Sobre Breno Campos

Redator do lorena.r7

Max Verstappen revela apoio especial a Gabriel Bortoleto

O piloto da Escuderia Red Bull, Max Verstappen, confirmou que recomendou Gabriel Bortoleto à equipe antes mesmo da estreia do brasileiro na Fórmula 1. A declaração foi feita durante participação no podcast “Pelas Pistas” e reforça a relação crescente entre os dois pilotos.

Segundo o tetracampeão mundial, o aviso à equipe não foi apenas técnico, mas baseado na convivência e na percepção pessoal sobre o potencial do jovem. “Fiquem de olho no Gabi”, teria dito o holandês aos dirigentes da equipe austríaca.

Conexão iniciada no simulador

A aproximação entre Verstappen e Bortoleto começou em sessões de simulador, prática comum entre pilotos da nova geração. O campeão afirmou que acompanha o brasileiro há alguns anos e destacou sua postura madura, calma e dedicada, características que, segundo ele, justificam o interesse da Red Bull.

Além das conversas frequentes, Verstappen já auxiliou diretamente o brasileiro em pista. Em uma classificação na Áustria, por exemplo, o holandês deu vácuo para Bortoleto melhorar seu tempo, gesto incomum em uma sessão oficial.

Pressão sobre Bortoleto e apoio de Verstappen

A estreia de Bortoleto na Fórmula 1 tem sido marcada por pressão. O brasileiro lida com cobranças internas e críticas públicas, incluindo comentários de Helmut Marko, consultor da Red Bull. Apesar disso, o piloto mantém postura positiva e tem encontrado respaldo em Verstappen.


Max com bandeira do Brasil, país de Bortoletto (Foto: reprodução/X/@verstappencom)


O holandês afirmou que vê potencial para que Bortoleto dispute pódios em três ou quatro anos, desde que siga evoluindo e receba as oportunidades adequadas. Questionado sobre a possibilidade de dividirem a mesma equipe futuramente, Verstappen disse que isso seria “positivo para os dois”, caso a Red Bull esteja competitiva no período.

Expectativa para os próximos anos

O apoio explícito de Verstappen coloca Bortoleto em uma posição de destaque dentro do paddock. Embora não haja, no momento, qualquer negociação oficial para integrar o brasileiro ao time principal da Red Bull, o interesse do campeão reacende a discussão sobre o futuro da equipe após 2028, quando termina o contrato do holandês.

A relação entre Max e Bortoleto, combinada ao reconhecimento público do talento do jovem, reforça a projeção de que o brasileiro pode ganhar espaço gradual na Fórmula 1, e, possivelmente, contar com um dos maiores pilotos da atualidade como aliado nesse processo.

Bruno Henrique respira aliviado após decisão do STJD, mas não sai ileso

Nesta quinta-feira (13), Bruno Henrique foi a júri por suspeita de manipulação esportiva. O julgamento acontece quase um anos após denúncia e tem decisão favorável ao atacante do  Flamengo : o Superior Tribunal de Justiça Desportiva liberou o jogador da suspensão,  permitindo que ele siga em campo, mas aplicou uma multa de R$ 100 mil.

A denúncia que nunca o deixou confortável

A acusação de que Bruno Henrique teria avisado ao irmão sobre a possibilidade de receber um cartão amarelo em 2023 sempre levantou questionamentos sobre quando o caso seria julgado. Embora não houvesse provas de manipulação nem indícios de envolvimento com esquemas de apostas, o jogador enfrentou cerca de um ano de incertezas e pressão.

No tribunal, o clima foi de apreensão. Bruno Henrique acompanhou toda a sessão com expressão séria, enquanto sua conduta em campo era analisada detalhadamente pelos auditores.

O placar de 5 a 3 pela não suspensão encerrou a longa espera e deu uma resposta ao público após uma tramitação considerada lenta por parte dos torcedores e especialistas. A multa aplicada, porém, reforçou o entendimento do STJD sobre a necessidade de responsabilidade profissional e evidenciou como atitudes pontuais podem gerar repercussões significativas no futebol atual.


 Bruno Henrique durantre julgamento ( Foto: reprodução/x/@flazoeiro_)


Impacto no elenco e no Flamengo

Para o Flamengo, a liberação traz alívio imediato, afastando o risco de perder o jogador em momentos decisivos da temporada. Bruno Henrique permanece à disposição da comissão técnica, mas o episódio expôs um desgaste evidente. Nos bastidores, a preocupação entre dirigentes, funcionários e companheiros de equipe era real, diante da possibilidade de desfalque em um período crucial.

