/Pexels

Conheça os seis sintomas físicos mais comuns causados pela ansiedade

Informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, somente no Brasil, cerca de 18,6 milhões de pessoas sofrem com ansiedade. Os sintomas da doença podem ser notados no corpo, além de tornar os pensamentos da pessoa acelerados. Durante as crises de ansiedade, é comum que a pessoa tenha dificuldade para desempenhar as atividades diárias.

A especialista Bruna Capozzi, atuando como psicóloga no Instituto Meraki, em Brasília, afirma que os gatilhos para as crises de ansiedade variam de acordo com a pessoa. Lugares com muitas pessoas e momentos únicos, como falar em público ou viajar de avião, são exemplos de momentos que geram ansiedade. Nessas situações, um conselho é tentar identificar sons, elementos visuais e texturas com o objetivo de se desconectar do estado de ânimo.

“O indivíduo que possui ansiedade parte de um percebimento de medo extremo e risco diante das situações da vida. Há uma superestimação do perigo e, consequentemente, uma elevada preocupação sobre o que está por vir. Essa forma de interpretação negativa dos estímulos, situações e eventos fazem parte da compreensão do transtorno”, afirma a psicóloga.

Para ficar mais atento aos sinais, a psicóloga separou alguns sintomas de ansiedade mais comuns que podem ser percebidos. Veja:

Sintomas físicos de ansiedade

1. Congelamento

Quando um momento faz com que o indivíduo se sinta muito ansioso, o corpo pode ficar no “modo de congelamento”. Nessa situação, os ombros podem se levantar, os músculos faciais e os maxilares se contraem e, com isso, o indivíduo se sente preso e tenso.

2. Desorientação

Pode fazer com que o indivíduo se sinta um pouco desorientado, gerando uma crise de pânico. Manter a contração nos pés e na conexão com o chão pode ajudar. Identificar as sensações do corpo também é essencial.


Pessoa com ansiedade. (Foto: Reprodução/Pexels)


3. Dificuldade para respirar

Alguns ainda acham difícil respirar quando estão ansiosos e esse sintoma não deve ser ignorado. Para resolver a crise sem que acabe virando um ataque de pânico, deve respirar lentamente e profundamente pelo nariz e expirar pela boca, como se estivesse soprando uma vela.

4. Suor corporal

Suar incontrolavelmente é uma reação que possui relação com a ansiedade ou estresse. Seja nas mãos, axilas ou na testa, o sintoma pode ser por conta do estado de ânimo e não deve ser ignorado. Para controlá-lo, é preciso manter a calma, tentando organizar os pensamentos.

5. Dificuldade para dormir

A qualidade do sono pode ser abalada pelas crises de ansiedade e a dificuldade pode inclusive se tornar rotineira. Dormir mal por um longo tempo causa carência de concentração, cansaço e até problemas digestivos. A especialista ensina que é importante acalmar a mente, no momento de ir para cama.

6. Agitação intestinal

A ansiedade pode causar uma agitação intestinal, causando necessidade de ir ao banheiro nos momentos de crise. Por conta da descarga de adrenalina no corpo, o sintoma é inclusive mais um estopim para um estado de ânimo descontrolado.

 

Foto destaque: Pessoa com ansiedade. Reprodução pexels.

Mito ou verdade: a soja reduz o risco de câncer de mama

É dito que a soja eleva as chances de câncer de mama, e não está sendo abordado um mito, trata-se do que ainda é aconselhado nas consultas médicas. Isso não é um conselho neutro, é um conselho ruim, pois os indícios apontam que o consumo de soja, se tiver alguma relação com o câncer de mama, é benéfica. Ou seja, um alimento que favorece a prevenção e diminui a chance de recaída está sendo desencorajado.

A ideia de que a soja ajuda a se ter câncer de mama surgiu de pesquisas feitas com camundongos que receberam elevadas quantidades do alimento. Acontece que as pessoas não são roedores e com isso metabolizam a soja e seus elementos de forma diferente. Além de que, os níveis de soja consumido pelos animais foi desbalanceado; em um humano, seria igual ao consumo de cerca de 60 porções diárias. Experimente se alimentar com 60 maçãs por dia, ou consumir 60 litros de água, e veja o que ocorre.

Não somos ratos

Foi dito que as pessoas metabolizam os fitoestrógenos de forma diferente, mas de que maneira?

Voltando ao início, é possível ouvir que a soja é prejudicial em relação ao câncer de mama porque este é um tipo de câncer que muitas vezes depende do estrogênio, que é um hormônio produzido naturalmente pelo corpo, principalmente o de mulheres. E qual seria a relação com a soja? Como se vê, contém fitoquímicos, chamados isoflavonas, que são um tipo de fitoestrogênio, e recebem são denominados assim pois sua forma é semelhante ao estrogênio.

Os fitoestrogênios podem causar impactos nas pessoas, mas em nenhum caso são idênticos ou correspondentes aos do estrogênio. Isso porque, as pessoas têm dois tipos de receptores desse hormônio, alguns denominados de receptores alfa e outros, beta. Esses receptores estão separados de maneira desigual pelo corpo e têm funções variadas. Por exemplo, os receptores beta do tecido mamário agem com impacto antiestrogênico, e é o efeito estrogênico, ou seja, o contrário, que está relacionado ao elevam a chance de câncer de mama. Acontece que os fitoestrogênios se relacionam principalmente ao beta, inibindo o efeito cancerígeno do estrogênio. Mesmo com o baixo consumo de soja, há uma ativação dos receptores beta que anulam a proliferação de células cancerígenas na mama.

Já os Ratos têm somente um tipo de receptor. Tenho certeza de que tudo se encaixa para você agora.


Soja. (Foto: Reprodução/Pexels)


O Instituto Americano de Pesquisa do Câncer (ACIR) afirmou que a soja é para se consumir no dia a dia. Eles comentam sobre a ameaça nula de consumir produtos de soja para sobreviventes de câncer de mama, complementando que há evidências reduzidas de que pode até diminuir a recorrência e a mortalidade em mulheres que incluem “/quantidades moderadas de soja”/ na dieta. Indica que uma ou duas porções diárias de tofu, bebida de soja ou edamame são julgadas quantidade equilibradas, e que pesquisas mostram que três ou mais porções no dia a dia, podem ser comuns na Ásia, não estão relacionadas à maior chance de câncer de mama.

É o que falam as três organizações mais importantes do mundo quando o assunto são estudos sobre o câncer. Suas afirmações são fundamentadas em inúmeras pesquisas e investigações, que você pode analisar revisando os documentos que indicamos em seus próprios sites.

Uma revisão sistemática e metanálise de 2019, apontou que tanto a soja quanto suas isoflavonas possuem relação com a diminuição da mortalidade geral e por mama câncer. A recomendação, por sua vez, deve ser elevar o consumo de soja para promover a longevidade.

 

Foto Destaque: Soja em produção. Reprodução/Pexels.