Sobre Bruna Mecchi

Jornalista no site Lorena R7.

Dólar fecha em alta, mesmo com o fim da desoneração dos combustíveis

Diante o real, dólar à vista fechou o dia em alta na última segunda-feira (27), cotado a R$ 5,20, ou seja, uma alta de 0,16%, em contraposição ao exterior, onde a perspectiva que dominava era de baixa para a moeda norte-americana.

O fechamento em alta aconteceu mesmo depois do Ministério da Fazenda anunciar que o governo retomará a cobrança de impostos federais sobre os combustíveis. O comunicado sobre o fim da desoneração dos combustíveis foi feito no fim da tarde da última segunda-feira (27), decisão que agradou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Na última sexta-feira (24), após uma alta de 1,22% do dólar, os investidores iniciaram seus negócios ontem (27) com cautela. As atenções se concentravam em Brasília, onde Haddad e o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, negociavam acerca dos impostos sobre a gasolina e o etanol.


Ministério da Fazenda anuncia fim da desoneração dos combustíveis. (Foto: Reprodução/Gazeta do Povo)


Mesmo com receio de que a desoneração continuasse, o que poderia pesar os cofres federais, o dólar permaneceu estável. O diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, afirmou que “o que a gente acha é que o mercado de câmbio está trabalhando com um pouco de proteção, por conta da indefinição por parte do governo nesta história dos combustíveis”.

A cobrança de impostos sobre a gasolina e o etanol serão totalmente retomadas, segundo o Ministério da Fazenda. A pasta já esperava o retorno da tributação e não acreditava que a desoneração pudesse permanecer. Ainda assim, o dólar fechou positivamente o dia.

Hoje, ocorre a definição da taxa Ptax de fim de mês, o qual serve de referência para a liquidação de contratos futuros no início do próximo mês. Portanto, é natural que haja certa disputa pela condução das cotações entre comprados e vendidos. Comprados referem-se aos investidores que apostam na alta do dólar, enquanto os vendidos, são aqueles que apostam na baixa.

Essa disputa tende a ser mais intensa na manhã de hoje (28). Na manhã da última segunda-feira (27), o Banco Central vendeu todos os 16 mil contratos de swap.

Foto Destaque: dólar. Reprodução/Gerd Altmann/Pixabay 

BRF pretende vender divisão de pet food

Após os números da BRF oscilarem negativamente no quarto trimestre de 2022, a empresa está negociando vendas de R$ 2 bilhões de sua divisão de alimentos para pets (animais de estimação).

A BFR confirmou que contratou o banco Santander para ajudá-los a vender a operação de pet food. O negócio inclui BFR Pet, Mogiana Alimentos, Hercosul Alimentos, Hercosul Soluções em Transportes, Hercosul Distribuição e Hercosul Internacional.

Em comunicado emitido para o mercado, a empresa afirmou que “a transação será realizada por meio de processo competitivo, com o objetivo de obter a proposta que seja mais vantajosa para a Companhia, inclusive o maior preço para os ativos a serem alienados; sendo que esse processo está em estágio inicial, com conversas preliminares com potenciais interessados”.

Segundo as informações da Bloomberg, essa venda do ativo faz parte de uma reestruturação interna da empresa, a fim de preservar o negócio principal enquanto reduz sua alavancagem ao mesmo tempo.

No terceiro trimestre de 2021, a empresa adquiriu alguns negócios por R$ 1,35 bilhão, como estratégia de longo prazo, pensando entre 2020 a 2030. O banco Itaú vê como positivo o potencial de venda.

De acordo com nossos cálculos, se a operação for concluída nos referidos termos, a avaliação de venda do ativo seria de aproximadamente 8 vezes o EV/Ebitda, gerando um prêmio de cerca de 60% sobre o atual EV/Ebitda da BRF”, avaliou o BBA. O banco estima uma faixa de Ebitda em torno de R$ 200 milhões.