Do lado do atleta, o impacto emocional também é levado em consideração. Lidar com um processo que ultrapassa as quatro linhas e envolve debates éticos e disciplinares não é simples para nenhum jogador. O caso deixa ao Flamengo um alerta claro: em um futebol cada vez mais monitorado, qualquer deslize, mesmo sem intenção de causar dano, pode rapidamente se transformar em manchete e gerar repercussões amplas.

Flamengo no limite: Filipe Luís enfrenta o maior desafio desde que assumiu o comando

O Flamengo chega ao confronto contra o Sport com uma pulga atrás da orelha em um jogo que se tornou decisivo. Com 11 desfalques, o técnico Filipe Luís precisa transformar um elenco desfalcado de suas principais peças em um time competitivo, tarefa que vai muito além da prancheta e das estratégias de campo.

O que seria apenas mais uma rodada do calendário ganhou contornos de teste de fogo para o treinador. Entre convocações, lesões e dúvidas de última hora, o Flamengo precisa mostrar que ainda é capaz de vencer mesmo quando sua força máxima não está disponível.

Um quadro sem tinta

Entre os desfalques, estão nomes que sustentam o meio e o ataque, como Arrascaeta, Carrascal e Pedro, cada um por seu motivo. Outros, como Allan e Léo Ortiz, seguem sob cuidados médicos. E ainda há a incerteza em torno de Bruno Henrique, que pode ser suspenso pelo STJD.


Imagem de João Victor, jogador que pode ser titular no sábado (Foto: reprodução/x/@arrwsczeta)


No total, sete jogadores estão com suas seleções, fora os que estão fora por lesão, como o próprio Pedro, escancarando o impacto do calendário sobre os clubes brasileiros, um velho dilema que não só o Flamengo, mas todos os times brasileiros conhecem bem.

Criatividade forçada

Com tantas baixas, Filipe Luís terá de recorrer ao improviso. Nos treinos, o ex-lateral tem testado formações que foram pouco usadas até o momento por ele, para tentar aliviar a pressão que pode sentir sem suas principais peças. A ideia é manter a bola no pé e explorar a velocidade dos pontas, especialmente Luiz Araújo e Cebolinha, que devem ganhar protagonismo, com tantos desfalques.

A ausência de um armador clássico pode levar De la Cruz a atuar mais adiantado, função que ele exercia enquanto jogador do River Plate, enquanto Pulgar deve assumir a função de primeiro volante com liberdade para sair jogando. No ataque, Wallace Yan, jovem da base, desponta como aposta ousada caso Bruno Henrique não possa jogar; julgamento dele ocorre hoje.

Respiro durante o desespero

Apesar do cenário difícil, o jogo também se apresenta como uma chance para quem busca espaço. Filipe Luís tem apostado em jovens como Evertton Araújo, Cleiton e João Victor, e a partida contra o Sport pode consolidar novos nomes no elenco principal, jovens esses que durante a temporada têm mais dificuldade de encontrar seus espaços.

Mais do que improvisar, o técnico precisará pôr a cabeça para funcionar, vendo que é uma situação alarmante pelo momento da temporada, e isso pode revelar um Flamengo menos estrelado e mais coletivo.

Desde que assumiu o cargo, Filipe Luís tem mostrado serenidade diante da pressão. Agora, terá de provar que também é estrategista. A leitura tática e a capacidade de motivar um grupo esvaziado serão determinantes para manter o time competitivo.

Warren Buffett acelera doações e redefine o próprio legado

Aos 95 anos, Warren Buffett começa a colocar em prática um dos capítulos mais pessoais e simbólicos de sua trajetória: distribuir, em vida, a fortuna que levou mais de oito décadas para construir. O “Oráculo de Omaha”, como é conhecido no mundo financeiro, anunciou que pretende acelerar as doações de sua riqueza, estimada em cerca de US$ 149 bilhões, e destinar valores maiores às fundações de seus três filhos.

Um gesto planejado, não improvisado

Buffett nunca escondeu que não pretendia deixar sua fortuna integralmente como herança. Desde os anos 2000, ele repete a frase que se tornou sua filosofia familiar: “Deixe para seus filhos dinheiro suficiente para que possam fazer qualquer coisa, mas não tanto a ponto de não precisarem fazer nada.”

