Sobre Eduarda Afecto

Jornalista nas editorias de Saúde e Bem Estar no site Lorena R7.

Três imigrantes nigerianos sobrevivem a viagem de 11 dias sentados em leme de navio

A guarda costeira espanhola resgatou três pessoas que estavam sentadas no topo do leme de um navio que chegou às Ilhas Canárias vindo da Nigéria. Numa fotografia divulgada pela guarda costeira na segunda-feira (29), os imigrantes conseguem ser vistos, empoleirados em cima do leme do petroleiro e químico Althini II.

O Althini II chegou a Las Palmas, em Gran Canaria, na segunda-feira, após uma travessia de 11 dias de Lagos, na Nigéria, com informações do Marine Traffic, um site de rastreamento de navios. Os imigrantes foram conduzidos até o porto e foram, logo, atendidos pelos serviços de saúde, disse a guarda costeira pelo Twitter.

As Ilhas Canárias, territórios que pertencem a Espanha, são uma forma de entrada bastante popular entre os imigrantes africanos que tentam chegar à Europa. Dados fornecidos pela Espanha apontam que a migração por mar para o arquipélago elevou 51% nos primeiros cinco meses do ano em comparação com o ano anterior.

No ano passado, mais de 20 mil imigrantes atravessaram a costa da África Ocidental para as Ilhas Canárias, com informações da Cruz Vermelha. Mais de 1.100 dessas pessoas foram a óbito no mar, relatou a organização.


Porto. (Foto: Reprodução/Pexels)


Em 2020, quatro clandestinos nigerianos conseguiram sobreviver 10 dias no mar antes de serem achados escondidos em um compartimento acima do leme de um petroleiro norueguês que viajou de Lagos a Las Palmas, segundo informações da mídia norueguesa. No mesmo ano, um nigeriano de 14 anos disse para o jornal espanhol El Pais que se manteve escondido por 15 dias em um quarto pequeno no topo do leme de um navio cargueiro que tinha como carga combustível, durante a viagem de Lagos para as Ilhas Canárias.

Pobreza, conflitos violentos e a busca por oportunidades de trabalho continuam sendo grandes motivos para a migração para fora da África Ocidental, relatou a Cruz Vermelha.

 

Foto Destaque: Três imigrantes no leme do navio. Reprodução twitter.

Brasil cria 159 mil empregos formais em outubro, 37% a menos que no ano passado

A economia brasileira criou 159,4 mil empregos com carteira assinada em outubro de 2022, divulgado nesta terça-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

O resultado demonstra piora em relação a outubro do ano passado, quando foram criados 252,5 mil empregos formais. A queda, em comparação, foi de 36,9%. Ao todo, com informações do governo federal, em outubro foram apontados:

  • 1,78 milhão de contratações;
  • 1,63 milhão de demissões.

Já em outubro de 2020, em meio à primeira onda da Covid-19, foram criados 365,9 mil empregos de carteira assinada.

A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é a mais adequada, pois o governo mudou a metodologia.

Acumulado do ano

Com informações do Ministério do Trabalho, 2,32 milhões de vagas formais de emprego foram formadas no país entre janeiro e outubro.

O número representa baixa em comparação com o mesmo momento de 2021, quando foram formadas 2,75 milhões de vagas.

Ao final de outubro de 2022, ainda conforme informações oficiais, o Brasil tinha saldo de 42,99 milhões de empregos com carteira assinada.

O resultado significa um aumento em comparação com setembro deste ano (42,83 milhões) e com outubro de 2021 (40,65 milhões).

Com informações do ministro do Trabalho e da Previdência Social, José Carlos Oliveira, os números de outubro abrem a possibilidade de que os empregos formais, criados em todo ano de 2022, sejam mais de 2,5 milhões de vagas formais. Normalmente as demissões ocorrem em dezembro.

“A economia está no caminho certo”, declarou ele.


Pesquisa de economia. (Foto: Reprodução/Pexels)


Salário médio de admissão

O governo também relatou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.932,93 em outubro deste ano, representando uma baixa (descontada a inflação) em relação a setembro (R$ 1.940,21).

Na comparação com outubro de 2021, porém, houve uma elevação no preço do salário médio de admissão. Naquele período, o valor era de R $1.910,11.

Caged x Pnad

Com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados apenas consideram os trabalhadores com carteira assinada, isto é, não incluem os informais.

Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), recolhidos por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).

Os números do Caged são recolhidos das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto os dados da Pnad são obtidos por meio de estudo domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.

Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil diminuiu para 8,7% no terceiro trimestre deste ano, sendo a menor porcentagem desde o trimestre encerrado em junho de 2015, mas com a falta de trabalho ainda atingindo 9,5 milhões de brasileiros, conforme já publicado anteriormente pelo IBGE.

 

Foto Destaque: Pesquisa de economia. Reprodução pexels.

Burnout: psicóloga aponta 4 sinais de que você está caminhando para um esgotamento

O vídeo de uma psicóloga britânica contando sobre Burnout, contou sobre os quatro sinais mais comuns que falam que você está caminhando para o esgotamento, viralizou recentemente no Tik Tok. Julie Smith tem 4,2 milhões de seguidores na rede social e atende em um consultório particular em Hampshire, na Inglaterra.

Na publicação que fez, a especialista contou o que é o esgotamento.

“Todos sentimos que ficamos sobrecarregados e cansados ​​de vez em quando, mas esgotamento é muito além do cansaço”, afirmou ela, que complementou: “Burnout é quando o estresse se torna crônico e tem uma ação prejudicial em outras áreas da sua vida.”

Como exemplo, ela afirmou que a pessoa pode sentir que sua “eficiência no trabalho está acabando, mas tem um sentimento que está trabalhando mais do que nunca”.

Veja abaixo os quatro sinais do esgotamento listados pela psicóloga Julie Smith.


Síndrome de Burnout. (Foto: Reprodução/Pexels)


Desconexão com as pessoas

Smith assentiu que um dos sintomas é se desconectar das pessoas que estão ao seu redor. Isso se realiza, por exemplo, com brigas e discussões frequentes com seu/sua parceiro(a) ou com amigos, o que no passado podia ser incomum.

Procrastinar demais

Procrastinar é uma ação normal. Mas, se você está “empurrando com a barriga” todas as coisas, até mesmo pequenas coisas que são simples de serem resolvidas, isso pode ser um sinal de que você está indo na direção do esgotamento.

Falta de autocuidado

Você está deixando de se cuidar? Parou de fazer atividades físicas? Passou a comer qualquer coisa, sendo que antes tinha uma alimentação adequada? Deixou de ter aquela prática que fazia bem para o seu corpo? Esta alteração de comportamento é um dos sinais do esgotamento.

Cansaço físico e emocional

Smith afirma que o quarto sinal é estar sempre exausto e este cansaço é físico e mental. E mesmo estando com cansaço, não conseguir dormir. Além de ter chance de ficar com o costume de sempre estar sempre nervoso.

 

Foto destaque: Cansaço mental. Reprodução pexels.

Crise na pesquisa de antibióticos pode prejudicar combate a superbactérias

Infectologistas acabaram ontem (26/11) a Semana Mundial de Conscientização do Uso de Antimicrobianos, onde foi discutido como precaver que bactérias desenvolvam resistência a essas drogas. A ciência sabe bem o que fazer para prolongar a vida útil dos antibióticos que já existem, mas o desenvolvimento de novos produtos parece se tornar cada vez mais difícil.

As pesquisas contra resistência antibacteriana têm como base o princípio de evitar o uso das drogas mais atuais para combater infecções que ainda possam ser tratadas com aquelas mais antigas. Isso faz com que, por um lado, a resistência a antimicrobianos avance menos rápido. Por outro lado, as drogas diminuem o potencial de lucro (e de investimento) por parte das empresas.

O quebra-cabeça data de pelo menos 2004, quando a Sociedade Americana de Doenças Infecciosas divulgou um artigo com  o título, não por acaso, “Bad bugs, no drugs” (“Bichos ruins, drogas em falta”, em tradução livre).

Quase duas décadas depois, a predição do artigo se tornou real. O desenvolvimento da resistência a antibióticos e a falta de medicações eficientes provoca atualmente por volta de 5 milhões de óbitos no mundo ao ano, com informações do consórcio internacional Antimicrobial Resistance Collaborators.


Bactéria. (Foto: Reprodução/Pexels)


Situação pós-Covid

Há ainda o dificultante de que o número, de 2019, se refere a um contexto anterior à pandemia de Covid-19. Depois, a circunstância piorou. A superlotação que o vírus causou em hospitais e o acréscimo da prescrição precipitada de antibióticos fez com que as bactérias super-resistentes se disseminassem ainda mais.

Do meio para o fim de 2022 a tendência foi de a situação voltar ao normal, mas no Brasil, infelizmente, o normal já não era uma situação boa, comparada à de hospitais americanos e europeus, alerta o especialista em infectologista Alexandre Zavascki, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.