BRF pretende vender pet food. (Foto: Reprodução/CRB)


Apesar da venda do ativo ser um dos esforços para a desalavancagem, isso ainda não seria o suficiente para voltar aos ótimos níveis da empresa. A dívida líquida da companhia reduziria para R$ 16,5 bilhões e diminuiria também a estimativa de dívida líquida/Ebitda para o ano em 0,3 vez.

O BBA afirma que, “embora isso não seja suficiente para mudar significativamente a geração de caixa para a empresa, acreditamos que seja mais do que bem-vindo, pois coloca a BFR em uma melhor posição para investir em seu core business [negócio principal] e manter a competitividade no atual cenário macroeconômico difícil para a empresa”.

Já para JPMorgan, o desinvestimento poderá ajudar a companhia a se concentrar nas operações principais. O problema atual de queima de caixa que os analistas preveem não será resolvido, no entanto, dará um certo impulso de curto prazo à empresa. O comprador mais provável e cotado é a Nestlé. No momento, as ações da empresa subiram 3,5%, valendo R$ 6,70.

Foto Destaque: BFR. Reprodução/Gazeta do Povo

Conheça o novo dispositivo que simula beijo à distância

Agora ficou fácil namorar à distância. Tudo graças a um novo equipamento criado por um instituto chinês, que apresenta lábios de silicone para replicar um beijo verdadeiro. Esse dispositivo virou motivo de rebuliços nas redes sociais chinesas por permitir que casais compartilhem contato físico “real” mesmo distantes uns dos outros.

O novo equipamento apresenta sensores de pressão e atuadores, capazes de replicarem um beijo verdadeiro, imitando a pressão dos lábios, os movimentos e até mesmo a temperatura. Além do movimento, é possível transmitir o som que o usuário emite ao beijar.

Para que seja possível enviar um beijo, os indivíduos precisam baixar um aplicativo em seus aparelhos celulares e conectar o equipamento à entrada de carregamento do smartphone. Após emparelhar no aplicativo com seu parceiro, os casais podem realizar uma videochamada e transmitir a réplica de seus beijos uns para os outros.

Essa invenção foi patenteada pelo Instituto Vocacional de Tecnologia Mecatrônica de Changzhou, de acordo com o Global Times. O principal inventor do design é Jiang Zhongli e segundo ele, a patente havia sido pedida em 2019, ficando pronta somente este ano.

Na minha universidade, eu mantinha um relacionamento à distância com minha namorada, então só nos falávamos por telefone. Foi daí que surgiu a inspiração para este dispositivo”, revelou Zhongli.

Um dispositivo semelhante já havia sido lançado em 2016, na Malásia, o “Kissinger”. No entanto, o design era composto por uma almofada de silicone sensível ao toque, ao invés de se assemelhar aos lábios.


Dispositivo “Kissinger”. (Foto: Reprodução/Storm Informática)


Embora o equipamento seja útil para os casais que se relacionam à distância, ele também permitirá que os usuários formem pares anônimos. Se dois estranhos gostarem um do outro, eles poderão pedir para trocar beijos na função “quadrado do beijo” do aplicativo. Os beijos também podem ser “baixados” para que outros usuários experimentem.

Enquanto alguns chineses acharam a invenção engraçada, outros a consideraram vulgar e assustadora. Na plataforma Weibo, semelhante ao Twitter, usuários chineses subiram diversas hashtags (#) sobre o equipamento, o que acarretou em milhões de visualizações na semana passada. “Não entendo (o dispositivo), mas estou totalmente chocado”, afirmou um usuário neste comentário.

Outro usuário relatou experiências positivas com o equipamento. “Minha parceira não acreditava que o beijo (remoto) pudesse ser alcançado no início, então seu queixo caiu quando ela o usou… Esta é a melhor surpresa que dei a ela durante nosso relacionamento à distância. Obrigado tecnologia”.

O dispositivo custa cerca de US$ 41 (R$ 225) e está sendo avaliado por diversos usuários no principal site de compras online da China, o Taobao.