Agora, esse princípio ganha forma prática. As fundações criadas por seus filhos, a Sherwood Foundation, de Susan; a Howard G. Buffett Foundation, de Howard; e a NoVo Foundation, de Peter, passam a ser o canal preferencial das novas doações. O investidor quer garantir que seus herdeiros tenham tempo e autonomia para conduzir os recursos conforme seus próprios valores.

A filantropia como sucessão

O movimento de Buffett vai muito além da caridade: é também uma forma de planejamento sucessório ético. Em vez de transferir apenas riqueza, ele transfere responsabilidade.


Acionista Warren Buffet em recente aparição (Foto: reprodução/x/@smtgpt)


Enquanto muitos bilionários se preocupam em proteger patrimônio, Buffett parece mais interessado em libertá-lo. “Ele entende que o capital deve circular, e que o verdadeiro legado está na utilidade que o dinheiro tem, não no tamanho da conta”, comenta a economista e especialista em governança corporativa Marisa Oliveira.

Berkshire Hathaway em transição

A decisão de acelerar as doações coincide com o início de uma nova fase na Berkshire Hathaway, conglomerado que Buffett transformou em uma das empresas mais poderosas do planeta. O investidor vem gradualmente se afastando da rotina executiva, preparando Greg Abel para assumir o comando definitivo.

Essa movimentação, segundo analistas, reforça a transição geracional não só na empresa, mas também na filosofia de vida do bilionário. “Buffett sempre foi um símbolo do capitalismo racional e paciente. Agora, ele se torna símbolo de uma filantropia planejada, igualmente racional, mas voltada para o impacto social”, avalia o economista e consultor financeiro André Barreto.

De acumulador a doador

Buffett já doou mais de US$ 50 bilhões ao longo das últimas décadas, principalmente à Fundação Bill & Melinda Gates. No entanto, ao priorizar agora as instituições ligadas aos filhos, ele dá um passo mais pessoal, uma espécie de reconciliação entre o império financeiro que construiu e a herança familiar que deseja deixar.

O investidor parece consciente de que cada cheque assinado é também um símbolo de tempo. Ao acelerar as doações, ele não apenas move recursos, ele move o relógio da própria história.

O futuro do legado Buffett

A nova etapa de doações deve redesenhar o mapa da filantropia americana nas próximas décadas. As três fundações familiares têm focos diferentes, educação, combate à pobreza e desenvolvimento sustentável, e devem ganhar escala com os novos aportes.

Mas o que mais chama atenção é o tom sereno e calculado de Buffett. Ele não age por impulso, nem por vaidade tardia. Age por coerência: cumpre, até o fim, a lógica que sempre o guiou — a de que o valor real das coisas está no longo prazo.

Mais que dinheiro um exemplo

Ao acelerar as doações, Buffett oferece algo que vai além de cifras: um roteiro de como usar poder econômico com propósito. Sua atitude desafia o imaginário do “bilionário intocável” e reforça a ideia de que o sucesso financeiro pode, e deve, ser devolvido à sociedade.

No fim, talvez seja isso que Buffett sempre quis provar: que o maior investimento de uma vida é aquele que continua rendendo frutos depois que o lucro deixa de importar.

Redução de tarifas do café nos EUA reacende disputa global e abre nova janela para o Brasil

O aroma do café brasileiro pode ganhar mais espaço nas xícaras norte-americanas. Em uma declaração que mistura pragmatismo econômico e sinal político, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a intenção de reduzir as tarifas sobre as importações de café. A medida, ainda em fase inicial, pode reposicionar o Brasil, maior exportador mundial do grão, no centro de uma disputa global por mercado e influência comercial.

Café e geopolítica 

O anúncio chega em um momento de tensão comercial entre Washington e diversos parceiros, após meses de políticas protecionistas que elevaram o preço de produtos básicos no varejo americano. O café, símbolo cultural e energético da rotina nos EUA, não escapou da escalada tarifária.

Para Trump, reduzir as tarifas é uma forma de responder à pressão doméstica causada pela alta de preços, que, segundo associações locais, já ultrapassou 20% em um ano. Mas por trás do discurso sobre “ajudar o consumidor americano” há também uma estratégia diplomática: reaproximar os EUA de grandes exportadores latino-americanos, especialmente o Brasil e a Colômbia.