A entrada de novos antibióticos para tratar bactérias multirresistentes é uma exigência que já se sente no Brasil, entretanto há poucas opções em vista.

Foto destaque: Bactéria em análise. Reprodução pexels.

 

Anvisa aprova duas vacinas da Pfizer atualizadas para subvariantes da ômicron

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permitiu, na última terça (22/11), o uso emergencial de duas vacinas bivalentes contra a Covid-19 fabricadas pela Pfizer.

Sendo que a vacina bivalente possibilita a imunização contra mais de uma variação do coronavírus, a primeira versão divulgada pela fabricante foi desenhada com a cepa original do Sars-CoV-2 e a ômicron BA.1, que se proliferou de forma rápida por todos.

“Nenhum contexto de preocupação adicional das vacinas bivalentes quando confrontadas ao perfil de segurança da vacina monovalente original”, afirmou ainda.

Segundo a diretora da Anvisa, Meiruze de Sousa Freitas, a utilização das vacinas bivalentes pode auxiliar os brasileiros, em especial os vulneráveis, a precaver doenças graves ou a morte. “Ainda reforço que a aprovação da bivalente não desautoriza o uso das vacinas monovalentes aceitas pela Anvisa ou adquiridas por meio do Covax Facility”, declarou.

O imunizante bivalente BA.1 foi aceito em 35 países. Já o bivalente BA.4/BA.5 foi aceito em 33 países. As vacinas feitas no primeiro ano de 2020, que usam apenas o jeito ancestral do coronavírus em sua formulação, exibem eficiência reduzida frente às novas cepas, fundamentalmente para proteção de casos leves e moderados.

Por isso, para médicos e especialistas, o Brasil deveria começar a aplicação do reforço com as novas vacinas bivalentes em pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde, por exemplo.

“O que é observado nos países do hemisfério Norte é o avanço justamente com essa vacina de várias vertentes. Seria bom que já tivesse iniciado essa discussão no PNI [Programa Nacional de Imunização] para o ano que vem”, afirmou o especialista em infectologista e estudioso da Fiocruz, Julio Croda.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou que há contrato com a Pfizer no qual novas vacinas aceitas pela Anvisa podem ser pedidas, inclusive as bivalentes. O chefe da pasta comunica que ainda não foi realizado porque não havia a aprovação da Anvisa.

“Não será problema para o Ministério da Saúde. Tem que verificar com a Pfizer a situação de entrega dessas doses, será uma resolução da área técnica. As vacinas bivalentes são opção e não substituem as atualmente disponíveis, o fundamental é a aplicação das doses de reforço em quem não tomou ainda”, anunciou.


Vacina. (Foto: Reprodução/Pexels)


Em publicação, a Pfizer declarou que, com os aceites desta terça, as vacinas atualizadas para a ômicron podem ser entregues ao país já nas próximas semanas. “O contrato atualmente vigente de fornecimento de vacinas da Pfizer ao país inclui a chegada de potenciais vacinas adaptadas a novas variantes e/ou para várias faixas etárias”, afirmou a farmacêutica.

A equipe de transição do presidente eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não relatou em detalhes os planos para a vacinação, mas diz que a gestão será realizada por evidências científicas, inclusive em relação à vacina.

Membros da Anvisa ainda afirmam que a vacina monovalente, mantém a eficiência contra a doença na forma grave e óbitos, desde que sejam tomadas as doses conforme a recomendação do Ministério da Saúde.

 

 

Foto destaque: Vacina. Reprodução pexels.

Atirador que matou seis pessoas dentro de supermercado na Virgínia era funcionário do próprio Walmart

Um atirador matou seis indivíduos na noite de terça-feira (22/11) dentro de um supermercado Walmart no estado da Virgínia, no Leste dos Estados Unidos, afirmaram as autoridades da cidade de Chesapeake. Ainda não há informações oficiais sobre o agressor, mas funcionários declaram que ele era gerente noturno da própria loja. O crime aconteceu três dias após um ataque contra uma boate gay no Colorado, que causou cinco óbitos e provocou uma comoção enorme no país.

Com informações de uma testemunha, o homem ficou nervoso, entrou na sala de repouso e abriu fogo contra quem estava lá. Mais de dez tiros foram distribuídos na seção de mercearia pelo atirador, que teria se matado em seguida. Uma mulher diz que se fingiu de morta para conseguir fugir.