Foto Destaque: dispositivo chinês que simula beijos. Reprodução/CNN

Reconstrução da Ucrânia pode chegar a US$ 1 trilhão

Após um ano de guerra na Ucrânia, tanto a economia quanto a infraestrutura do país estão destruídas. Segundo o Banco Mundial, em 2022 o PIB (Produto Interno Bruto) ucraniano encolheu 35%, e deve piorar neste ano.

Também, estima-se que a parcela da população abaixo da linha da pobreza aumentou cerca de 60%. No entanto, de acordo com o Banco Nacional da Ucrânia (BNU), a inflação deu sinais de melhora.

Essa semana, Kristalina Georgieva, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy e com o governador do BNU, Andriy Pyshnyy. Em um comunicado, ela afirmou ter presenciado uma economia que resiste, apesar de todos os desafios.

As lojas estão abertas, os serviços estão sendo prestados e as pessoas vão trabalhar. Este é um testemunho notável do espírito do povo ucraniano. Apesar dos ataques a infraestruturas críticas, a economia está a ajustar-se e espera-se uma recuperação econômica gradual ao longo deste ano. A comunidade internacional continuará a ter um papel vital no apoio à Ucrânia, inclusive para ajudar a atender às grandes necessidades de financiamento em 2023 e além”, afirmou Georgieva no comunicado emitido na última terça-feira (21).

Ela ainda destacou o compromisso do FMI em colaborar com a Ucrânia e elogiou a estratégia de recuperação do país. Em 2022 o Fundo ofereceu um empréstimo de emergência no valor de US$ 2,7 bilhões e está trabalhando para ampliar os recursos.


Infraestrutura da Ucrânia destruída. (Foto: Reprodução/Forbes)


Janet Yellen, secretária do Tesouro dos Estados Unidos, pediu ao Fundo em uma reunião do G20, para que melhore o programa de empréstimos, com Washington preparando uma ajuda de US$ 10 bilhões para ser enviada nas próximas semanas. Até o momento, os Estados Unidos já colaboraram com quase US$ 77 bilhões em ajuda militar, econômica e humanitária.

O conflito já completa um ano e não há sinais de encerramento. Além disso, as tropas russas cada vez mais têm destruído a infraestrutura da Ucrânia. O presidente Zelenskyy estima que a reconstrução ficará em torno de US$ 1 trilhão.

De acordo com o relatório do Instituto Kiel da Alemanha, “desde o início da guerra da Rússia contra a Ucrânia, pelo menos 64 grandes e médias empresas, 84,3 mil unidades de máquinas agrícolas, 44 centros sociais, quase 3 mil lojas, 593 farmácias, quase 195 mil carros particulares, 14,4 mil transportes públicos, 330 hospitais, 595 edifícios administrativos da administração estadual e local foram danificados, destruídos ou apreendidos. Quando esta guerra acabar, a escala do esforço de reconstrução e recuperação provavelmente eclipsará qualquer coisa que a Europa tenha visto desde a Segunda Guerra Mundial”.


Infraestrutura da Ucrânia destruída. (Foto: Reprodução/Rede Sagrada)


Durante uma entrevista em Bruxelas, a vice-primeira-ministra Yulia Svyrydenko afirmou que a reconstrução deve começar ainda em 2023, mesmo com o país sob ataque. Embora a guerra continue, Daniela Schwarzer, diretora executiva da Open Society, acredita que a reconstrução nesse momento é essencial.

Os ucranianos afirmam muito claramente que a reconstrução deve começar em algumas partes do país mesmo antes do fim da guerra. A destruição da infraestrutura, que realmente acontece todos os dias, precisa ser tratada, caso contrário as pessoas não conseguirão viver e a economia vai levar muito mais tempo para se recuperar”, explicou Schwarzer. Ela ainda destacou a importância de trazer novamente investimentos privados no país.