Brasil na vantagem, mas com cautela

O Brasil desponta como o principal beneficiado potencial. Responsável por quase um terço de todo o café importado pelos EUA, o país pode ampliar sua presença em um dos mercados mais lucrativos do mundo. Especialistas, porém, pedem cautela: o anúncio ainda carece de detalhes técnicos e não há garantias de que o Brasil será diretamente contemplado nas reduções.

“Se o corte tarifário for amplo, o Brasil tem tudo para consolidar sua liderança. Mas, se for seletivo, pode acabar privilegiando outros parceiros estratégicos dos EUA”, explica o economista e analista de comércio exterior Rafael Santoro.


 Donald Trump bebendo café (Foto:reprodução/x/@blogdonoblat)


Oportunidade para reposicionar o produto brasileiro

Além do impacto econômico, a medida abre uma oportunidade de fortalecimento de imagem. O café brasileiro, cada vez mais associado a práticas sustentáveis e à produção de alta qualidade, pode usar a redução tarifária para reforçar sua presença no segmento premium do mercado americano, um público disposto a pagar mais por rastreabilidade e sabor.

Empresas exportadoras já avaliam o movimento como positivo. “Se as tarifas caírem, a diferença de preço no varejo tende a diminuir, o que aumenta nossa competitividade e o consumo nos EUA”, comenta uma fonte do setor cafeeiro.

Um mercado que continua em ebulição

Mesmo com a promessa de alívio, o mercado global de café segue pressionado. Questões climáticas no Brasil e em outros produtores, oscilação cambial e custos logísticos ainda podem limitar o impacto real da decisão americana.

Além disso, o gesto de Trump ocorre em um cenário de aproximação comercial entre Brasil e China, o que adiciona um ingrediente político à mistura. Washington parece sinalizar que ainda quer manter laços com o agronegócio brasileiro, peça estratégica na balança global de commodities.

No fim das contas, a decisão de reduzir tarifas sobre o café não é apenas econômica. É também simbólica: mostra que o comércio internacional segue sendo um campo de disputa de narrativas e interesses. Para o Brasil, o desafio é transformar esse possível corte em um salto de competitividade, e não apenas em mais um capítulo de boas intenções diplomáticas.

STJD adia decisão sobre Bruno Henrique e aumenta tensão no Flamengo

O caso envolvendo o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira (10). O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu adiar a definição da pena do jogador, acusado de irregularidades em um jogo do Brasileirão de 2023, após o relator do processo votar por uma punição mais leve.

Enquanto o tribunal se prepara para retomar a sessão nesta quinta-feira (13), o camisa 27 segue à disposição do técnico Tite, mas com o futuro em campo ainda cercado de incertezas.

Voto favorável do relator

O relator do caso, Sérgio Furtado Filho, acatou parte dos argumentos da defesa, que nega qualquer tentativa de manipular resultado ou beneficiar apostas esportivas. O magistrado propôs enquadrar o episódio apenas no artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de descumprimento de regulamentos, e não nos artigos 243 e 243-A, que são mais graves e falam sobre influência direta em resultados.

Essa leitura dá novo fôlego ao jogador e ao clube, já que as penalidades previstas no artigo 191 se limitam a multas, sem suspensão longa de partidas.

Julgamento adiado e clima de incerteza

O julgamento, que estava em andamento, foi interrompido após pedido de vista de um dos auditores, o que adiou a decisão final para a próxima sessão. A interrupção mantém um clima de apreensão entre torcedores e dirigentes rubro-negros, especialmente com a reta final da temporada e o time ainda brigando na parte de cima da tabela.

Até lá, o atacante segue podendo atuar normalmente por conta do efeito suspensivo concedido anteriormente.

Caso levanta debate sobre apostas no futebol

O episódio que levou Bruno Henrique ao STJD começou em 2023, quando uma investigação levantou suspeitas de que o jogador teria avisado um familiar sobre a possibilidade de receber um cartão amarelo, informação que poderia ser usada em apostas esportivas.


Bruno Henrique com mascote do flamengo pós-gol (Foto:reprodução/X/@flamengo)


Apesar de o caso nunca ter sido comprovado como manipulação, a denúncia reacendeu discussões sobre o envolvimento de atletas e o impacto das casas de apostas no futebol brasileiro.

Flamengo mantém discurso de confiança

Nos bastidores, o clima no Flamengo é de otimismo cauteloso. A diretoria entende que o voto do relator indica uma tendência de redução da punição e reforça a tese da defesa, de que o episódio não passou de um mal-entendido.