A senadora Louise Lucas publicou no Twitter estar “com o coração absolutamente partido porque o último ataque em massa dos Estados Unidos aconteceu em um Walmart em meu distrito em Chesapeake, Virgínia. Não vou descansar até encontrar uma solução para acabar com esse período de violência armada em nosso país que já tirou tantas vidas”.


Polícia. (Foto: Reprodução/Pexels)


O Walmart, maior rede varejista dos Estados Unidos, publicou em um comunicado que está “chocado com o acontecimento trágico”. “Estamos atuando em parceria com as forças de segurança e focados em apoiar nossos parceiros”, diz a nota da empresa.

O massacre ocorreu menos de 48 horas antes da celebração do Dia de Ação de Graças no país. “Tragicamente, nossa comunidade sofre outro incidente de violência armada sem sentido, justamente no momento em que as famílias se reúnem para o Dia de Ação de Graças”, tuitou o deputado federal da Virgínia Bobby Scott.

Massacres como este são cada vez mais recorrentes no país, que registrou mais de 500 tiroteios em 2022, com informações da organização Gun Violence Archive. Há três dias, um homem armado abriu fogo dentro de uma boate gay no Colorado, causando pelo menos cinco óbitos. O suspeito foi apontado como Anderson Lee Aldrich, de 22 anos, preso pelos frequentadores da casa noturna. Ele enfrenta acusações de assassinato e de possível crime de ódio.

Pesquisa divulgada em julho apontou que os EUA tiveram um apontamento este ano mais de um ataque desse tipo por dia. O número aumentou recentemente, com uma sequência de tragédias. 

 

Foto destaque: Polícia. Reprodução pexels.

Praticar corrida faz bem para os joelhos, apontam estudos; veja como evitar lesões

Sempre foi vendido a ideia de que o impacto da corrida poderia prejudicar os joelhos, mas pesquisas divulgadas nos últimos anos mostram que os pontos positivos do esporte para as articulações são maiores do que os riscos.

O doutor em ciências da motricidade e professor da EEFERP-USP (Faculdade de Educação Física de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo), Paulo Roberto Pereira, afirma que articulações como a do joelho não contém vasos sanguíneos e, por isso, necessitam se movimentar para se manterem irrigadas e nutridas.

O efeito causado por uma caminhada resistente ou pela corrida favorecem essa nutrição e mantém as articulações saudáveis, como mostrou uma revisão divulgada no estudo científico Physical Therapy in Sport.

O especialista disse que corridas e caminhadas de até 30 minutos não devem causar ferimentos em pessoas saudáveis. Contudo, é recomendado que o ritmo seja elevado de forma gradual, que os treinos sejam intercalados com dias de descanso e que o corredor iniciante cheque se não tem enfermidade, como arritmias, antes de praticar o esporte.

A corrida ajuda a saúde cardiovascular e respiratória, precaver doenças metabólicas como a diabetes e eleva a longevidade, como apontou um artigo de revisão divulgado na revista British Journal of Sports Medicine.

Segundo alerta da OMS (Organização Mundial da Saúde), 150 minutos por semana de exercício físico moderado ou 75 minutos de atividade intensa são o razoável para garantir esses benefícios para a saúde.


Caminhada no parque. (Foto: Reprodução/Pexels)


Duas pesquisas atuais também apontaram que, ao contrário do que se acreditava, a corrida não deve ser rejeitada por indivíduos com doenças articulares, como a osteoartrite.

“Na verdade, hoje sabemos que o sedentarismo prejudica muito mais para uma artrose do que algumas atividades, mesmo as que envolvem certo impacto”, diz o fisioterapeuta e especialista em ortopedia e traumatologia, Guilherme de Carvalho Sposito.

O médico diz que o procedimento para este tipo de patologia não deve ser feito levando em consideração apenas um achado clínico, como o exame de imagem, e mostra a intensidade e os benefícios do esporte depender de questões como a idade, o condicionamento físico, as doenças relacionadas e a disposição do paciente.

O especialista ortopedista Marco Demange, professor do departamento de ortopedia e traumatologia da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), faz três conselhos simples para evitar lesões nos joelhos durante a corrida.

ALONGUE-SE CERTAMENTE E FORTALEÇA A MUSCULATURA

Os músculos da coxa, panturrilha, dos glúteos e do abdômen são fundamentais para manter uma postura adequada durante a corrida e, por isso, devem ser consolidados antes da prática esportiva.