Foto Destaque: destruição na Ucrânia. Reprodução/Sergii Kharchenko/BBC

Novo dispositivo permite envio de mensagens por satélite

A Bullit, fabricante britânica de telefones, anunciou recentemente um produto que permitirá o envio de mensagens através de satélites, resolvendo os problemas causados por falta de sinal em lugares remotos, por exemplo, como estradas, praias e ilhas.

O Defy Sattelite Link, equipamento fabricado sob a marca Motorola, oferecerá uma atualização instantânea capaz de enviar e receber mensagens por meio de satélites. Desse modo, o link via satélite se conectará a um aparelho celular via Bluetooth e usará um aplicativo para que as mensagens sejam enviadas e recebidas.  Para isso, será necessário baixar o aplicativo Bullitt Satellite Messenger.

O novo dispositivo, que possui o tamanho de um cartão de crédito e estrutura semelhante ao de um chaveiro, estará disponível tanto para Android quanto para iPhone e será lançado no Reino Unido em abril, com um valor de cerca de R$ 615. O recurso será útil quando o smartphone não apresentar sinal.

A empresa também oferece uma outra opção de pacote, no valor de R$ 926, que inclui o aparelho e um serviço com 30 mensagens por mês, além de assistência SOS durante um ano. Esse serviço de ajuda trata-se de um botão na lateral do equipamento que pode enviar alertas SOS com localização, sem estar necessariamente conectado a um aparelho celular.


Defy Sattelite. (Foto: Reprodução/CHIP)


Ao The Guardian, o cofundador da Bullit, Dave Floyd afirmou que “o link Defy Sattelite da Motorola, combinado com o serviço Bullit Sattelite Messenger, traz mensagens via satélite acessíveis e econômicas para o smartphone atual de todos. Esta é a definição de democratização das comunicações por satélite”.

Além de anunciar o novo dispositivo, a Motorola também divulgou seu próprio smartphone com comunicação via satélite, o Defy 2, o qual apresenta estrutura resistente a mergulhos e choques físicos. Ainda não há informações de quando os produtos serão comercializados no Brasil.

Os smartphones via satélite estão disponíveis no mercado desde 1990, no entanto, apresentam custos elevados, tanto para adquirir quanto para utilizá-lo. Com os avanços das tecnologias de rádio, agora será permitido uma integração de funções básicas de satélite aos celulares tradicionais.

Por exemplo, o iPhone 14, fabricado pela Apple, já envia mensagens de alerta por meio de satélite. Também, a Qualcomm, fabricante de chips, já anunciou que um serviço semelhante estará disponível em 2023 para o Android.

Foto Destaque: novos dispositivos da Motorola. Reprodução/TechBit

TikTok acusa União Europeia após o aplicativo ser proibido para funcionários

Na última quinta-feira (23), todos os funcionários que atuam na Comissão Europeia receberam ordens para que excluíssem o TikTok. A proibição com as instruções foi enviada via e-mail, com o objetivo de evitar vazamento de dados confidenciais e aumentar a segurança cibernética do bloco.  Além disso, a equipe também foi obrigada a excluir o aplicativo em aparelhos celulares pessoais que tenham acesso a serviços corporativos.

Essa proibição aconteceu depois do aplicativo confessar que os dados de usuários podem ser acessados na sede do TikTok, localizada na China. Além da União Europeia, órgãos governamentais dos Estados Unidos também já baniram o uso do aplicativo em celulares oficiais.

O TikTok, por sua vez, acusou a União Europeia na última sexta-feira (24) de não comunicá-lo sobre a decisão do banimento. Segundo a rede social, eles não foram contatados por nenhuma das instituições antes das deliberações acerca da proibição.


TikTok acusa União Europeia de não comunicá-lo sobre o banimento da rede social no bloco. (Foto: Reprodução/Forbes)


Para a Reuters, a diretora de políticas públicas e relações governamentais do TikTok, Caroline Greer, afirmou que “estamos realmente operando sob uma nuvem. E há falta de transparência e há falta do devido processo. Francamente, seria de se esperar, você sabe, algum tipo de envolvimento neste assunto”.