“Estamos confiantes em um desfecho justo. O Bruno sempre agiu de boa-fé”, afirmou um dirigente do clube, sob condição de anonimato.

O que esperar da próxima sessão

O novo julgamento está marcado para quinta-feira, às 15h, e será decisivo para definir o desfecho de um caso que já dura mais de um ano. Se o voto do relator for acompanhado pela maioria dos auditores, Bruno Henrique deve receber apenas uma multa e estará liberado de vez para seguir em campo.

Mas, se houver divergências e parte do colegiado entender que houve tentativa de manipulação, o atacante pode enfrentar nova suspensão, um cenário que o Flamengo tenta evitar a todo custo.

Geração Endrick e Estêvão: o Brasil ainda fala a língua do futuro

O futebol brasileiro pode até enfrentar crises de gestão, calendário e exportação precoce de talentos. Mas uma coisa permanece inalterada: a capacidade quase genética de produzir craques antes mesmo da maioridade. A nova prova disso está em Endrick e Estêvão, dois garotos que já figuram entre os dez jovens mais valiosos do planeta, segundo levantamento internacional recente.

Mais do que números ou cifras, o feito simboliza o que o Brasil ainda tem de mais poderoso, a fábrica de sonho que insiste em não fechar as portas.


Estêvão e Endrick juntos ainda na base do Palmeiras (Foto: reprodução/Fabio Menotti/Palmeiras/Divulgação)


Do quintal à vitrine global

Endrick, ainda buscando consolidar sua carreira no Real Madrid, representa a versão moderna do atacante brasileiro: potente, técnico e moldado para brilhar sob os holofotes. Aos 18 anos, já carrega o peso simbólico de ser “o novo fenômeno”, um rótulo perigoso, mas inevitável.

Já Estêvão, o “Messinho” do Palmeiras, é a versão refinada do driblador que encanta pela leveza e controle de bola. Sua ascensão é meteórica: de promessa sub-17 a joia cobiçada por gigantes europeus em questão de meses.

Se Endrick carrega explosão, Estêvão traz magia, e juntos, relembram ao mundo que o futebol brasileiro ainda produz encantamento.


Imagem de endrick com a camisa do Real Madrid (Foto: reprodução/x/@rmadashing)


Valiosos não apenas pelo mercado

O valor estimado desses jovens, na casa das dezenas de milhões de euros, é mais do que especulação financeira. É o reflexo de uma mudança na forma como o mercado global vê o talento brasileiro.
Antes, o país era sinônimo de risco: garotos talentosos, mas imprevisíveis. Agora, com centros de formação mais estruturados e modelos de negócio mais claros, os clubes europeus voltam a investir cedo, confiando na maturação acelerada do jogador brasileiro.

Há, no entanto, um ponto sensível: a pressa. Endrick e Estêvão vivem o desafio de conciliar juventude e a busca por protagonismo imediato. São garotos que ainda deveriam estar descobrindo o prazer do jogo, mas já carregam contratos milionários, comparações com lendas e a cobrança de representar o “renascimento” do futebol nacional. A linha entre promessa e produto nunca foi tão tênue.

Uma geração que inspira esperança

O fato de o Brasil ter dois nomes no topo da lista global não é só estatística: é uma mensagem. Depois de anos sem grandes protagonistas nas ligas europeias, pós-Neymar, pós-Coutinho, pós-Marcelo, surge uma nova safra capaz de recuperar o brilho da camisa verde-amarela nos palcos do mundo.

Mais do que craques, Endrick e Estêvão simbolizam esperança: a de que o Brasil pode voltar a ser protagonista não só pelas lembranças do passado, mas pelas promessas do presente.

Quando Endrick marcou seu primeiro gol em Champions, ou quando Estêvão desembarcou na Europa com status de estrela, não foi apenas a consagração de dois meninos — foi a confirmação de que o Brasil ainda é, e talvez sempre será, o país onde o futebol se reinventa.

Filipe Luís mostra liderança e equilíbrio ao defender Plata e manter o Flamengo sob controle

Nem sempre o que define um técnico são os gritos à beira do campo, mas o que ele diz e como diz, nos momentos de tensão. No empate do Flamengo contra o São Paulo, Filipe Luís viveu um desses instantes que testam o verdadeiro tamanho de um líder.