A musculatura da perna, em específico, é fundamental para aliviar o peso depositado sobre os joelhos, por isso, os praticantes devem dar mais atenção a ela.

O alongamento também é muito importante antes e depois de atividades, diz Demange. Essa elaboração auxilia na maior flexibilidade muscular e das articulações e, consequentemente, na prevenção de ferimentos.

CUIDADO COM O SOBREPESO

O especialista informa que durante a corrida, o efeito sobre as articulações do joelho pode ser igual a até 4 vezes o peso da pessoa e, por isso, indivíduos obesos ou com sobrepeso têm uma possibilidade maior de sofrer lesões.

Guilherme de Carvalho Sposito ainda afirma que a maior quantidade de gordura pode causar inflamações, o que pode o tornar predisposto à dor. Contudo, ele defende que essas pessoas não se privem de praticar atividades ou correr, mas sim se preparem bem, com melhora do condicionamento físico, antes de praticar.

DESCANSE

Qualquer exercício de impacto deve ser seguido por um momento de descanso para que o corpo se recupere. Com a corrida não é diferente. O momento é preciso para que os músculos e as articulações se ajustem e, quando for o caso, se regenerem.

Esse conselho é ainda mais fundamental quando há qualquer tipo de inflamação nos músculos ou tendões. Elas são habituais em corredores iniciantes e costumam ser invertidas sem a necessidade de intervenções médicas. Entretanto, é preciso de um período de descanso para esta recuperação acontecer.

Se o corredor sentir qualquer dor durante a atividade, a prática deve ser interrompida. Caso os incômodos persistam, um especialista deve ser buscado.

 

Foto destaque: Corrida. Reprodução pexels.

Secretaria de Estado da Saúde emite alerta epidemiológico por causa do aumento dos casos de Covid-19

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou um alerta epidemiológico para as cidades e deu observações para a população por causa do elevado número de casos de Covid-19 em Sergipe na última semana (23/11). Isso já se retrata, também, no número de internamentos. De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado anteontem, (21/11), foram registrados 230 novos casos de Covid-19 e nenhum óbito. Em um geral, 343.766 indivíduos testaram positivo para a enfermidade e 6.444 foram a óbito. As informações mais recentes sobre UTIs e clínicas nas unidades de saúde de Sergipe mostram que estão internados no momento 08 pacientes na rede pública e 16 pessoas na rede particular.

A declaração é assinada pela secretária, Mércia Feitosa, (confira a íntegra abaixo) e traz observações para a população e orientações as cidades. Apesar de ainda não ter sido separada a sub variante BQ.1 em Sergipe, constata-se o elevado número de pessoas que foram positivadas das amostras coletadas de RT-PCR processada no LACEN, saindo de 4,2% (semana epidemiológica 45) para 55,1% (semana epidemiológica 46) de indivíduos positivados para Covid-19.


Covid-19.(Foto: Reprodução/Pexels)


As observações para a população são sobre como completar o esquema vacinal, o uso correto de máscaras de qualidade boa, principalmente para as pessoas mais vulneráveis, como gestantes, idosos, pessoas com comorbidades e imunodeprimidos, higienização das mãos, e na presença de qualquer sintoma gripal, como coriza, dor de garganta, tosse, dor de cabeça, dor no corpo, cansaço e febre, por exemplo, é recomendada a testagem, bem como o isolamento das pessoas positivadas.

Para os gestores de municípios e serviços de saúde, a SES aconselha o maior fortalecimento das ações para o incentivo à vacinação, conscientização quanto ao uso de máscara, ampliação dos testes para covid19 e melhores orientações sobre o tempo de afastamento das pessoas positivadas.

 

Foto destaque: Máscara de covid-19. Reprodução/Pexels.

Cientistas apontam novo sintoma grave que pode surgir após Covid

Pacientes que sofreram uma infecção de Covid-19 possuem maiores chances de desenvolverem convulsões ou epilepsia nos seis meses seguintes ao diagnóstico, aponta uma pesquisa divulgada na última quarta-feira (16/11), na revista Neurology, da Associação Americana de Neurologia.

De acordo com as análises, a chance elevada de risco foi mais explícita em crianças e em pessoas que não precisam de hospitalização. Os cientistas realçam, entretanto, que o acontecimento de episódios de epilepsia e convulsão após a Covid foi comparativamente baixa, cobrindo cerca de 1% das pessoas que tiveram Covid-19.