Já a Comissão Europeia relatou que os executivos da União Europeia não precisam dar razões para as decisões tomadas no bloco. Em uma coletiva de imprensa, Thierry Breton afirmou que “suspender o uso do TikTok é uma decisão puramente interna por razões de segurança digital para proteger os dados e a equipe da Secretaria-Geral do Conselho (GSC). Como o GSC não tem relação contratual com o TikTok, não há obrigação de consultá-los ou informá-los”.

Caroline Greer destacou que o presidente-executivo do TikTok se encontrou com Breton em janeiro, e aparentava estar confuso e preocupado. “Ele sempre esteve muito disponível, sabe, respondendo à Comissão… Entramos em contato para uma reunião em qualquer formato que eles gostariam que acontecesse”, complementou. Outras instituições do bloco europeu farão suas próprias pesquisas antes de tomar qualquer decisão acerca do aplicativo.

Foto Destaque: TikTok. Reprodução/Veja 

Uísque naufragado pode ser leiloado por bilhões de reais

O “scotch naufragado”, termo utilizado para referir-se ao líquido envelhecido no fundo do mar depois de um naufrágio, está dando o que falar entre os adoradores de uísque. E tudo começa em 1854, quando o The Westmoreland, um navio a vapor, naufraga nas águas do lago Michigan.

Além da tripulação, composta por 17 pessoas, ter falecido, o conteúdo do navio também se perdeu: 280 barris de uísque. Essa carga valiosa foi esquecida, até que em 2010, o mergulhador Ross Richardson encontrou os destroços da embarcação. O The Westmoreland foi descoberto a 60 metros pés abaixo da superfície de Platte Bay, no Michigan.

De acordo com o mergulhador e sua equipe, as águas geladas e calmas da região foram ideais para que a embarcação permanecesse preservada. Inclusive eles estimam que se trata de um dos destroços do século XIX mais bem preservados que já foram encontrados até então.


The Westmoreland naufragado (Foto: Reprodução/Chris Roxburgh/UOL)


Ainda não há confirmações de quanto do líquido sobrou, nem sua qualidade, uma vez que a bebida foi repousada na madeira, e não no vidro. No entanto, independente destas condições, o preço do que ainda resta pode ser bem elevado. Uma garrafa de uísque resgatada na Escócia, por exemplo, foi leiloada em 2021 por quase R$ 81 mil.

Considerando a melhor hipótese, o estoque do The Westmoreland pode conter ainda 56 mil garrafas de uísque. Se por acaso elas fossem avaliadas da mesma forma que o caso escocês, isso equivaleria a mais de R$ 4,5 bilhões. No entanto, não são apenas colecionadores que desejam experimentar a bebida.

O mergulhador Richardson afirmou recentemente, ao jornal britânico “The Mirror”, que uma destilaria regional deseja salvar a bebida para fins científicos. Segundo ele, “a composição genética do milho era muito diferente em 1854 e pode ter tido um sabor diferente do milho de hoje”. A candidata mais provável para essa pesquisa seria a Traverse City Whiskey Co., uma das maiores destilarias artesanais de Michigan.

Embora muitos queiram colocar as mãos no líquido precioso encontrado, isso ainda não será possível devido à burocracia para se retirar quaisquer artefatos dos Grandes Lagos. É necessário ter licenças para isto, e obter autorização pode ser um processo complicado e demorado.

 

Foto Destaque: Uísque – Reprodução/Steve Buissinne/Pixabay

Suprema Corte dos Estados Unidos analisa responsabilidades das redes sociais

A Suprema Corte dos Estados Unidos está analisando se as redes sociais devem ser responsabilizadas pelos conteúdos criminosos que usuários publicam. Atualmente, as empresas são protegidas pela Seção 230, a qual isenta as plataformas de qualquer responsabilidade sobre o que terceiros postam. O processo analisa casos envolvendo o Twitter e o Google e as decisões devem ser divulgadas em julho.