Aos 31 minutos do segundo tempo, o Flamengo vencia por 2 a 1 quando Gonzalo Plata, em disputa acirrada com Sabino, chegou atrasado e acabou expulso após receber o segundo cartão amarelo. O clima esquentou dentro e fora do gramado, e a torcida sentiu o peso do momento.

Enquanto muitos esperavam reações impulsivas ou reclamações com a arbitragem, Filipe Luís surpreendeu. Captado por câmeras, o treinador demonstrou serenidade e foco total na reorganização do time. Segundo leitura labial feita por um especialista, ele orientou rapidamente:

“Bora, bora! Os três!”
— referência às substituições que redesenhariam a equipe para suportar a pressão santista nos minutos finais.

Controle emocional e comando na crise

A reação imediata de Filipe revelou algo que os números e as estatísticas não mostram: controle emocional. Em vez de se perder em gestos de irritação, o técnico transmitiu segurança ao elenco. O banco respondeu, e o Flamengo, mesmo com um a menos, manteve a competitividade até o apito final.


Imagem de Plata após ser expulso em jogo do Flamengo (Foto: reprodução/X/@viniesportes)


Esse tipo de comportamento é valioso em um momento em que o clube vive sob cobrança intensa por resultados e desempenho. Filipe Luís, ainda em início de trajetória como treinador, parece compreender que liderança também se mede pelo exemplo.

Filipe defende Plata e assume a responsabilidade

Após o jogo, o ex-lateral reforçou em palavras o que já havia mostrado em atitude. Em entrevista, saiu em defesa de Plata e minimizou o lance que gerou a expulsão:

“Uma expulsão como a do Plata de hoje foi sem querer. Ele quis ir na bola e acabou pegando o adversário. Eu jamais vou vir aqui botar o dedo e culpar o jogador. Estou aqui para colocar a culpa em mim mesmo.”

A fala reforça um perfil raro no futebol brasileiro recente, o de um técnico disposto a proteger o grupo e assumir as consequências. Ao fazer isso, Filipe ganha respeito interno e reforça a confiança de um elenco que ainda busca consistência.

Liderança em construção

Mais do que o resultado em campo, a postura de Filipe Luís mostra um traço de maturidade. Ele enxerga o futebol como ambiente de aprendizado e equilíbrio, não apenas de vitórias e derrotas. Sua calma diante da turbulência passa uma mensagem: o Flamengo pode ser intenso sem ser impulsivo.

Com o time ainda vivo na briga pelas primeiras posições do Campeonato Brasileiro, o desafio é manter essa mesma serenidade nas próximas rodadas. A forma como Filipe reage aos momentos de crise pode ser o alicerce do que o Flamengo pretende construir dentro e fora de campo.

Mais do que um técnico, um líder em formação

A leitura labial captou mais do que palavras: captou caráter. Filipe Luís mostrou que comando não é apenas desenhar jogadas, mas também entender pessoas. Em um futebol cada vez mais emocional e midiático, essa combinação pode fazer toda a diferença.

Se o Flamengo conseguir espelhar em campo a calma e a convicção de seu técnico, o time não apenas continuará competitivo, poderá se tornar, de fato, um grupo mais unido, maduro e preparado para os grandes desafios.

Banco Central pisa no freio do DREX e desativa o blockchain

O projeto que prometia levar o Brasil à vanguarda das moedas digitais acaba de mudar de estrada. O Banco Central decidiu abandonar a arquitetura de blockchain que sustentava o DREX, o real digital. A decisão marca o fim de uma etapa experimental e o início de uma nova fase, mais técnica, mais cautelosa, e talvez menos glamourosa.

A aposta que virou dúvida

Durante quase quatro anos, o BC apostou que o blockchain, tecnologia que sustenta criptomoedas como o bitcoin, seria a base ideal para o DREX. Mas, nos testes, a realidade se impôs: o modelo escolhido, inspirado no Ethereum e adaptado via Hyperledger Besu, mostrou-se pesado, caro e difícil de escalar para o sistema financeiro nacional.


DREX era um projeto do Banco Central do Brasil (Foto: reprodução/X/@infomoney)


Na prática, o BC descobriu que a promessa de “transparência e descentralização” do blockchain não cabia tão bem em uma instituição que precisa de controle, confidencialidade e estabilidade. O resultado? Um freio de mão puxado antes da curva.