Apesar do número de porcentagem de ter convulsões ou epilepsia seja pequeno, por causa que afeta menos de 1% de todos que tiveram Covid-19, dado o grande número de infecções sobre Covid-19, resulta em um elevado número de pacientes”, disse o principal autor da pesquisa Arjune Sen, professor da Universidade de Oxford, na Inglaterra, em publicação para a imprensa.


Vírus. (Foto: Reprodução/Pexels)


Covid e influenza

Para o estudo, os especialistas usaram registros de saúde de pessoas com infecções por Covid-19. Os dados foram comparados a pessoas que foram diagnosticadas com o vírus influenza durante o mesmo intervalo de tempo e que eram parecidos em idade, sexo e condições médicas. Nenhuma das pessoas havia sido anteriormente diagnosticada com epilepsia ou convulsões recorrentes.

Os pacientes analisados foram divididos em dois grupos de cerca de 150 mil cada: um dos grupos tinha sofrido a infecção de Covid e o outro por um episódio de gripe. De acordo com a pesquisa, as pessoas que tiveram Covid apresentaram 55% mais risco de apresentar epilepsia ou convulsões nos seis meses seguintes quando comparadas às pessoas que tiveram gripe.

A porcentagem de novos casos de epilepsia ou convulsões foi de 0,94% nas pacientes que tiveram Covid-19, em comparação com os 0,60% nos pacientes com gripe.

Convulsões focais

Ainda é apontado, para que os profissionais de saúde prestem uma atenção especial aos pacientes que podem ter sintomas mais sutis, como convulsões focais conscientes, principalmente nos três meses após a infecção“, relatou o especialista.

As convulsões focais conscientes acontecem quando apenas uma parte do cérebro é atingida. Nesses acontecimentos, os sintomas mais comuns são mudanças do nível de consciência associadas a sintomas psíquicos e sensoriais, como movimentos involuntários em alguma parte do corpo, comprometimento dos sentidos, como  paladar, olfato, visão, audição e da fala, além de alucinações, vertigens, delírios.

 

Foto destaque: Vírus. Reprodução/Pexels 

Entenda SARA síndrome que causou o óbito da ex-jogadora Isabel Salgado

Ex-jogadora de vôlei, Isabel Salgado, morreu por causa da Síndrome Aguda Respiratória do Adulto, conhecida pela sigla SARA. A condição é induzida por vírus ou bactérias e causa danos nos pulmões, o que acaba atrapalhando a respiração.

Isabel foi internada na última terça-feira (15/11), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde foi entubada. Ela foi colocada em uma máquina que ajuda no funcionamento do pulmão (chamada de ECMO), mas não aguentou e faleceu nesta quarta (16/11). O corpo foi cremado nesta quinta (17/11), no Rio de Janeiro.

A especialista médica em infectologia, afirmou que a média de mortalidade por SARA entre todas as faixas etárias varia de 30% a 50%. A síndrome é muito próxima à SRAG, Síndrome Respiratória Aguda Grave, que ficou popular durante a pandemia da Covid-19. Nos dois casos, idosos, imunossuprimidos e pessoas com comorbidades têm uma chance maior de desenvolver formas graves. 


“>

Isabel Salgado. (Foto: Reprodução/Instagram)


Não existem métodos para prever ou evitar a SARA, mas existem procedimentos para prevenir determinadas doenças que podem levar à SARA. Já possuem imunizantes para a Covid-19, para a influenza, para pneumonia… São prevenções indiretas, mas que ajudam“, afirma Ana Helena.

A médica Renata Castro também ilustra que “pneumonia (como foi o caso de Isabel Salgado), trauma, pancreatite e outros ferimentos como afogamento e queimaduras podem ocasionar a SARA”.

Nestes casos, ocorrem ferimentos dos alvéolos (as unidades de troca gasosa nos pulmões), com grande formação de fluidos que acabam atrapalhando ainda mais a troca de oxigênio nos pulmões. Esse tipo de lesão alveolar difusa ocorre devido à queda importante da saturação de oxigênio no sangue. Essa falta de oxigênio, se não for revertida de forma rápida, acarreta isquemia de diversos órgãos, incluindo cérebro, rins e coração, o que pode gerar óbito“, explica a médica especialista e diretora executiva da Ipanema Health Club.

A SARA em sua maioria ocorre, de 24 a 48 horas após doença original ou ferrimentos, mas pode demorar 4 a 5 dias para acontecer. O paciente no início sente falta de ar, normlamente com uma respiração acelerada e superficial.

Foto destaque: Isabel Salgado. Reprodução Instagram.