A Seção 230 foi aprovada nos Estados Unidos em 1996, e faz parte da Lei de Decência nas Comunicações. No documento, as redes sociais não podem ser tratadas como “porta-vozes” do que é publicado pelos usuários. Além disso, a Seção protege legalmente as plataformas de qualquer conteúdo que desrespeite as leis federais. 

Vale destacar que a Seção foi aprovada quando as redes sociais ainda não existiam e vem sendo questionada nos últimos anos por possibilitar os discursos de ódio na internet. Diversas leis já foram propostas para que a Seção fosse reformada, inclusive os donos das empresas afirmam ter sugestões para isso, mas até o momento, nenhuma foi votada.

Os casos analisados pela Suprema Corte envolvem o Twitter e o Google. O processo “Twitter v. Taamneh” foi aberto por parentes de Nawaras Alassaf, um jordaniano que foi morto em 1º de janeiro em um massacre em uma boate em Istambul. A família acusa o Twitter de incitar o Estado Islâmico, o qual assumiu responsabilidade pelo ataque. Segundo os parentes, o Twitter não fiscaliza os conteúdos que são publicados na rede. Em documentos judiciais, o Twitter respondeu que encerrou quase 2 milhões de contas por violarem as regras ou incitarem atos terroristas.


Casos analisados pela Suprema Corte envolvem o Twitter e o Google (Foto: Reprodução/Search Engine Land)


Já o caso “Gonzalez vs. Google” foi aberto por Reynaldo Gonzalez, o qual alega que o Google foi um dos responsáveis pela morte de sua filha em um ataque terrorista promovido pelo Estado Islâmico em Paris, em novembro de 2015. Segundo ele, o Google promove vídeos do grupo terrorista no YouTube.

Em março de 2021, os presidentes das principais redes sociais testemunharam por escrito na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos. Na época, o presidente-executivo do Google, Sundar Pichai, afirmou que “a regulação tem um papel importante para assegurar que iremos proteger o que é ótimo na web aberta, enquanto abordamos perigos e melhoramos a responsabilização. Nós, no entanto, nos preocupamos com muitas propostas recentes para mudar a Seção 230 – incluindo revogá-la por completo – não iria servir esse objetivo. Sem a Seção 230, as plataformas filtrariam excessivamente o conteúdo ou não seriam capazes de filtrar o conteúdo de forma alguma”.

Já o presidente-executivo do Twitter, Jack Dorsey, declarou que “enterrar a Seção 230 resultará em uma eliminação maior do discurso online e imporá graves limitações à nossa capacidade coletiva de abordar o conteúdo nocivo e proteger as pessoas online”. O cofundador da rede social deixou o cargo em 2022, quando Elon Musk comprou o Twitter.

 

Foto Destaque: Suprema Corte dos Estados Unidos – Reprodução/Will Dunham/Agência Brasil

Nosso Camarote terá 80 horas de festa neste ano

A empresa de eventos Nosso Camarote, o maior camarote em relação à tamanho, investiu R$ 25 milhões para levar festa à Sapucaí, no Rio de Janeiro. Ao todo, o espaço conta com 1.030 metros quadrados, com vista para a avenida, ou seja, 200 metros quadrados a mais do que o anterior.

A empresária Carol Sampaio promete novidades no espaço VIP do evento, além de que o número de patrocinadores aumentou, totalizando 22 agora, dentre eles, Bradesco, Absolut, Coca Cola e Samsung.

A festa, que teve início na quarta-feira (15), também contará com 80 horas de duração, diferentemente das edições passadas, terminando somente no sábado (25), quando ocorre o desfile das campeãs. Dentre as atrações, o evento contará com shows de Pedro Sampaio, Anitta, Ludmila e Thiaguinho.