Do hype à responsabilidade

O recuo não significa o fim do projeto, mas um amadurecimento. O DREX nasceu sob o brilho das buzzwords, tokenização, contratos inteligentes, interoperabilidade, mas agora enfrenta a pergunta que define todo produto público: para que serve, de fato?

A nova prioridade do BC é redesenhar o conceito. Em vez de discutir qual blockchain usar, a instituição quer entender como a moeda digital pode melhorar o sistema financeiro, e não apenas replicar processos já existentes em formato digital.

Um passo atrás para avançar melhor

A decisão pode atrasar o cronograma, mas também evitar erros caros. Bancos e fintechs que participavam dos testes terão de adaptar suas soluções, enquanto o mercado observa o movimento com ambiguidade: há quem veja prudência, e quem veja perda de protagonismo.

O Brasil vinha sendo citado como um dos países mais avançados em moedas digitais de banco central (CBDCs). Agora, o DREX entra em revisão enquanto China, União Europeia e até países africanos seguem testando seus próprios modelos.

Lições de um experimento ambicioso

O abandono do blockchain é, acima de tudo, um símbolo. Mostra que o discurso da inovação precisa andar de mãos dadas com a segurança e a viabilidade econômica. Mostra também que o Brasil não quer ser apenas o primeiro a lançar uma moeda digital, mas o primeiro a fazer isso direito.

Ainda assim, a decisão deixa no ar um sinal de alerta: se o BC demorar demais para redesenhar o caminho, pode perder o ritmo da revolução digital financeira, uma corrida onde quem chega cedo demais erra, e quem chega tarde demais é esquecido.

O real digital ainda respira

Sem blockchain, mas com ambição, o DREX segue vivo. O projeto pode renascer com uma base tecnológica mais controlada, talvez híbrida, e mais alinhada à regulação. O desafio agora é transformar o que seria uma revolução técnica em uma evolução real, que simplifique crédito, reduza custos e aumente a inclusão financeira.

No fim, o BC parece ter entendido algo que o mercado leva anos para aprender: inovação não é sobre usar a tecnologia mais nova, e sim sobre resolver o problema certo.

Lula endurece o tom e ameaça novo contato direto com Trump se impasse tarifário continuar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou o tom nas discussões comerciais com os Estados Unidos. Insatisfeito com o ritmo das negociações sobre as tarifas impostas por Washington a produtos brasileiros, Lula afirmou que está disposto a “pegar o telefone novamente” e falar diretamente com Donald Trump se não houver avanço “em breve”.

A declaração foi feita nos bastidores da COP30, conferência climática da ONU sediada em Belém, e revela o desconforto do Planalto com a lentidão das conversas bilaterais. Desde agosto, o governo americano elevou tarifas de importação que afetam setores estratégicos do Brasil, como o agronegócio, o aço e a indústria de transformação.

Conversa com Trump

Segundo fontes próximas ao Palácio do Planalto, Lula espera uma sinalização concreta de Washington antes do fim da conferência. Caso contrário, pretende acionar o canal direto com Trump, estratégia que, no passado, o petista usou para destravar impasses diplomáticos com outros líderes.


Imagem do último encontro entre os presidentes e texto de Lula (Foto: reprodução/X/@bacurauA)


“Quando o diálogo técnico emperra, o político precisa destravar”, teria dito Lula a assessores. A equipe econômica, liderada por Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin estão prontos para embarcar a Washington assim que houver espaço para uma nova rodada de negociações.

Entre diplomacia e pressão

A disputa tarifária reacende tensões comerciais entre as duas maiores economias das Américas e coloca o Brasil em posição delicada. O governo tenta equilibrar o discurso de cooperação com a necessidade de proteger exportadores nacionais, que temem prejuízos bilionários caso as sobretaxas se mantenham.

Analistas avaliam que o gesto de Lula tem duplo objetivo: mostrar firmeza no cenário externo e reforçar internamente a imagem de um presidente que age para defender os interesses do país. O momento também é simbólico, enquanto o Brasil sedia a COP30, busca afirmar protagonismo global não apenas ambiental, mas econômico.

Cenário em aberto

Nos bastidores, interlocutores veem duas possibilidades: um acordo relâmpago antes do encerramento da conferência ou o início de uma queda de braço mais dura entre Brasília e Washington.

Se a ligação de Lula se concretizar, pode se transformar em um novo episódio da diplomacia pessoal do presidente, marcada por gestos diretos e pouco convencionais, mas muitas vezes eficazes.