O objetivo principal da festa, segundo a fundadora, é que todos se sintam bem recebidos e curtam um Carnaval diferente. De acordo com ela, “essa continua sendo nossa grande meta: produzir um evento que gostaríamos de ir, reunir pessoas que gostaríamos de estar, conectar marcas que gostaríamos de trabalhar e proporcionar experiências que gostaríamos de viver”.

Gabriel David, sócio do Nosso Camarote, complementou afirmando que “sempre prezamos por esse espírito de inclusão e com um certo toque de exclusividade, já que se trata de uma festa de amigos para amigos. Até por isso, escolhemos esse nome tão emblemático para nosso espaço”.


Nosso Camarote (Foto: Reprodução/Instagram)


A maioria dos ingressos esgotaram rapidamente e os que sobraram, custam cerca de R$ 8 mil por pessoa. Antes do início do Carnaval, o passaporte, ingresso que dá direito à entrada todos os dias, custava quase R$ 16 mil.

Apesar dos valores serem elevados, há quem não abra mão de curtir o Carnaval com luxo e conforto. A Forbes fez um levantamento dos 5 camarotes mais caros de 2023, e o Nosso Camarote, está entre eles.

O Camarote Nº1, localizado no setor 2 da Marquês de Sapucaí, conta com open-food e open-bar. Há ainda choperia exclusiva, serviço de garçom e vista para a avenida, com ingressos de até R$ 8 mil por dia junto com hospedagem.

Já o passaporte para o Camarote Salvador pode chegar a quase R$ 14 mil, com hambúrgueres, acarajés, massas e doces na área gastronômica e serviços de spa e salão de beleza. Alok, Leo Santana e Jorge e Mateus são algumas das atrações do evento este ano.

Foto Destaque: Nosso Camarote. Reprodução/Festas Errejota

G20: dívida de países em desenvolvimento será pauta das discussões

Nesta semana, iniciam-se as reuniões do Grupo dos 20 (G20), na Índia. Os ministros e os chefes dos bancos centrais dos países que compõem o G20 se encontrarão nos dias 22, 23, 24 e 25 de fevereiro a fim de discutirem os problemas causados por dívidas de países em desenvolvimento devido à pandemia e à guerra na Ucrânia.

Os principais tópicos discutidos serão as situações dos países altamente endividados e a perspectiva para a economia mundial, de acordo com o ministro das Finanças, Christian Lindner.  Á Reuters, o ministro afirmou que “a China, em particular, desempenha um papel importante aqui”.  A China é um dos principais países credores e vem sendo pressionada a fazer concessões.

Lindner afirmou que os países em desenvolvimento que possuem altas dívidas devem manter o acesso aos mercados financeiros internacionais para que, desse modo, possam continuar importando energia e alimentos diante o cenário atual de pós-pandemia e guerra.


Ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner. (Foto: Reprodução/Andreas Gebert/Forbes)


A Índia, a fim de colaborar com países endividados, elaborou uma proposta pedindo aos credores que reduzam os empréstimos. Também, o país apoia que o Quadro Comum (CF) inclua mais países de renda média. O Quadro Comum (CF) surgiu em 2020 e tem como objetivo ajudar os países pobres a atrasar o pagamento das dívidas.

No entanto, Lindner explica que, antes de expandir para países de renda média, a estrutura deve ser testada primeiro em países mais pobres. “Não podemos dar o terceiro passo sem dar o segundo”, argumenta o ministro. Porém, Lindner acrescentou que vê muito potencial no Quadro Comum (CF) e agora, todas as partes interessadas devem se reunir e discutir em conjunto qual instrumento deve ser escolhido.

O ministro ainda elogiou a união entre as nações ocidentais que apoiam e apoiaram a Ucrânia, tanto em questões financeiras quanto militares. “Essa unidade surpreendeu o Kremlin em particular. E precisamos manter essa clareza”. Além disso, Lindner afirmou que nenhum país pode evitar suas responsabilidades.

Foto Destaque: G20. Reprodução/Agência Brasil